CAP 04/20 - novembro de 2020
Como se
não existisse outro ponto de vista, outro desejo, outro modo de ver o mundo...
...” o
paranoico que detém todas as verdades antes de chegar a pesquisar o que as
sustenta”. “É claro que não dialoga
com ninguém porque a operação linguística que implica o outro é impossível para
ele”.
A autora
e um exercício... conversar com alguém enrijecido em sua visão de mundo. Alguém que não se dispõe a escutar. (eu, leitor, diria – que geralmente não lê um
bom livro que ajuda a questionar nossas certezas e nossas verdades sobre o
outro e sobre o mundo)
27 –
Alguém que não fala para dialogar, mas apenas para mandar e dominar. O fascismo é a forma de autoritarismo quando
ele se torna radical.
28 – O
Desafio do outro, de conversar com esse outro para quem facilmente nos
fechamos, eis que se propõe nas páginas que seguem.
Aqui
está o propósito do livro – o diálogo.
...”que
possa nos afastar do fascismo em nossa própria autoconstrução”.
2 – Como
Conversar com Um Fascista.
29 –
“Genocídio indígena, o massacre racista... em uma sociedade em que está em jogo
também o extermínio da política”.
...
risco de que o ódio se torne estrutural, que venha a dar base a todas as nossas
relações”.
Talvez a
destruição da política seja a verdade oculta na razão de Estado atual. (a edição que estou lendo é de 2016).
29 –
Destruir o outro garante o fim de sujeitos de direitos e o fim do direito dos
sujeitos.
Somos
seres capazes de amar e odiar. Os afetos são sempre aprendidos.
“O
fascista é impotente para o amor porque viveu experiências de ódio”.
31 – Do
autoritarismo em geral depende o capitalismo.
32 –
item 3 – Máquina de produzir fascistas – A origem e a transmissão do ódio.
4 –
Afeto contagioso – Aquele que experimentou amor, responde com amor, aquele que
experimentou o ódio responde com ódio.
.... experiência do ódio.
“Ele
surge cada vez que nos deixamos afetar por ele. Incitação à violência... ela é transmitida, numa de suas formas, de
cima para baixo. Líderes políticos,
publicitários, meios jornalísticos (inclusive de TV).. os que detém o discurso podem ligar a máquina
incitando o ódio.
Parar
essa engrenagem só será possível para aquele que aprender que o outro
mundo... é possível.
35
- item 5 – Paranoia como condição
social. O amor é um horizonte de
compreensão que tem em vista a real dimensão do outro...
Se o
amor é aberto ao outro e o ódio é fechado a ele. Pensamos que o ódio é sempre algo que está
no outro e esse é um engano no qual cai apenas aquela pessoa que nunca imaginou
que é o outro de um outro.
37 –
item 6 – Treino para o ódio. O
autoritarismo depende da sua repetibilidade.
(me faz lembrar uma frase que é muito conhecida, de Goebbels, que era o
crânio da propaganda nazista de Hitler.
Repetir uma mentira mil vezes até que ela vire verdade)
Precisaríamos
pensar mais, isto é certo, mas vivemos no vazio do pensamento ao qual
podemos acrescentar o vazio da ação e o vazio do sentimento. O vazio é o novo ethos de nossa época.
Continua
no capítulo 5/20