capítulo 03/20
A segunda esposa de Jair, a advogada Ana Cristina Siqueira
do Valle, mãe de Jair Renan, o zero quatro teve vários parentes pagos como
assessores de gabinete do Jair ou de familiar político dele. A autora deste livro pesquisou por quatro
anos também Ana Cristina e a complexidade da coisa toda ainda tem fatos a
esclarecer. (e havendo suspeita de desvio
de dinheiro público, tem que haver investigação).
No serviço de jornalista, tentava contato com conhecidos de
Jair, mas as pessoas se fechavam e uns era até por medo. Página 20.
Em dezembro de 2018 estourou na mídia o “Caso Queiroz”. Envolvia ilícitos junto ao gabinete de Flávio
Bolsonaro. Queiroz e os depósitos em
cheques na conta de Michelle Bolsonaro.
Vários depósitos.
A autora ao longo dos quatro anos conseguiu mais de 50
entrevistas e muitos detalhes dos fatos.
“Como não é raro acontecer em reportagens investigativas, a maioria das
fontes pedem para conceder entrevistas sob anonimato pelo temor de perder o
emprego, ter problema com as milícias ou a própria integridade física ameaçada”.
Ela conseguiu também com suas fontes, acesso a documentos de
processos contra Flávio e Carlos Bolsonaro.
Andrea Valle, ex cunhada de Jair, declarou que devolvia 90% do que
recebia como assessora de gabinete. Era
a rachadinha em andamento.
Tentou nesses quatro anos ouvir Jair Bolsonaro e seus filhos
e nunca conseguiu. É praxe dos
Jornalistas ouvirem as partes até para que estas, quando for o caso, se
defendam das acusações.
Ela diz que quando Jair cita o Evangelho segundo João cap.
8, versículo 32 “conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará”... “Quando ele recorre a esse trecho da
Bíblia... o que o Jair quer é mostrar que sua interpretação de qualquer assunto
é a que deve prevalecer e ser considerada “verdadeira”.
Mesmo que os fatos desmintam o que ele chama de
verdade. “As verdades dele negam a
escravidão, a ditadura militar, as execuções nos porões da ditadura e mais
recentemente, a Ciência, as vacinas...”
“Os relatos de documentos indicam que o próprio Jair
liderava toda a família”. ....”construíram
laços com policiais que se transformaram em milicianos e matadores de aluguel,
conectando-os, de algum modo, aos gabinetes do clã Bolsonaro”.
“Ao dominar os fatos, é possível conhecer a verdade. A conclusão é de cada um”.
Capítulo 2 – página 24 – Vida Secreta
O clã Bolsonaro se prepara para as eleições de 2018
Começa a família dar uma arejada na área para se passar por
gente boa. Fabrício Queiroz é
encarregado de passar um Whatsapp para a esposa do miliciano Adriano da
Nobrega, que era uma das assessoras do gabinete de Flávio. Conversa por Zap de quarenta e cinco minutos
(transcrita pela justiça) entre Queiroz e Danielle, esposa de Adriano.
O jornal O Globo, dias antes tinha noticiado parentes
recebendo como funcionários fantasmas no gabinete de Flávio.
A esposa do Adriano, apesar de tudo, foi mantida entre os
que recebiam do gabinete de Flávio sem dar expediente.
Adriano da Nobrega, ex capitão do BOPE da PM do RJ era
conhecido pela coragem, mas terminou expulso em 2014 por se envolver em crimes
do jogo do bicho. Fora da PM, ele virou
miliciano e matador de aluguel. Virou líder
do “Escritório do Crime”, em Rio das Pedras – RJ.
O grupo só ganhou visibilidade por indícios de ter atuado na
morte da vereadora Marielle Franco do Psol em março de 2018.
Meses depois, em dezembro de 2018, Queiroz foi rebaixado
pelo Clã Bolsonaro a pária, “catapultado para os holofotes de um escândalo,
após a publicação de uma reportagem do jornal O Estado de São Paulo”. Após essa reportagem, ferveu de jornalistas acampados na entrada do Condomínio Vivendas
da Barra pouco antes da posse do Bolsonaro.
continua no CAP 04/30