capítulo 06/10 abril de 2023 (a leitura)
Farida e Kindzu há tempos no navio encalhado. “Uma coisa me certificava: Pouco a pouco eu me amarrava à presença
daquela mulher”. E ele sabia ao mesmo
tempo que o seu destino era outro.
“Minha
missão era contra. .. eu não podia esquecer
meu original motivo: ser um naparama.
(lutar ao lado dos guerrilheiros por justiça junto ao povo nativo).
“Eu estava parado naquela mulher.. “. Um dia os dois se afagaram pra valer.
Logo depois, se despediram e ele levou a promessa de achar o
filho da Farida e de traze-lo de volta a ela.
Sexto Capítulo – As mulheres em rituais
Elas e somente elas, secretamente, sem poderem ser vistas
pelos homens, em ritual na roça, fazendo benzimentos ancestrais para espantar
gafanhotos em bando que destroem tudo. E
por acidente, o jovem Kindzu apareceu no meio do ritual e estragou tudo. Elas vieram pra cima dele e puniram
inclusive fazendo sexo coletivo com ele.
Ele que não falava a língua do dialeto local e ficou sem entender o
caso.
Sexto Caderno de Kindzu
- O regresso a Matimati
Lugar beira mar. “Minha
única posse era o medo”.
Ele e Farida no navio encalhado. “Nosso mundo, meu e de Farida, tinha o
tamanho de um navio”.
Ele de barco voltando à terra depois de ter o caso com
Farida.
“Aquelas visões, dias antes, já tinham estado nos meus olhos”. Porém agora tudo me parecia mais cheio de cores,
em assembleia de belezas”.
O jovem desembarca em Matimati e começa a procurar o filho
de Farida. Encontra na praia o amigo Antoninho
que era ajudante na loja do indiano amigo de Kindzu na infância. O indiano comerciante que falou que iria
abandonar o país no passado quando puseram fogo na loja dele. Agora o indiano tem nova loja e não abandonou
Moçambique.
Andando entre os estranhos, se lembrou de conselho do
pai: “Agora somos um povo de mendigos,
nem temos onde cair vivos”. ...”mas você,
meu filho, não se meta a mudar os destinos”.
“Um sonâmbulo como a terra em que nascera”.
... Assim, sócio da
loja, mostrando a casa. ...”seguia em
frente, exibindo as demais bocas com as quais tinha que repartir o pão”.
Farida está jurada de morte porque viu e conhece os
saqueadores do navio naufragado. Gente
do povo dela.
Assane (sócio do indiano) entra de sócio só de fachada, pois todo capital da
loja é do indiano. Assane que é da
terra, figura como dono da loja para esta ser aceita na comunidade local. Por isso, corre risco por hospedar o indiano, mesmo que temporariamente, em sua
casa.
Assane revela ao jovem que vai ser sócio de fachada do
indiano mas não gosta dele nem da raça dele.
Diz que mais adiante ele “nacionaliza” a loja para si e dá um pé no traseiro
do indiano. Assane é um garrafeiro,
bebe muito.
A sociedade local (em decorrência das guerras) está sem
configuração e sem comando. (primeiro,
anos 70 para sair do jugo de Portugal e depois em guerra civil pelo poder
local)
“Os chefes aqui andam de ombros tão elevados que já não
escutam o bater do coração”.
O rapaz perguntou a Assane sobre mulheres. O outro retruca. “Divagou sobre mulheres que ele dividia em
mais ou menos putas”.
Ao reencontrar o amigo indiano. “Magrecera, o corpo lhe fugia dentro da
roupa”.
No momento de inauguração
da loja apareceu um bando de pessoas, atacou, incendiou a loja
completamente.
Sétimo Capítulo
- Mãos sonhando mulheres. O velho que caminhava a ermo pela estrada
há tempos com o jovem, percebe neste a atração por mulher. Acha um jeito de ajudar o garoto na
realização de fantasia sexual naquele lugar ermo. Evocando pensamento em mulheres que
conheceram.
Sétimo Caderno de Kindzu
Um guia Embriagado
Duas horas de luz no bar, antes de desligarem o
gerador. “Muitos aproveitam as duas
horas de eletricidade que o gerador da administração distribuía pelo povoado,
se agremiavam na cervejaria, a juntar conversa, amolecendo fraquezas em voz
alta”.
Entre os que bebericavam no bar, estava Abacar. “Sério como uma segunda feira...”.
O rapaz, forasteiro, no bar tentando achar um guia mateiro
para ajuda-lo a encontrar Gaspar. Mato
cheio de combatentes armados.
Uma prostituta cega chega no bar e fica entre os
bêbados. Ela fica sabendo que o jovem
forasteiro procura um guia para a busca.
Ela dá um conselho: “Encontrarás
o miúdo, mas fica proibido de lhe dar caneta ou enxada. Isso não dá vida para ninguém. Vale a pena uma arma, estrangeiro”.
Capítulo 7/10