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sexta-feira, 11 de agosto de 2023

CAP. 04/08 - fichamento do livro - SANTOS DUMONT - O HOMEM VOA! - autor - HENRIQUE LINS DE BARROS

capítulo 4/8                        leitura - agosto de 2023

 

                   Os militares franceses já acompanhavam de perto a evolução dos balões que poderiam ser usados também na esfera militar.

         “A França já havia utilizado balões durante  o Cerco de Paris de 1870”.   Os USA, na Guerra da Secessão (1861 – 1865) e o Brasil na Guerra do Paraguai (1864-1870) usaram balões para monitorar os movimentos das tropas adversárias.

         “Mas a proposta de vir a se utilizar uma aeronave dirigível era um salto, uma verdadeira revolução na arte de guerrear”.

         Em 1904 quando Santos Dumont lançou o livro Dans L´Air, já dizia:  “Nossa única esperança de navegar no ar... devemos procura-la na natureza das coisas, no mais pesado que o ar, na máquina voadora ou aeroplano”.

         Os inventores franceses e trocas de experiências com os americanos.   Os americanos irmãos Wright, dentre eles.  Pelos anos 1903.   Tempos de voos planados.

         Santos Dumont e um voo de 12 segundos num planador protótipo.  Percorreu 36,5 metros voando.

         Os americanos procuravam não mostrar seus voos para talvez fechar contratos mais adiante por vultosas somas.   Já Santos Dumont dava ampla publicidade aos seus voos e também aos seus experimentos.

         Só em 1908 os americanos colocaram ao público seu protótipo mais elaborado.  Já não era pioneiro no voo em aeroplano mais pesado que o ar.

         O Aeroclube de Paris e os prêmios.    A quem decolasse sem vento, percorresse ao menos 100 m voando e pousassem sem acidentes.   Isto em 1904.

         “Em 06-06-1905, o francês Voisin apresentou-se com um planador rebocado por uma lancha.   Realizou três voos, o mais longo, de 600 metros.”

         Santos Dumont, sempre estudando os casos e presente nas apresentações dos inventores.   Em 1905 os irmãos americanos, que não deixavam especialistas inspecionarem seus voos de teste, anunciaram que voaram algumas dezenas de quilômetros.    A notícia gerou polêmica no Aeroclube de Paris.

         Um dos integrantes do clube matou a charada.   Na França se oferece um prêmio de 50.000 francos a quem voar apenas 1 km e por que os americanos não vem aqui fazer o voo e levar o prêmio?

         Em 1905, Santos Dumont lança o balão nº 14,   Um balão para competição.   Voava inclusive sobre o mar, o que atraia plateias ainda mais entusiasmadas.

         “Mas em 1906, Santos Dumont surpreendeu a todos ao apresentar...   um aparelho mais pesado que o ar.   Por que ele não disse que estava nessa corrente da aviação?”

         O protótipo de avião dele tinha células tipo caixa, motor de 25 cavalos, 10 metros de comprimento e 12 m de envergadura  (de asa a asa).

         “é o único avião da história em que o piloto vai em pé...”    O balão era número 14 e o avião também era 14 e o povo passou a chamar o avião de 14 Bis.

         Curioso é que muitos pilotos passaram por balão, depois para planadores e em seguida para aviões mais pesados que o ar.    Já Santos Dumont saltou da fase de balão, direto para os voos mais pesados que o ar.

         Em 13-09-1906  Concurso em Paris sobre voos.   Vários concorrentes e Santos Dumont em seu 14 Bis ultrapassou a meta de 100 m e voou 220 metros.  Voo a seis metros de altura, velocidade de 41 km/hora, ficando 21 segundos no ar.  Foi o ganhador do prêmio e entrou para a história.

         “O homem voava pela primeira vez:  um voo público, com testemunhas, com o rigor que tal situação requer”.    (página 28).

         O avião havia sido inventado.    Na premiação foi destacado que Santos Dumont não era engenheiro, mas sim um autodidata no setor.   Ele ficou muito feliz com sua invenção e agora seu desafio era tornar os voos mais seguros.

 

                   Continua no capítulo 05/08 

quarta-feira, 9 de agosto de 2023

CAP. 03/06 - fichamento do livro - SANTOS DUMONT - O HOMEM QUE VOA! - autor Henrique Lins de Barros

 capítulo 03/06                     leitura em agosto de 2023

 

         Seu voo de 19-10-1901 foi premiado e virou marco na história dos aeronautas.

          Por essa façanha, o governo brasileiro concedeu a Santos Dumont um prêmio de cem contos de reis que equivaleria aos 100.000 francos do prêmio Deutsche em oferta na França.

         Nessa época (1901) na Alemanha o conde Zeppelin investia em outra ideia.   Um dirigível de corpo rígido de porte bem grande.

         Santos Dumont demonstrou maior dirigibilidade do que o Zeppelin da sua época.   Virou celebridade na França e no mundo.  Isto aos 28 anos de idade.    Assim ele lançava moda em Paris.   “Sua presença era notícia, suas observações eram ouvidas, suas vestimentas eram copiadas”.

         A convite, foi para Mônaco.   Lá poderia testar seus balões sobre o Mar Mediterrâneo.   “A estada em Mônaco foi proveitosa.   Voou e fez demonstrações”.

         Os terríveis submarinos foram desenvolvidos no fim do século XIX e eram ameaça aos povos.   Santos Dumont ao voar pelo litoral percebeu que os voos poderiam ser úteis par ajudar a constatar presenças de submarinos nos mares da região.

         O inventor... procurado por todos... sendo recebido pelas maiores personalidades da sua época e sendo o centro das atenções.

         Em 1902, a mãe dele, em visita às filhas em Portugal, se suicida.  Também em 1902, a explosão de um balão ceifou a vida de Augusto Severo, brasileiro amigo e incentivador de Santos Dumont.

         Cita os que desenvolveram os planadores na época de Santos Dumont.   Quem primeiro se destacou em voo com planador, em 1890, foi o alemão Otto Lilienthal.   Num dos voos de planador, o alemão teve um acidente fatal.

         Entre os seguidores do planador constam os americanos Orville e Wilbur Writht.

         Avião vem do grego avis, que significa ave.

         “Em torno do aeroplano, uma questão não tinha resposta.  Alguns cientistas importantes e respeitados, afirmavam ser impossível construir uma máquina voadora mais pesada que o ar”.

         Em certa fase, Santos Dumont e outros tinham foco em voos com balões mais leves que o ar e já havia os que tentavam equipamentos que voassem e fossem mais pesados que o ar.

         Os mais leves que o ar tinham voos mais seguros e havia menos acidentes que os mais pesados que o ar da época.

         Sobre Santos Dumont:  “ Ele era também singular por deixar em domínio público todas as suas inovações”.   “Não queria lucrar com elas”.

         ...”ele abria portas para uma indústria ainda latente”.

         Em 1902 Santos Dumont foi aos USA onde haveria inclusive um concurso de balões e levou o dele.      O balão dele ao ser preparado para o voo se mostrou avariado no que teria sido consequência de sabotagem.   Concorria com projetos americanos...   Assim ele não voou nos USA.

         No ano de 1903 Santos Dumont já se locomovia em Paris num carro com motor elétrico.

         A jovem americana bela, de origem cubana, um dia lhe pede em Paris que desse instruções para ela fazer um voo solo no balão dele.   Ele deu três etapas de instrução e ela voou como queria.   Isto de forma pioneira para uma mulher em 1903.     “Aída, um nome na história do inventor.   Seu retrato ficou na mesa de trabalho de Santos Dumont”.

        

         Continua no capítulo 4/6 ... (7 ou 8)

segunda-feira, 7 de agosto de 2023

CAP. 02/06 - fichamento do livro - SANTOS DUMONT - O HOMEM QUE VOA! - autor - Henrique Lins de Barros

capítulo 02/06                                     agosto de 2023

 

         Alberto, aos 15 anos de idade, viu uma demonstração de balão esférico movido a ar quente em 1888.    O astronauta subia a certa altura com o balão e saltava de para-quedas diante de plateia que vibrava com a façanha.

         Na Europa, modelos de balão de ar quente passaram para outra modalidade, movidos agora a gás hidrogênio, recém descoberto.   No século XIX era comum exibições de balões principalmente em eventos festivos.

         Em 1890, Henrique, pai de Santos Dumont, sofreu um acidente e ficou hemiplégico.   Grande cafeicultor, resolveu vender sua fazenda de café e se mudar para a França na esperança de cura para seu mal.

         Na França, o jovem Santos Dumont se deparou com tecnologias avançadas para a época, inclusive em motores.

         Desde o século XVIII na Europa se usava balões para ganhar altura e mais adiante, nos fins do século XIX a meta era dar dirigibilidade aos balões.

         “Charles Renard e Arthur Krebs, pilotando o balão La France em 1884, haviam conseguido realizar o voo de 7,6 km em circuito fechado.  Subir e fazer um percurso circular e depois pousar no local de partida.   Notar que sempre havia o desafio dos ventos e nesse tipo de percurso teria que o piloto enfrentar vento ora de frente, ora pela parte traseira, ora para um lado ou outro.  

         Quando Alberto Santos Dumont fez dezoito anos, o pai o antecipou e lhe propiciou recursos para ele tocar seus projetos na França.    “...deixava-lhe dinheiro suficiente para viver e dizia que o futuro estava na mecânica”.

         Em l892, o pai teve piora na saúde na Europa, voltou para o Brasil e aqui faleceu.

         Julio Verne era o escritor predileto de Santos Dumnt.

         Na época, havia pesquisadores suecos voando de balões buscando chegar ao polo norte.   Santos Dumont, após estudos, procurou os autores dos livros sobre os balões suecos.

         Rapidamente transformou-se em um aeronauta com ideias, habilidade e conhecimento técnico.    Ele era baixo, com seus 1,55 m e magro, com 50 kg.    O que facilitava na arte de voar em balão.

         Projetou um balão pequeno e o chamou de Brasil.   Vendo a novidade dos motores a explosão nos carros, Santos Dumont dirigia até de forma imprudente, abusando da velocidade.    E já sonhava com voos em balões com motor de propulsão.

         O elevado risco.   Motor a explosão jogava fagulhas de fogo e o gás do balão era inflamável  (gás hidrogênio).

         Projetou um balão de 25 metros de comprimento por 3,5 m de diâmetro e que comportava 180 m3 de hidrogênio.   Tinha força para alçar o balão com o piloto e o motor.   Motor de 3,5 cavalos no caso.

         Balão feito de seda.   Chegou a subir até 400 metros de altitude e passou apuros com vento que  começava a dobrar e avariar o balão, derrubando-o.

         Em 1898 se criou em Paris um Aeroclube, que ajudou a encorajar os pioneiros em voos de balões.   Os aeronautas trocavam experiências, agregavam mecenas, apoiadores e isso ajudou a acelerar o setor.

         Criaram prêmios para o setor.   Santos Dumont projetou e providenciou a construção do balão número 3, maior, com gas menos inflamável e conseguiu fazer manobras diversas, inclusive próximo da Torre Eiffel.   Chegou até à velocidade de 25 km por hora.

         Ano de 1900, novo século, todos os olhos voltados para Paris e os voos.    O Aeroclube e o Prêmio Deutsch de la Meurthe no valor de 100.000 francos a quem  voasse em trinta minutos do local de decolagem, desse a volta na Torre Eiffel e voltasse ao ponto de partida.  Soma de 11 km.

         Deutsch era um magnata do petróleo de então.

         Já voando com seu balão número cinco em 1901, Santos Dumont ia bem até que teve pane, o balão explodiu e caiu sobre o Hotel Trocadero.

         Logo em seguida, Dumont constrói o balão 6 e parte para tentar a premiação.    Voando e tendo algum percalço no voo, fez a rota em 30 minutos e trinta segundos.   A meta era no máximo 30 minutos.   Dividiu os jurados.   O público em geral aplaudia e feito e era pela premiação.     No calor da hora, Santos Dumont prometeu que se ganhasse o prêmio, iria doar o mesmo aos seus empregados, aos pobres de Paris.   Isso conquistou ainda mais a consagração popular.

         Seu voo de 19-10-1901 foi premiado e virou marco na história dos aeronautas.

                            Continua no capítulo 03/06 

sexta-feira, 4 de agosto de 2023

CAP. 01/06 - fichamento do livro - SANTOS DUMONT - O HOMEM QUE VOAVA! - Autor: Cientista HENRIQUE LINS DE BARROS - 2009

 Capítulo 01/06                            leitura em agosto de 2023

         Nome do livro:  SANTOS DUMONT – O HOMEM QUE VOA!

         Autor:  Henrique Lins de Barros  - Editora Contraponto – 64 p.

 

         Início de leitura 03-08-2023     (livro editado em sua segunda reimpressão em 2009 com patrocínio da Petrobras)

         O autor do livro é pesquisador doutor pelo Centro Brasileiro de Pesquisas físicas vinculado ao Ministério da Ciência e Tecnologia.

         É também diretor do Museu de Astronomia e Ciências Afins desde 1992.

         Este livro é da série Identidade Brasileira, patrocinado pela Petrobrás e tem as seguintes publicações: Álvaro Alberto, Cândido Rondon, Euclides da Cunha, Monteiro Lobato, Rio Branco, Villa-Lobos.

         Na orelha do livro o autor dá um resumo do Santos Dumont:  “Autodidata, inventor genial, filantropo, patriota e homem de visão”.

         Inventou o avião em 1906.       ...” se recusou a patentear seus inventos que considerava patrimônio da humanidade”.    “Distribuiu entre seus operários e os pobres de Paris os prêmios que recebeu por seus feitos”.   (lá ele residia na época da fama pelos inventos).

         “A paisagem da superfície lunar é inóspita e aterradora”.    ...”solo escuro com rochas e poeira, sem água ou ar... inexistência de qualquer registro de vida”.

         Lua...  “tem áreas planas extensas e elevações de até 50.000 metros de altitude.”      ...”sem vulcões...”.

         Primeira chegada de humanos na lua:  20-07-1969.

         “Em 1976 a União Astronômica Internacional batizou a pequena cratera da lua com 8.700 metros de diâmetro... com o nome de Santos Dumont, como justa homenagem”.

         Alberto Santos Dumont nasceu no dia 20-07-1873 no sítio de Canguçu, distrito de João Aires em Minas Gerais.

         O pai dele era descendente de franceses, era engenheiro formado em Paris.   O pai se chamava Henrique e a mãe, Francisca.

         Eram em sete irmãos.   Moravam perto da ferrovia Dom Pedro II em construção, onde o pai era um dos engenheiros.

         Final do século XIX e a grande implantação de estradas de ferro no Brasil para movimentar as riquezas inclusive acessando o interior.  

         O Brasil Império tentou escapar do regime de escravidão porque neste o mercado não se desenvolvia.

         “O Brasil e o imperador seguiam assim um caminho, traçado pela Corte, visando a prosperidade de poucos, enquanto o mundo avançava em outra direção”.

         A Guerra do Paraguai (1864-1870) corroeu nossa economia.   Sobrava pouco capital para investir em infraestrutura.

         Dr Henrique Dumont, depois de várias atividades, comprou uma fazenda na região de Ribeirão Preto-SP.  (1879).   Nesse tempo os produtos de exportação do Brasil eram café, algodão e fumo”.

         Em 1822 eram cerca de 3,5 milhões a população do Brasil.   Já em 1889 havia crescido para 14 milhões.

         Dr Henrique organizou a fazenda, inclusive implantando 90 km de ferrovias para uso da fazenda de café da família.   Desde criança, o garoto Santos Dumont já brincava com maquinários e peças.   Aos doze anos já conseguia pilotar locomotiva em uso na fazenda da família.

         Principalmente no inverno, o garoto Alberto Santos Dumont se distraia construindo pequenos balões inspirados no modelo desenvolvido no passado pelo padre Bartolomeu Lourenço de Gusmão (1685-1724).   Balão inflado com ar quente.    O padre era nascido em Santos e chegou apresentar seu balão em Portugal, nos idos de 1709.

         Alberto, aos 15 anos de idade, viu uma demonstração de balão esférico movido a ar quente em 1888.    O astronauta subia a certa altura com o balão e saltava de para-quedas diante de plateia que vibrava com a façanha.

        

         Continua no       capítulo 02/06

quarta-feira, 2 de agosto de 2023

GRATIDÃO AOS LEITORES DAS MINHAS RESENHAS ESTENDIDAS - PRÓXIMA RESENHA - SANTOS DUMONT - O HOMEM QUE VOA!

      Antes de mais nada, profunda gratidão aos que tem acompanhado as resenhas lonnnnngas que tenho feito dos livros.

     É meu hobby a leitura e desde 1994 passei a fazer em letra cursiva, em cadernos específicos para esse fim, o fichamento do meu jeito para os detalhes que achava mais relevante dos livros.

     Assim fazendo, depois podia e posso passar o livro lido pra frente, pois se quero relembrar algo, vou para meu blog amador e está todo o essencial lá.

     A próxima leitura é de um livro de 108 páginas sobre Santos Dumont.        agosto de 2023



Vale relembrar que tenho um segundo blog amador no qual coloco assuntos mais variados, desde pequenos artigos de opinião, alguma coisa de viagem e assim por diante.

       O blog de resenhas está com mais de 120.000 acessos, a grande maioria no exterior nestes nove anos na web.      O blog de variedades abaixo está acima de 80.000 acessos e é mais antigo.

                  orlandolisboa.blogspot.com.br   

 Capítulo final 30/30                                   leitura em julho de 2023

 

         Capítulo:    “Senhor Odebrecht, eu não imaginava que os brasileiros fossem tão antropofágicos”.

         ...”É a Lava Jato, em essência, uma campanha de demolição da premissa de que todo réu merece, nessa ordem:  a presunção de inocência; o benefício da dúvida e o direito de defesa.”

          ...”Não por acaso, foi na imprensa estrangeira que apareceram algumas das reportagens mais fortemente críticas contra Moro e seus seguidores”.

         ...”As ditaduras modernas se impõem através de operações como a Lava Jato.   Consomem por dentro as democracias até desfigura-las por completo”.

         “Na prática, Moro colocou na cadeia quem quis, do jeito que quis e quando quis”.

         “Em 2017, ouvi de uma autoridade estrangeira a seguinte afirmação:

         Sr Odebrecht, eu não imaginava que os brasileiros fossem tão antropofágicos.

         “O que espero é que este livro sirva também para que a barbárie togada que foi a Lava Jato jamais seja esquecida – e não se repita entre nós”.

         Página 303 – Epílogo

         “As primeiras anotações para este livro foram feitas em 2016”.  Em 2018 o autor começou a dar a forma de livro às anotações que tinha feito.  Concluiu o livro em meados de 2022.  Optou por lançar após as eleições presidenciais.

         “Escrever Uma Guerra contra o Brasil permitiu que eu percebesse, um vez mais, os erros que cometi ao longo do tempo.  Não os nego: existiram e foram vários”.

         ...”Foram muitas as pessoas que me ajudaram e a todas devo o mais profundo agradecimento”.

         Destacou gratidão ao jornalista Eduardo Oinegue que o estimulou a escrever o livro.

         A Lava Jato foi extinta em 01-02-2021.  Foi dissolvida a força tarefa pela PGR Procuradoria Geral da República.    Na sequencia do caso, as atribuições passaram para o GAECO.

         “Em abril de 2022, o Comitê de Direitos Humanos da ONU condenou Moro por parcialidade nos processos contra o ex Presidente Lula indicando que o real objetivo de Moro era de impedir Lula de disputar a eleição para a presidência da República.”.

         Emílio destaca que houve vários artigos e livros editados sobre a Lava Jato...   “Além disso, muito foi escrito no Brasil e no exterior sobre meu papel na Lava Jato – por gente que jamais esteve comigo ou sequer ouviu de minha boca algum mero relato”.

         “Comecei a escreve-lo em 2018, logo após deixar a presidência do Conselho de Administração da Odebrecht S.A. “

         Capítulo -  O que me moveu a colocar no papel minha experiência pessoal na crise brasileira.

         “Confiar é um valor universal, atemporal.   ...  Não carrego mágoas ou rancores”.

         “Consciente de que não tenho o direito de colocar a emoção acima da razão”.

         Capítulo -  “Hoje o Brasil está fora do mercado mundial de engenharia e construção”.

         Entre 2014 e 2021 (tempo da Lava Jato) por conta desta e de outros fatores, o Brasil caiu de sétima economia do mundo para décima segunda.

         Na carta do advogado Antonio Carlos de Almeida Braga sobre a “República de Curitiba”.       ...Que ela está nua.   Artigo no jornal eletrônico Poder 360 de 25-03-2022.

         Sobre Deltan e os aliados dele, cita frase de Nelson Rodrigues:  “Por trás de todo paladino da moral vive um canalha”.

         Ainda o advogado falando sobre Moro, Deltan e colaboradores deles...  “o bando de Curitiba tenta se esquivar da justiça, atormentado pelos inúmeros crimes que praticaram”.

         “Incríveis a ousadia e a desfaçatez com que houve esse moleque ao se dirigir ao Poder Judiciário.”

         Se referindo a Deltan e companhia:   “um grupelho ambicioso e atrevido”.    “Uns pulhas sem nenhum verniz intelectual”.

         “Nesse grupo de lavajatistas, nenhum se apresentava para qualquer debate, pareciam apenas entusiastas de reproduções de outdoors e de fake News.”   “Estão nus”.

         Depois do hacker e a Vaza Jato, Moro chegou por pouco tempo a ser sócio de um escritório de advocacia nos USA, o Alvares & Marsal, que interagiu com a Lava Jato e “tinha entre os sócios até agentes da CIA”.

         Moro deixou essa sociedade para ser candidato no Brasil.

         Cabe colocar tudo isso a limpo...  “ o País merece conhecer e entender o que estava por trás da Operação Lava Jato”.

         “Foram os principais responsáveis pela eleição desse fascista que está na presidência”  (se referindo a Jair Bolsonaro).

         Os da Lava Jato usaram de forma recorrente a frase:  “ninguém está acima da lei”.   Agora continua oportuna a frase também para enquadra-los.

         Frase final do livro de 315 páginas:

         “O importante neste momento é saber que... em Brasilia, estará Lula tomando posse, escolhido por mais de sessenta milhões de eleitores para liderar a missão de dar início à reconstrução do Brasil”.

 

                   Término da leitura do livro dia 30-07-2023

terça-feira, 1 de agosto de 2023

CAP. 29/30 - fichamento do livro - UMA GUERRA CONTRA O BRASIL - sobre a Lava Jato - Autor: EMÍLIO ODEBRECHT

 capítulo 29/30                                     JULHO-2023

 

         Capítulo – “O Objetivo é proteger os interesses dos USA e a capacidade das empresas americanas de competir no futuro”.

         Por volta de 2009 era grande a pressão dos USA para que o Brasil aderisse a um acordo com a regra americana FCPA, Lei de Práticas de Corrupção no Exterior.   Assinar esse acordo sujeitaria o país a aceitar que os americanos julgassem e condenassem empresas em outros países, em qualquer lugar do mundo”.   “Os americanos já adotam esse acordo em dezenas de países do mundo”.

         “Em setembro de 2014 a Casa Branca publica uma agenda anticorrupção global, na qual afirma que a luta contra a corrupção no exterior pode ser usada para fins de política externa americana”. 

         ...”o procurador adjunto do Departamento de Justiça (o DoJ), declara as intenções:   “A luta contra a corrupção estrangeira não é um serviço que prestamos à comunidade internacional, mas sim uma ação de fiscalização necessária para proteger nossos próprios interesses de segurança nacional e a capacidade de nossas empresas americanas de competir no futuro”.     (aqui está tudo escrito e desenhado, digo eu como leitor...)

         Os USA implementaram essas ações no Brasil através do Projeto Pontes.   Nos tempos da Lava Jato, que se iniciou em 2014....  “Parte do sistema legal brasileiro passa a se portar como um anexo da justiça dos USA.”

         Deltan conseguiu à margem da lei, dados  na Suiça e usou esses dados ilegalmente no caso da Lava Jato.

         “Em fevereiro de 2016, o Tribunal Penal Federal da Suíça considerou  que essa parceria era ilegal”.    Mesmo assim , em 08 de maio de 2016, Sergio Moro usou dados da Suíça declarados como obtidos de forma ilegal, em processo que condenou executivos de empreiteiras, inclusive da Odebrecht.

         Capítulo – A “República de Curitiba” não era um delírio.   Os falsos heróis tinham planos políticos e pessoais:  Sergio Moro foi deixando claro suas ambições de chegar a ser ministro da justiça e mais adiante, ser ministro do STF.

         “Segundo a deputada Carla Zambelli que era próxima de Moro, “ele fora para o governo já almejando esse objetivo”.  Ir para o STF.

         Quando Moro viu que não chegaria a Ministro do STF, partiu para tentar se candidatar a presidente da república.  Perde apoio da classe política, muda de partido e acaba tentando se contentar com o legislativo.

         Moro forja um domicílio em São Paulo e é barrado pela justiça eleitoral.  Acaba ficando como candidato pelo Paraná, seu estado.

         Eleito, Moro logo declara apoio a Bolsonaro que estava em disputa no segundo turno contra Lula.   Na ocasião, Moro declara:  “Temos um inimigo comum” se referindo a Lula e justificando reatar com Bolsonaro depois da treta que o fez deixar de ser ministro da justiça.

         “Diogo Mainardi (jornalista) que no site O Antagonista e na revista eletrônica Crusoé foi um defensor abnegado de Moro e Bolsonaro, capitulou:  “O apoio de Moro a Bolsonaro torna ainda mais deprimente o fim da Lava Jato.   Quanto ao meu empenho pessoal, nos últimos anos, posso dizer apenas que falhei miseravelmente”.

         A Ong Transparência Internacional – Brasil que antes apoiava a Lava Jato, diante do apoio de Moro a Bolsonaro, declara:    ...”Mas apoiar a luta contra a corrupção ao apoio ao candidato Bolsonaro é prestar imenso desserviço à causa e desvirtuar o que ela fundamentalmente representa”.

         Tempos antes, o desabafo de Bolsonaro em 02-12-2021 quando Moro deixou de ser ministro rompido e atirando verbalmente contra o presidente:

         “Moro faz papel de palhaço, sem caráter... Mentiroso deslavado... Saiu do governo pela porta dos fundos.   Traindo a gente”.

         Logo mais adiante, como vimos, voltam a reatar no segundo turno da eleição Lula x Bolsonaro.

         Agora rumo ao Senado, Moro volta a se alinhar a Bolsonaro.   Moro confessou a Bolsonaro sobre as conversas reveladas pelo hacker que delatou as falcatruas dos agentes da Lava Jato:   Fala de Bolsonaro:   “Moro me disse na ocasião:   “Eu apagava todas as mensagens, mas o Dallagnol não fazia o mesmo.  Deu nisso aí”.     A ação do hacker e a Vaza Jato que denunciou as conversas de ações ilegais da turma da Lava Jato.

         Deltan após deixar o Ministério Público Federal, já em campanha para deputado, argumentou:  “Posso fazer mais pelo Brasil”.

                   Capítulo final 30/30