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quarta-feira, 23 de agosto de 2023

CAP. 02/15 - fichamento do livro - MANUAL DO INFINITO - (sobre o Autismo por um autista adulto) - Autor: HENRIQUE VITORINO

capítulo 2/15 

        

         Tomo I  - O Autista e o Mundo

         Amizades de vento: Noções de distância e proximidade.

         “Não é porque sou atípico em meu afeto que preciso ser considerado estranho”.    ...”a sociedade neurotípica não entende por que às vezes eu preciso me afastar da bagunça sadia com os amigos”.

         “Quanto mais um autista é estimulado – seja pelos sentidos ou pelo âmbito psicológico -, mais estresse ele sentirá”.

         ...”ficamos exaustos várias vezes por dia.      “Eu mesmo que sou um autista nível 1...”.

         Se você é responsável por um autista nível 2 ou 3  “descubra qual a melhor forma que a pessoa autista gosta de viver o seu dia.  Equilibre atividades que exigem mais energia (como tomar banho, estudar, escovar os dentes ou receber visitas) com outras que revigoram: videogame, computador, assistir filmes etc.

         ...”se sentir obrigado a fazer algo, pode gerar gatilhos que lhe causarão crises nervosas ou sensoriais”.    ...”os momentos de hiperfoco nos causam um prazer inexplicável”.    

         “Eu fui diagnosticado como autista aos 29 anos de idade.”    Já perdi inúmeras oportunidades de sair porque sabia que ficaria mal...

         “Para mim a dor, o medo, a tristeza, a raiva e o luto, por exemplo, são emoções confusas”.

         “Preciso de muito tempo para poder compreender...”

         “Existem autistas que simplesmente preferem não se aproximar das pessoas, e é um direito deles”.

         “Somente eles sabem como é difícil agir socialmente quando não há nenhuma disposição para isso”.

         “A ida ao supermercado nos exige óculos escuros e protetores auriculares”.     Os ruídos típicos de uma cidade assustam e nos deixam tensos.

         “Quando precisamos de um tempo para nos afastar, estamos simplesmente nos organizando por dentro.   A melhor coisa a fazer é ter um pouco de paciência.   Esse descanso, sim, nos fará muito bem”.

         Capítulo – Eu quero os meus direitos:  ativismo autístico no mundo neurotípico.

         Uma realidade.  O diagnóstico do TEA Transtorno do Espectro Autista é caro.

         “Como autista diagnosticado, verbalizado e falante, sinto-me na obrigação moral de lutar pela visibilidade das pessoas que estão à margem dentro da própria comunidade autista”.

         Diagnosticado aos 29 anos...   “antes eu pensava estar em outras condições mentais como bipolaridade ou esquizofrenia”.

         Muitos casos de pessoas que não tem condições financeiras para ter acesso ao diagnóstico e há entre outros, casos de “pessoa ter receio de ser estigmatizada como uma pessoa fora do normal”.

         Eu me revoltei quando minha mãe me recomendou procurar ajuda especializada.  Na ocasião, respondi a ela:  - Você está dizendo isso  para me tratar como incapaz!”.

         O diagnóstico...   “ele é um salvo-conduto para eu ser e existir da minha maneira”.    E passo a ter o amparo da lei.   Lei da Pessoa Autista ou Lei Berenice Piana.  

         “Graças a essa lei, também somos protegidos pelo Estatuto da Pessoa com Deficiência”.

         Os autistas tem dificuldade para ter acesso ao ensino superior.   Há em várias universidades os Coletivos Autistas que buscam atrair autistas para o ensino superior.    Nos meus tempos de curso superior, entre os dramas, os trabalhos em grupos e apresentar seminários em público.

        

         Continua no capítulo 3/15 

segunda-feira, 21 de agosto de 2023

CAP. 1/15 - fichamento do livro - MANUAL DO INFINITO - Relatos de um Autista Adulto - Autor: HENRIQUE VITORINO

 RESENHA LIVRO – MANUAL DO INFINITO   AGOSTO 2023

 

Sub título: Relatos de um Autista Adulto

         Autor: Henrique Vitorino   (meu amigo Mauaense)

         Editora – Nova Alexandria – São Paulo  (em fase de pré lançamento)

         Prefácio da Professora Cláudia Costin

 

         No final do prefácio a Professora Cláudia Costin (que é inclusive articulista de Jornal de circulação nacional), remata sua fala com a frase:

         “Recomendo a leitura não só a quem está inserido pessoalmente neste mundo, tem familiares no espectro ou uma atuação profissional na área, como também para aqueles que desejam construir uma sociedade mais diversa e justa”.

         O recado inicial do autor:   “Os conceitos aqui aplicados se baseiam na experiência de Henrique Vitorino como pessoa autista”.   “Alguns destes conceitos podem criticar ou divergir dos conceitos veiculados nos manuais da ciência, ou ainda das teorias relacionadas ao espectro autista”.   O autor.

         “Aqui está a confissão de minha vida: eu sou autista”.

         “Meus pensamentos são completamente autistas.  Todas as minhas emoções também”.

         Nota do leitor:  Henrique segue o Judaismo.

         “Minha conta bancária e minha profissão também são influenciadas pelo autismo”.

         Cita o livro:  O Cérebro Autista: Pensando Através do Espectro, da doutora em biologia, Temple Grandin.     “Comparando a ela, tenho grandíssimas disparidades:   ela é doutora em biologia, e eu sou filósofo...”

         ...”e eu estou no meu caminho para começar a entender a minha condição de neurodiverso...”        “eu descobri o meu diagnóstico depois de adulto”.

         “Aos três anos de idade o diagnóstico formal do médico foi de irritabilidade frustra difusa...”

         “A única abordagem deste livro (Manual do Infinito) é vivencial: como aquilo que sei através da minha experiência”.

         “Este livro, no entanto, deseja falar do autismo apenas sob a ótica de uma pessoa autista”.

         Há na sociedade “explicações” estereotipadas para atitudes dos autistas.   Tipo:  “ficou autista de tanto usar o computador”...

         É preciso romper o silêncio de forma intolerante – sim, intolerante.  Não se destrói um preconceito com um buquê de flores.

         ...”revoltar-se diante da segregação que nos considera malucos, doentes, endemoniados ou uma pandemia.”

         “Somos pessoas unidas por nossa diversidade”.

         “Existem autistas em todas as classes sociais”.   “Podemos ter namorados ou namoradas, noivas ou noivos.   Somos transsexuais, heterossexuais, homossexuais, assexuais e bissexuais.”     

         “Estamos todos orgulhosamente fora do padrão neurotípico”.

         “Um neurotípico nunca saberá o que é a alegria de encontrar uma pessoa tão parecida com ele mesmo – é como se encontrássemos um amigo de infância no outro lado do mundo”.

         “Somos pessoas diferentes, mesmo que estejamos no mesmo espectro.  Criou-se na sociedade uma ideia de haver  “autista padrão, homem, branco, de classe média.  Citam como anjo azul.   Ideia errada.   “Metamorfose de pessoas autistas em seres fofos que servem de enfeite na estante da casa”.

         ...”existem autistas que não compreendem figuras de linguagem...”

         (O autor Henrique Vitorino é jovem, filósofo, professor, ator, músico, poeta...)

         “Desejo inclusive que a comunidade autista vá muito além do que eu fiz”.  “Que os profissionais de saúde possam explicar a nós, pessoas do espectro, o que não sabemos sobre nós mesmos”.    

         “Que este livro seja o verdadeiro Manual do Infinito”.

 

         Continua no capítulo 2/15 

domingo, 20 de agosto de 2023

CAPITULO 8/8 (FINAL) - fichamento do livro - SANTOS DUMONT - O HOMEM VOA! - autor: HENRIQUE LINS DE BARROS

 capítulo final 8/8

 

         O empresário carioca Henrique Laje vinha investindo na construção de aeronave e Guedes Muniz pode aqui tocar seus projetos.

         A partir de 1937, produziram aviões para uso militar no Brasil e vendiam para nossas Forças Armadas.

         No Brasil “o avião passava a ser de interesse do Estado em um governo preocupado em buscar a unificação de um vasto  território”.

         “Em 1941 teve início a Campanha Nacional de Aviação com o lema Asas para o Brasil que, com o apoio de Francisco de Assis Chateaubriand Bandeira de Melo  (do grupo Diários Associados – rádios, jornais), ajudou a fortalecer uma indústria que ainda engatinhava”.

         (Eu li uma biografia do Assis Chateaubriand chamada Chatô O Rei do Brasil de autoria do Jornalista Fernando Morais – revela muito das mazelas do nosso povo e das nossas autoridades, além da imprensa...)

         Nessa leva, muitos campos de aviação surgiram pelo Brasil.

         Em 1942 surgiu a Companhia Aeronautica Paulista que lançou o avião CAP-4, o Paulistinha.   Cerca de mil exemplares desse modelo de avião foram feitos na época.   Muitos deles foram exportados.

         Em 1942 foi criado o Ministério da Aeronáutica.

         O Brasil criou em 1941 a FNM Fábrica Nacional de Motores com o objetivo de fornecer motores para aeronaves.   Em 1942 a segunda guerra mundial estava em curso.    Porém a FNM só conseguiu produzir motores a partir de 1946, quando a guerra já tinha se encerrado e a demanda de aviões e motores para aviões estar reduzida.

         Nessa ocasião (1946) nossa fábrica de motores para aviões poderia “decolar” em sua produção, mas foi “abatida” por assim dizer, pela falta de demanda por conta do fim da guerra.     Então a FNM passou a fabricar motores para caminhões, os chamados FNM.

         A queda do governo Vargas e a mudança de rumo.   Os governos investem em veículos e rodovias e optam por comprar aviões e motores de aviões importados, já que o mercado pós guerra tinha ampla oferta e baixa procura e os preços eram atrativos.

         O esforço do Coronel Montenegro e a criação do ITA Instituto Tecnológico da Aeronáutica em 1945.   Se criou também o CTA Centro Tecnológico da Aeronáutica, ambos em São José dos Campos – SP.   No eixo Rio – São Paulo.

         O ITA revolucionou o setor de ensino de excelência, inclusive adotando regime de internato para os alunos.  Criou condições para se ter no Brasil, mão de obra altamente especializada para o setor aeronáutico.    Na década de 60 surge a EMBRAER já no contexto de contarmos com o ITA e o CTA.

         A Embraer fabrica ao longo do tempo modelos de aeronaves como o Xavante, Bandeirante, Xingu, Brasilia, Carioca, Corisco, Tucano, além dos eficientes e competitivos Jatos Regionais.

         Indústrias brasileiras também começaram a fabricar helicópteros.

         Governo Juscelino (anos 50), indústrias em expansão, inclusive o setor automobilístico.    Os veículos passaram a ser competitivos no transporte de pessoas e mercadorias pelo Brasil afora e a aviação passa por um período de menor destaque.     Isso resultou em se enfatizar a compra de aviões importados já que a demanda interna andava em tempos de baixa.

         1964 e o Golpe militar no Brasil.   No governo militar os governantes voltam a olhar para a interiorização das ações para “integrar” o Brasil.   Nesse novo contexto, a aviação volta a ter destaque por ajudar a vencer longas distâncias onde as estradas eram inexistentes ou muito precárias.

         O oficial da FAB Força Aérea Brasileira, Ozires Silva, formado pelo ITA em 1962, lidera articulações para uma retomada de foco em aviação.  Nesse tempo a fábrica Neiva, nacional, estava atuante no Brasil no setor aeronáutico.   A Neiva fabricou aqui o primeiro avião metálico, o modelo Neiva Regente.

         “A Embraer fez decolar nossa indústria aeronáutica, sucesso que orgulha o Brasil.”                                     FIM

 

         Final de leitura em 18-08-2023

 

         (próximo livro de cabeceira cuja resenha também será publicada em capítulos de duas páginas cada:   MANUAL DO INFINITO – Relatos de um Autista Adulto - escrito por um autor que fez filosofia, é professor, músico e escritor.   Autor: Henrique Vitorino – prefácio da Educadora Claudia Costin)

sexta-feira, 18 de agosto de 2023

CAP.07/08 - fichamento do livro - SANTOS DUMONT - O HOMEM VOA! - autor: HENRIQUE LINS DE BARROS

 Capítulo 07/08

        

         Voltando um pouco para o tempo dos balões em 1902.   O deputado Augusto Severo, amigo de Santos Dumont, após tentativas frustradas, tenta um voo em balão por ele projetado e montado em Paris.  Balão com hidrogênio.   Dois motores.    O balão explodiu no ar e matou Augusto Severo e seu mecânico.   

         Santos Dumont retornou ao Brasil em 1903 e ao ser perguntado sobre fazer balões aqui, ele disse que nós não tínhamos recursos técnicos para a fabricação dos equipamentos.

         “O quadro da nação ainda estava bastante contaminado pelas enormes limitações que o Brasil sentiu, desde o Alvará de 05-01-1785 de Dona Maria I, rainha de Portugal”.   (o livro cita o decreto completo).   Na essência o decreto proibia que no Brasil se montasse e operasse indústrias e manufaturas que poderiam atrair mão de obra rural para a cidade.   Cita o decreto que a desobediência resultaria na perda do empreendimento em “tresdobro” do valor de cada uma das manufaturas e afins.

         Decretou com isso  o atraso do Brasil com reflexos de curto, médio e longo prazo.   Esse alvará só foi revogado em 1808 quando a família real veio se instalar no Brasil, fugindo do exército de Napoleão.

         O alvará foi revogado, mas o estrago já estava feito.

         “Seria impossível, de fato, pensar em um país industrializado com uma população escrava sem qualquer poder aquisitivo”.

         Nos primeiros anos dos aviões, os militares viam mais potencial para uso em observações das posições de tropas inimigas.    “Mas permaneciam céticos, pois essas máquinas mais caiam do que voavam”.

         Em 1910 o francês Lavand voou pela primeira vez no Brasil com um avião que projetou e montou aqui.   O motor era de 45 cavalos e fabricado no Brasil.   Depois o projeto foi esquecido.

         Em 1914, o aeroplano projetado por J d`Alvear  “realizou os primeiros voos com grande sucesso”.   (no Brasil).   No avião em uso dele, o motor e hélice eram de fabricação francesa.

         Em 1912 o grande aviador francês Roland Garros se apresentou no Rio de Janeiro.

         Edu Chaves, brasileiro, era nosso piloto de aeronaves exímio na época.

         Em 1914, um tenente – Ricardo Kirk – morreu ao fazer voo de observação pelo Exército durante os sangrentos combates na região do Contestado (sul do Paraná e interior do oeste catarinense).   

         Eu, leitor, li um livro muito interessante sobre o absurdo que foi a guerra do Contestado.

         Iniciada na Europa a primeira guerra mundial em 1914, surgem inclusive no Brasil, escolas para formar pilotos de aeronaves.

         Santos Dumont deixou expresso em texto, sua reprovação ao uso do avião para fins militares em combate.   Carta dele de 1917

         Em 1911, usando um projeto francês, um militar alagoano montou o “Aribu” (urubu), um pequeno avião.

         Consta que os aviões foram aperfeiçoados de forma acelerada para fins de guerra e após cessar a guerra, ficaram ociosos e pilotos que só sabiam voar fez surgir o mercado de voos cargueiros comerciais.   Numa terceira etapa, surgem os voos de passageiros.    Paralelamente às diferentes fases, sempre houve os pilotos de acrobacias aéreas com suas manobras de exibição e de risco.

         Nosso primeiro engenheiro aeronáutico foi Guedes Muniz.   Nos anos 30 foi à França desenvolver seus projetos de aviões.   Após a estabilidade política do Brasil, ele voltou para cá.

        

                   Continua no capítulo final 8/8

quarta-feira, 16 de agosto de 2023

 Capítulo 06/08

 

         Em 1915 Santos Dumont, mais uma vez  demonstrou preocupação com o uso de aviões em guerras.

         Em 1918 Santos Dumont construiu uma pequena casa no Morro do Encanto em Petrópolis – RJ.  Deu à casa o nome de Encantada.

         Nessa casa, escreveu um livro de cem páginas com o nome:   “O que eu vi, o que nós veremos”.    Fala do futuro da aviação e fala da vida dele.

         Em 1919 através do Congresso Nacional, o governo brasileiro doa a ele a casa do Cabangu em MG onde ele nasceu.   Ele ficou muito agradecido e colocou até uma placa de agradecimento em frente à casa.

         Recebeu convites da França para voltar morar lá.  Em 1922, há aos 49 anos, resolveu retornar à França para morar.    Lá foi bastante homenageado.   Era homenageado na Europa junto com os destaques da aviação na guerra e se sentia angustiado.

         “Sentia-se mal, angustiado.   Internou-se para desfazer-se da ansiedade”.    Chegou a se tratar na Suiça.   Tempos depois, veio o diagnóstico: esclerose múltipla.

         Em 1927, Santos Dumont retorna ao RJ a pedido do povo e de autoridades.   Vem de navio.   Cientistas vem a bordo de um hidroavião na sua chegada, com ramalhetes de flores para lançar no navio que está atracando.   Era uma forma festiva de receber o inventor.

         Deu pane no avião e este caiu no mar e morreram os que estavam no voo.  “Santos Dumont também viu tudo”.    ...”caiu em prostração”.   Ficou no Brasil por pouco tempo.    Voltou a Paris.    “Mas não havia sido esquecido pelos amigos, colegas e era, sem dúvida, um mito da aviação”.

         1930.  Fim da Primeira República.  Movimento Tenentista no Forte de Copacabana, Coluna Prestes etc.   Prendem pessoas vistas como apoiadoras do velho regime.   Aumenta a melancolia de Santos Dumont.

         Prenderam inclusive um amigo dele.   Ele escreve:  “Caí doente com as notícias do Brasil e tenho medo de ficar louco.  Estou numa casa de saúde”.

         “Sua condição era crítica.   Não aguentava ficar mais em canto algum”.

         1932.   São Paulo se rebela contra o Governo Federal, governo de Getúlio Vargas.  Conflito e aviões de rondas pelos dois lados.

         Santos Dumont por uns tempos hospedado num hotel em Guarujá-SP, acompanhado de um sobrinho.   Isto aos 53 anos de idade.   Num descuido do sobrinho, Santos Dumont se suicida.

         São Paulo em revolução determinou que ele fosse embalsamado e o sepultamento seria em ocasião menos conturbada.    No final de 1932 acabou a revolução e o corpo dele foi levado para o Rio de Janeiro, capital federal, onde foi apresentado ao público, velado e sepultado no cemitério São João Batista.

         “Morreu um homem que soube ser simples apesar de sua projeção.”

         “Morria Alberto Santos Dumont que não deixou descendentes.”

         Nos tempos dos inventos em Paris, o hangar e oficina de trabalho dele eram visitados inclusive por celebridades como a Princesa Isabel, o rei da Bélgica e o rei da Espanha.

         Há várias fotos de Santos Dumont e seus aviões nas páginas 40/44.

         O Legado de Santos Dumont

         No Brasil, dia 23 de outubro é o Dia da Aviação.

         Aviões Tucano de acrobacias.   Motor de 750 HP.   Aviões usados inclusive na Esquadrilha da Fumaça, ligada à FAB Força Aérea Brasileira.

         A empresa Embraer produziu modelos como o Tucano, Bandeirante, Xingu e o ERJ 145 para voos regionais.

        

         Capítulo 07/08

domingo, 13 de agosto de 2023

CAP. 05/08 - fichamento do livro - SANTOS DUMONT - O HOMEM VOA! - autor - HENRIQUE LINS DE BARROS

 capítulo 05/08                              leitura agosto de 2023

 

         O avião Demoiselle.   Equipado com motor de cilindros opostos, invenção de Santos Dumont.    Voando e os concorrentes também fazendo seus voos.    Vários acidentes ocorrem no setor.

         “Era tempo de parar e ver o que os outros estavam  fazendo”.  

         Em 13 de janeiro de 1908, Farman ganhou o prêmio de 50.000 francos ao realizar o primeiro voo homologado de 1 km em circuito fechado, ou seja decolar em um ponto, fazer um voo com trajetória circular e pousar no mesmo ponto, ora com vento a favor e ora com vento ao contrário, se houvesse vento.

         Em 1906 também estavam em alta os balões dirigíveis na Alemanha, Inglaterra, França etc.   Tempo do balão Zeppelin LZ-3 que conseguiu voar e obedecer ao piloto em termos de direção.

         O americano Wilbur Wright iniciou em 1908 uma série de voos em Le Mans na França com sucesso.    Ele por um lado precisava de uma catapulta para ajudar o avião na decolagem, mas estando no ar, conseguia voo de até 60 km.      Para decolar, a catapulta ou a ação de vento ao contrário como alternativas.

         Pela resistência e leveza, o avião de Santos Dumont tinha bambu na estrutura (leve e resistente) e esta se mostrou funcional para seu modelo Demoiselle.

         O desafio de atravessar voando o Canal da Mancha que liga a França e a Inglaterra por ar.   O desafio foi vencido em 1909 por um francês.

         Nesta altura, os Exércitos já tinham forte interesse na aviação para fins militares e isto impulsionou mais o setor de aviação.

         Ainda em 1909 houve uma grande competição na França e havia 23 aviadores inscritos.   Santos Dumont estava inscrito mas não concorreu.

         “Não havia mais dúvidas: o avião era uma das maiores invenções do homem”.

         Houve propostas de fabricação em série do modelo Demoiselle, mas Santos Dumont não se interessou e deixou em aberto para quem quisesse fabricar o modelo.

         Vários países construíram aviões desse modelo com base em dados técnicos publicados por Santos Dumont em revistas especializadas.

         O Demoiselle era um avião leve e seguro e não tinha sofrido nenhum acidente com vítima fatal.

         Santos Dumont inventou o relógio de pulso por questão prática.    Amarrou um relógio no pulso para medir tempo e desempenho nos voos.

         “Em menos de dez anos ele havia realizado mais de duas dezenas de inventos”.   Criava, ajudava na oficina a construir e era piloto de teste dos inventos, correndo os riscos inerentes a cada um.   E nada de patentear seus inventos.

         Testou todos seus inventos, correu todos os riscos, sofreu todos os acidentes:  “Nestas circunstâncias tinha, durante dez anos, recebido choques mais terríveis, sentia-me com os nervos cansados  (...).  Anunciei a meus colegas a intenção de por fim à minha carreira de aeronauta.  Tive a aprovação de todos”.    “Retirou-se mas não foi esquecido”.

         Em 1913 os aviões já voavam a 5.000 metros de altitude.  Foi uma evolução muito rápida.

         Em 1910 Santos Dumont foi promovido a Comendador da Legião de Honra do Aeroclube de Paris.

         “Santos Dumont foi recebido com muita honra no Brasil”.

         Morando na costa da França em 1914, começa a guerra e ele é preso por engano, suspeito de espionagem.   Depois viram o erro e libertaram o inventor.    “Ele então destruiu seus papeis e deixou a Europa.”

 

         Capítulo 06/08

sexta-feira, 11 de agosto de 2023

CAP. 04/08 - fichamento do livro - SANTOS DUMONT - O HOMEM VOA! - autor - HENRIQUE LINS DE BARROS

capítulo 4/8                        leitura - agosto de 2023

 

                   Os militares franceses já acompanhavam de perto a evolução dos balões que poderiam ser usados também na esfera militar.

         “A França já havia utilizado balões durante  o Cerco de Paris de 1870”.   Os USA, na Guerra da Secessão (1861 – 1865) e o Brasil na Guerra do Paraguai (1864-1870) usaram balões para monitorar os movimentos das tropas adversárias.

         “Mas a proposta de vir a se utilizar uma aeronave dirigível era um salto, uma verdadeira revolução na arte de guerrear”.

         Em 1904 quando Santos Dumont lançou o livro Dans L´Air, já dizia:  “Nossa única esperança de navegar no ar... devemos procura-la na natureza das coisas, no mais pesado que o ar, na máquina voadora ou aeroplano”.

         Os inventores franceses e trocas de experiências com os americanos.   Os americanos irmãos Wright, dentre eles.  Pelos anos 1903.   Tempos de voos planados.

         Santos Dumont e um voo de 12 segundos num planador protótipo.  Percorreu 36,5 metros voando.

         Os americanos procuravam não mostrar seus voos para talvez fechar contratos mais adiante por vultosas somas.   Já Santos Dumont dava ampla publicidade aos seus voos e também aos seus experimentos.

         Só em 1908 os americanos colocaram ao público seu protótipo mais elaborado.  Já não era pioneiro no voo em aeroplano mais pesado que o ar.

         O Aeroclube de Paris e os prêmios.    A quem decolasse sem vento, percorresse ao menos 100 m voando e pousassem sem acidentes.   Isto em 1904.

         “Em 06-06-1905, o francês Voisin apresentou-se com um planador rebocado por uma lancha.   Realizou três voos, o mais longo, de 600 metros.”

         Santos Dumont, sempre estudando os casos e presente nas apresentações dos inventores.   Em 1905 os irmãos americanos, que não deixavam especialistas inspecionarem seus voos de teste, anunciaram que voaram algumas dezenas de quilômetros.    A notícia gerou polêmica no Aeroclube de Paris.

         Um dos integrantes do clube matou a charada.   Na França se oferece um prêmio de 50.000 francos a quem voar apenas 1 km e por que os americanos não vem aqui fazer o voo e levar o prêmio?

         Em 1905, Santos Dumont lança o balão nº 14,   Um balão para competição.   Voava inclusive sobre o mar, o que atraia plateias ainda mais entusiasmadas.

         “Mas em 1906, Santos Dumont surpreendeu a todos ao apresentar...   um aparelho mais pesado que o ar.   Por que ele não disse que estava nessa corrente da aviação?”

         O protótipo de avião dele tinha células tipo caixa, motor de 25 cavalos, 10 metros de comprimento e 12 m de envergadura  (de asa a asa).

         “é o único avião da história em que o piloto vai em pé...”    O balão era número 14 e o avião também era 14 e o povo passou a chamar o avião de 14 Bis.

         Curioso é que muitos pilotos passaram por balão, depois para planadores e em seguida para aviões mais pesados que o ar.    Já Santos Dumont saltou da fase de balão, direto para os voos mais pesados que o ar.

         Em 13-09-1906  Concurso em Paris sobre voos.   Vários concorrentes e Santos Dumont em seu 14 Bis ultrapassou a meta de 100 m e voou 220 metros.  Voo a seis metros de altura, velocidade de 41 km/hora, ficando 21 segundos no ar.  Foi o ganhador do prêmio e entrou para a história.

         “O homem voava pela primeira vez:  um voo público, com testemunhas, com o rigor que tal situação requer”.    (página 28).

         O avião havia sido inventado.    Na premiação foi destacado que Santos Dumont não era engenheiro, mas sim um autodidata no setor.   Ele ficou muito feliz com sua invenção e agora seu desafio era tornar os voos mais seguros.

 

                   Continua no capítulo 05/08