capítulo 2/15
Tomo I - O Autista e
o Mundo
Amizades de vento: Noções de distância e proximidade.
“Não é porque sou atípico em meu afeto que preciso ser
considerado estranho”. ...”a sociedade
neurotípica não entende por que às vezes eu preciso me afastar da bagunça sadia
com os amigos”.
“Quanto mais um autista é estimulado – seja pelos sentidos
ou pelo âmbito psicológico -, mais estresse ele sentirá”.
...”ficamos exaustos várias vezes por dia. “Eu mesmo que sou um autista nível 1...”.
Se você é responsável por um autista nível 2 ou 3 “descubra qual a melhor forma que a pessoa
autista gosta de viver o seu dia.
Equilibre atividades que exigem mais energia (como tomar banho, estudar,
escovar os dentes ou receber visitas) com outras que revigoram: videogame,
computador, assistir filmes etc.
...”se sentir obrigado a fazer algo, pode gerar gatilhos que
lhe causarão crises nervosas ou sensoriais”.
...”os momentos de hiperfoco nos causam um prazer inexplicável”.
“Eu fui diagnosticado como autista aos 29 anos de
idade.” Já perdi inúmeras
oportunidades de sair porque sabia que ficaria mal...
“Para mim a dor, o medo, a tristeza, a raiva e o luto, por
exemplo, são emoções confusas”.
“Preciso de muito tempo para poder compreender...”
“Existem autistas que simplesmente preferem não se aproximar
das pessoas, e é um direito deles”.
“Somente eles sabem como é difícil agir socialmente quando
não há nenhuma disposição para isso”.
“A ida ao supermercado nos exige óculos escuros e protetores
auriculares”. Os ruídos típicos de
uma cidade assustam e nos deixam tensos.
“Quando precisamos de um tempo para nos afastar, estamos
simplesmente nos organizando por dentro.
A melhor coisa a fazer é ter um pouco de paciência. Esse descanso, sim, nos fará muito bem”.
Capítulo – Eu quero os meus direitos: ativismo autístico no mundo neurotípico.
Uma realidade. O
diagnóstico do TEA Transtorno do Espectro Autista é caro.
“Como autista diagnosticado, verbalizado e falante, sinto-me
na obrigação moral de lutar pela visibilidade das pessoas que estão à margem
dentro da própria comunidade autista”.
Diagnosticado aos 29 anos... “antes eu pensava estar em outras condições
mentais como bipolaridade ou esquizofrenia”.
Muitos casos de pessoas que não tem condições financeiras
para ter acesso ao diagnóstico e há entre outros, casos de “pessoa ter receio
de ser estigmatizada como uma pessoa fora do normal”.
Eu me revoltei quando minha mãe me recomendou procurar ajuda
especializada. Na ocasião, respondi a
ela: - Você está dizendo isso para me tratar como incapaz!”.
O diagnóstico... “ele
é um salvo-conduto para eu ser e existir da minha maneira”. E passo a ter o amparo da lei. Lei da Pessoa Autista ou Lei Berenice
Piana.
“Graças a essa lei, também somos protegidos pelo Estatuto da
Pessoa com Deficiência”.
Os autistas tem dificuldade para ter acesso ao ensino
superior. Há em várias universidades os
Coletivos Autistas que buscam atrair autistas para o ensino superior. Nos meus tempos de curso superior, entre os
dramas, os trabalhos em grupos e apresentar seminários em público.
Continua no capítulo 3/15
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