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sexta-feira, 22 de setembro de 2023

cap. 11/20 - fichamento do livro - MANUAL DO INFINITO - Relatos de um Autista Adulto - Autor: HENRIQUE VITORINO

 capítulo 11/20                        setembro de 2023

 

 

         Já vi casos de pessoas que foram desacreditadas  no seu diagnóstico.   Já vi caso de médicos desacreditando pessoas autistas por estarem “velhas demais” para o diagnóstico e que “não seria bom arrumar mais esse problema”.

         “Quando eu finalmente me entendi neurodiverso e obtive o diagnóstico clínico, tinha licença legal para ser quem sou”.

         “O laudo me deu segurança psicológica...

         4 – Existe algum lado ruim de ter o diagnóstico?

         Eu só soube do diagnóstico aos 29 de idade e houve pontos negativos e positivos nisso.   Convivi mais com a sociedade.   “Eu não faria tantos amigos neurotípicos como eu fiz”.

         “Eu fui um autista criado como neurotípico o que me fez sofrer muito.”

         Por outro lado, o extremo de ser criado numa redoma, também não é bom.

...”Resta saber como equilibrar os dois pesos da balança com prudência”.

         5 – Existem divisões ou rixas dentro da comunidade autista?

         Ela fala vários discursos.   Seria positivo.   Se o espectro é amplo, as vozes também devem ser amplas.

         6 – Todo autista é inteligente?     É mais um mito a ser combatido.

Filmes e séries de TV não raro colocam autistas como gênios e a sociedade tende a generalizar isso.

         ...”eu duvido que os roteiristas neurotípicos tenham se importado em mostrar seu trabalho à revisão de pessoas autistas antes de definir a versão final do roteiro”.

         “Ao criar um personagem é preciso que o roteirista revele nesse personagem toda a complexidade de um ser humano real”.

         7 – Autistas sempre fazem as coisas certas?      Ser autista... não é ter um atestado de caráter.   “Não são todas as pessoas no espectro que possuem o mesmo senso de justiça”.

         “O que é questionável é ver pessoas autistas aceitando vender terapias que não funcionam, remédios sem prescrição médica...    e até mesmo a cura para o autismo”.

         8 – E se um autista tiver preconceito, o que eu faço?     ...”É claro que existem pessoas neurotípicas maldosas, assim como podem existir pessoas autistas maldosas.   Vai do caráter...”

         9 – Os neurotípicos são odiados pelos autistas?

         ...”Meu avô foi a primeira pessoa que me acolheu quando saí do armário da sexualidade.”    “Não consigo ficar um dia sequer sem pensar nele.”

         “Meus amigos de hiperfoco são todos autistas: somente eles podem entender o meu mundo.   Os meus amigos-suporte são todos neurotípicos pois somente eles me fazem entender o mundo”.

         10 – Como os autistas podem participar da comunidade maior?

         ...”Entendo o motivo para tanta ansiedade: descargas hormonais, um cérebro irrequieto e uma criatividade desesperada para ser utilizada”.

         “O Manual do Infinito é a celebração da beleza de ser diferente.”

         Capítulo:  Mente de diamante:   o pensamento rígido no autista.

         “A Nelson Rodrigues e Carlos Heitor Cony, meus mestres literários”.

         “Defino o pensamento rígido como a inabilidade de compreender a relatividade das coisas.

         “Uma das características do pensamento rígido é exatamente essa:  não conseguir colocar-se no lugar do outro”.

         ...”minha hiperempatia muitas vezes me faz sofrer pelos motivos das outras pessoas mais do que elas próprias.”

         Por outro lado há pessoas autistas que não conseguem entender as razões, os valores ou os sentimentos alheios”.

         Há que se trabalhar a questão do luto com os autistas.

        

         Continua no capítulo 12/20

terça-feira, 19 de setembro de 2023

CAP. 10/20 - fichamento do livro MANUAL DO INFINITO - Relatos de um Autista Adulto - Autor: HENRIQUE VITORINO

 capítulo 10/20

 

         ...”importante para mim: o contato visual é tão intenso quanto um abraço”.

         Observo muito o gesticular das mãos de quem está falando comigo...

         Capítulo: Pensamentos que machucam: o cérebro incansável e a memória sensorial.

         Sempre buscando coisas de forma criativa.   “Talvez a minha obsessão pela criatividade seja influência da irritabilidade frustra difusa, diagnóstico que recebi aos três anos de idade.”.

         Algumas habilidades atribuídas a superdotados.   “Outras pessoas se impressionam com a dita qualidade de minha atuação teatral, mas não sabem quanto tempo eu estudei e sofri para chegar lá”.     (por acaso hoje é dia 19-09 e é celebrado desde 2017 por lei como Dia Nacional do Teatro).

         Em 1997, eu estava com seis anos de idade.  Nesse ano em Brasilia jovens puseram fogo no índio Galdino que estava dormindo num banco da praça.  Fiz uma redação sobre o caso na época e a professora achou a redação impactante para minha idade.

         Nos estudos eu era melhor em Ciências Humanas e menos habilidoso em Exatas como Matemática, Física e Química.

         “Fui vítima de bullying em diversos sentidos ao longo da vida.   “Na adolescência tive uma séria regressão do ponto de vista social:  passei a ficar isolado...  ...”sofrimento sem verbalização”.

         Meu filme curta metragem (duração de nove minutos) se chama “Vovô, preciso te contar uma coisa”.

         “Se eu fico nervoso, tenho a tendência de perder a capacidade de saborear um alimento; meus ouvidos, por sua vez, ficam muito mais sensíveis”.

         Capítulo:  Sobre a arte de parar:  Hiperfocos e interesses específicos.

         “O hiperfoco nos impede de trabalhar com coisas que não nos dão prazer”.    ... escrevi enquanto estava fazendo comida...     “Preciso dominar melhor a arte de parar”.

         Glorificam nosso hiperfoco mas ele tem consequências negativas também.     ...”sobrecarga mental...”

         “Criar métodos no escrever, por exemplo.   “A constância é muito melhor do que o impulso frenético e, muitas vezes, violento”.

         “Foi dosando a minha energia que consegui chegar até aqui”.

         ...”me coloquei à disposição para ser estudado.  É preciso ir até o fim.”

         Capítulo: Lado B:  os segredos do meu espectro.   “Adianto que nem todas as pessoas autistas podem concordar comigo, mas creio que boa parte delas irá me compreender”.    Meus três objetivos neste livro:  1 – mostrar pontos comuns e divergências entre pessoas no TEA  (transtorno do espectro autista).

         2 – Exemplificar suas diferenças...

         3 – Auxiliar pessoas do espectro, parentes e quem interage com eles.

         No livro cometerei falhas.  Outras pessoas autistas podem continuar e melhorar a obra que eu comecei.

         Como você vê a sociedade neurotípica através do autismo?

         ...Em certos momentos íntimos.   Ficar nu.   “Não existe nenhum problema em utilizar-se da nudez na solidão autista”.   “Também não me incomodo com a nudez alheia, pois não as vejo com outros olhos”.

         No amor...  “o bom mesmo é juntar a nudez da alma com a nudez do corpo.”.

         Pergunta:   É normal surtar quando ganhamos nosso diagnóstico médico?

         O sofrimento dos tempos de esconder a condição de autista, de homossexual.   “Uma vida no armário é condicionada ao silêncio, à humilhação intrínseca, ao pensamento de que não temos valor”.

         “Existimos mas logo somos rejeitados.

                  

         Continua no capítulo 11/20

domingo, 17 de setembro de 2023

CAP. 09/20 - fichamento do livro - MANUAL DO INFINITO (Autismo - Relato por um Autista Adulto) - HENRIQUE VITORINO

 capítulo 9/20

        

         Capítulo – Vida cartesiana: o método autista de viver e sobreviver.

         “Conhecendo a história da humanidade, suas culturas, tradições e crenças, encontrei muitas coisas úteis e inúteis”.

         Meus 22 métodos...        ... número 11 -  “Ao ver meus amigos-suporte, sinto imensa vontade de segurar seus polegares”.

         15 – digitar no computador usando  modo com som de máquina de escrever.   (gosto disso)

         17 – “Tenho um arquivo que se chama Dicionário de Dores, onde anoto coisas que me incomodam e que potencialmente podem se tornar ficção ou poesia”.

         ...”ouço melhor as vogais do que as consoantes”.

         “Preciso de dois ou três dias para me recuperar de uma crise  não violenta.   Crises lesivas demoram mais tempo”.

         ...”O contato com outras pessoas autistas me permitiu ampliar e melhorar minha estratégia no que tange minhas próprias dificuldades sensoriais e emocionais”.

         Convivência entre autistas e neurotípicos é muito benéfica: ambos podem aprender reciprocamente...”

         ...”O problema é quando o neurotípico (a pessoa dita normal na sociedade) assumem que a sua visão de mundo é a única correta.” 

         Não é incomum  ouvir por aí pessoas recriminando autistas com frases do tipo:   “Ele não tem nada e está na fila preferencial”.     “Você só tem crise quando eu falo o que você não gosta”.

         ...”O Manual do Infinito possui muito de minhas ideias e conceitos mas também de insônias, suor e lágrimas”.

         “Aqui está um autista que tem a cabeça firme o suficiente para acreditar na vida e que não tem medo do trabalho duro”.

         Capítulo:   Tortura:  a hipersensibilidade autística em um mundo neurotípico.

         Tenho a aptidão de possuir o chamado ouvido absoluto.   Isso me ajuda na música como violonista e cantor.

         Alguns embaraços por conta do ouvido absoluto:  “Passei a querer afinar tudo ao meu redor”.   “Aos poucos, passei a sentir raiva de pessoas que falavam alto”.

         ...”minha mãe sofre de epilepsia refratária...”

         Cantando em barzinho, ouvindo as conversas do público, recebendo aplausos ao fim das músicas...  o ouvido sofre por conta da hipersensibilidade.     ...”Não sei quando está calor o suficiente para tirar meu casaco, ou quando está frio para coloca-lo”.

         Capítulo:   Caminhos da pele: o autismo e o contato físico

         ...”a pele é complexa e é o maior órgão que temos...”

         “Se o cérebro de uma pessoa é diverso, as suas sensações táteis serão diversas igualmente”.

         Não sou muito de abraçar as pessoas, mas vivo numa sociedade que tem o costume do abraço nos cumprimentos.

         “O toque físico me liberta dos pensamentos mas ele deve ser de maneira que não me estimule em excesso.      ...”cada autismo tem a sua própria medida”.

         “Fico muito nervoso quando crianças são coagidas pelos adultos a cumprimentar quem não conhecem...”

         ...”se ensaboar no banho... sensação boa...    “Aprendi a descobrir meu corpo na puberdade através dos banhos”.    ...”possui zonas erógenas.  Na idade adulta, aprendi que só devo compartilhar esta minha dimensão com uma pessoa que realmente me ame e que não me queira fazer mal”.

         Prefiro dormir na minha cama.   “O peso dos cobertores comprime meu corpo continuamente, o que me dá conforto”.    Preferência, em casa, uso de roupas largas.    “Para sair, gosto de usar roupas extremamente apertadas”.

 

         Continua no capítulo 10/20

sexta-feira, 15 de setembro de 2023

8/20 - fichamento do livro - MANUAL DO INFINITO - (Relato de um autista sobre Autismo) - Autor: HENRIQUE VITORINO

capítulo 8/20

 

         “Como lidar com todas essas pulsões, desejos, vontades, medos e afetos?  Ora, cada pessoa autista possui a sua resposta correta.  No meu caso, prefiro frear minhas sensações emocionais através de um rígido método de pensamento”.     (lembrando que o Henrique é graduado em Filosofia...)

         “Eu sinto até demais: por isso que preciso de cautela”.    ...”sou capaz de me apaixonar por qualquer pessoa que eu conheça”.   “Não no sentido erótico ou afetivo, claro.  Sinto o intenso desejo de conhecer profundamente as pessoas que gosto...”

         “Isso assusta uma pessoa que não conhece a hiperempatia, o que pode ser um problema”.  Busco autoconhecimento.

         ...”Não desejo ser um guru para ninguém....    O esforço de escrever este livro...  gesto de empatia ...   receber o lucro social e financeiro pela qualidade desse trabalho é justo.

         “A minha voz, no entanto, deseja trazer muito mais vozes autistas para a discussão sobre o autismo na sociedade”.

         “Sou um autista: não preciso de muita coisa para ser feliz”.

         Capítulo -  Moto-contínuo: a recepção (e seus prazeres)

         Cita o filósofo Kant e seu lado metódico.   “Comparada à sapiência de Kant, a vida social parecia fútil”.      ...”conseguiu ser um dos maiores cientistas do seu século.    O autor aqui coloca uma vaga hipótese:   teria sido Kant um autista?

         “Sempre me diverti quando via os neurotípicos gritando “Chega!” ao se enjoar de  repetições.  Não tenho o mesmo tédio que eles.  Ao contrário, a repetição me acalma”.

         Escrever ouvindo música “e ainda redescubro a beleza do que escuto pela enésima vez”.

         No texto, evitar dentro do possível, ficar repetindo palavras.    Ter um bom vocabulário ajuda nessa tarefa.

         “Evito o café porque sou uma pessoa naturalmente elétrica...   Se consumir muito...  fico ainda mais ansioso”.

         “Não sou muito habituado a trocar a minha alimentação... o que pode ser ruim do ponto de vista nutricional.

         ... rituais .....  “o bar mitzvá (judaico)”, que transforma o garoto judeu em homem integrante de sua comunidade”.

         Tenho um livro de poesias com mais de 200 páginas e que ainda não foi publicado.    ... escrevo bastante e publico pouco...   “é por isso que sonho em ser poeta,  roteirista e escritor”.

         É muito bom que eu aprenda a usar o meu hiperfoco para ganhar a vida”.     ...”uma pessoa autista pode mudar, desde que seja de acordo com a sua vontade”.

         ...”essa mudança é natural, embora não seja frequente.”

         Extroversão versus introversão.   Uns...  “utilizando a introversão como forma de se proteger dos estímulos”.

         Terapias que prometem “curar” o autismo ou tornar a pessoa autista mais sociável podem ser violentas.

         O conto do Henrique citado no livro, conto A Pipa.  É escrito na forma de palíndromo.  Dá para ler desde o título de forma invertida.   O conto até o meio vai organizando frases e do meio em diante é estruturado para ter tudo o mesmo sentido lendo frase por frase da primeira à última ou da última à primeira.  (algo bem intrincado).

         O autor diz sobre esse conto:   “Este é o meu amor secreto pela repetição”.

 

                   Continua no capítulo 9/20


quarta-feira, 13 de setembro de 2023

CAP. 7/20 - fichamento do livro - MANUAL DO INFINITO - Relatos de um Autista Adulto - Autor: HENRIQUE VITORINO

 capítulo 07/20                    setembro de 2023 

 

         ...”sou pontual... Eu simplesmente me canso de ser tão exigente comigo mesmo”.

         Trajetos com imprevistos que causam atraso...  me causam estafa.

         Ouvir música em momentos de espera.  Ritmo normal ou ritmo por mim editado que pode se estender bastante.   Modo de tolerar esperas.

         Cita a música How Deep  is Your Love? Do grupo Bee Gees.  Editei essa música para durar 46 minutos.   Ouvi-la assim me ajuda para acalmar em casos de espera etc.

         A música repetida, um grande calmante.  Efeito semelhante ao slim de agitar as mãos ou balançar o corpo.

         Meu lado extrovertido, eu, Henrique Vitorino, apelido de Vitorino.   Pergunto ao meu lado Vitorino:   “Ei, não vai sair hoje, interagir socialmente?

         Dica aos autistas para não perderem prazos.    > faça as coisas com antecedência por mais chato que seja.

         >  tente organizar o tempo para tais tarefas.      (aqui como leitor e resenhista do meu jeito, procuro seguir um ritmo de leitura e produzir em média um capítulo a cada dois dias).

         No geral do autista...  “ter extrema dificuldade de fazer as atividades na hora certa”.

         “O direito de contemplar os próprios pensamentos é sagrado”.

         Capítulo -  Autistinder: a saga do autista apaixonado.

         “Com todo o apoio da minha baixa estima, sempre me senti desajeitado...   mas meu amor pelas mulheres talvez não inclua o contato físico íntimo, algo que desejo quando estou atraído por um homem”.

         “Não teria receio de namorar qualquer pessoa, desde que me sentisse inclinado a deseja-la, e pretendesse dividir meu mundo autista com ela.”

         “Precisei assumir para mim mesmo...   que meu desejo é diverso da norma social padrão”.

         ...”Em troca da aprovação social, eu seria completamente infeliz”.

         “Amo e aprendo com as mulheres...  mas preciso de um suporte amoroso masculino.”

         (Esse papo sobre formas de amar me deixa um tanto desconfortável.  Questões de foro íntimo dessa magnitude nunca deveriam ser justificadas.  Nós somos o que somos e ponto final)

         Manias e gostos.     “Eu sou um autista que possui hiperempatia, ou seja, a intensa capacidade de gostar de uma pessoa e colocar-se em seu lugar.”

         “Isso pode gerar alguns problemas quando desejo ajudar pessoas que não me pediram ajuda, ou quando amo alguém que não possui os mesmos sentimentos que eu”.    Dos amigos-suporte...   “necessidade de ter o retrato deles em meu álbum de fotos...   Sou exigente...   afetos...    “Raríssimas pessoas que conheci puderam me devolver aquilo que eu lhes oferecia”.

         “Eu não me sentia amado por ninguém – nem por mim mesmo”.

         “Já tive milhões de ideias para encontros que nunca se concretizaram.”

         Exigente...   “fico cansado quando estou com meus amigos, eles também ficam cansados ao estar perto de mim.”.

         “É importante que autistas e neurotípicos possuam estratégias para não se deixar abater pela dor da solidão ou da carência”.

         ...”Incentivar a criança/adolescente autista a fazer suas tarefas íntimas sem ajuda dos suportes, tais como vestir a própria roupa, usar o vaso sanitário ou tomar banho”.  

         ...”autistas podem se apaixonar por pessoas neurotípicas ou por outras pessoas autistas também.”

         O amor independe do espectro e é infinito nas suas milhares de formas, cores e sabores.

         “O amor... melhora o humor e a autoestima, nos dá qualidade de vida e felicidade”.

         Capítulo -   Frieza:  a lógica sentimental de um autista.

         A palavra empatia surgiu do termo grego páthos que tanto pode ser traduzido como paixão ou como doença.  Exemplo:  psicopatia.   “Empatia tem a ver com paixão e também com doença.    Quando nos apaixonamos, perdemos a capacidade de raciocinar sobre a pessoa amada”.

         Para a pessoa apaixonada, seu par escolhido é perfeito.

 

        

         Continua no capítulo 8/20

segunda-feira, 4 de setembro de 2023

CAP. 06/20 - fichamento do livro - MANUAL DO INFINITO - Relatos de um Autista Adulto - HENRIQUE VITORINO - agosto/23

capítulo 6/20

 

CAP 06/20 - fichamento do livro Manual do Infinito - Relatos de um Autista adulto - HENRIQUE VITORINO

"Ao mesmo tempo em que a comunidade autista é diversa, sofremos com o estigma da solidão."

"Eu defino a amizade-suporte como aquela que transmite confiança à pessoa autista..." "São ilhas de segurança... É comum que pessoas autistas tenham amizades-suporte em pessoas mais velhas".

O TEA Transtorno do Espectro Autista não aceita resumos: ele é plural como o espectro infinito das cores".

"Tenho a graça de simplesmente não gaguejar quando estou me dirigindo a autistas".

Amigos autistas conhecidos por Henrique na web. Fábio Sousa, Fernando Murilo Bonato, Carol Souza (pedagoga) e autista nível 2.

"Todos nós temos o nosso lugar na comunidade". É preciso que os autistas falem por si mesmos". "Que todas as narrativas autistas sejam ouvidas e valorizadas".

"Precisamos ouvir as mães e os pais autistas que criam filhos autistas".

Naturalmente exímio: um cérebro que não cansa de ser atípico. O autor diz que com frequencia recebe elogios por atitudes e habilidades dele. Ouvido aguçado, realizações, estudos, artes. "Esse é um recorte positivo sobre o autismo - o que é bom, mas não há nada de incrível em mim".

"O autismo não é um impedimento para uma vida feliz..."

"Essas ditas habilidades autistas me causam muito sofrimento, mas também foram diferenciais que me fizeram evoluir na vida profissional".

..."me concentro demais (e cobro de mim ser o melhor naquilo que coloco em foco). Chega a ser penoso..."

"É ótimo ser disciplinado no trabalho, mas o preço que pago é alto: não consigo relaxar quando vou me distrair".

Construção do livro. ..."depois leio tudo em voz alta para revisar a sonoridade do texto, ou peço que o computador leia por mim". Para isso uso o aplicativo TTS text to speech.

As sessões de psicanálise me ajudam... "Meu analista me incentivou a escrever muito." "O trabalho artístico me ajuda a manter o equilíbrio emocional: teatro, música, poesia e literatura".

"A psicanálise me fez perceber que a fama de menino prodígio me educou para a exaustão: ao cobrar muito de mim."

Meu livro com mais de cinquenta sonetos...

"É difícil explicar o arrepio da vitória que sinto ao terminar mais um texto, lê-lo em voz alta e ver que ele realmente traduz o que quero dizer."

Tomo II - Os bastidores do espectro - Capítulo - Meu jeito é meu mundo: organização e disfunção executiva.

"A crença generalizada de que toda pessoa autista é extremamente organizada não passa de um mito". Há os mais organizados, os mais focados em organizar certas coisas e há os desorganizados.

Me reconheço entre os organizados em certos setores e desorganizado em outros. Tenho boa habilidade em comunicação, mas me falta habilidade emocional.

..."eu me descuido em não conseguir manter uma relação de amizade de maneira constante e tranquila." ..."aprendi a ler e escrever com um ano e oito meses de idade..." ..."ministrei uma oficina de poesia aos quinze anos de idade... estudava hebraico aos dezessete.

"O que são todas essas habilidades fantásticas comparadas a não suportar o barulho de uma panela de pressão? "

"Eu sou um autista regulado e incentivado pelo prazer laboral." Nas festas de fim de ano geralmente os contatos autistas das redes sociais alertam: "cuidado com a estafa".

 

Segue no capítulo 07/20 

quinta-feira, 31 de agosto de 2023

CAP. 05/20 - fichamento do livro - MANUAL DO INFINITO - (sobre Autismo por um Autista) - HENRIQUE VITORINO - agosto/23

 capítulo 5/20

 

         Ouvindo a banda Bee Gees, álbuns como Odessa ou Living Eyes  “me causa estereotipia para relaxar...   Se eu não dançar provavelmente terei uma crise de felicidade”.

         “Falar de si usando a terceira pessoa...  não se expor muito...”

         Na fonoaudiologia, esse fenômeno se chama especularidade.

         Gostaria ainda de falar das estereotipias violentas e as consideradas imorais”.

         “Eu encontrei a solução de usar meu mordedor (usual no esporte) ou bater num travesseiro da raiva... para descarregar minha energia.”   Mantenho minhas unhas curtas para não me arranhar.

         Zonas erógenas incluindo os mamilos.   “A própria excitação é um meio de acalmar os estímulos ansiosos.”

         ...”Toda pessoa autista já sabe:   o estresse está insuportável?   Vamos sacudir o corpo!”.

         Capítulo -  Deixa eu falar, Doutora:  Conversa com profissionais que lidam com autismo.      “...nascemos em um mundo que ainda não nos acolhe como neurodiversos”.

         “No ambiente escolar ... somos frequentemente tratados como sacos de pancadas dos outros colegas...”

         “Toda pessoa que procura ajuda sobre autismo está sofrendo”.

         “O meu mundo autista tem alergia ao curandeirismo e ao charlatanismo”.

         “Em relação ao autismo, é possível encontrar modos para desenvolver qualidade de vida da pessoa”.

         Há no Brasil as leis e a CIPTEA Carteira de Identificação de pessoas no TEA Transtorno do Espectro Autista.

         Capítulo -  Que Qisso? : níveis de suporte e níveis de capacitismo.

         O nome deste livro é Manual do Infinito porque há uma infinidade de nuances no universo do autismo.

         A Ciência vai buscando formar tabelas par enquadrar as pessoas em níveis, mas na realidade as pessoas não cabem nas “caixinhas” destinadas a explica-las com a tabela.

         Dos três níveis de autismo descritos, o autor aqui é nível 1, mas ele vê em si situações que transita por outros níveis do autismo e nisso ele não está só, muito pelo contrário.

         Capítulo – O legado para os autistas do amanhã:  O que penso do futuro.

         O diagnóstico do autor, de 29 anos de idade.

         “...depois de 29 longos anos de sofrimento, inadequação social, violência, desespero e medo, medo de tudo”.

         Após o diagnóstico, vontade de lutar pelos autistas.

         “Como sou movido por desafios e possuo interesse específico em Comunicação e Humanidades ...  se uma criança neurotípica convive com uma criança autista na sala de aula, ela aprenderá na prática que o autismo não é uma doença”.

         “Não podemos ter o luxo de ser omissos diante das lágrimas de alguém”.

         “O ser humano é o filho ingrato da Natureza”.

         ...”sinto vontade de ser a mudança do mundo”.   (defender  a Natureza).

         Lutar e sonhar alto para si e para os demais autistas no convívio social.

         Capítulo -  O melhor autista do mundo:  representatividade de autista para autistas.

         ...”onde estão os autistas negros, ... idosos... que se tratam contra a depressão... ?   Onde estão os autistas que não são aceitos por suas famílias?

         “Onde estão os autistas agêneros?”...

         “Se acaso digo alguma inverdade, espero ser corrigido.  Este livro inclusive, deseja suscitar a voz da comunidade autista pra falar sobre si mesma, a sociedade e o mundo”.

 

         Continua no capítulo 6/20