RESENHA DO LIVRO DO
DALTON TREVISAN – ANTOLOGIA PESSOAL
janeiro de 2024
Capítulo 1/6
Livro da Editora Record, ano 2023 – 1ª impressão – 450 páginas
Início da leitura dia 11/01/24
Ganhei este livro da filha Poliana no Amigo Oculto da
família no Natal de 2023. Ela sabe que
dentre minhas leituras, já li muitos livros deste grande autor curitibano e
então me deu este lançamento recente.
O longo prefácio desta obra é de Augusto Massi. Vamos a prefácio:
Entre 1959 e 2014 Dalton lançou a média de um livro a cada
dois anos. Estima-se que ele já produziu
mais de setecentos contos. Em 1939, ele
aos 14 de idade já publicava crônicas. “Em
1944 passa a trabalhar como repórter policial e crítico de cinema no Diário do
Paraná.”
Consta que os antigos índios tinguis tinham esse nome que significaria
nariz fino. Eram aqui da região onde
se situa Curitiba.
O Dalton logo despontou como um militante cultural. Bancou a criação do jornal Joaquim que
combatia o conservadorismo. Conseguiu
projeção nacional. Angariou adesões com
artigos de alto nível como Manuel Bandeira, Carlos Drummond de Andrade, Murilo
Mendes, Oswald de Andrade, Vinícius de Morais, Otto Maria Carpeaux, Antonio
Cândido. Livros lançados por Dalton,
há alguns ilustrados por Guido Viaro, Poty Lazzarotto, artistas plásticos curitibanos
de destaque.
Dalton, com o passar dos anos, passa a se esquivar... “não dá entrevista, não vai a congressos, a
lançamentos ... mesmo laureado, não comparece às cerimônias de entrega de
prêmios literários nacionais e internacionais...”.
Publicou sob contrato com editoras como a José Olympio,
depois pela Civilização Brasileira e depois pela Record.
Rebelde, andou publicando fora dos contratos, algumas obras
na base da rebeldia.
O único romance dele, A Polaquinha (eu li essa obra num livro que continha o
romance A Polaquinha e o outro, Pão e Sangue).
Obra publicada em 1985
Cita o livro As 99 corruíras nanicas editado em 2002.
“Dalton na casa dos 80 de idade... livros Rita Ritinha Ritão
(2005); livro Macho não ganha flor
(2006); O maníaco do olho verde (2008); Violetas e Pavões (2009).
Há tempos lançou a antologia de Contos Eróticos (1984). Isto após a Ditadura Militar que censurava
obras do gênero.
Em 1976 a censura proibiu o conto de Dalton chamado Mister
Curitiba, vencedor do concurso nacional de contos eróticos da revista Status.
“Olhando pelo retrovisor, Dalton repete 12 histórias
presentes no primeiro livro de contos lançado em 1979.
“Sétima antologia: Novos contos eróticos
(2013)”
No livro Pico na Veia lançado em 2002 é um livro da passagem
da transgressão regressiva da modernidade.
Frase de Dalton: “Curitiba – uma
grande favela do primeiro mundo”.
O autor
do prefácio em destaque coloca Dalton junto dos contistas de destaque: Clarice Lispector, Rubem Fonseca, Murilo
Rubião, Otto Lara Rezende, Luiz Vilela, Moacyr Scliar, Samuel Rawet, entre
outros.
Dalton
e seus 32 livros de contos. Livro Pão
e Sangue (1988); O Vampiro de Curitiba
(1965).
“Dalton
responde pela mitologia que enredou, de forma indissolúvel, a persona do escritor
à do seu personagem, conde Nelsinho.
Ambos estão fixados para sempre no crucifixo simbólico de Curitiba”.
Continua no capítulo 2/6