Elena, a criança de família napolitana, brincando com a
boneca. Num descuido da família, a
pequena se perde na praia cheia de gente.
Pânico na família.
Leda, a observadora, percebeu o pânico e se pôs a ajudar. Ela conseguiu encontrar Elena e devolve-la à família.
Agora a menina continua a chorar porque perdeu a
boneca. Leda volta da praia tendo
achado a boneca que sabia ser de Elena, mas guarda o brinquedo na bolsa e leva
para o apartamento. Atitude
estranha. Sabia que a menina chorava,
agora por falta da boneca.
Leda foi embora da praia naquele dia apesar de ter salvo a
menina, acabou depois levando consigo a boneca de estimação de Elena.
Tudo isso apesar de ouvir o choro da criança. Sobre esse fato, Leda reconhece: “Foi uma reação infantil de minha parte...”
No passado, quando Leda era criança, a mãe dela não brincava
com ela e a jovem mãe de Elena brincava com a filha pequena na praia.
A mãe de Leda, quando esta era pequena, não se fingia de
criança para brincar com a filha. Isto
faz falta para Leda. Tanto que quando
ela tinha as filhas pequenas, deixava as crianças brincarem com ela como se fossem
ambas crianças. A filha fazia de conta
que a mãe era sua boneca e então penteava o cabelo da mãe, fingia dar remédios.
Nessas ocasiões Leda se deixava passar por boneca da filha
mas não se sentia bem. Pensava: Tantos afazeres e ela ali brincando...
“No entanto, eu tentava manter a calma, queria ser uma boa
mãe”.
...”Fui muito infeliz naqueles anos.”
Leda teve uma boneca na infância e guardou. Quando Bianca era pequena, Leda deu essa
boneca a ela. Bianca não se entusiasmou
com a boneca. Gostava de outra boneca
que era de pano.
Um dia Leda surpreendeu Bianca sentada em cima da boneca e
ficou indignada. Ralhou com a filha e
tomou a boneca.
Na frente da casa, uma rua de grande trânsito de
veículos. Leda tomou a boneca da mão da
filha de três anos com violência e jogou a boneca na rua e os carros passavam
em cima. Tudo aos olhos espantados de
Bianca.
... “Ler e escrever
sempre foram a minha forma de me acalmar”.
Leda se lembrando de que no passado, quando ela saia pra rua
com as filhas já adolescentes, os olhares masculinos ela ainda achava que eram
para ela, mãe. Mas foi chegando o
tempo que a mãe teve que aceitar que os olhares dos rapazes de fato eram para
as filhas dela. Assim Leda percebeu
que era o fim de um ciclo.
Mais adiante, os namorados das filhas entravam com elas nos
respectivos quartos após darem um ligeiro oi para a mãe antes de se trancarem
no quarto. Ao saírem, um simples tchau
para a mãe das meninas.
A mãe se conformava porque queria que as filhas se sentissem
amadas.
Na conversa com Gino, de volta à praia... este que cuida dos guarda sois, Leda ficou
sabendo um pouco da família de italianos que ela vinha observando a dias.
Só teve de Gino menos informação sobre Toni, o marido de
Nina.
Leda relembrando com ciúme, da amiga de uma de suas filhas
no passado quando ambas tinham ao redor de 14 anos. Ficava injuriada de saber que a menina, já
mocinha, roubava a cena com sua beleza e facilidade de interagir com as
pessoas.
A mãe julgando as filhas...
“Bianca é antipática, eu pensava às vezes, e sofria com isso. Depois eu descobria que ela era muito
querida, tinha amigas e amigos, e senti que só quem a achava antipática era eu,
a mãe dela e aquilo me dava remorso.”
Continua no capítulo 4/6