Foto de um índio pataxó vendendo seus artesanatos no Parque do Centro Histórico de Porto Seguro - Bahia (foto de Orlando Lisboa de Almeida)
Foto de uma apresentação de capoeira para turistas. Local: Parque do Centro histórico de P. Seguro - Bahia
Acima, capoeiristas em apresentação para a platéia de turistas em Porto Seguro
Frutos de cacau em planta nova no Parque do Centro Histórico - Porto Seguro
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quinta-feira, 28 de junho de 2018
VISITA A PORTO SEGURO (III) - BAHIA - BRASIL - CENTRO HISTÓRICO - JUNHO 2018
Acima, foto da antiga cadeia que agora abriga um museu com apetrechos da navegação da época do descobrimento e um setor de objetos indígenas como cocares, peças funerárias, etc. Detalhes das janelas com sólidas grades de ferro.
O cruzeiro em frente à igreja e à cadeia e a vista para o mar com recifes de coral
Vista da Igreja de Nossa Senhora da Pena (protetora dos escritores, dentre outros) com torre e sino. Esta igreja funciona normalmente para função religiosa e compõe o centro histórico de Porto Seguro - Bahia - Brasil, Construída em 1730 e reformulada em 1773. Abaixo também uma visão da mesma igreja.
Detalhe da janela do prédio da prisão (hoje museu) no Centro Histórico de Porto Seguro
Acima e abaixo, foto do marco em pedra com o símbolo dos descobridores no Centro Histórico de Porto Seguro (os turistas andavam tirando lasquinhas da pedra para suvenir e então fizeram uma proteção de vidro temperado...)
Vista do mar a partir do Centro Histórico de Porto Seguro com destaque para os recifes de coral.
O cruzeiro em frente à igreja e à cadeia e a vista para o mar com recifes de coral
Vista da Igreja de Nossa Senhora da Pena (protetora dos escritores, dentre outros) com torre e sino. Esta igreja funciona normalmente para função religiosa e compõe o centro histórico de Porto Seguro - Bahia - Brasil, Construída em 1730 e reformulada em 1773. Abaixo também uma visão da mesma igreja.
Detalhe da janela do prédio da prisão (hoje museu) no Centro Histórico de Porto Seguro
Acima e abaixo, foto do marco em pedra com o símbolo dos descobridores no Centro Histórico de Porto Seguro (os turistas andavam tirando lasquinhas da pedra para suvenir e então fizeram uma proteção de vidro temperado...)
Vista do mar a partir do Centro Histórico de Porto Seguro com destaque para os recifes de coral.
VISITA A PORTO SEGURO II - FOTOS E COMENTÁRIOS DO CENTRO HISTÓRICO - JUNHO 2018
Na praça anexa ao centro histórico há um monumento ao descobrimento conforme se nota em parte pela foto acima. (foto de Orlando Lisboa de Almeida).
Mais um detalhe do mural na praça do descobrimento visto acima.
Acima, uma visão do "quadrado" que é a pracinha em torno da qual estão as demais edificações como igrejas, cadeia (hoje Museu), cruzeiro, farol, etc. com vista para o mar ali do lado direito desta foto (fora do campo de visão)
Acima as ruinas do que foi o Colégio dos Jesuitas que era anexo à Capela de São Benedito, edificados em meados do século XVI. Centro Histórico - Porto Seguro - Bahia - Brasil
TURISMO EM PORTO SEGURO - BAHIA - BRASIL - PRAIAS E MUITA HISTÓRIA - JUNHO 2018
Visitamos Porto Seguro e arredores em seis casais de amigos de longa data quando fomos colegas de trabalho em Umuarama-Pr. Hoje o pessoal está espalhado pela região e continuamos antenados e sempre nos encontrando para celebrar a vida.
Nesta viagem em grupo, ficamos alojados em Porto Seguro e visitamos as praias locais e dos distritos de Arraial da Ajuda e Trancoso. Já no vizinho município de Santa Cruz de Cabrália, visitamos a Praia da Coroa Vermelha e a praia de Santo André, ou do 7x1, onde ficaram alojados os jogadores da seleção da Alemanha na Copa 2014.
Quando visito algum lugar que tem um conteúdo de história mais marcante, procuro sempre, além de visitar aquilo que todo turista "normal" gosta de ver, visitar os lugares de importância histórica, incluidos museus, como nesta viagem.
Santa Cruz de Cabrália tem o marco (uma cruz) no local onde foi rezada a primeira missa no Brasil em 1500.
Vou fazer uma sequência de pequenas matérias com a ordem cronológica dos locais que visitamos.
I - CITY TOUR pela parte histórica de Porto Seguro
Fizemos o city tour com uma companhia de turismo dentro de um pacote de viagem adquirido no hotel já em Porto Seguro. O centro histórico fica num local mais alto, coisa de uns 70 metros acima do mar e perto do centro da cidade. A base do centro histórico é composta de três igrejas do tempo dos Padres Jesuitas, mais um prédio onde funcionava um orgão público no andar superior e em baixo era uma cadeia, no entorno (chamam de quadrado) de uma praça além das igrejas e cadeia, tem fileiras de casas todas com a fachada ligada uma a outra, o que teria o objetivo de defesa contra invasores no passado remoto.
Capela de São Benedito construida em meados do século XVI e ao lado esquerdo dela há as ruinas de uma construção feita com pedras onde funcionou um colégio dos Jesuitas. Abaixo, foto com detalhes desta capela. O guia disse que o status de capela e não de igreja, tem a ver com o fato de haver sineiros. Se tinha torre e sino era igreja e sem torre e sino, capela.
terça-feira, 12 de junho de 2018
RESENHA - REUNIÃO ALIMENTO SEGURO - QUESTÃO DOS AGROTÓXICOS - COM O MINISTÉRIO PÚBLICO DO PARANÁ - MAIO 2018
RESENHA DE REUNIÃO NO
MINISTÉRIO PÚBLICO ESTADUAL
Tema: Agrotóxicos
(Reunião Alimento Seguro) – data: 16-05-2018
A convite formal ao CREA PR, participamos
de uma da série de reuniões promovidas pelo MP para tratar da questão dos
agrotóxicos e seus desdobramentos no meio ambiente, na saúde pública e afins. Consta que esse verdadeiro Forum
Permanente com essa pauta já tem cinco anos e se busca o uso mais racional dos
agrotóxicos no âmbito do Paraná.
Pelo CREA PR nesta ocasião participaram: Eng.Agr.Almir Gnoato, Coordenador da CEA
Câmara Especializada de Agronomia do CREA; Eng.Agrônomo Ricardo Araujo –
Assessor da CEA do CREA PR, Eng.Agrônomo Orlando Lisboa de Almeida –
Conselheiro do CREA PR e Gestor da Fiscalização do CREA em 2018; Eng.Químico
Tiago, Agente Fiscal de carreira do CREA PR.
A reunião foi dirigida pelo anfitrião do MP Procurador da
Defesa do Consumidor, Dr Ciro Expedito
Scheraiber. Havia em torno de 28
pessoas presentes, quase todos de formação técnica no ramo como Engenheiros
Agrônomos e Médicos Veterinários.
Alguns nomes que anotei: Xenia
Nassif (MP), Eng. Agrônoma Elisangeles da FAEP, Adriano da ADAPAR (Diretor de
Defesa Agropecuária da ADAPAR), Marcilio da ADAPAR, Ana Lucia M. Peixoto, Paulo Cezar Vidal da Emater PR, Eng.Agr. Ivo
Melão do CPRA Centro Paranaense de Referência em Agroecologia (pesquisador),
Eng. Agrônomo Marcos Andersen – da SESA Secretaria da Saúde do Paraná, Caratina
Ruaro, Médica Veterinária, Hugo Reis Vidal, FEAPAR Federação dos Eng. Agrônomos
do Paraná, Julio Veiga Filho, da Agroecologia da Emater.
O Dr Ciro sugere que o Pleno desta
reunião (Forum) dê autorização para o MP assinar termos de cooperação com os
municípios nessa tarefa.
O MP com o recebimento de laudos que
contém problemas (resíduos de agrotóxicos), vai mapear em banco de dados para
agir mais articulado.
O Eng.Agr. Marcos Andersen começou
uma apresentação de dados:
A SESA Secretaria da Saúde através
do departamento que ele atua, monitora cinco CEASAS e por amostragem, a
qualidade dos ingredientes da merenda escolar nas escolas públicas estaduais do
Paraná. Acompanham a questão
sanitária.
Já o MAPA Ministério da Agricultura
e Pecuária conta no PR com 15 fiscais, que o representante considera um número
bem restrito para atender uma demanda de monitorar alimentos e bebidas no Paraná,
do que vem de outros estados e também do que vem da importação, cuja segurança
também tem que ser atestada pelo MAPA.
Não vê como estender mais a atuação além do que já fazem nas funções de
rotina.
Foi citado no evento o Livro de Ordem que está em fase de
implantação, no qual o pessoal da Engenharia terá que anotar dados que
permitirão facilitar a rastreabilidade inclusive de agrotóxicos.
O Dr Ciro destacou que o CNMP
Conselho Nacional do Ministério Público está articulando uma ação no tema
agrotóxicos em âmbito nacional. Frisou
que a atual lei dos agrotóxicos é de 1989 e está em fase de ser substituída por
outra lei que está em andamento no Congresso.
A respeito, o colega representante
do MAPA lembrou que pela lei de 1989 em vigor, há três ministérios que atuam
para liberação de registro de agrotóxicos, quais sejam: Saúde, Agricultura e Meio Ambiente. A lei em discussão no Congresso na prática
tiraria dois ministérios do páreo, deixando apenas o da Agricultura, o que
deixaria o setor mais frágil em relação ao consumidor e à saúde pública segundo
a opinião dele.
Dr Ciro que já vem conduzindo os
trabalhos há anos, se coloca de modo bastante informal e deixa todos estimulados
a colocarem suas idéias e posições.
Frase do anfitrião: “Juntar os
cavacos aqui neste Forum”. Nos juntarmos
para sermos mais fortes nessa parada.
Alguém alertou o Dr Ciro para a
crescente participação dos Técnicos Agrícolas (nível médio) que por lei recente
também estão habilitados para emitir RA Receituário Agronômico, o que fragiliza
mais o setor. Lembrado que, por lei, o CREA está vedado até
de fazer análise curricular dos cursos que formam os Técnicos em Agropecuária.
Agora, a explanação do Marcos
Andersen da SESA
Dados tabulados de resultados do PARA Programa Estadual de Análise de Resíduos de Agrotóxicos em
Alimentos, dados de 2017. Programa da
SESA REVESPEA Plano Estadual de
Vigilância e Atenção à Saúde de Populações Expostas aos Agrotóxicos.
Citado o Forum dos agrotóxicos que
vem sendo meio que Piloto lá em Maringá-PR
sob o comando do Promotor Maurício Calache.
Envolve apoio da UEM Universidade Estadual de Maringá e TECPAR que em
seu laboratório faz análises de resíduos.
Disse que Maringá está com mais estrutura (e verba) pelo apoio do Procom
local que teria mais orçamento que o Procom estadual e vem bancando as análises
de resíduos. (continua.............
segunda-feira, 4 de junho de 2018
HISTÓRIA DO PARANÁ COM FOCO EM SUAS LUTAS AO LONGO DOS TEMPOS
RESENHA DE PALESTRA
- HISTÓRIA DAS LUTAS NO PARANÁ
Anotação
pelo Eng. Agrônomo Orlando Lisboa de Almeida
Palestrante: Professor e pesquisador em História – Aimoré
Índio do Brasil Arantes – de Curitiba – PR
Ele tem foco de pesquisa em Movimentos Sociais, conflitos,
etc.
Local da palestra:
auditório do SENGE Sindicato dos Eng do Paraná – Curitiba - 24-03-2017
No senso comum é usual as pessoas acharem que o povo
paranaense era e é pacato e não propenso a embates. O professor que é um estudioso do assunto
mostra dentro de certa cronologia que essa visão não corresponde à verdade dos
fatos históricos.
Ele disse que comumente as pessoas requisitadas para cuidar
pelo Estado, do patrimônio histórico do Paraná, geralmente era formada em
arquitetura, numa visão mais das edificações a serem preservadas. Em certo momento o professor, com sua
formação de historiador, passou a integrar a entidade que cuida do Patrimônio
Histórico no Paraná e começou a levantar outras abordagens que interagem na história
do Paraná.
Destacou que o viés da história do Paraná visto nos livros
de história é sempre tacanho. Já
começa pelo fato da história oficial colocar o começo do Paraná com a vinda do
colonizador europeu, omitindo de certa forma os índios que habitavam pelo
estado.
Tratado
de Tordesilhas – Pelo tratado entre Portugal e Espanha, praticamente todo
território hoje do PR era domínio espanhol.
Os colonizadores conquistaram as terras do PR aos espanhóis na base do
embate, do conflito.
1828 quando começou a chegar por aqui imigrante “alemão”, na
verdade vieram povos germânicos diversos.
Destacou que apenas em 2001 através da lei estadual 13.381
de dezembro de 2001, o PR passou a dar atenção à história do estado e cobrar o
estudo dela nas escolas. Ou seja, uma preocupação recente. Antes a história era feita das “verdades”
das elites econômicas e dos governantes.
Hoje ela busca levar em conta também a faceta dos empregados, dos
governados como um todo.
O primeiro ouro encontrado no Brasil foi na Baia de
Paranaguá-PR. Em decorrência disso,
Portugal mandou construir nessa cidade a primeira fundição de ouro da então
colônia. Há ainda um pelourinho em
Paranaguá-PR.
Como pesquisador afirma que na literatura espanhola não
existe a figura do branco e glamuroso bandeirante paulista. Na verdade o bandeirante é o mameluco
paulista. Ele, pesquisador, andou
lendo o testamento de alguns bandeirantes, sendo que estes tinham poucos bens,
geralmente traias de casa e pouco mais.
As roupas das ilustrações eram parte do ufanismo e desejo de conquista,
de poder, dos paulistas de então.
Forte da Ilha do Mel.
Citou episódios de defesa da costa do Paraná inclusive através do citado
forte que ainda existe na ilha.
Citou de passagem o poder e ação do latifundiário Afonso
Botelho de Souza e seus domínios nos campos de Guarapuava. Os campos eram valorizados porque tinham
pastagem natural sem precisar derrubar matas e isto favorecia a criação
extensiva de gado e muares para trabalho, muito valorizados na fase longa do
tropeirismo. (continua...) clicar no local indicado para continuar a ver o texto.
quinta-feira, 31 de maio de 2018
RESENHA DAS PALESTRAS/DEBATE SOBRE A GREVE DOS CAMINHONEIROS – CURITIBA – PR - 30-05-2018 - 19 as 22 h
Anotações
feitas pelo Eng.Agr Orlando Lisboa de Almeida
Local: Auditório do
SENGE Sindicato dos Eng do Paraná
Tema: “Greve dos
caminhoneiros e suas implicações econômicas e políticas”
Palestrantes:
Eric Gil Dantas –
Economista e Mestre em Ciência Política
Fabiano Abranches
Silva Dalto - Professor da UFPr,
mestre em Desenvolvimento Econômico e Dr em Economia Institucional
Fala
do Eric
Temer recentemente estava na pesquisa com 76% de avaliação
negativa em seu governo. Número que
vinha em pequena queda em virtude de alguma reação no controle de inflação e
taxa de juro.
Nesse contexto ocorre a greve dos caminhoneiros. Foram mostrados números coletados em pesquisa
pela CNT Confederação Nacional dos Transportes. Pela pesquisa, os caminhoneiros autônomos são maioria. Um perfil destes pela pesquisa da CNT: 99,8% são homens. Quase 40% com ensino fundamental incompleto.
Condições de trabalho:
jornada em média bem acima das 8 horas por dia. A média estaria entre 9 e 12 h de jornada
por dia. No acumulado mensal, ficam
em média 20 dias longe da família.
Dados coletados em amostra de motoristas autônomos sobre
seus principais problemas:
1º Custo dos combustíveis
2º Valor baixo dos fretes
3º Risco de assaltos e roubos
A pesquisa tem outros itens e também há outra para
motoristas que são empregados.
O Brasil concentra de forma marcante sua logística em
transporte rodoviário. Isso é um
gargalo.
O faturamento estimado anual dos transportes estaria em 200
bilhões de reais.
O setor é afetado pela crise econômica e pelo aumento de
custos.
Pesquisa DataFolha do Jornal Folha de SP: 87% do povo apoia a greve dos
caminhoneiros. 10% contra. Difícil uma pesquisa onde tão poucos tinham
opinião formada a respeito do caso.
Por outro lado na mesma pesquisa mostrava que se reduzir o preço do
diesel poderia acarretar aumento de impostos, o povo consultado então era
contra.
Pela pesquisa, 96% das pessoas consultadas sobre a greve,
acharam que o governo federal demorou demais para tomar providências.
55% da população é
contrária à privatização da Petrobras.
O pesquisador disse que no final dos anos 90, na era FHC a maioria era a
favor privatizar a companhia.
Uma provocação no bom sentido lançada pelo palestrante: Lockout ou greve? (Lockout é quando patrões/empresas param –
e que é proibido por lei no Brasil).
Parte da pauta dos caminhoneiros era de interesse patronal como a
redução de encargos dos empregadores do setor. Entende que no caso há demandas dos
autônomos e dos empregadores, tudo misturado.
Destacou que os petroleiros entraram em greve e duas
Confederações do setor estão com eles.
Os metroviários em algumas capitais também entraram em greve.
No caso dos petroleiros (greve prevista para 3 dias), a
justiça se antecipou e considerou a greve abusiva alegando que a pauta era
política contra o presidente da Petrobrás e contra o governo federal.
É um momento político aberto. Difícil se localizar no olho do furacão que é
agora.
Fala do Professor Fabiano
Ele mostrou um quadro com alguns dados acessíveis sobre a
Petrobrás.
Discriminação
|
2010
|
2012
|
2014
|
2016
|
2017
|
Prod.oleo
e gas em mil barris/dia
|
2.583
|
2.598
|
2.669
|
2.144
|
2.707
|
Lucro
líquido em milhões R$
|
35.189
|
21.182
|
-21.600
|
2.510
|
-5.477
|
EBTIDA
em milhões de reais
|
52.100
|
62.900
|
59.140
|
88.700
|
87.800
|
Valor
de Merc.
Em
bilhões R$
|
380
|
255
|
288
|
|
|
Valor
Patrimonial em bilhões de R$
|
307
|
331
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Como estudioso do assunto, ele diz que os dados mostram que
a Petrobrás passa longe de quebrar como andam falando por aí. Tem mantido a produção de petróleo e tem
tido EBTIDA que envolve geração de caixa sólido e crescente.
A Petrobrás em 2014 superou a Exxon Mobil em produção de
petróleo, concorrente multinacional que é uma das mais fortes do mundo.
Empregos diretos na Petrobrás:
2015 78.470
2016 68.829
2017 62.703
A empresa pela sua complexidade e porte, tem grande número
de terceirizados. Uns dois terços do
efetivo são terceirizados.
A redução de empregos diretos tem ligação com as vendas de
ativos que a Petrobras decidiu fazer em tempos recentes.
Sobre a Lava Jato, num olhar técnico, o palestrante disse
que a operação estimou o desvio de 6 bilhões da Petrobrás e concorda que tudo
deveria ser investigado e punidos os culpados.
Mas destacou que tudo foi feito de uma forma midiática e política, o que
trouxe enormes prejuízos à empresa e ao País. Citou que a Petrobrás deixou neste período
de investir 120 bilhões de reais no negócio, o que geraria mais produção, mais
impostos e mais empregos. Esse cálculo de 120 bilhões que deixaram de
ser investidos pela Petrobrás seria de um especialista no setor e ligado
inclusive ao PSDB.
Disse que nossa
política econômica atual está toda voltada para o não crescimento da economia. Quem quer que ganhe a eleição, com as
diretrizes e o engessamento do Orçamento da União aprovado pelo Congresso para
longo prazo, tende a manter o País quase sem crescimento e assim haverá menos
emprego, menos produção, menos tributo.
Nesse desenho, estaremos sujeitos a crises políticas
recorrentes inclusive pela estagnação econômica pelo engessamento do Orçamento
público. No Brasil quem costuma
investir é o Estado. O empresariado,
mesmo nas fases de desoneração fiscal, não aumenta o investimento e nem o
emprego.
Ele disse que desde 2015 nossa economia está em
recessão. O governo atual a partir do
meado de 2016 mudou a política de reajuste dos combustíveis pelas cotações
internacionais do petróleo. Isso tem
sido danoso para nós que produzimos o petróleo internamente de duas
formas. Primeiro porque ficamos à mercê
das flutuações internacionais do petróleo por fatores externos. Segundo, porque o petróleo lá fora é cotado
em dólar e assim as flutuações do real em relação ao dólar também nos causa prejuízo
pelo atrelamento.
Orçamento Federal engessado, governo não investe, a economia
não cresce, os empresários não investem, continua a recessão e desemprego.
Citou que no governo Lula o investimento público crescia em
20% ao ano. Aumentava a economia, a
produção e a arrecadação de impostos. Já
no governo Dilma esse ritmo de investimento estava em queda para algo como
8%. Nessa fase a Dilma “comprou a
agenda da FIESP” (Federação das Indústrias do Estado de SP). Desonerou impostos das indústrias, reduziu
arrecadação, não tinha mais como o governo fazer investimento, cai a economia,
a arrecadação, o emprego. E os
empresários que na contrapartida da desoneração poderiam investir mais, como
sempre não investiram e a economia não cresce.
Sobre dívida pública ele defende que não é um fator tão
alarmante e citou o Japão cuja dívida externa é de 150% do PIB. A dos USA é acima de 100% do PIB (que é o
maior do mundo).
A PEC 95 em vigor no Brasil assinada pelo Congresso Nacional
impede o governo de investir. Trava
tudo.
De passagem, falou algo da postura das várias direitas e das
várias esquerdas no Brasil. Num caso,
citou o discurso do Almoedo do Partido Novo com seu liberalismo no qual “não se
apoia a legalização do aborto” e “não se apoia a liberalização de certas drogas”
que seriam algumas das pautas da sociedade ou setores dela.
Diz que setores da Direita em parte defendem o liberalismo
na economia junto com o conservadorismo moral.
Já no debate, o Professor Eric destacou que os integrantes
do governo atual estão tirando as estatais da influência do governo e
deixando-as ao comando do Mercado. Bom
só para os acionistas daqui e de fora.
Em contrapartida, o Mercado dá suporte ao Governo federal.
Citou pesquisa anual do Latino
Barômetro para a América Latina e os resultados costumam colocar o BR como
o povo que tem a menor estima pela democracia. De um lado o filme da Lava Jato em seu
nome diz que a Justiça é para Todos, mas 90% do nosso povo (a imensa maioria
pobre) não acredita na justiça, sente que não tem acesso a ela. No contexto, lembrou que no BR temos 30
milhões de favelados.
Disse que a Direita
ao longo do tempo tem conseguido ludibriar o povo que vive numa injustiça
social enorme com discursos como: combate à corrupção e combate à violência. E vai enchendo o Congresso de
Policiais, etc.
Voltando ao tema dos caminhoneiros. 90% destes ganham até três salários
mínimos. Nesta greve a pauta dos
caminhoneiros era focada na redução do preço do óleo diesel. Já a pauta dos petroleiros envolvia algo
mais complexo como redução dos preços de todos os combustíveis, mudança na
política de preço da Petrobrás, pedir a
exoneração do Pedro Parente da presidência da companhia, pedir um basta na
desnacionalização dos campos de petróleo, na venda de ativos da companhia, etc.
Na política aplicada à Petrobrás na atualidade os preços dos
combustíveis subiram, as concorrentes desta tiveram maior margem para importar
petróleo e derivados para vender em nosso mercado tomando mercado da Petrobras,
que viu suas refinarias trabalhando com ociosidade e menor lucro. A Petrobrás tem perdido mercado com os
preços altos dos combustíveis.
Relembrado que estamos em crise política desde meados de
2013 e que a crise política continua.
Mesmo a eleição pode não solucionar a raiz da crise.
Sobre a hipótese de golpe militar, lembrou o Eric que nos tempos atuais não são usuais as tomadas
de poder por golpe militar. Agora
seriam golpes “institucionais” como ocorreu no Paraguai, na Nicaragua, no
Brasil, etc. Na opinião dele o Lula
não conseguirá meios legais de se habilitar à presidência em 2018 e que o
partido não tem despertado lideranças com perfil para ocupar esse espaço de
forma viável. Destacou inclusive a
importância dos prefeitos do interior para puxar votos para candidato a
presidente e lembrou que o PMDB tem a maior quantidade de prefeitos e isso pesa
em suas alianças.
Sobre a Direita, o candidato do sonho do Mercado é o Alkmin,
mas este não consegue romper a barreira dos 8% das intenções de votos e isto anima
a surgir a hipótese do Doria do mesmo partido deixa-lo para trás na corrida
presidencial.
Isto foi o que consegui resenhar das duas horas e meia das
falas e espero que sejam úteis aos que acompanham um pouco do que ocorre com o
nosso Brasil.
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