capítulo 4/8 leitura - agosto de 2023
Os militares franceses já acompanhavam de perto a
evolução dos balões que poderiam ser usados também na esfera militar.
“A França já havia utilizado balões durante o Cerco de Paris de 1870”. Os USA, na Guerra da Secessão (1861 – 1865)
e o Brasil na Guerra do Paraguai (1864-1870) usaram balões para monitorar os
movimentos das tropas adversárias.
“Mas a proposta de vir a se utilizar uma aeronave dirigível
era um salto, uma verdadeira revolução na arte de guerrear”.
Em 1904 quando Santos Dumont lançou o livro Dans L´Air, já
dizia: “Nossa única esperança de navegar
no ar... devemos procura-la na natureza das coisas, no mais pesado que o ar, na
máquina voadora ou aeroplano”.
Os inventores franceses e trocas de experiências com os
americanos. Os americanos irmãos
Wright, dentre eles. Pelos anos 1903. Tempos de voos planados.
Santos Dumont e um voo de 12 segundos num planador
protótipo. Percorreu 36,5 metros voando.
Os americanos procuravam não mostrar seus voos para talvez fechar
contratos mais adiante por vultosas somas.
Já Santos Dumont dava ampla publicidade aos seus voos e também aos seus
experimentos.
Só em 1908 os americanos colocaram ao público seu protótipo
mais elaborado. Já não era pioneiro no
voo em aeroplano mais pesado que o ar.
O Aeroclube de Paris e os prêmios. A quem decolasse sem vento, percorresse ao
menos 100 m voando e pousassem sem acidentes.
Isto em 1904.
“Em 06-06-1905, o francês Voisin apresentou-se com um
planador rebocado por uma lancha.
Realizou três voos, o mais longo, de 600 metros.”
Santos Dumont, sempre estudando os casos e presente nas
apresentações dos inventores. Em 1905
os irmãos americanos, que não deixavam especialistas inspecionarem seus voos de
teste, anunciaram que voaram algumas dezenas de quilômetros. A notícia gerou polêmica no Aeroclube de
Paris.
Um dos integrantes do clube matou a charada. Na França se oferece um prêmio de 50.000
francos a quem voar apenas 1 km e por que os americanos não vem aqui fazer o
voo e levar o prêmio?
Em 1905, Santos Dumont lança o balão nº 14, Um balão para competição. Voava inclusive sobre o mar, o que atraia
plateias ainda mais entusiasmadas.
“Mas em 1906, Santos Dumont surpreendeu a todos ao
apresentar... um aparelho mais pesado
que o ar. Por que ele não disse que
estava nessa corrente da aviação?”
O protótipo de avião dele tinha células tipo caixa, motor de
25 cavalos, 10 metros de comprimento e 12 m de envergadura (de asa a asa).
“é o único avião da história em que o piloto vai em pé...” O balão era número 14 e o avião também era
14 e o povo passou a chamar o avião de 14 Bis.
Curioso é que muitos pilotos passaram por balão, depois para
planadores e em seguida para aviões mais pesados que o ar. Já Santos
Dumont saltou da fase de balão, direto para os voos mais pesados que o ar.
Em 13-09-1906 Concurso
em Paris sobre voos. Vários
concorrentes e Santos Dumont em seu 14 Bis ultrapassou a meta de 100 m e voou
220 metros. Voo a seis metros de altura,
velocidade de 41 km/hora, ficando 21 segundos no ar. Foi o ganhador do prêmio e entrou para a
história.
“O homem voava pela primeira vez: um voo público, com testemunhas, com o rigor
que tal situação requer”. (página 28).
O avião havia sido inventado. Na premiação foi destacado que Santos
Dumont não era engenheiro, mas sim um autodidata no setor. Ele ficou muito feliz com sua invenção e
agora seu desafio era tornar os voos mais seguros.
Continua no capítulo 05/08