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segunda-feira, 14 de fevereiro de 2022

CAP. 06/10 - fichamento - livro - O MAPEADOR DE AUSÊNCIAS - Autor moçambicano - MIA COUTO

 capítulo 06/10                    (leitura em fevereiro de 2022)

  

         Voz do comando das tropas:    “Se derem atenção aos pretos, eles desatam a contar-nos histórias e acontece como nas Mil e Uma Noites:   nunca mais vocês os matam”.

         “Ainda bem que eles falam outra língua, disse o capitão.   Se os entendêssemos, nesse momento deixariam de ser inimigos”...

         Sandro que é gay e soldado quer como soldado deixar a causa dos colonizadores e passar para o lado da guerrinha armada pelo seu povo.

         Sandro em carta fala ao seu tio adotivo Adriano Santiago que é jornalista e poeta:    “Quando pensa poeticamente o tio diz coisas acertadas”.

         Papel 17 – Excerto do meu diário  - Teatro de sombras – ano 1973

         ...................     Capítulo 9 – Os fintadores do Destino

         Cidade da Beira, março de 2019

         Liana pede para o jornalista Diogo falar com o padre Martens no telefone.    – Como você descobriu o padre Martens?   Resposta dela:  Milagre chamado internet.    “É uma seita com mais seguidores que qualquer religião.   E já tem fanáticos...”

         As fotos secretas que eram para Adriano, lá no passado entregar a um revolucionário.   Adriano se enganou e entregou fotos de mulheres bonitas no lugar das fotos relativas à revolução.

         Benedito agora, 2019, é do Partido que está no poder na Moçambique independente.   “O seu amigo agora é uma pessoa importante”.     O reencontro entre Benedito Fungai e Diogo depois de mais de quarenta anos.

         Diogo em reflexão:   “E vejo nele como eu próprio envelheci”.   Homens andando de mão na mão é costume em nossa terra.

         Benedito, no passado, criado por patrões portugueses, tinha vontade de ir para a guerrilha.    “Foi assim que aconteceu – diz Benedito – Em casa de portugueses aprendi que era moçambicano.”

         Mais adiante, Benedito já na guerrilha, comunica ao pai que passou a lutar pela liberdade.   O pai diz:   - Pobre do povo que é oprimido – vaticinou Capitine – E mais pobre o povo que tem que ser libertado”.

         Diogo e Benedito recordando em 2019 na infância e os tempos das peladas de futebol.   Entravam em campo em fila como se houvesse torcida.   O Diogo puxava a fila e os meninos o aplaudiam muito.   “Na altura eu não percebia:  não aplaudiam o jogador, mas o dono da bola”.

         Um dia receberam um time de meninos ricos, todos brancos.   O time do Diogo era de povo simples, mesmo todos brancos, menos o Benedito, que jogou no gol.

         Passados muitos anos, Benedito já autoridade na cidade, no campinho pede para o Diogo contar um causo da infância deles num jogo de futebol.   Contar para o jovem sobrinho de Benedito.    O jovem ouve o causo e depois volta ao jogo.  Benedito diz ao amigo:  “Tenho inveja de ti.  E não é a fama, não é o sucesso.    Imagino um escritor como alguém que vive a vida dos outros.

         Benedito conta ao amigo Diogo que Sandro era na verdade filho do pai de Diogo com uma amante.   E que ela era dançarina de cabaré.   Virgínia, mãe de Diogo inventou a história de acidente de automóvel dos pais de Sandro.   Isto foi para enganar os vizinhos sobre o caso.

         Sandro então, por parte de pai, era o único irmão de Diogo e ele não sabia.   Cresceram “primos” juntos.

         Capítulo 10 – A espera do fim do mundo

         Os papéis da PIDE – 5

         O Papa Paulo VI pediu aos padres que atuavam em Moçambique que não abandonassem o país quando este passou pela revolução de Independência.

         Parte 19 – Carta do Inspetor de Polícia – Campos

         Na rebelião popular  (anos 70) o exército prendeu todos os suspeitos em Inhaminga.  Era muita gente.    Mandavam os presos para trás do hospital.  Faziam os presos abrirem a própria cova e depois eram fuzilados.

         A família dos executados vinham à polícia em busca de informação e eram informadas de que os presos estavam “desaparecidos”.   Que tinham ido ao mato buscar lenha...

         Entre os executados...  “havia ali velhos, mulheres, rapazitos”.

         O agente em carta reclamou ao seu superior.   “Não poderíamos matar tanto e tão a eito”.

         As execuções começaram a causar mal estar nas tropas portuguesas.    Os soldados portugueses tinham colocado muitas minas terrestres na região do conflito em Moçambique.

        

         Continua no capítulo 07/10

        

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