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quarta-feira, 2 de fevereiro de 2022

CAP. 13/13 (FINAL) - fichamento - livro - A VIDA QUE VALE A PENA SER VIVIDA - Co autor: CLÓVIS DE BARROS FILHO

 capítulo 13/13 (final)

        

         ”.     “Essa luta recebeu o nome de Reforma.   Travada por contendores hábeis em fundar suas intepretações em fina teologia.    E assim, o que era vontade de Deus antes, deixou de ser.    E o que era pecado, também deixou de ser.   Ao menos para alguns.       

         O autor volta a citar Max Weber e seu livro Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo.    “A obra esclarece melhor que ninguém.   A prosperidade e o enriquecimento”.   Ter mais dinheiro do que precisa.   Para uns sempre foi pecado.   Já para outros, não só não é pecado, como é indício de alegria de Deus com você.       (capitalismo é competição e fé cristã seria solidariedade...)

         “Ora, se Deus continua impávido, a interpretação da sua vontade ficou dúbia.  Por isso ao invés de pautar a vida pela vontade de Deus, passamos a escolhe-la à la carte; ajustada às conveniências da própria trajetória.

         Assim... ficamos sem Deus.   “Perdemos a referência para a vida boa”.   Em resumo, até a Grécia Antiga, eramos regidos pelo Universo.  Depois, pela crença em Deus.   Após certas interpretações ficamos sem o universo e sem Deus.  Ficamos à deriva.  Sem chão.

         “Decidiremos nós, o certo e o errado, o junto e o injusto, os limites da ação, até onde posso ir e até onde ir você”.

         O autor coloca um ouvinte hipotético da aula dele:   - Quer dizer que agora é nóis!    E o autor reponde:   Não nos sobrou outra alternativa.

         “Assim os tais direitos humanos foram decididos por nós.”    “Só que o homem conserva a estrutura religiosa.  Por quê?    “Porque depois de chamar para si a responsabilidade de definir o certo e o errado, cria, ele mesmo, vivas transcendências.   Propostas de idealidades terrestres, por assim dizer.”

         “Assim, os direitos humanos, o liberalismo, o comunismo, o anarquismo e todas as sociedades ideais que o homem acabou inventando para substituir os mundos supracelestes.   De todas essas formulações de idealidades existenciais, a mais contemporânea é, sem dúvida o paradigma da qualidade de vida.

         Intensidade e Qualidade de Vida -   ...” vida de qualidade depende 100% de quem a vive”.   Todos os protocolos de qualidade de vida a  relacionam com menos trabalho.    ...”enquanto não estamos trabalhando temos mais tempo para nós, para fazer o que gostamos”.

         Citou como por exemplo, o happy hour das sextas feiras após o expediente do trabalho.     Pelo lado utilitarista, então fico menos feliz  a semana toda de trabalho e só um happy hour de uma horinha na sexta? 

         Umas reflexões que ele faz.    Ele dá um exemplo de outro modo de ver a coisa.     Como ele se sente feliz sendo professor, suas jornadas de segunda a sexta não deixam ele menos feliz.   Então há modos e modos de ser feliz.   Ele diz:   “Pela alegria de cada um.   Porque todos que afirmam falar em nome de todos são candidatos a tirano”.      Em luta para travestir a própria alegria em alegria do mundo   (dessa forma a pessoa que assim faz está colocando seu próprio desejo como desejo geral)

         Intimidade e Ineditismo

         O autor e esposa foi com um casal amigo para uma excursão num lugar ecológico, de montanha.   Tudo bem rústico.  Ele detestou tudo, inclusive o calor e tudo o mais.

         “Já aprendemos, à exaustão, que não há um gabarito para a vida que seja aplicável a qualquer um”.

         ... também não há gabarito para todos, também não há uma solução existencial para nós, válida para toda nossa trajetória”.

         Porque o que nos alegra hoje, pode não nos alegrar amanhã.

         A vida boa deste instante, poderá se converter em puro tédio logo em seguida.   Porque sempre seremos outro em relação ao que já fomos.

         ...”a vida que vala seguramente a pena viver.

         ... mas também seus sonhos, suas ilusões, seus medos e esperanças e, por que não; suas filosofias também”.

                            Fim.                       24-01-2022

 

         (próxima leitura – livro do moçambicano Mia Couto – O mapeador de Ausências)

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