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terça-feira, 1 de fevereiro de 2022

CAP. 10/13 - fichamento - livro - A VIDA QUE VALE A PENA SER VIVIDA - Co autor: Professor da USP - CLÓVIS DE BARROS FILHO

 capítulo 10/13 

        Moral e Boa Vontade -   “Não há, para Kant, no mundo, nada que seja bom em si mesmo.  Tudo é o que é.   E será bom ou mau em função das circunstâncias particulares e das relações que mantiver com o mundo.”

         “Uma pizza não é boa em si, mas em função de quem a degusta.   Da sua forma.   Das suas preferências alimentares.  De seus hábitos e cultura.”

         Segundo Kant, a coisa boa por si só é apenas a boa vontade.   “Só ela é boa independentemente de qualquer coisa”.

         “A boa vontade é o único bem incondicionado”.

         Moral, Vontade e Uso dos talentos naturais.   “A vontade não é um talento natural”.    Não se pode confundir com a força, a beleza ou a inteligência.   Delas, podemos nos servir para conseguir outras coisas.

         “A vontade é o agente que delibera colocar a força num ato de salvamento.   Colocar a beleza em ato de sedução.   Colocar a inteligência em ato de instrução.”

         Tenho certeza de que você entendeu a diferença entre o talento, o uso do talento, e a vontade – decisão de usar o talento”.

         Moral, Vontade e Eficácia    - Moral, Vontade e Dever

         Rousseau propõe que todos os animais são dotados de instinto.   Complexo programa que oferece respostas para todas as situações de existência.  O instinto é tudo que o animal tem e tudo de que precisa para conduzir sua vida até o final.   O que permite concluir que os animais já nascem prontos.     (já vi patinho de uns dois dias após nascidos, já nadando)

         “No âmbito coletivo, o homem é cultural, é político”.   

         Os animais não acumulam ensinamentos de geração em geração.

         Moral e Liberdade -   Os animais não tem moral.  Só o ser humano é dotado de moral.

         “Nada na natureza tem moral.   A não ser o homem.”   E vivemos como vivemos porque somos senhores de nossas deliberações.   Livres, portanto.

         “Estamos condenados à liberdade de definir a própria vida.”   Responsabilidade que pesará sobre nossos ombros enquanto houver vida a viver.

         Moral e Amor -   Para Kant, amor está fora do campo da moral.   Amor é sentimento.   “E sentimento é um lado da natureza.”  Impõe-se a nós.   Frente ao amor, cabe-nos constatação.   Por isso, o amor não se delibera.   Nem no seu início nem no seu fim.

         Mãe forçando a criança a comer verdura.  Segundo a teoria kantiana aplicada ao caso, a criança pode ter que comer verdura, mas não ter que gostar de verdura.    Comendo, age por amor, não age por moral.

         Na vida social, amor por poucos e a moral nos faz nos relacionar com a imensa maioria.    “Mas como o amor é raro, a moral é importante”.

         Cap. 9 – Vida Socializada -   Viver a vida.   Momentos de reflexão sobre caminhos a seguir.  Pensar em quais decisões tomar.

         - “Preciso que você me deixe um pouco sozinho para que eu possa decidir o que vou fazer da minha vida”.

         O autor disse que  esse isolamento é ilusório.    Mantemos uma certa distância física da pessoa com quem estamos falando.   Quanto mais formal o contato, maior a distância que a pessoa adota (fisicamente) mesmo sem pensar nisso.  É um dos reflexos básicos que uns ou outros apenas que não respeita e são chamados de sem noção.

         Cada um de nós tem uma intuição de seu capital estético.   Reconhecimento social da sua beleza.   Sempre atribuída pelo outro, como todo capital social.  Denominamos capital, porque participa da troca.   Permite auferir vantagem.   Mas não é dinheiro”.

         ...”muitas vezes sem perceber, já procuramos parceiro que supomos esteticamente compatível.   Se dois se relacionam sem esse “equilíbrio”, os outros notam.   Fofocam depois:   Aquele (ou aquela) está com areia demais para o seu caminhãozinho.    Ou algo como:  Alguém ali está tentando dar o golpe...

         O povo fala...   “afinal, tudo que falam de nós pode ser a maior besteira, mas produz efeitos.   Alegra ou entristece.  Torna a vida um pouco melhor ou pior.

         ...”não é possível pensar na vida, ou mesmo viver sem pensar nela, sem considerar as condições sociais em que ela é vivida”.

         Porque todo recolhimento é protagonizado por um ser já socializado.   A sociedade vai junto.  Não adianta trancar a porta”.

        

         Continua no capítulo 11/13

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