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domingo, 26 de março de 2023

PARTE DAS FOTOS QUE TIREI DO PALÁCIO IGUAÇU - CURITIBA - PR (BRASIL) - SEDE DO GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ fotos de 2019

 

Acima, imagem de Nossa Senhora do Rocio contida na Capela interna do Palácio Iguaçu PR
Acima, porta da Capela do Palácio Iguaçu PR que foi doada por Portugal ao povo paranaense
Interior da Capela do Palácio que tem um mobiliário básico e um ambiente aconchegante
Placa de bronze alusiva à inauguração do Palácio no primeiro Centenário do Paraná
Vista parcial da fachada do Palácio Iguaçu que é de 1953, ano do Centenário do estado do Paraná

VISITA GUIADA AO PALÁCIO IGUAÇU - CURITIBA - PR. SEDE DO GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ - BRASIL

    Primeira parte de duas partes             março de 2023

EM HOMENAGEM À CIDADE DE CURITIBA QUE FAZ 330 ANOS NESTA SEMANA

 

         Antes da pandemia de covid 19 eu integrava o grupo de alunos do curso de Patrimônio Histórico do Paraná que é oferecido pelo Solar do Rosário aqui em Curitiba.

         É uma das formas de integração com a comunidade e de conhecer um pouco mais a história da cidade e do estado.

         A visita foi agendada pelo Solar do Rosário e fomos num grupo de alunos no dia marcado.   Fomos recepcionados pela guia Cibeli que integra o corpo funcional do Palácio Iguaçu, sede do governo estadual do Paraná.

         A visita foi no dia 17 de abril de 2019.       Agora, nos dias que a cidade de Curitiba está comemorando seus 330 anos, resolvi passar para o Word e postar aqui como uma singela homenagem à cidade que nos acolheu e acolhe há dez anos onde viemos para ficar mais pertinho das filhas e netinhos.

         Começamos no térreo do palácio onde no canto direito tem uma pequena capela.   Esta foi feita por pedido da dona Flora, esposa do governador de então, Bento Munhoz da Rocha.   

         O Palácio Iguaçu foi construído para ser inaugurado no ano do centenário da emancipação política do Paraná, esta que ocorreu no dia 19-12-1853.     O Palácio seria inaugurado em 1953 no centenário.    A capela é de aproximadamente 1954.   Tem no altar uma pequena imagem de Nossa Senhora do Rocio que também é a santa Padroeira do Estado do Paraná.

         A porta da capela foi doada por Portugal como uma homenagem ao povo paranaense.

         O prédio do palácio é moderno, amplo e bastante revestido de vidro, com ampla visão para o entorno, no qual fica a Assembleia Legislativa, a Prefeitura da cidade e vários outros prédios de instituições Públicas no chamado Centro Cívico.

         Nas paredes, quadros grandes de vários autores.    Um dos quadros é de autoria de Euro  Brandão e data de 1982.  O tema da tela é a visita do Papa João Paulo II ao Paraná.     Vale relembrar que neste estado é grande a colônia de poloneses e descendentes, sendo que João Paulo II também era polonês.

         À direita do quadro, roupas típicas polonesas, estas que foram usadas pelos integrantes desta etnia quando o Papa nos visitou.

         A cadeira na qual o Papa sentou está mostrada no palácio por foto, já que foi incorporada como relíquia histórica e fica na Catedral de Curitiba, esta dedicada a Nossa Senhora da Luz.

         Voltando ao caso da capela dentro do Palácio, a guia informa que toda quarta feira as 12 horas tem novena no local, aberto ao público.    Os padres que rezam a novena  (confirmar depois da pandemia se essa rotina continua) são do Santuário da Nossa Senhora do Perpétuo Socorro.

         No pátio do fundo do Palácio há uma obra em concreto de autoria do artista Miguel Rosa.    No piso, feito em concreto, um mapa do Paraná com seu relevo e os principais rios e cidades demarcados no mapa.   Os rios teriam água corrente mas por questão de falta de manutenção, estavam sem água corrente.    Mas o leito deles é em cor azul e fica demarcado no mapa.

         Painel talhado na parede.   Autor: Humberto Cozzo e este seria o nome artístico do autor.

         Escada em espiral ampla do palácio.   Era o local clássico das fotos nos bailes anuais de debutantes da alta sociedade regional nos aos 60-80.   Realmente o ambiente é amplo e o teto é alto e fica bem aconchegante.

         Painel de madeira de tons marrons.  Contém figuras de araucárias (o pinheiro nativo paranaense) e a obra é do consagrado Poty Lazzarotto, curitibano que foi renomado nas artes plásticas.

         Tela com a imagem das Cataratas do Iguaçu.  Obra do artista plástico Antonio Diogo da Silva Parreira.   Obra de 1920 executada por ele em Paris e teria pintado as Cataratas como forma de matar a saudade da região.

         Quadro do cavaleiro e o público – representa a chegada a Curitiba de Zacarias Gois de Vasconcellos, este que veio como emissário de Dom Pedro II com a missão de escolher o local e instalar a sede do governo da nova província do Paraná.      Até 1853 o Paraná era a chamada Quinta Comarca ligada à Província de São Paulo.

         Zacarias Gois veio da capital Federal, Rio de Janeiro em viagem de navio pois nesse tempo era o meio mais adequado ao transporte entre esses dois pontos.     Desembarcou em Paranaguá e foi recebido com muita festa pois achavam que ele escolheria aquela cidade para ser a capital do Paraná.

         Zacarias Gois acabou escolhendo Curitiba, numa visão mais estratégica, buscando interiorizar a capital para facilitar o desenvolvimento da província como um todo.

 

         Zacarias Gois era um jovem advogado baiano, negro, do alto escalão e de confiança de Dom Pedro II e já tinha determinado o local da capital do Piauí para a qual usou também a visão estratégica, colocando a capital na margem do Rio Parnaiba, por assim dizer, no centro do estado.

         O quadro que simboliza a chegada de Zacarias Gois e sua comitiva para implantar aqui em Curitiba a sede da província estaria inacabado.   Teria sido dado prazo de dois anos para o artista concluir a obra e o prazo venceu e o quadro ainda estava na fase perto do final, mas não acabada.     O governo requisitou a obra mesmo inacabada e na disputa com o autor, este entregou a obra sem a assinatura de praxe e assim ficou.    O artista era Arthur Nísio (1906-1974).    O quadro foi pintado entre 1950 e 1953.

         Curitiba fica distante ao redor de 115 km de Paranaguá e no trecho tem a íngreme Serra do Mar.    Na época, antes de 1850, ele e comitiva demoraram quinze dias para percorrer de Paranaguá a Curitiba.

 

         Parte final será publicada amanhã, segunda feira, 27-03-2023

quinta-feira, 23 de março de 2023

PARTE FINAL - VISITA GUIADA AO TEATRO GUAIRA - CURITIBA - PARANÁ - BRASIL (2/2)

 

         Ney Braga, lapeano, teria regulamentado a profissão de ator.

         A Escola de Dança ligada ao Teatro Guaira é de 1959.

         O Paraná era celeiro de teatro na fase 1950-1970.  O ator Ari Fontoura é um desses destaques.    Os atores Paulo Goulart e Nicete Bruno atuaram por tempos aqui em Curitiba.

         A primeira montagem nacional da pela A Megera Domada foi feita em Curitiba, cidade que foi destaque de criação de peças teatrais e de danças.

         Relembrando, o Teatro Guaira, após o incêndio de 1969, foi restaurado e reinaugurado em 1974.

         A região da Praça Santos Andrade onde fica o Teatro Guaira no passado remoto foi um lugar alagadiço.     Aterraram e sanearam o local.  Hoje por lá fica o prédio histórico da UFPr Universidade Federal do Paraná.

         No entorno desta praça surgiram bons prédios a partir dos anos 50, mas pelo costume da época, poucos automóveis, os apartamentos não tem garagem.

         Atualmente 90% da área do prédio histórico da UFPr é espaço cultural.

         Ao lado tem o prédio do Correio que é no estilo Art Decô.

         Já o calçadão (Rua das Flores, Rua XV de Novembro) foi o primeiro calçadão do Brasil.    Criado pela equipe do então jovem arquiteto Jaime Lerner.    Este que foi indicado por via indireta para prefeito de Curitiba nos anos 70.

         Jaime Lerner, então prefeito, ao buscar revitalizar o centro de Curitiba notou que na Rua XV de Novembro o comércio local encheu de placas de propaganda nas fachadas de muitos prédios históricos.     A prefeitura determinou que as placas fossem retiradas dentro do contexto de formar o calçadão e a rua ficar conhecida como Rua das Flores.   

         A atitude foi muito mal recebida pelos comerciantes que não atenderam à determinação.    Certa noite uma equipe da prefeitura fez uma limpeza das fachadas, tirando todas as placas.   E assim ficou.

         A proposta da prefeitura (Lerner era Arquiteto Urbanista) era transformar um espaço decadente, reabilitando-o com arte e destacando a arte das fachadas da Rua XV que no trecho passou a ser só para pedestres.

         Após o incêndio (1969), o Teatro Guaira passou a ter cortina à prova de fogo.   Há em certos espaços internos do grande auditório, revestimentos em madeira que ajuda na acústica.

         O Sr Áldice disse que ele é fã do estilo barroco, mas gosta da leveza do modernismo na arquitetura.

         Consta que a grande cortina do T. Guaira tem desenhada obra do Poty Lazzarotto e é acessível inclusive por busca no Google.

         Disse o guia que há muita visita guiada, mediante agendamento, ao Teatro Guaira, principalmente por alunos de Arquitetura e afins.

         Atualmente (2019) o T. Guaira não tem maestro fixo.   Atua com maestro convidado quando das apresentações da Orquestra Paranaense.

         O Grande auditório do T. Guaira comporta 2.500 pessoas entre plateia, mezzanino e galerias.

         Em 1974, o lapeano Ney Braga foi secretário da cultura e depois foi governador do estado por indicação do governo federal nos anos 70.

         Nos anos 60-70 Curitiba tinha um renomado estilista de moda, Ney Souza, natural da Lapa-PR.  Nesse tempo estavam em voga os desfiles da alta costura no Copacabana Palace no Rio de Janeiro e o ícone dos estilistas de então era Clovis Bornai.

         Consta que a cidade da Lapa-PR teria um projeto de construir um museu para abrigar peças criadas pelo estilista Ney Souza.

         Quanto àquele pinhão estilizado que tem desenhado inclusive no calçadão da Rua XV (Rua das Flores) teria sido criado pelo artista plástico escultor João Turin.    Dele também são umas esculturas em bronze espalhadas pela cidade.  Uma perto do Palácio Iguaçu, outra no caminho para Santa Felicidade.

         Este é o resumo que anotei quando da visita e que agora passei para o Word e estou compartilhando.   Depois virão fotos com legendas.

 

                                      orlando_lisboa@terra.com.br  

                                      resenhaorlando@gmail.com  

quarta-feira, 22 de março de 2023

VISITA GUIADA AO TEATRO GUAIRA - CURITIBA - PARANÁ - BRASIL - 2019

 


         Data da visita:  12-09-06-2019     - Editado no blog dia 22-03-2023


         Promoção do nosso curso (eu como aluno) de Patrimônio Histórico do Paraná  pelo Solar do Rosário   - Visita pré agendada.

         Guia do Teatro que nos mostrou o Teatro e discorreu sobre o mesmo: o Sr Aldice, integrante da equipe do próprio teatro.  

         Estou editando agora em março de 2023 e sempre me referindo a dados de 2019 quando ocorreu a visita.  

         O Teatro Guaira tem três auditórios.   Um prédio inovador para sua época, feito em concreto armado.

         Há Orquestra há 34 anos e são atualmente 128 músicos.

         Há corpo de baile do Teatro Guaira há cinquenta anos.

         Na ocasião, o corpo de baile estava se apresentando no interior do Paraná.

         Escola de dança.  Curso com duração de nove anos.   As crianças costumam iniciar na dança por volta dos dez anos de idade.  Bailarinos com idade ao redor dos quarenta anos já estão meio “maduros” para a atividade que requer muito do físico.

         Quanto às bailarinas, quando estão acima dos trinta de idade, já sentem alguma limitação para atuar em alta performance.  Sempre há exceções tanto no caso de bailarinos quanto de bailarinas no quesito idade.

         O Teatro Guaira tem dois grupos de dança.  O Ballet Guaira e o G2, este com os mais experientes por assim dizer.

         Ao todo o Teatro Guaira tem trezentos funcionários, aí incluídos dançarinos, músicos, técnicos e pessoal administrativo.

         No tempo que o advogado Renê A. Dotti foi Secretário de governo, ele conseguiu um prédio no centro histórico de Curitiba onde se instalou o Teatro Zé Maria.

         Em 1884 Curitiba tinha outro teatro, que depois fechou.  Na cidade foi reinaugurado um teatro em 1900.   Era no local onde atualmente temos a Biblioteca Pública do Paraná que fica no centro de Curitiba.

         O teatro acima citado foi demolido em 1930.   O prédio já estava em mau estado.   Era o Teatro São Teodoro.

         Curitiba ficou um tempo sem teatro.    O governador Moises Lupion lançou o edital para o novo teatro.    Isto próximo ao centenário do Paraná.

         Foram apresentados três projetos com autores sob pseudônimo por conta de norma de concorrência pública.    No decorrer do tempo, assume o governo do estado, Bento Munhoz da Rocha e este decide rever os projetos.

         Quer realizar obras inclusive para comemoração do centenário do Paraná, que ocorreu em 1953.    Escolheu o projeto com estilo modernista, previsto para ser erguido em concreto armado, algo raro para a época.

         O projeto escolhido era de autoria de um jovem arquiteto de 23 anos de idade, paulista de Botucatu, Rubens Meister.

         A obra alta e grandiosa requeria uso de guindastes e no Paraná não havia e trouxeram da Alemanha.   O guindaste e também um operador treinado.    Isto em 1950.

         Nessa época era bem renomado o arquiteto paranaense Vilanova Artigas, graduado na USP.   Este que dentre outras, projetou o prédio da FAU Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP.   Também dele o projeto da rodoviária “antiga” de Londrina, já que a atual, circular, é bem mais recente.

         Chegou o ano de 1953, do centenário do Paraná, e o Teatro Guaira estava semi pronto mas havia acabamentos a fazer.    Mesmo assim montaram programação cultural e realizaram no contexto do Centenário no prédio em fase de acabamento.

         O Teatro Guaira ficou pronto em 1954.   Em 1969 foi destruído por um incêndio ao ponto de desmoronar.    Em seguida veio a árdua e demorada obra de reconstrução que ficou pronta em 1974.   Tempo do Presidente Ernesto Geisel e do governador Ney Braga.

 

         Continua no capítulo final   (amanhã – quinta feira) 

quinta-feira, 16 de março de 2023

Capítulo final 02/02 - fichamento do livro de poesias: CABEÇA DE MEDUSA - autor: Poeta LAU SIQUEIRA - 2022

 

Capitulo 02/02 (final)                março de 2023

 


         Poesia:    “Segue o Baile”    (na íntegra)

         “Quinhentas mil vidas

Não é nada.  Multiplica

 

Por vinte parentes

E amigos cada.

 

No Brasil parece nada

Tudo parece nada.

 

Se não dói,

Não desagrada.

Devagar com o andor.

A vida sobe de escada

 

A morte, de elevador.”

 

Outra poesia:     “O alto preço da fome”

         (ao se referir aos do poder...):   

“Não valem o prato que falta

Na mesa de quem não tem.”

... “a fome é osso duro

Dos que não podem

Roer as sobras”...

“... onde a ostentação é um roubo

 

E a miséria é a roupa velha

De quem não sabe o quanto

 

Foi roubado”.

 

Poesia:   “Sobre Viventes”

“Um ano velho passou voando,...

         “Estilhaços pretéritos

E cacos de futuro”. ...

 

Vivemos no tempo...

Da verdade seletiva”...

 

Poesia :   “Emboscada”

... “Não perco de vista

O que me cortou

As asas

 

E me exige voar”.

 

Poesia:   “Colheita”

...”fruto desajustado

Tristeza sem nome

 

Que minha sede

Mate sua fome.”

 

Página 74 – Uma bela poesia em homenagem ao craque Ademir da Guia, um ícone dos jogadores do Palmeiras do passado.

         77 – cita na poesia o artista plástico paraibano Abelardo da Hora.

        

         Poesia:

“Certeza absoluta

Na mão do maestro

Começa na batuta”.

 

   Poesia:    “Poeminha Zen Vergonha”

... “das coisas que não digo

 

Sobre alguma verdade

Dialogando comigo”.

 

         Poesia:   “Sem beiras”

         “Viver é um vento

Soprando cada vez

Mais forte...”

 

Poesia:   “Trapiche”    (sobre incêndio na favela)

 

...”saudades

Do dia anterior

 

Até os cururus da maré

Coaxavam em chororô.

........

“sobrou nada

Sobre nada.”

 

Poesia :    “Borralho”

 

         ...”acaricio

A tristeza

Aos murros”.

 

Poesia que encerra o livro de 100 páginas:

“Silêncio Total

Apaguei a lua

Mano, foi mal”

 

Fim.                             Março de 2023

quarta-feira, 15 de março de 2023

Cap. 01/02 - fichamento do livro de Poesia - CABEÇA DE MEDUSA - Autor: LAU SIQUEIRA - ano 2022

 

LIVRO DE POESIA DO LAU SIQUEIRA       15-03-2023

 

         O nome do livro vem de um problema de coração que afetou o autor e tem o nome de cabeça de medusa.   Daí ele resolveu colocar esse nome no livro.    Editora Casa Verde - Porto Alegre RS - 2022

         Na parte de introdução do livro, palavras do autor:

         “Coração de pássaro em permanente migração.   Mais voo que ninho.  Muito mais voo do que ninho”.  

         “Sou um ateu ecumênico”.    “Acredito em gnomos, duendes e inspiração”.   “Acredito mas desconfio”.

         “A poesia tem uma identidade muito forte com a pulsação da vida, e viver é um processo de cura permanente.  Um salto no abismo da invenção”.

         ...    “Vida ligeira

         Mundo vasto”.

         ... “e o que dói

         é a vida

         desperdiçada

         mais nada”.

        

         ...”Já não há mais paredes

         Migrando na tua ausência.”

 

         Da poesia “Sem Tréguas”

         ...” vivi a delicadeza do silêncio

         Imersão no tempo de quem

         Não busca a estação, mas a viagem”.

         ... “o amor, às vezes, é um

         Chão que se perde imerso

         Na cinza de outras saudades”.

 

         Poesia “Ponteio”    (na íntegra)

         Sempre

         Apressado

 

         Não

         Tinha

         Tempo

         Para

         Viver

 

         Um dia

         Perdeu

         A hora

 

         E nunca

         Mais

         Achou.

 

         Poesia -   “Na Pele do aço”:

         ...”Não viro o rosto aos desafetos

         Nunca dou a outra face

         Nem retiro o que não disse”.

         ... “Não transfiro minhas culpas

         Nem lamento as perdas do que nunca tive”.

        

         Poesia:     “Distopia”    (na íntegra)

         “Não me iludo

        

         Há um escuro

         Permanente

 

         E uma sombra

         Iluminando

         Tudo”.

        

         Segue no próximo Capitulo 02/02 (final)

segunda-feira, 13 de março de 2023

Cap. 08/08 - fichamento do livro - GRAFFITI CURITIBA (Paraná - Brasil) - Autora Professora Dra Elisabeth S. Prosser - Ano 2010

capítulo final 08/08            leitura - março de 2023

 

         Graffiti legal x Graffiti vandal.   Rua x Galeria de Arte.

         Graffiti legal é aquele feito em local autorizado.

         Merda é um grafiteiro curitibano que é contratado por uma empresa de publicidade.

         O artista de rua e publicitário Krop.    “Eu comecei pichando.  Depois fiz figura humana, pinturas autorizadas, painéis, coisas grandes... mas sempre volto para a bombing.  Essa é a essência, cara – sem bombing não dá”.

         Bombing – ação de assinar rapidamente em tantos muros não autorizados quanto possível.

         Em outubro de 2008 Osgêmeos expuseram sua arte no MON Museu Oscar Niemayer em Curitiba.  Já na atualidade (2023), Osgêmeos de novo estão expondo sua vasta obra no mesmo local, O Museu Oscar Niemayer.

         (fui ver as obras deles no MON e gostei muito)

         ACASA é um centro de arte em Curitiba.   (citado em 2009)

         O povo vai se habituando aos trabalhos dos artistas de rua.   “De fato, a educação faz o olhar”.

         Interventores Urbanos – Quem são eles, afinal?

         ...”em rebeldia contra o capitalismo e as classes média e alta, símbolos da injustiça social pelo acúmulo de bens”.

         ...”a maioria dos hoje grafiteiros desenha desde sua infância”.

         ...”a trajetória de quase todos vai do picho ao Graffiti e depois, à profissionalização mediante cursos próximos às artes visuais”.

         Artistas de rua provem tanto da periferia como do centro da cidade.  Vem de variadas classes sociais.

         Citado o grupo 6 Direções.

         Comumente os artistas de rua cooperam entre si.    Um dos coletivos deles é o InterluxArteLivre.

         “Sintetizando o pensamento de muitos artistas urbanos, hoje, pode-se afirmar que buscam, antes de tudo, a construção de uma sociedade mais justa”.

         Arte de rua e “mistura de sentimentos: riso, amor, tristeza e ódio”.

         ...”na maioria dos casos, o que prevalece é a intenção de coerência, de crítica ao falso.”

         “O que os artistas de rua realmente querem é apenas paz, amor e latas, muitas latas!”.   Tudo isso, no conceito de uma arte livre e para todos.

         Aqui e Agora

         ...”suas construções constituem uma manifestação artística comprometida com o presente, com a história e com a cultura.”

         ...”uma cultura de resistência contra esta indiferença e esta acomodação”.

         Ao leitor:   ...”ler nas suas entrelinhas e abrir-se para ouvir o grito estampado nos desenhos, nas frases, nos sinais, nos símbolos”.

         FIM.                                       13-03-2023

         Cito aqui parte da bibliografia extensa que consta do livro:

         Zanotto, Cinthia.   O Estranho hábito de escrever em paredes”

         Curitiba – ano 2008

         CIAFA, Janice.  Comunicação e Sociabilidade.   RJ, 2007

         GALÓ, Flávia Camerlingo.   Pintura Mural e Graffiti

         Curitiba, 2004

         RICHTER, Kaus.   Kunst der Moderne vom impressionimus bis heute.

         München – ano 2000 

sábado, 11 de março de 2023

CAP. 07/08 - fichamento do livro GRAFFITI CURITIBA - Autora Professora Dra ELISABETH SERAPHIM PROSSER. Edição 2010

 

capítulo 07/08

 

         O artista de rua ciclista.   “Com ela, ele voa sobre a realidade com a qual discorda”.

         Cita um dos grupos de artistas de rua que tem apoiado as “Bicicletadas” em Curitiba.  Coletivo InterluxArteLivre.

         Bicicletadas inspiradas em movimentos vindos da Europa.

         Consta que em outubro de 2005 houve o Encontro Internacional de Graffiti de Curitiba no Estádio do Clube Pinheiros no Bairro do Boqueirão.

         Já não Tanto à Margem, mas Ainda Independente

         ...”De outro lado, muitos escritores urbanos afirmam que sua arte é, propositalmente, marginal:  querem-na independente, autônoma, fora e à parte dos sistemas oficiais da arte e das políticas culturais para assim melhor criticá-las.”

         Mas já há movimento no sentido de ver a arte de rua e o artista de rua em outro contexto.     ...”reconhecimento como arte de grande expressividade, como um movimento não apenas artístico, mas social, cultural e político”.

         Há muitos trabalhos dos artistas de rua contratados por empresas, universidades, agentes públicos.

         ...”outra obra emblemática é o mais antigo Castelo da Escócia, totalmente grafitado pelos artistas brasileiros Osgêmeos, Nunca e Nina, a convite dos seus proprietários, em 2007.

         Coletivo Os Charlatões.     A arte de rua e o contexto geral da arte:  “...por mais radicais que sejam as ações, elas acabam se integrando ao todo maior que é a cultura”.

         Planeta Terra...     “Se não Cuidar, vai Explodir!”

         Desenho em preto e branco do globo terrestre com um estopim acesso.   Num universo de 5.000 fotos de artes de rua de Curitiba entre 2004 e 2009, o tema recorrente foi a questão ambiental.    Nesse contexto, numa placa de trânsito, picharam o PARE e ficou legível só o AR.   Apelo ambiental.

         Outra pichação:   “Pare de dirigir, pedale!!!”

         Em 2006 Curitiba sediou a COP 8 e MOP3, um grande evento internacional sobre o clima.   Teve apoio inclusive da Ong SOS Mata Atlântica.

         “Respeite o espaço, respeite o verde, o oxigênio!”    Para isso, a sugestão é:  “plante, pinte, cuide, participe”.

         O artista Cimpls afirma:  “A vida é simples, a natureza é simples – e nas coisas é que estão a beleza, a vida e a arte”.

         Novos valores e Atitudes?

         Em julho de 2008 na operação Cidade Limpa em São Paulo, apagaram um mural de 680 m na Avenida 23 de Maio.  Os autores do mural: Osgêmeos, Vitché, Nina Pandolfo e Herbert Baglion.

         Houve grande repercussão contra o ato de apagarem o mural e o prefeito pediu desculpa aos artistas e à população inclusive via jornal Folha de São Paulo.

         Osgêmeos são Gustavo e Otávio Pandolfo.

        

         Continua no capítulo final 08/08

sexta-feira, 10 de março de 2023

CAP. 06/08 - fichamento do livro - GRAFFITI CURITIBA - livro baseado na tese de Doutorado - Professora Dra Elisabeth Seraphim Prosser (2010)

 

capítulo 06/09

        

         É proibido Calar Catarses!

         Texto de um lambe-lambe na cidade:   “É proibido calar catarses!.

         Um picho:  “Nós não sujamos os muros, nós damos vida a eles”.

         ... “a cidade, percebida aqui como imutável e inflexível, feita de concreto, metal, veículos, poluição, lixo e confusão”.

         O artista de rua.     ...”não se importa com teorizações – apenas se diverte por outros tentarem teorizar o seu fazer”.

         Pergunta:  “E você está preso aonde?”.   Afirma que o leitor está preso no seu cotidiano etc.

         Objetivo principal da arte popular:     “Pare! Pense!”

         “Fazer pensar, fazer refletir para então transformar”.

         Anos 2000, tempos da clonagem da ovelha Dolly, tempo de transplantes de órgãos e até de comercialização por baixo do pano, de órgãos.

         Bush e a guerra contra o Iraque.  Em 2005 Bush visitou o Brasil.   Um artista de rua desenhou a cara do Bin Laden e a pergunta:  “Terrorista ou Revolucionário?”.

         Disputa e ressignificação.    Quando a lei eleitoral passou a permitir que candidatos podiam mandar colocar suas propagandas em muros cujos proprietários dos imóveis autorizassem.    Nessa fase muitos muros com arte de rua foram pintados para dar lugar a propaganda eleitoral autorizada.

         Alguns pichos:   “Essa explosão de arte”.     “A cidade é a grande tela ao ar livre”.

         “Imensa, acolhedora, que oferece espaço a todos, democrática, que não olha para raça, posição social ou roupa”.

         Para o artista de rua, a cidade sem a arte de rua:   “.... dá pena de ver!  Falta cor, alegria, vida...  tudo é complicado, escuro e oco”.   ...”sem sentido.”

         “Necessidades vazias, com significados também artificiais e ocos, que levam o sujeito a um escuro turbilhão de afazeres”.

         Já a arte de rua...  “volta à vida simples junto à natureza da qual o homem faz parte.  Natureza que provê, acolhe, dá sentido, é colorida e tem seu próprio ritmo, sua própria voz”.

         ...”temos a magia das cores”.  (os artistas de rua).

         ...”em oposição ao trabalho e materialidade escravizantes.”     “Seus autores são, muitas vezes, críticos e politizados”.  (ref. Artistas de ruas)

         Nota da autora:   O teatro Guaira de Curitiba tem três auditórios.  O grande auditório, chamado de Bento Munhoz, tem quase 2.200 lugares.  O Salvador de Ferrante, também chamado Guairinha, tem cerca de 500 lugares e o miniauditório tem aproximadamente 100 lugares.

         Graffiti, urbe e sociedade.

         “Para esses jovens artistas de rua, a sociedade estabelecida transformou-se em uma força de trabalho que vive para cuidar de coisas que não o ser humano.   Nesse contexto, é preciso ter um carro para ganhar tempo para trabalhar mais e ganhar mais dinheiro.   No entanto, o trânsito é cada vez mais lento pelo número maior de veículos.   Contradição?  Inversão de valores?”.

         O carro é visto por certo olhar “como uma bolha, da qual o ser humano se tornou prisioneiro e escravo – escravo da própria acomodação ao conforto, símbolo do individualismo e da falta de consciência ecológica”.

         “... a cultura do automóvel, a cultura da eterna zona de conforto, que acomoda e aprisiona, que polui e mata”.

 

                   Continua no capítulo 07/08