Total de visualizações de página

domingo, 10 de março de 2024

Fichamento 8/20 - do livro - O BRASIL NO ESPECTRO DE UMA GUERRA HÍBRIDA - autor Professor Dr Antropólogo - PIERO C. LEIRNER (UFSCar)

 capítulo 8/20      (nova projeção - até cap 20)

         O autor deste livro encontrou em evento das Ciências Sociais em Brasilia, pessoa de alta patente do Exército com quem teve contato durante suas pesquisas.    Essa pessoa fazia um mestrado em Ciências Sociais na Universidade de Brasília UnB e aparentemente mapeava as ideias dos pesquisadores presentes no evento...

         No jargão popular da área militar, pessoa em função desse tipo é chamada de boi de piranha.   Se infiltra na área inimiga para mapear o terreno para oportuna ocupação.

         Cada vez os militares focando mais o lado psicológico já que o “combate” não é mais em campo aberto com sua geografia física.   “Ou seja, as fronteiras físicas já cederam lugar à fronteira psicológica. Nesse contexto, a opinião pública assume papel relevante na tomada de decisões nos níveis político, governamental ou militar”.

         O autor sugere que neste quesito nossos militares estão aqui replicando prática dos norte-americanos.   Se encaixa no contexto da guerra híbrida.

         “Operações psicológicas precedendo ação de infantaria... uso de TI Tecnologia da Informação, ... drones”.

         c – Cultura entre as armas – página 80

         Norte-americanos – colocar antropólogos na carreira militar...    “Suas funções eram uma espécie de unidade avançada, a primeira linha de contato.”  “A ideia era chegar diretamente na aldeia ou vila, mapear a população e suas lideranças e realizar o divide e impera”.

         Em 2016 as forças armadas dos USA atualizaram um Manual de Contrainsurgência.   Atualizou a edição de 20 anos atrás.  Documento de 282 páginas.   No capítulo Inteligência na Contrainsurgência, teve a participação de uma antropóloga, Montgomery Mc Fate, da equipe militar.

         Um general americano que atuou no Iraque na guerra, posteriormente promovido, formou uma equipe de doutores em ciências sociais.   Uma das metas era tentar  “desesperadamente melhorar a situação no Iraque”.   Melhorar a imagem dos USA no mundo após o que este fez no Iraque.

         Esse programa foi encerrado em 2010.   As mudanças azeitaram mais a guerra híbrida por parte dos USA.    

         Nos tempos mais recentes o tema tem sido pouco ventilado e poucos artigos são publicados sobre o assunto da “expertise antropológica na guerra”.

         A II Guerra Mundial e o aumento de interesse dos USA pelo conhecimento de línguas estrangeiras e suas culturas para uso militar.

         “Já em 1942 os USA passaram a ter 227 colleges e university campus abrangidos”.  Destes, em 10 universidades, estabeleceram cursos de culturas estrangeiras para oficiais das forças armadas...  “para uso específico em combate”.

         Página 86 -   Ciências Sociais e o conhecimento das áreas de interesse militar.    Ano de 1943 (em curso a II G.Mundial) os USA tinham pessoas qualificadas como especialistas em locais de interesse militar deles.

Eram 10.650 especialistas no total e destes, 1.600 só em América Latina.

         Até conhecer repelentes naturais de insetos usados pelos nativos era parte do repertório dos especialistas.    Elaboraram naquela época até um Manual de Sobrevivência em Mar e Terra, livro à prova d´água.   Distribuíram 970.000 exemplares do manual aos de interesse.

 

         Continua no capítulo 9/20    (nova projeção do número de capítulos)

Nenhum comentário:

Postar um comentário