capítulo 8/20 (nova projeção - até cap 20)
O autor deste livro encontrou em evento das Ciências Sociais
em Brasilia, pessoa de alta patente do Exército com quem teve contato durante
suas pesquisas. Essa pessoa fazia um
mestrado em Ciências Sociais na Universidade de Brasília UnB e aparentemente
mapeava as ideias dos pesquisadores presentes no evento...
No jargão popular da área militar, pessoa em função desse
tipo é chamada de boi de piranha. Se
infiltra na área inimiga para mapear o terreno para oportuna ocupação.
Cada vez os militares focando mais o lado psicológico já que
o “combate” não é mais em campo aberto com sua geografia física. “Ou seja, as fronteiras físicas já cederam
lugar à fronteira psicológica. Nesse contexto, a opinião pública assume papel relevante
na tomada de decisões nos níveis político, governamental ou militar”.
O autor sugere que neste quesito nossos militares estão aqui
replicando prática dos norte-americanos.
Se encaixa no contexto da guerra híbrida.
“Operações psicológicas precedendo ação de infantaria... uso
de TI Tecnologia da Informação, ... drones”.
c – Cultura entre as armas – página 80
Norte-americanos – colocar antropólogos na carreira
militar... “Suas funções eram uma
espécie de unidade avançada, a primeira linha de contato.” “A ideia era chegar diretamente na aldeia ou
vila, mapear a população e suas lideranças e realizar o divide e impera”.
Em 2016 as forças armadas dos USA atualizaram um Manual de
Contrainsurgência. Atualizou a edição
de 20 anos atrás. Documento de 282
páginas. No capítulo Inteligência na
Contrainsurgência, teve a participação de uma antropóloga, Montgomery Mc Fate,
da equipe militar.
Um general americano que atuou no Iraque na guerra,
posteriormente promovido, formou uma equipe de doutores em ciências
sociais. Uma das metas era tentar “desesperadamente melhorar a situação no
Iraque”. Melhorar a imagem dos USA no
mundo após o que este fez no Iraque.
Esse programa foi encerrado em 2010. As mudanças azeitaram mais a guerra híbrida por
parte dos USA.
Nos tempos mais recentes o tema tem sido pouco ventilado e
poucos artigos são publicados sobre o assunto da “expertise antropológica na
guerra”.
A II Guerra Mundial e o aumento de interesse dos USA pelo
conhecimento de línguas estrangeiras e suas culturas para uso militar.
“Já em 1942 os USA passaram a ter 227 colleges e university
campus abrangidos”. Destes, em 10
universidades, estabeleceram cursos de culturas estrangeiras para oficiais das
forças armadas... “para uso específico
em combate”.
Página 86 - Ciências
Sociais e o conhecimento das áreas de interesse militar. Ano de 1943 (em curso a II G.Mundial) os
USA tinham pessoas qualificadas como especialistas em locais de interesse
militar deles.
Eram 10.650 especialistas
no total e destes, 1.600 só em América Latina.
Até conhecer repelentes naturais de insetos usados pelos
nativos era parte do repertório dos especialistas. Elaboraram naquela época até um Manual de
Sobrevivência em Mar e Terra, livro à prova d´água. Distribuíram 970.000 exemplares do manual
aos de interesse.
Continua no capítulo 9/20
(nova projeção do número de capítulos)
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