CAP 07/10
97 –
“Recado de Primavera” . Esta é a
crônica que dá o título do livro que estamos fazendo fichamento. Foi feita a pedido da Globo para homenagem
ao poeta Vinícius de Morais pelo primeiro ano de sua morte.
“Seu
nome virou placa de rua”, avisa o cronista.
Rua em Ipanema, vista para o mar.
O poeta, morando numa cobertura em Ipanema, cercado de plantas e
tico-tico fazendo ninho entre elas. Um
chopim fiscalizando o tico-tico que fazia o ninho. Pois o chopim tem o hábito de beber parte
dos ovos do tico-tico e colocar os seus no lugar e depois o tico tico choca e
cria os filhotes mistos. Parte dos
filhotes pardos sendo tico ticos e parte pretos sendo chopins.
“Chega a
primavera nesta Ipanema cheia de sua música e de seus versos”. Eu ainda vou ficando por aqui – e vigiar, em
seu nome, as ondas, os tico-ticos e as moças em flor. Adeus”.
– setembro de 1980.
99 –
“Aconteceu na Ilha de Cat”. Falando de
palavras cruzadas e seus macetes. Cat
seria uma das ilhas de Creta. Há até
dicionário específico com termos usuais em palavras cruzadas. O cronista dá o sentido de uma porção de
palavras usuais nesse passatempo por curiosidade.
103 – “A
inesquecível Beatriz”. Uma crônica a um
inesquecível amor passageiro dele. Fala
de jeitos, feições, sentimentos e reflexões da vida cotidiana também. Dezembro de 1956.
105 –
“Onde nomeio um prefeito”. Na guerra
na Itália em 1944 com a FEB onde ele atuava como jornalista correspondente de
guerra para o jornal Diário Carioca.
O jornalista no front de guerra anda fardado e recebe patente militar no
período. Vencidos os alemães na
região, as tropas voltando e chegando a vilarejos e o povo que andava enfurnado
por causa da guerra recebe as tropas aliadas como salvadoras da pátria. E é viva e mais viva aos heróis. E numa dessas um líder comunitário veio
pedir para eles nomearem o prefeito para o local. Acabou que o cronista, em cima do jipe
militar, usa como palanque o veículo e ergue o braço do que é aclamado como o
novo prefeito até que venha ordem superior.
Todos ficam felizes da vida.
Crônica de maio de 1984
109 –
Três amigos brasileiros num Café em Lisboa e são interrompidos na prosa pelo
garçom que perguntou, intrigado: - Que
raio de língua é essa que estão a falar, que eu percebo tudo?
111 –
“Olhe ali uma tontinegra!”
Morou um
tempo em Marrocos onde foi Embaixador.
Morou em Rabat. Também passou por
Marrakech. Gosta tanto de pássaros que
comprou um livro para identificar pássaros da Europa. Um deles é a tal tontinegra. Até imaginou um dia, amigos de longe
visitando a região e o cronista poder dizer:
- Olha ali aquele pássaro! É uma
tontinegra...
117 –
Diário de um subversivo – ano de 1936
Na
pensão dele, dois jovens integralistas.
Vieram puxar papo com ele sobre política. Papo contra o comunismo. Para eles, o Lenin era um gênio, mas um gênio
do mal.
O
cronista procurado pela polícia no tempo da Ditadura Vargas, acusado de ser
comunista. Vários conhecidos dele foram
presos. Ele se escondeu na casa de um
amigo. Isto em 1936. A crônica é de 1957
121 –
Recordações Pernambucanas. Morou em
Recife por uns meses em 1955. Conheceu
o Lourenço, funcionário do Banco do Brasil, já conhecido por Capiba, músico. O apelido, como leitor, suponho que tem a
ver com o rio que desagua em Recife, o Capiberibe.
Lá em
Recife ele conviveu com intelectuais de destaque como integrantes da família de
Ariano Suassuna, Gilberto Freyre e outros.
Narra inclusive uma aventura amorosa passageira do Gilberto Freyre
dizendo que é para a biografia dele ficar completa.
Continua no capítulo 08/10