CAP. 20/35
Continuação
– Humana de Negócios – Maure Pessanha
Kelly,
fundadora da Artemisia, que convidou
Maure, então uma voluntária, a se juntar ao time em 2006.
“O que
mais gostou foi a visão de desenvolver empreendimentos sociais com viabilidade
financeira”. Se inspirou também no
bengalês Yunus que ganhou Prêmio Nobel de Economia por seu trabalho em
microcrédito. Ele está à frente dentre outras,
da Yunus Investiments que atua na captação de fundos para aplicar em
empreendimentos sociais.
A
caminhada nessa linha do empreendedorismo social demandou a criação do
Movimento Choice que fomenta, já nas universidades, esse jeito de pensar, e a
aceleradora de negócios sociais, criada em 2011. Algo até inédito na América Latina. Viram o modelo nos USA e pensaram. Por que não implementar aqui?
“A gente
sempre estudou muito. Esse negócio de
aprender fazendo sempre foi muito forte”.
A busca
do equilíbrio nos negócios sociais.
“Nós somos muito idealistas nos nossos sonhos, valores e no que queremos
alcançar, mas muito pragmáticos nas decisões, em função de clientes, de foco ou
de sustentabilidade financeira”.
A rede
da Artemísia – mais de 400 projetos apoiados, 170 negócios acelerados e 112
milhões de reais investidos. Há
parceiros como o Facebook, o BID Banco Interamericano de Desenvolvimento, a
Caixa Econômica Federal.
“Maure,
hoje diretora executiva da Artemísia, brinca que seu trabalho lhe custou um
casamento, mas também lhe trouxe o ‘amor de sua vida’, o empreendedor social
Claudio Sassaki, fundador do Geekie, também personagem deste livro”.
“No
fundo, o que queremos é que cada um se conecte com o humano que há no outro”.
Bate
papo com Maure Pessanha
Os
tempos dela na FEA USP apoiando o cursinho que criaram para pessoas carentes da
comunidade. Os colegas dela em geral de
olho em estágios em multinacionais, banco ou grande empresa. E eu comecei a ir para a área social.
Ela teve
uma professora que apoiou essa de área social.
Cita o nome da professora no livro.
O mote do Terceiro Setor (o
social) estava despontando no Brasil.
A própria família dela fez alguma pressão para ela não ir para esse
setor onde o futuro seria mais incerto.
Os
amigos dela que seguiram o caminho convencional tinham uma finança pessoal mais
sólida e viajavam mais. Ela se
envolveu tanto no terceiro setor....
“passei por várias fases – inclusive a de querer morar em uma favela,
largar tudo...” De tanto que se
envolvia com as histórias, com os projetos, com as pessoas”.
“Eu
sempre fiz tudo com o coração”.
Em
Harvard, inclusive teve aulas de Direitos Humanos. Conheceu o conceito do Amartya Sem, Prêmio
Nobel de Economia de 1998 sobre vulnerabilidade e pobreza e ela aplicou o
conceito na Artemísia.
Ela
disse que muita gente pensa em empreender para o grupo AAA, alta renda onde
existe muito dinheiro. “Por que não
para resolver problemas de educação, de habitação?
Projeto
Vivenda para reforma de casas aos de baixa renda. A Artemísia focou em saúde, moradia e
educação.
Para
divulgar o programa deles em 2009, o slogan “entre mudar o mundo e ganhar
dinheiro, fique com os dois”. (mensagem
final dela)
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