capítulo 10/13
Moral e
Boa Vontade - “Não há, para Kant, no
mundo, nada que seja bom em si mesmo.
Tudo é o que é. E será bom ou
mau em função das circunstâncias particulares e das relações que mantiver com o
mundo.”
“Uma
pizza não é boa em si, mas em função de quem a degusta. Da sua forma. Das suas preferências alimentares. De seus hábitos e cultura.”
Segundo
Kant, a coisa boa por si só é apenas a boa vontade. “Só ela é boa independentemente de qualquer
coisa”.
“A boa
vontade é o único bem incondicionado”.
Moral,
Vontade e Uso dos talentos naturais. “A
vontade não é um talento natural”. Não
se pode confundir com a força, a beleza ou a inteligência. Delas, podemos nos servir para conseguir
outras coisas.
“A
vontade é o agente que delibera colocar a força num ato de salvamento. Colocar a beleza em ato de sedução. Colocar a inteligência em ato de instrução.”
Tenho
certeza de que você entendeu a diferença entre o talento, o uso do talento, e a
vontade – decisão de usar o talento”.
Moral,
Vontade e Eficácia - Moral, Vontade e
Dever
Rousseau
propõe que todos os animais são dotados de instinto. Complexo programa que oferece respostas para
todas as situações de existência. O
instinto é tudo que o animal tem e tudo de que precisa para conduzir sua vida
até o final. O que permite concluir que
os animais já nascem prontos. (já vi
patinho de uns dois dias após nascidos, já nadando)
“No
âmbito coletivo, o homem é cultural, é político”.
Os
animais não acumulam ensinamentos de geração em geração.
Moral e
Liberdade - Os animais não tem
moral. Só o ser humano é dotado de
moral.
“Nada na
natureza tem moral. A não ser o
homem.” E vivemos como vivemos porque
somos senhores de nossas deliberações.
Livres, portanto.
“Estamos
condenados à liberdade de definir a própria vida.” Responsabilidade que pesará sobre nossos
ombros enquanto houver vida a viver.
Moral e
Amor - Para Kant, amor está fora do
campo da moral. Amor é sentimento. “E sentimento é um lado da natureza.” Impõe-se a nós. Frente ao amor, cabe-nos constatação. Por isso, o amor não se delibera. Nem no seu início nem no seu fim.
Mãe
forçando a criança a comer verdura.
Segundo a teoria kantiana aplicada ao caso, a criança pode ter que comer
verdura, mas não ter que gostar de verdura.
Comendo, age por amor, não age por moral.
Na vida
social, amor por poucos e a moral nos faz nos relacionar com a imensa
maioria. “Mas como o amor é raro, a
moral é importante”.
Cap. 9 –
Vida Socializada - Viver a vida. Momentos de reflexão sobre caminhos a
seguir. Pensar em quais decisões tomar.
-
“Preciso que você me deixe um pouco sozinho para que eu possa decidir o que vou
fazer da minha vida”.
O autor
disse que esse isolamento é
ilusório. Mantemos uma certa distância
física da pessoa com quem estamos falando.
Quanto mais formal o contato, maior a distância que a pessoa adota
(fisicamente) mesmo sem pensar nisso. É
um dos reflexos básicos que uns ou outros apenas que não respeita e são
chamados de sem noção.
Cada um
de nós tem uma intuição de seu capital estético. Reconhecimento social da sua beleza. Sempre atribuída pelo outro, como todo
capital social. Denominamos capital,
porque participa da troca. Permite
auferir vantagem. Mas não é dinheiro”.
...”muitas
vezes sem perceber, já procuramos parceiro que supomos esteticamente
compatível. Se dois se relacionam sem
esse “equilíbrio”, os outros notam.
Fofocam depois: Aquele (ou
aquela) está com areia demais para o seu caminhãozinho. Ou algo como: Alguém ali está tentando dar o golpe...
O povo
fala... “afinal, tudo que falam de nós
pode ser a maior besteira, mas produz efeitos.
Alegra ou entristece. Torna a
vida um pouco melhor ou pior.
...”não
é possível pensar na vida, ou mesmo viver sem pensar nela, sem considerar as
condições sociais em que ela é vivida”.
Porque
todo recolhimento é protagonizado por um ser já socializado. A sociedade vai junto. Não adianta trancar a porta”.