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segunda-feira, 30 de outubro de 2023

CAP.12/15 - fichamento do romance - HILDA FURACÃO - autor: ROBERTO DRUMMOND

 capítulo 12/15                    outubro de 2023

 

 

         O repórter finalmente se encontrou com sua paixão, a bela B na casa da tia dela. Se encontrou e recomeçaram o namoro. Ele estava feliz da vida. Namorava bela B na casa da tia dela. O pai dela ficou sabendo e proibiu o namoro.

         O pai de bela B ficou sabendo do namoro escondido e deserdou a filha.

         “Bela B abriu mão de toda fortuna do pai para se casar com um comunista que não tinha nem onde cair morto.”

         A cidadezinha do jornalista, Santana dos Ferros, se livrou do padre rígido e estava em novos tempos.   Até foi criada uma zona de meretrício na cidade.   Filmes de Hollywood agora podiam ser exibidos no cinema local.

         Umas pessoas admiravam:  - “Deu a louca no mundo:  ela vai se casar com um comunista!”.

         O bordel da cidadezinha se chamou Paraiso Encantado e na noite de inauguração não se falava em outra coisa na cidade.  E se dizia que Hilda Furacão estaria presente para cortar a fita inaugural do bordel.

         Aramel e o amigo jornalista, chegando em Santana dos Ferros para o noivado do comunista e a estrada estava bloqueada.  O policial explica ao jornalista, seu conhecido, que deu uma febre bubônica na cidade e estava matando gente.  Uns diziam que aquilo era praga da Tia Ciana.   Também tinha o boato que a doença veio das pulgas das malas das prostitutas.

         Ao invés do governo do estado mandar ajuda médica, mandou polícia cercar o povo de lá que não sabia o que fazer.

         Hilda tem a ideia de furar o cerco e iriam lá com um pequeno avião fretado.   Mesmo tendo medo de avião, o jornalista encarou a parada para saber dos seus parentes e conhecidos e para ver a Bela B, a Beatriz.

         Para todos os efeitos, era praga da Tia Ciana pelo pecado do povo local inclusive por acolher o bordel.    O avião passa num voo rasante com uma declaração de amor uma faixa feita pelo jornalista para sua amada.    Aquilo contagiou positivamente o povo que se livrou da praga e voltou a sair nas ruas e tudo o mais.   Um deles puxa o carnaval e o povo sai em festa acompanhando os cordões.    Assim acabou a praga e voltou a normalidade.

         Enfim, em fevereiro, saiu o casamento do jornalista com sua sonhada Beatriz.

         Nesse tempo o governador de MG era Magalhães Pinto.    Jânio Quadros renuncia à presidência da república.   Era para assumir o vice João Goulart, tido como comunista e as forças políticas tentaram impedir ele de assumir.   Conseguiram mudar a lei para um parlamentarismo, tirando poder do presidente.

         Tretas dos dirigentes do jornal Binômio com os militares e um dirigente deu um soco na cara de um general.    Logo em seguida os militares deram o troco, invadindo a redação do Binômio e destruindo o maquinário.  Nisso até as fotos do casamento do jornalista foram para o lixo.

         O general e a rosa

         Nessa ocasião o Brasil estava agitado com João Goulart na presidência.  O gaúcho Leonel Brizola era cunhado de João Goulart, vulgo Jango.   Brizola era governador do Rio Grande do Sul.

         Outros notórios da esquerda e que incomodavam os militares.  Miguel Arraes, o deputado pernambucano Francisco Julião, temido líder das Ligas Camponesas, que lutavam pela reforma agrária “na lei ou na marra”.

         Consta que os destaques da esquerda do Brasil sempre iam confabular com o político José Aparecido de Oliveira em BH.   Este que morava ao lado da casa de um general da ativa.   O general seguidamente era visto podando as roseiras do jardim da moradia dele.  

         O político José Aparecido vivia pendurado numa extensão do telefone na varanda da casa falando alto com seus correligionários Brasil afora e daria para o general até ouvir as prosas.

         Tempos agitados, o jornalista recém casado e só falava em jornal e situação política do Brasil.   Um dia a esposa dele perguntou como seria se ela viesse a ter um filho nesse clima todo.

        

         Continua no capítulo 13/15

        

domingo, 29 de outubro de 2023

CAP. 11/15 - fichamento do romance - HILDA FURACÃO - autor - ROBERTO DRUMMOND

 

Cap. 11/15 fichamento do romance HILDA FURACÃO- autor ROBERTO DRUMMOND

Hilda marcou entrevista coletiva e declarou que recusava dois pedidos de casamento feitos por milionários. Destacou que agradecia de coração, mas não aceitava porque não os amava e que amava uma pessoa impossível. – “É um amor impossível, mas ainda assim devo ser fiel a ele.”

O jornalista recebe um ultimato do Jornal Binômio. Ou descobre o segredo da Hilda optar pela zona boemia ao invés do casamento milionário ou o jornalista estaria despedido do emprego.

Reporteres de jornais de destaque na época, sempre de esquerda. Fernando Gabeira, Mauro Santayana.

O jornalista do Binômio, Ponce de Leon, se fantasiou de mendigo e fez ponto por uns tempos nas escadarias de uma igreja de BH pedindo esmolas. Depois fez uma série de reportagens que fez grande sucesso na imprensa.

O jornalista narrador sentia ciúmes do sucesso dos seus colegas. Além do mais era hipocondríaco, inventava doenças para sofrer com elas.

A analista dele atende ao seu pedido para interna-lo no sanatório de doentes mentais de Barbacena MG. Lá ele pretendia conseguir ótimas reportagens.

“O médico e político JK Juscelino Kubstcheck era homem alegre... estava sempre sorrindo, o riso era sua marca registrada.” Ele foi governador de MG antes de ser presidente da república, o que fez Brasilia.

Como governador de MG inclusive construiu o Parque da Pampulha com represa que formou o lago e as construções com projeto do Arquiteto Oscar Niemeyer. Um dos destaques é a capela de São Francisco ornada com artes plásticas do artista plástico Candido Portinari. Houve longo impasse para a igreja católica local aceitar a igreja projetada por um comunista e decorada por outro comunista já citados. Depois de certo tempo chegaram a um acordo e a igreja passou a receber as celebrações normais.

A igreja citada e outros prédios projetados por Niemeyer são destaque no roteiro de turistas que vão a Belo Horizonte.

(visitei duas vezes a Pampulha e nela as obras de Niemeyer, incluindo a Igreja de São Francisco que é pequena e muito linda)

(Visitei também a casa projetada pelo Niemeyer ao lado do lago da Pampulha, onde morou por uns tempos o ex presidente Juscelino. É um espaço aberto à visitação pública)

Um ateu reza

O jornalista ateu morria de medo de viajar de avião. Um dia teve que ir a serviço de BH até Montes Claros MG para fazer reportagem sobre as “vendas” de nordestinos que depois seguiam para obras de Brasilia em construção.

No passado o jornalista foi pego no colégio de padres por estar lendo o livro O Cavaleiro da Esperança de autoria do comunista Jorge Amado, sobre o comunista Luiz Carlos Prestes. Foi expulso do colégio por isso.

Agora no voo, voltou a rezar de medo de morrer.

Em Montes Claros todos negavam o comércio de nordestinos, o tráfico humano. O jornalista e o fotógrafo alugaram um carro e foram para a rodovia para seguir caminhões pau-de-arara. Seguiram um e na periferia da cidade, parou perto de um curral antigo e lá descarregava as pessoas a serem vendidas.

O jornalista disfarçado de fazendeiro comprou um casal de nordestinos com recibo assinado e tudo.

A reportagem deu enorme repercussão. Levaram depois o casal de nordestinos para o Rio de Janeiro e foram entrevistados pelas TVs da capital.

Os telespectadores doaram muitas roupas e outras coisas ao casal que depois ficaram empolgados e acharam que não precisariam mais trabalhar, que já tinham fama. Mas logo acabou o estoque de doação e o casal veio procurar o repórter “que os comprou” e veio se amparar com seus “donos’. Foi um embaraço para o repórter.,

O repórter finalmente se encontrou com sua paixão, a bela B na casa da tia dela. Se encontrou e recomeçaram o namoro. Ele estava feliz da vida. Namorava bela B na casa da tia dela. O pai dela ficou sabendo e proibiu o namoro.

Continua no capítulo 12/15

 

 

         O repórter finalmente se encontrou com sua paixão, a bela B na casa da tia dela. Se encontrou e recomeçaram o namoro. Ele estava feliz da vida. Namorava bela B na casa da tia dela. O pai dela ficou sabendo e proibiu o namoro.

         O pai de bela B ficou sabendo do namoro escondido e deserdou a filha.

         “Bela B abriu mão de toda fortuna do pai para se casar com um comunista que não tinha nem onde cair morto.”

         A cidadezinha do jornalista, Santana dos Ferros, se livrou do padre rígido e estava em novos tempos.   Até foi criada uma zona de meretrício na cidade.   Filmes de Hollywood agora podiam ser exibidos no cinema local.

         Umas pessoas admiravam:  - “Deu a louca no mundo:  ela vai se casar com um comunista!”.

         O bordel da cidadezinha se chamou Paraiso Encantado e na noite de inauguração não se falava em outra coisa na cidade.  E se dizia que Hilda Furacão estaria presente para cortar a fita inaugural do bordel.

         Aramel e o amigo jornalista, chegando em Santana dos Ferros para o noivado do comunista e a estrada estava bloqueada.  O policial explica ao jornalista, seu conhecido, que deu uma febre bubônica na cidade e estava matando gente.  Uns diziam que aquilo era praga da Tia Ciana.   Também tinha o boato que a doença veio das pulgas das malas das prostitutas.

         Ao invés do governo do estado mandar ajuda médica, mandou polícia cercar o povo de lá que não sabia o que fazer.

         Hilda tem a ideia de furar o cerco e iriam lá com um pequeno avião fretado.   Mesmo tendo medo de avião, o jornalista encarou a parada para saber dos seus parentes e conhecidos e para ver a Bela B, a Beatriz.

         Para todos os efeitos, era praga da Tia Ciana pelo pecado do povo local inclusive por acolher o bordel.    O avião passa num voo rasante com uma declaração de amor uma faixa feita pelo jornalista para sua amada.    Aquilo contagiou positivamente o povo que se livrou da praga e voltou a sair nas ruas e tudo o mais.   Um deles puxa o carnaval e o povo sai em festa acompanhando os cordões.    Assim acabou a praga e voltou a normalidade.

         Enfim, em fevereiro, saiu o casamento do jornalista com sua sonhada Beatriz.

         Nesse tempo o governador de MG era Magalhães Pinto.    Jânio Quadros renuncia à presidência da república.   Era para assumir o vice João Goulart, tido como comunista e as forças políticas tentaram impedir ele de assumir.   Conseguiram mudar a lei para um parlamentarismo, tirando poder do presidente.

         Tretas dos dirigentes do jornal Binômio com os militares e um dirigente deu um soco na cara de um general.    Logo em seguida os militares deram o troco, invadindo a redação do Binômio e destruindo o maquinário.  Nisso até as fotos do casamento do jornalista foram para o lixo.

         O general e a rosa

         Nessa ocasião o Brasil estava agitado com João Goulart na presidência.  O gaúcho Leonel Brizola era cunhado de João Goulart, vulgo Jango.   Brizola era governador do Rio Grande do Sul.

         Outros notórios da esquerda e que incomodavam os militares.  Miguel Arraes, o deputado pernambucano Francisco Julião, temido líder das Ligas Camponesas, que lutavam pela reforma agrária “na lei ou na marra”.

         Consta que os destaques da esquerda do Brasil sempre iam confabular com o político José Aparecido de Oliveira em BH.   Este que morava ao lado da casa de um general da ativa.   O general seguidamente era visto podando as roseiras do jardim da moradia dele.  

         O político José Aparecido vivia pendurado numa extensão do telefone na varanda da casa falando alto com seus correligionários Brasil afora e daria para o general até ouvir as prosas.

         Tempos agitados, o jornalista recém casado e só falava em jornal e situação política do Brasil.   Um dia a esposa dele perguntou como seria se ela viesse a ter um filho nesse clima todo.

        

         Continua no capítulo 12/15

CAP. 10/15 - fichamento do romance - HILDA FURACÃO - autor - ROBERTO DRUMMOND

 capítulo 10/15

 

         Da minha ficha policial

         O pai da bela B era fazendeiro e proibiu ela de namorar um comunista.

         Anos depois dos fatos, o jornalista teve acesso ao arquivo do DOPS – a polícia da repressão política da ditadura militar que perseguia os comunistas e simpatizantes.    Leu relatórios que o policial investigador Sarmento fez sobre o jornalista e sua militância.

         A hora do Sherloque ou Investigando Hilda Furacão

         Reunião a portas fechadas entre o jornalista e dois dirigentes do jornal Binômio.   A missão do jornalista:   Dar uma de investigador sobre Hilda e fazer uma série de reportagens sobre ela.   A missão e o desafio.   O título que os dirigentes sugeriram:   Hilda Furacão: o Mistério da Garota do Maiô Dourado.   

         - “A chave da reportagem – é você acabar com o enigma:  por que, afinal, em vez dela se casar com um banqueiro todo-poderoso, ela preferiu ir para a zona boêmia.

         Las cosas de Fidel

         Altas mudanças nos jornais, inclusive seguindo tendências do Rio de Janeiro.  Nos jornais, a era do lead:  “o que, quem, quando, como, onde e por que” e as respostas que os jornalistas deveriam dar nas matérias.

         Jornais de Minas Gerais trouxeram alguns jornalistas do RJ, entre eles, Jânio de Freitas.  

         Na época da redação do jornal Binômio havia dominância do pessoal simpatizante comunista.      E agora na redação a norma era fazer o lead.   Responder em cada reportagem aquela sequencia de indagações:  o que, quem, quando...

         Na época o jornal Binômio tinha uma tiragem de 30.000 exemplares.   A direção do Binômio esperava aumentar muito a tiragem do jornal com a série sobre Hilda Furacão.   O chefe da redação disse ao jornalista:   “Não existem ingredientes tão bons para atrair o leitor como sexo, mulher-notícia bonita e mistério.   A Hilda resume tudo isso”.

         O jornalista sabia do desafio que era tentar elucidar o mistério sobre Hilda que optou por atuar na zona.

         Ele foi conversar com Hilda e colocar a ela a situação.   Ela não revelou nada e deixou ele livre para investigar a vida dela.

         Toda terça feira, como combinado, ambos se reuniam para ele expor o que já conseguiu nas investigações sobre ela.

         Sobre a pureza da rosa

         O jornalista foi até Barbacena-MG para especular junto aos pais de Hilda que agora plantavam rosas.  Eles não queriam falar sobre a filha.

         O repórter tirou fotos escondidas dos pais de Hilda e as trouxe de presente para ela.    Ela ficou muito emocionada.

         O jornalista marcou entrevista com o ex banqueiro que tentou se casar com Hilda e ela se recusou.  Pouco tempo depois ela foi para a zona boêmia num primeiro de abril.    A data que ela disse ao pretendente que era o dia que ela responderia sobre o pedido de casamento.

         O milionário não entendia a negativa de Hilda ao seu pedido de casamento.  Disse:  “Ela sempre foi muito mística e religiosa”.

         Glorinha Drummond  - foi miss MG e se casou com o colunista social Ibrahim Sued.  Todos perguntavam ao jornalista se ambos eram parentes.

         Foi ao RJ entrevistar o psiquiatra Helio Pelegrino que teve Hilda entre seus pacientes.  Não conseguiu dele informação que é protegida pelo sigilo profissional.

         Marcou entrevista com o padre confessor de Hilda nos tempos dela no Tenis Clube.

         Em outro episódio, o jornalista e uns outros jovens recebendo treinamento para guerrilha.

         Em outro episódio mais, um fã de Hilda que alucinado subiu no 12º andar de um prédio e dizia que iria se suicidar se Hilda não lhe desse um beijo.   Ela foi lá, deu o beijo no fanático e ele desistiu de se suicidar.

         A fama de Hilda Furacão só crescia com o passar dos dias.

        

         Continua no capítulo 11/15

quinta-feira, 26 de outubro de 2023

CAP. 9/15 - fichamento do romance HILDA FURACÃO - autor: ROBERTO DRUMMOND

 capítulo 9/15

 

         O jornalista comunista namora escondido do partido, a companheira Rosa.  Vai com ela no baile de fantasia.    O ponto de encontro nos namoros proibidos dos dois comunistas era a Igreja São José e até assistiam a missa.

         Lá não seriam vistos pelos camaradas do partido.

         As namoradas do Aramel  e do jornalista ficaram curiosas para conhecer Hilda Furacão que conseguiu a grandeza do Baile da Fantasia concorrido no Montanhês Dancing.

         Ver o teor “politicamente incorreto na atualidade” da letra de uma música de sucesso nos carnavais dos anos 60-70:

         “O teu cabelo, não nega / mulata  /   porque é mulata na cor / mas como a cor não pega, mulata  / mulata quero o teu amor”.

         O gordo Emecê (autor das crônicas sentimentais no rádio) e colega no jornal do narrador, sentado na sua cadeira reforçada no salão de baile curtindo a festa – o baile de fantasia.

         As minhas próprias suspeitas

         Houve no baile de fantasia momentos de dança romântica com bolero.  Todos com máscaras, sem revelar a identidade.

         Uma foliã troca de  par e dá um beijo num folião que não dançava bem.   Seria ela Hilda a do beijo, soube-se depois.

         O que ganhou o beijo levou um murro no rosto por conta do ciúme e no entrevero, sumiu do baile para não descobrirem sua identidade.   Há suspeita de que fosse o frei.

         Em seguida, ele foi para o Rio de Janeiro e ficou dez dias na favela vivenciando a vida dos favelados.   Teria contatado inclusive o Bispo Dom Helder Câmara, o defensor dos pobres e oprimidos.

         De volta a BH o frei avisou que seu coral de meninos iria fazer a primeira apresentação.   O local escolhido foi no território onde fica a zona boêmia da cidade.   O coral só cantou duas músicas e uma delas era a Ave Maria de Schubert em alemão.   Tal como Hilda cantava nos tempos de garota do maiô amarelo no Tenis Clube de BH.   Hilda escutou a música e veio ao local e não só ouviu como se juntou ao coral na segunda música sacra cantada em latim.

         O maestro frei seguiu firme na regência sem se abalar.

         Em outra ocasião, o frei disse ao amigo de infância, jornalista:   - Meu lugar é na Igreja de Cristo e ao lado de Dom Helder Câmara.

         Capítulo Quatro

         O homem marcado.     O jornalista muda de emprego e vai trabalhar no jornal Binômio.  O nome vem do slogan de JK Juscelino para governador de MG.   (mais adiante ele foi presidente do Brasil).  Binômio: energia e transporte.

         O jornalista e dois sonhos, ser correspondido na paixão pela bela B, que já estava até noiva.    Outra paixão era entrar para a guerrilha.

         O espião Sarmento, da polícia da repressão política, que andava perseguindo comunistas.

         Uma noite no cinema ele flagrou o jornalista e a namorada Rosa que namoravam às escondidas, contrariando o partido.   Sarmento ameaçou entregar os dois namorados ao partido deles.

         O namoro acabou sendo descoberto pelo partido e os namorados foram levados para uma reunião secreta para tratar dessa “indisciplina” frente à luta operária.

         Rosa fez a defesa e mostrou que o namoro em nada traia a causa operária, nem partidária.   Foram aceitos por suas firmes alegações.

         Depois disso, o namoro não precisava mais ser às escondidas e os dois perceberam que o namoro esfriou.  O jornalista passou a pensar na bela B.

        

         Continua no capítulo 10/15

quarta-feira, 25 de outubro de 2023

CAP. 8/15 - fichamento do romance HILDA FURACÃO - autor: ROBERTO DRUMMOND

capítulo 8/15

        

         No tempo do Padre Nelson era tudo rigoroso.   ...”até a alegria foi proibida”.

         O padre atual, padre Geraldo  ...”liberava tudo de forma lenta e gradual...”.      O padre rigoroso do passado exigia mil coisas nas confissões e penitências.   Filas quilométricas para confessar.   Já padre Geraldo era mais brando.   Ouvia os pecados e não ficava perguntando.   Ao final da confissão distribuía penitências assim:

         - “Minha filha, dedique um pensamento aos pobres do mundo”.    Um dia uma beata reagiu decepcionada:    “- Deus me perdoe, pelo amor de Deus, mas agora perdeu até a graça de pecar”.

         Um dia as filhas de Maria foram reclamar para o padre o fato do sacristão ser homossexual e o padre respondeu:   “Cada qual como Deus fez”.

         E lembrar que em resposta à beata que fazia campanha para cobrirem a nudez de Adão na igreja, os homens fizeram um abaixo assinado para tirarem a folha de parreira que tapava a nudez de Eva justificando que era para equiparar o homem e a mulher.   Adão nu, então Eva também nua.

         Naqueles anos inocentes

         O jovem jornalista participando de reuniões ocultas do pequeno grupo de comunistas.

         Entre o Sim e o Não, uma cidade dividida   -   O povo se aglomerou em frente à Câmara de Belo Horizonte na noite da votação do projeto de lei que visava tirar a Zona Boêmia do centro da cidade.

         Bruxa ou princesa?       O frei chegando na Câmara já quase lotada e havia uma cadeira vaga ao lado de Hilda Furacão.   Ele ficou confuso, inseguro e foi ficar em pé num local do plenário onde há havia um aglomerado de pessoas também em pé.

         Hilda disse ao jornalista (que é amigo do frei) que ficou muito injuriada com essa desfeita dele não querer se sentar ali do lado dela.

         Ela disse.   Jurei.   Esse santo me paga!

         Hilda olhando firme “com seus olhos cor de fumaça” os olhos dos vereadores indecisos para a votação.

         Vinham dos olhos dela “uma sensação de festa no mundo, dava uma vontade de cantar  ...de rir um riso doido e feliz”.

         O vereador Kalunga, ex goleiro do CAM Clube Atlético Mineiro, ia votar Sim  (para mudar a zona), mas na hora do voto dele, Hilda lhe jogou num aceno, um beijo e acenou com o Não.     Ele votou pelo Não. 

         Em outro momento, o jornalista sentado perto de um gordo, anotou na agenda: “Os gordos são como gatos – ronronam”.

         Empatada em 7x7 a votação na Câmara e o Kalunga desempata com o Não influenciado pelo gesto da Hilda.    Ela que em seguida pediu para o jornalista cumprimenta-la por ter conseguido virar o jogo.   Afinal, ela influenciou o voto do Kalunga.

         Notícias do sapato de Cinderela    (que Hilda perdeu no temporal no dia da passeata pelo Não)

         O frei chama o amigo jornalista ao convento e lhe revela.  Mostrou calo nas mãos pelos cinco dias que trabalhou numa empresa de minérios realizando trabalho bruto para provar que ele conhecia o operário e a vida dele.    Lá atrás Hilda disse que ele era o padre dos ricos e não conhecia nada da vida dos operários.   Ele queria desfazer essa afirmação.

         E que agora ele iria aderir à JOC Juventude Operária Católica que era de tendência de esquerda e vista como comunista.

         O amigo se admirou da mudança do frei, seu amigo de infância.

         O frei continua encantado por Hilda.  Não tem sossego por isso.

         A noite da Fantasia

         O grande baile da fantasia onde todos escondiam o rosto no Montanhês Dancing.   Aramel, o Belo, vem  com sua mercedes buscar o amigo jornalista para irem ao baile.   Aramel fantasiado de Fidel Castro, a namorada Gabriela M. de Cleópatra e o jornalista de Pirata da Perna de Pau.

        

         Continua no capítulo 9/15

terça-feira, 24 de outubro de 2023

CAP. 7/15 - fichamento do romance - HILDA FURACÃO - autor: ROBERTO DRUMMOND

 capítulo 7/15

 

         Esperando Gabriela M, a fã.

         Houve o encontro de Aramel com a garota e à distância o gordo e o jornalista ficaram no escuro da praça, entre árvores, num carro espiando.

         Depois do encontro, Aramel passou os dados das conversas para o gordo  apaixonado e este produzia novas crônicas amorosas para o programa de rádio.

         A norma do Aramel com o milionário era não violar as “presas” que ele agenciava para o patrão.   Porém com o gordo ele violou essa norma para a tristeza do apaixonado que chorou muito.

         O gordo depois de espiar os namoros de Aramel com a fã dele, bebeu acima da conta por mágoa e ciúme.   Chegou a cantar, já bêbado, um trechinho de um bolero de Carlos Gardel.    “Esta noche me emborracho...”

         ...   A Câmara Municipal na Rua Bahia e o projeto de mudança da Zona Boêmia e a criação da Cidade das Camélias para ser o novo endereço da prostituição de BH, longe do centro.

         O placar dos votos dos vereadores estaria em 7x7 e havia mais quatro vereadores indecisos.

         Dona Loló, líder das senhoras defensoras da família tradicional mineira, convocou sua turma para orarem na frente da Câmara.   Colocaram inclusive carro de som chamando o povo para a manifestação e oração.

         O frei Malthus (o Santo) depois de se ver frente a frente com Hilda, não deu mais as caras nas atividades pela mudança da zona boêmia.    As beatas foram reclamar dele para o Bispo de BH.    O Bispo destacou que as beatas queriam fazer uma manifestação justo no dia e hora que o CAM Clube Atlético Mineiro iria jogar.     Que a manifestação seria um fiasco e que ele iria ver o jogo em campo.   “Não perco esse jogo por nada”.

         O jogo, ainda por cima, era contra o Santos de Pelé.   Este que fez um gol, mas o Atlético Mineiro venceu o jogo por 3x1 sendo os três gols de um mesmo jogador.

         O jogo teve tanto público que lotou o estádio e ficou outro tanto igual de pessoas do lado de fora do estádio.     A manifestação das beatas foi um fracasso como havia alertado o Bispo.

         A imprensa local destacou que o jogo teve o rei e um príncipe.  O rei Pelé e o Tomazinho do Atlético que marcou os três gols.

         ...   O milionário pediu ao jornal que despedisse o jornalista comunista alegando sua militância e também por ele estar contra a mudança da zona.

         O chefe do jornalista, para não demiti-lo, tirou ele do caso Hilda e colocou o dito cujo para algo pra lá de secundário.   Pesquisar o caso da elevação do preço da melancia, que a esposa do chefe gostava e estava caro.

         ...    Um dia o jornalista sentiu forte dor de dente e viu que era seu dente do siso que ele ia adiando o caso e agora complicou.   Foi no dentista comunista.    Mesmo com anestesia, o dentista destacou que ainda iria doer um bocadinho.    Para amenizar a dor e dar mais coragem ao cliente, o dentista fez o serviço cantando a Internacional Comunista para o paciente.   Assim foi.

         O respeito e um milagre

         Tia Ciana, tia Emerenciana.    O sobrenome Drummond vem do ancestral escocês.    Ela espalhou pela sua cidadezinha de Santana dos Ferros que iria entrar em greve de fome para que tampassem a nudez de Adão da igreja.    Ela que em protesto entrava sempre de costas na igreja para não olhar para Adão nu.      Já um grupo de homens, frequentadores da igreja, complicaram a coisa, fazendo abaixo assinado para equiparar a nudez de Adão, mostrando também Eva sem a folha de parreira.

 

         Continua no capítulo 8/15

segunda-feira, 23 de outubro de 2023

CAP. 6/15 - fichamento do romance - HILDA FURACÃO - autor: ROBERTO DRUMMOND

 capítulo 6/15

 

         5 – Em que Adão, sumariamente, passa a fazer parte desta narrativa

         Na inauguração da igreja nova na cidadezinha do jornalista, ele não foi convidado por ser comunista.

         A igreja nova e a  encomenda a uma artista plástica.   A tela, no ato solene, coberta por tecido para depois ser descerrada e revelar o conteúdo.  Descerram o pano e a obra mostra um Adão sem folha de parreira, na sua nudez.   E Eva com a folha de parreira.  

         Fieis indignados.   Tia Ciana em protesto entrava de costas na igreja para não ver a tela de Adão pelado.

         ...  Será o Benedito?     Sobre o então Senador Benedito Valadares.  O jornalista um dia encontrou ele por acaso e perguntou o que ele achava da Cidade das Camelias e a mudança da zona.    O esperto Benedito desconversou dizendo que leu o livro A Dama das Camélias de Alexandre Dumas e gostou muito. Mais não disse.

         O gordo e o magro

         O juiz de futebol que apitava o jogo e num momento em que a bola saiu pela lateral e um jogador do time da simpatia do juiz perguntou de quem era a bola e o juiz disse:   bola nossa.    Ficou com apelido de Bola Nossa.

         O gordo      O gordo que pesa 180 kg era colega de redação do jornalista.    Usava uma cadeira especial para poder se acomodar com segurança.

         O gordo, vulgo Emecê era assíduo frequentador do bar Mocó de Iaiá.  Ele tinha desgosto com sua cor de mulato.

         Ele escrevia crônicas melosas, de amor, para uma emissora de rádio de Belo Horizonte.   As crônicas tinham um enorme fã clube feminino que não conhecia foto do autor.   E o gordo mulato fugia das câmeras para não quebrar o encanto.   Recebia grande quantidade de cartas de amor das fãs.

         Ele se sentia muito mal por ser gordo, mulato e pobre.    Não via como fazer sexo com qualquer parceira por causa do seu peso.

         Em que Gabriela M. faz sua primeira aparição

         Uma linda fã do cronista um dia, por carta, marca encontro com o Emecê que ela nunca viu mas era apaixonada pelas crônicas dele.

         O gordo quer contratar o amigo jornalista para se encontrar com a fã se passando pelo cronista.    O jornalista indica seu amigo Aramel, o Belo, que quer ser ator de Hollywood para a tarefa, em comum acordo com o gordo.

         Aramel, o Belo, e o Vilão

         Aramel morava de graça no Hotel Financial, hotel este que pertencia a um milionário que tinha fama de ser garanhão na cidade.   Seria médico que não exercia a profissão.   Se dizia que ele era hipocondríaco e tomava remédio para mais de vinte doenças que achava que tinha.   Fora os afrodisíacos para se manter garanhão.

         Aramel, o Belo, era um agenciador de garotas jovens, pobres e bonitas para o patrão milionário.   Tinha até cartão de visita como “Assessor para assuntos Especiais”.     O milionário seria Antonio Luciano que foi dono do Banco Financial que quebrou em três dias e deixou uma legião de clientes no prejuízo.

         Ele tinha uma onça pintada por nome Teresa na sua mansão.  Foi pobre, estudou medicina, virou agiota e foi comprando imóveis em Belo Horizonte e ficou milionário.  Teve o Banco Financial inclusive.

         Consta que o milionário tinha a meta de ser pai de cem filhos...

         Aramel tinha morada no Hotel por conta do patrão e um carro Karman Guia para rodar e roupas elegantes para trabalhar agenciando garotas.

         Ganhava comissão para cada garota que agenciava.

         Aramel foi procurado pelo jornalista para o encontro com a fã do Emecê conforme combinado com o cronista.    Mediante remuneração.

         Tratando de Negócios

         Reunidos num bar a meia luz, o gordo Emecê, o jornalista e Aramel para acertarem o encontro de Aramel com a fã do gordo.   O encontro seria na Praça Marília de Dirceu.

         Esperando Gabriela M, a fã.

         Houve o encontro de Aramel com a garota e à distância o gordo e o jornalista ficaram no escuro da praça, entre árvores, num carro espiando.

        

         Continua no capítulo 7/15