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quinta-feira, 26 de outubro de 2023

CAP. 9/15 - fichamento do romance HILDA FURACÃO - autor: ROBERTO DRUMMOND

 capítulo 9/15

 

         O jornalista comunista namora escondido do partido, a companheira Rosa.  Vai com ela no baile de fantasia.    O ponto de encontro nos namoros proibidos dos dois comunistas era a Igreja São José e até assistiam a missa.

         Lá não seriam vistos pelos camaradas do partido.

         As namoradas do Aramel  e do jornalista ficaram curiosas para conhecer Hilda Furacão que conseguiu a grandeza do Baile da Fantasia concorrido no Montanhês Dancing.

         Ver o teor “politicamente incorreto na atualidade” da letra de uma música de sucesso nos carnavais dos anos 60-70:

         “O teu cabelo, não nega / mulata  /   porque é mulata na cor / mas como a cor não pega, mulata  / mulata quero o teu amor”.

         O gordo Emecê (autor das crônicas sentimentais no rádio) e colega no jornal do narrador, sentado na sua cadeira reforçada no salão de baile curtindo a festa – o baile de fantasia.

         As minhas próprias suspeitas

         Houve no baile de fantasia momentos de dança romântica com bolero.  Todos com máscaras, sem revelar a identidade.

         Uma foliã troca de  par e dá um beijo num folião que não dançava bem.   Seria ela Hilda a do beijo, soube-se depois.

         O que ganhou o beijo levou um murro no rosto por conta do ciúme e no entrevero, sumiu do baile para não descobrirem sua identidade.   Há suspeita de que fosse o frei.

         Em seguida, ele foi para o Rio de Janeiro e ficou dez dias na favela vivenciando a vida dos favelados.   Teria contatado inclusive o Bispo Dom Helder Câmara, o defensor dos pobres e oprimidos.

         De volta a BH o frei avisou que seu coral de meninos iria fazer a primeira apresentação.   O local escolhido foi no território onde fica a zona boêmia da cidade.   O coral só cantou duas músicas e uma delas era a Ave Maria de Schubert em alemão.   Tal como Hilda cantava nos tempos de garota do maiô amarelo no Tenis Clube de BH.   Hilda escutou a música e veio ao local e não só ouviu como se juntou ao coral na segunda música sacra cantada em latim.

         O maestro frei seguiu firme na regência sem se abalar.

         Em outra ocasião, o frei disse ao amigo de infância, jornalista:   - Meu lugar é na Igreja de Cristo e ao lado de Dom Helder Câmara.

         Capítulo Quatro

         O homem marcado.     O jornalista muda de emprego e vai trabalhar no jornal Binômio.  O nome vem do slogan de JK Juscelino para governador de MG.   (mais adiante ele foi presidente do Brasil).  Binômio: energia e transporte.

         O jornalista e dois sonhos, ser correspondido na paixão pela bela B, que já estava até noiva.    Outra paixão era entrar para a guerrilha.

         O espião Sarmento, da polícia da repressão política, que andava perseguindo comunistas.

         Uma noite no cinema ele flagrou o jornalista e a namorada Rosa que namoravam às escondidas, contrariando o partido.   Sarmento ameaçou entregar os dois namorados ao partido deles.

         O namoro acabou sendo descoberto pelo partido e os namorados foram levados para uma reunião secreta para tratar dessa “indisciplina” frente à luta operária.

         Rosa fez a defesa e mostrou que o namoro em nada traia a causa operária, nem partidária.   Foram aceitos por suas firmes alegações.

         Depois disso, o namoro não precisava mais ser às escondidas e os dois perceberam que o namoro esfriou.  O jornalista passou a pensar na bela B.

        

         Continua no capítulo 10/15

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