Total de visualizações de página

domingo, 29 de outubro de 2023

CAP. 10/15 - fichamento do romance - HILDA FURACÃO - autor - ROBERTO DRUMMOND

 capítulo 10/15

 

         Da minha ficha policial

         O pai da bela B era fazendeiro e proibiu ela de namorar um comunista.

         Anos depois dos fatos, o jornalista teve acesso ao arquivo do DOPS – a polícia da repressão política da ditadura militar que perseguia os comunistas e simpatizantes.    Leu relatórios que o policial investigador Sarmento fez sobre o jornalista e sua militância.

         A hora do Sherloque ou Investigando Hilda Furacão

         Reunião a portas fechadas entre o jornalista e dois dirigentes do jornal Binômio.   A missão do jornalista:   Dar uma de investigador sobre Hilda e fazer uma série de reportagens sobre ela.   A missão e o desafio.   O título que os dirigentes sugeriram:   Hilda Furacão: o Mistério da Garota do Maiô Dourado.   

         - “A chave da reportagem – é você acabar com o enigma:  por que, afinal, em vez dela se casar com um banqueiro todo-poderoso, ela preferiu ir para a zona boêmia.

         Las cosas de Fidel

         Altas mudanças nos jornais, inclusive seguindo tendências do Rio de Janeiro.  Nos jornais, a era do lead:  “o que, quem, quando, como, onde e por que” e as respostas que os jornalistas deveriam dar nas matérias.

         Jornais de Minas Gerais trouxeram alguns jornalistas do RJ, entre eles, Jânio de Freitas.  

         Na época da redação do jornal Binômio havia dominância do pessoal simpatizante comunista.      E agora na redação a norma era fazer o lead.   Responder em cada reportagem aquela sequencia de indagações:  o que, quem, quando...

         Na época o jornal Binômio tinha uma tiragem de 30.000 exemplares.   A direção do Binômio esperava aumentar muito a tiragem do jornal com a série sobre Hilda Furacão.   O chefe da redação disse ao jornalista:   “Não existem ingredientes tão bons para atrair o leitor como sexo, mulher-notícia bonita e mistério.   A Hilda resume tudo isso”.

         O jornalista sabia do desafio que era tentar elucidar o mistério sobre Hilda que optou por atuar na zona.

         Ele foi conversar com Hilda e colocar a ela a situação.   Ela não revelou nada e deixou ele livre para investigar a vida dela.

         Toda terça feira, como combinado, ambos se reuniam para ele expor o que já conseguiu nas investigações sobre ela.

         Sobre a pureza da rosa

         O jornalista foi até Barbacena-MG para especular junto aos pais de Hilda que agora plantavam rosas.  Eles não queriam falar sobre a filha.

         O repórter tirou fotos escondidas dos pais de Hilda e as trouxe de presente para ela.    Ela ficou muito emocionada.

         O jornalista marcou entrevista com o ex banqueiro que tentou se casar com Hilda e ela se recusou.  Pouco tempo depois ela foi para a zona boêmia num primeiro de abril.    A data que ela disse ao pretendente que era o dia que ela responderia sobre o pedido de casamento.

         O milionário não entendia a negativa de Hilda ao seu pedido de casamento.  Disse:  “Ela sempre foi muito mística e religiosa”.

         Glorinha Drummond  - foi miss MG e se casou com o colunista social Ibrahim Sued.  Todos perguntavam ao jornalista se ambos eram parentes.

         Foi ao RJ entrevistar o psiquiatra Helio Pelegrino que teve Hilda entre seus pacientes.  Não conseguiu dele informação que é protegida pelo sigilo profissional.

         Marcou entrevista com o padre confessor de Hilda nos tempos dela no Tenis Clube.

         Em outro episódio, o jornalista e uns outros jovens recebendo treinamento para guerrilha.

         Em outro episódio mais, um fã de Hilda que alucinado subiu no 12º andar de um prédio e dizia que iria se suicidar se Hilda não lhe desse um beijo.   Ela foi lá, deu o beijo no fanático e ele desistiu de se suicidar.

         A fama de Hilda Furacão só crescia com o passar dos dias.

        

         Continua no capítulo 11/15

Nenhum comentário:

Postar um comentário