capítulo 12/15 outubro de 2023
O
repórter finalmente se encontrou com sua paixão, a bela B na casa da tia dela.
Se encontrou e recomeçaram o namoro. Ele estava feliz da vida. Namorava bela B
na casa da tia dela. O pai dela ficou sabendo e proibiu o namoro.
O
pai de bela B ficou sabendo do namoro escondido e deserdou a filha.
“Bela
B abriu mão de toda fortuna do pai para se casar com um comunista que não tinha
nem onde cair morto.”
A
cidadezinha do jornalista, Santana dos Ferros, se livrou do padre rígido e
estava em novos tempos. Até foi criada
uma zona de meretrício na cidade.
Filmes de Hollywood agora podiam ser exibidos no cinema local.
Umas
pessoas admiravam: - “Deu a louca no
mundo: ela vai se casar com um
comunista!”.
O
bordel da cidadezinha se chamou Paraiso Encantado e na noite de inauguração não
se falava em outra coisa na cidade. E se
dizia que Hilda Furacão estaria presente para cortar a fita inaugural do
bordel.
Aramel
e o amigo jornalista, chegando em Santana dos Ferros para o noivado do
comunista e a estrada estava bloqueada.
O policial explica ao jornalista, seu conhecido, que deu uma febre
bubônica na cidade e estava matando gente.
Uns diziam que aquilo era praga da Tia Ciana. Também tinha o boato que a doença veio das
pulgas das malas das prostitutas.
Ao
invés do governo do estado mandar ajuda médica, mandou polícia cercar o povo de
lá que não sabia o que fazer.
Hilda
tem a ideia de furar o cerco e iriam lá com um pequeno avião fretado. Mesmo tendo medo de avião, o jornalista
encarou a parada para saber dos seus parentes e conhecidos e para ver a Bela B,
a Beatriz.
Para
todos os efeitos, era praga da Tia Ciana pelo pecado do povo local inclusive
por acolher o bordel. O avião passa
num voo rasante com uma declaração de amor uma faixa feita pelo jornalista para
sua amada. Aquilo contagiou
positivamente o povo que se livrou da praga e voltou a sair nas ruas e tudo o
mais. Um deles puxa o carnaval e o povo
sai em festa acompanhando os cordões.
Assim acabou a praga e voltou a normalidade.
Enfim,
em fevereiro, saiu o casamento do jornalista com sua sonhada Beatriz.
Nesse
tempo o governador de MG era Magalhães Pinto.
Jânio Quadros renuncia à presidência da república. Era para assumir o vice João Goulart, tido
como comunista e as forças políticas tentaram impedir ele de assumir. Conseguiram mudar a lei para um
parlamentarismo, tirando poder do presidente.
Tretas
dos dirigentes do jornal Binômio com os militares e um dirigente deu um soco na
cara de um general. Logo em seguida os
militares deram o troco, invadindo a redação do Binômio e destruindo o
maquinário. Nisso até as fotos do
casamento do jornalista foram para o lixo.
O
general e a rosa
Nessa
ocasião o Brasil estava agitado com João Goulart na presidência. O gaúcho Leonel Brizola era cunhado de João
Goulart, vulgo Jango. Brizola era
governador do Rio Grande do Sul.
Outros
notórios da esquerda e que incomodavam os militares. Miguel Arraes, o deputado pernambucano
Francisco Julião, temido líder das Ligas Camponesas, que lutavam pela reforma
agrária “na lei ou na marra”.
Consta
que os destaques da esquerda do Brasil sempre iam confabular com o político
José Aparecido de Oliveira em BH. Este
que morava ao lado da casa de um general da ativa. O general seguidamente era visto podando as
roseiras do jardim da moradia dele.
O
político José Aparecido vivia pendurado numa extensão do telefone na varanda da
casa falando alto com seus correligionários Brasil afora e daria para o general
até ouvir as prosas.
Tempos
agitados, o jornalista recém casado e só falava em jornal e situação política
do Brasil. Um dia a esposa dele
perguntou como seria se ela viesse a ter um filho nesse clima todo.
Continua
no capítulo 13/15
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