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quarta-feira, 25 de outubro de 2023

CAP. 8/15 - fichamento do romance HILDA FURACÃO - autor: ROBERTO DRUMMOND

capítulo 8/15

        

         No tempo do Padre Nelson era tudo rigoroso.   ...”até a alegria foi proibida”.

         O padre atual, padre Geraldo  ...”liberava tudo de forma lenta e gradual...”.      O padre rigoroso do passado exigia mil coisas nas confissões e penitências.   Filas quilométricas para confessar.   Já padre Geraldo era mais brando.   Ouvia os pecados e não ficava perguntando.   Ao final da confissão distribuía penitências assim:

         - “Minha filha, dedique um pensamento aos pobres do mundo”.    Um dia uma beata reagiu decepcionada:    “- Deus me perdoe, pelo amor de Deus, mas agora perdeu até a graça de pecar”.

         Um dia as filhas de Maria foram reclamar para o padre o fato do sacristão ser homossexual e o padre respondeu:   “Cada qual como Deus fez”.

         E lembrar que em resposta à beata que fazia campanha para cobrirem a nudez de Adão na igreja, os homens fizeram um abaixo assinado para tirarem a folha de parreira que tapava a nudez de Eva justificando que era para equiparar o homem e a mulher.   Adão nu, então Eva também nua.

         Naqueles anos inocentes

         O jovem jornalista participando de reuniões ocultas do pequeno grupo de comunistas.

         Entre o Sim e o Não, uma cidade dividida   -   O povo se aglomerou em frente à Câmara de Belo Horizonte na noite da votação do projeto de lei que visava tirar a Zona Boêmia do centro da cidade.

         Bruxa ou princesa?       O frei chegando na Câmara já quase lotada e havia uma cadeira vaga ao lado de Hilda Furacão.   Ele ficou confuso, inseguro e foi ficar em pé num local do plenário onde há havia um aglomerado de pessoas também em pé.

         Hilda disse ao jornalista (que é amigo do frei) que ficou muito injuriada com essa desfeita dele não querer se sentar ali do lado dela.

         Ela disse.   Jurei.   Esse santo me paga!

         Hilda olhando firme “com seus olhos cor de fumaça” os olhos dos vereadores indecisos para a votação.

         Vinham dos olhos dela “uma sensação de festa no mundo, dava uma vontade de cantar  ...de rir um riso doido e feliz”.

         O vereador Kalunga, ex goleiro do CAM Clube Atlético Mineiro, ia votar Sim  (para mudar a zona), mas na hora do voto dele, Hilda lhe jogou num aceno, um beijo e acenou com o Não.     Ele votou pelo Não. 

         Em outro momento, o jornalista sentado perto de um gordo, anotou na agenda: “Os gordos são como gatos – ronronam”.

         Empatada em 7x7 a votação na Câmara e o Kalunga desempata com o Não influenciado pelo gesto da Hilda.    Ela que em seguida pediu para o jornalista cumprimenta-la por ter conseguido virar o jogo.   Afinal, ela influenciou o voto do Kalunga.

         Notícias do sapato de Cinderela    (que Hilda perdeu no temporal no dia da passeata pelo Não)

         O frei chama o amigo jornalista ao convento e lhe revela.  Mostrou calo nas mãos pelos cinco dias que trabalhou numa empresa de minérios realizando trabalho bruto para provar que ele conhecia o operário e a vida dele.    Lá atrás Hilda disse que ele era o padre dos ricos e não conhecia nada da vida dos operários.   Ele queria desfazer essa afirmação.

         E que agora ele iria aderir à JOC Juventude Operária Católica que era de tendência de esquerda e vista como comunista.

         O amigo se admirou da mudança do frei, seu amigo de infância.

         O frei continua encantado por Hilda.  Não tem sossego por isso.

         A noite da Fantasia

         O grande baile da fantasia onde todos escondiam o rosto no Montanhês Dancing.   Aramel, o Belo, vem  com sua mercedes buscar o amigo jornalista para irem ao baile.   Aramel fantasiado de Fidel Castro, a namorada Gabriela M. de Cleópatra e o jornalista de Pirata da Perna de Pau.

        

         Continua no capítulo 9/15

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