capítulo 2/6 (será postado um a cada dia) fevereiro de 2024
         O do prefácio destaca os livros de
Dalton que estão no “roteiro” do personagem Vampiro de Curitiba:   Que fim levou o Vampiro de Curitiba; O
Pássaro de cinco asas, ambos de 1974.   Balada
do Vampiro, Pão e Sangue, ambos de 1988.  
Adeus Vampiro, Rita Ritinha Ritona, ambos de 2005.
         Contos
mais resumidos de Dalton:   “Ah, é?” de
1994; Pico na Veia de 2002.
         Retrata
mais adiante o empobrecimento do povo.  
Uma frase de Dalton que no passado foi inclusive repórter policial:   “O crack abre um inferno a céu aberto”.
         Grandes
escritores lidos por Dalton:  Flaubert,
Tostoi, Dostoievski,  Tchekhov, Kafka,
Katherine Mansfield, T.S. Eliot, Rilke.
         Anos
40...   “Kafka penetrou fundo na visão de
mundo do jovem escritor (Dalton, no caso)”.  
Ainda sobre a influencia de Kafka em Dalton:  “Porém um traço decisivo, que atravessa toda
a prosa de Dalton é o alto teor de negatividade, desumanização e aniquilamento”.
         O
escritor Pedro Nava em vários livros retrata a Belo Horizonte em seu lado mundo
cão e devasso de sua época.
         Dalton,
dentre outros prêmios, recebeu o Prêmio Camões em 2012
         “Cada
conto de Dalton é um bazar poético de frases e aforismos. Mil e uma noites de
ministórias”.
         Sobre
Dalton ter selecionado esta antologia pessoal:  
“O Vampiro é extremamente rigoroso. 
Quando não gosta:  corta, risca,
sangra.   De uma constelação de 700,
escolheu só 94contos”.   (para esta
Antologia em pauta).
         Aqui
se encerra o prefácio e agora vamos ao Autor 
         Sobre
crianças num internato...   “Domingo a
solidão dói mais: a chegada de alguém lembra a visita que nunca virá”.
         ...”elas
fazem tudo para que a noite não chegue, a noite maldita das que tem medo”.      ...”xícara
de chá e a fatia de polenta frita...  
(comem mal)
         “comem
terra e, algumas, o ouro do nariz”.
         Em
outro conto:       Um condenado à
morte:    ...”chupava a sambiquira
(costela do frango) e piscava o olho de gozo”.
         Outro
conto – Caso de Desquite.  O marido
falando com o delegado sobre a separação.  
“Para me ver livre, eu deixo tudo para ela, o rancho, o  palmo de terra”.    Sobre a idade...   “Estou com setenta, onze filhos.  Não pareço, não é doutor?”      “Aqui entre nós, ainda sou dado às
mulheres”.
         Outro
conto – O noivo
         Filho
adulto à noite...  “O destino da mulher é
esperar pelo marido e, depois do marido, pelos filhos”.    O filho quietão, rumo ao quarto...   “Encontrava a porta, atirava-se na cama
vestido e calçado, a fumar um cigarro atrás do outro.   Dormia, esquecido o cigarro na mão...    De manhã tossia, às vezes cuspia sangue”.
         A
mãe da noiva de Osvaldo vem com a filha reclamar do noivo.    “Nos olhos vermelhos da moça, uma lágrima
parada”.    – Por favor, mãe!...   Após falarem com a mãe de Osvaldo e com
ele...   “A moça devolveu a aliança que
trazia fora do dedo.    Foi falar, rompeu
no choro”.    Mãe e filha devolveram a
ele os presentes que tinham ganho dele.
         À
noite, Osvaldo voltando da rua cada vez mais tarde e fumando muito.  “No dedo amarelo a aliança de noivo fiel”.
         Ao
modo deles, os noivos passam a viver juntos.   
“às mães não foi dado entender os filhos, apenas amá-los”.
         Outro
conto:  Trajano na prisão.  “Ecos da cidade distante, isolava-os de sua
fonte: ouvia o sino, o apito, o zumbido, sem pensar no avião, no trem e na
igreja.”
         Continua
no capítulo 3/6
 
