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quinta-feira, 31 de maio de 2018

RESENHA DAS PALESTRAS/DEBATE SOBRE A GREVE DOS CAMINHONEIROS – CURITIBA – PR - 30-05-2018 - 19 as 22 h


         Anotações feitas pelo Eng.Agr Orlando Lisboa de Almeida
         Local:   Auditório do SENGE Sindicato dos Eng do Paraná
         Tema: “Greve dos caminhoneiros e suas implicações econômicas e políticas
            Palestrantes:
         Eric Gil Dantas – Economista e Mestre em Ciência Política
         Fabiano Abranches Silva Dalto -  Professor da UFPr, mestre em Desenvolvimento Econômico e Dr em Economia Institucional
         Fala do Eric
         Temer recentemente estava na pesquisa com 76% de avaliação negativa em seu governo.  Número que vinha em pequena queda em virtude de alguma reação no controle de inflação e taxa de juro.
         Nesse contexto ocorre a greve dos caminhoneiros.   Foram mostrados números coletados em pesquisa pela CNT Confederação Nacional dos Transportes.     Pela pesquisa,  os caminhoneiros autônomos são maioria.  Um perfil destes pela pesquisa da CNT:   99,8% são homens.   Quase 40% com ensino fundamental incompleto.
         Condições de trabalho:  jornada em média bem acima das 8 horas por dia.    A média estaria entre 9 e 12 h de jornada por dia.     No acumulado mensal, ficam em média 20 dias longe da família.
         Dados coletados em amostra de motoristas autônomos sobre seus principais problemas:
         1º Custo dos combustíveis
         2º Valor baixo dos fretes
         3º Risco de assaltos e roubos
         A pesquisa tem outros itens e também há outra para motoristas que são empregados.
         O Brasil concentra de forma marcante sua logística em transporte rodoviário.   Isso é um gargalo.
         O faturamento estimado anual dos transportes estaria em 200 bilhões de reais.
         O setor é afetado pela crise econômica e pelo aumento de custos.
         Pesquisa DataFolha do Jornal Folha de SP:    87% do povo apoia a greve dos caminhoneiros.   10% contra.    Difícil uma pesquisa onde tão poucos tinham opinião formada a respeito do caso.     Por outro lado na mesma pesquisa mostrava que se reduzir o preço do diesel poderia acarretar aumento de impostos, o povo consultado então era contra.
         Pela pesquisa, 96% das pessoas consultadas sobre a greve, acharam que o governo federal demorou demais para tomar providências.
         55% da população é contrária à privatização da Petrobras.   O pesquisador disse que no final dos anos 90, na era FHC a maioria era a favor privatizar a companhia.
         Uma provocação no bom sentido lançada pelo palestrante:   Lockout ou greve?    (Lockout é quando patrões/empresas param – e que é proibido por lei no Brasil).   Parte da pauta dos caminhoneiros era de interesse patronal como a redução de encargos dos empregadores do setor.     Entende que no caso há demandas dos autônomos e dos empregadores, tudo misturado.
         Destacou que os petroleiros entraram em greve e duas Confederações do setor estão com eles.    Os metroviários em algumas capitais também entraram em greve.
         No caso dos petroleiros (greve prevista para 3 dias), a justiça se antecipou e considerou a greve abusiva alegando que a pauta era política contra o presidente da Petrobrás e contra o governo federal.
         É um momento político aberto.  Difícil se localizar no olho do furacão que é agora.


         Fala do Professor Fabiano
         Ele mostrou um quadro com alguns dados acessíveis sobre a Petrobrás.
Discriminação
2010
2012
2014
2016
2017
Prod.oleo e gas em mil barris/dia
2.583
2.598
2.669
2.144
2.707
Lucro líquido em milhões R$
35.189
21.182
-21.600
2.510
-5.477
EBTIDA em milhões de reais
52.100
62.900
59.140
88.700
87.800
Valor de Merc.
Em bilhões R$
380
255
288


Valor Patrimonial em bilhões de R$
307
331










         Como estudioso do assunto, ele diz que os dados mostram que a Petrobrás passa longe de quebrar como andam falando por aí.   Tem mantido a produção de petróleo e tem tido EBTIDA que envolve geração de caixa sólido e crescente.
         A Petrobrás em 2014 superou a Exxon Mobil em produção de petróleo, concorrente multinacional que é uma das mais fortes do mundo.
         Empregos diretos na Petrobrás:
2015           78.470       
2016           68.829       
2017           62.703
         A empresa pela sua complexidade e porte, tem grande número de terceirizados.  Uns dois terços do efetivo são terceirizados.
         A redução de empregos diretos tem ligação com as vendas de ativos que a Petrobras decidiu fazer em tempos recentes.
         Sobre a Lava Jato, num olhar técnico, o palestrante disse que a operação estimou o desvio de 6 bilhões da Petrobrás e concorda que tudo deveria ser investigado e punidos os culpados.   Mas destacou que tudo foi feito de uma forma midiática e política, o que trouxe enormes prejuízos à empresa e ao País.     Citou que a Petrobrás deixou neste período de investir 120 bilhões de reais no negócio, o que geraria mais produção, mais impostos e mais empregos.      Esse cálculo de 120 bilhões que deixaram de ser investidos pela Petrobrás seria de um especialista no setor e ligado inclusive ao PSDB.
         Disse que nossa política econômica atual está toda voltada para o não crescimento da economia.    Quem quer que ganhe a eleição, com as diretrizes e o engessamento do Orçamento da União aprovado pelo Congresso para longo prazo, tende a manter o País quase sem crescimento e assim haverá menos emprego, menos produção, menos tributo.
         Nesse desenho, estaremos sujeitos a crises políticas recorrentes inclusive pela estagnação econômica pelo engessamento do Orçamento público.    No Brasil quem costuma investir é o Estado.   O empresariado, mesmo nas fases de desoneração fiscal, não aumenta o investimento e nem o emprego.
         Ele disse que desde 2015 nossa economia está em recessão.   O governo atual a partir do meado de 2016 mudou a política de reajuste dos combustíveis pelas cotações internacionais do petróleo.    Isso tem sido danoso para nós que produzimos o petróleo internamente de duas formas.  Primeiro porque ficamos à mercê das flutuações internacionais do petróleo por fatores externos.   Segundo, porque o petróleo lá fora é cotado em dólar e assim as flutuações do real em relação ao dólar também nos causa prejuízo pelo atrelamento.
         Orçamento Federal engessado, governo não investe, a economia não cresce, os empresários não investem, continua a recessão e desemprego.
         Citou que no governo Lula o investimento público crescia em 20% ao ano.   Aumentava a economia, a produção e a arrecadação de impostos.  Já no governo Dilma esse ritmo de investimento estava em queda para algo como 8%.   Nessa fase a Dilma “comprou a agenda da FIESP” (Federação das Indústrias do Estado de SP).    Desonerou impostos das indústrias, reduziu arrecadação, não tinha mais como o governo fazer investimento, cai a economia, a arrecadação, o emprego.     E os empresários que na contrapartida da desoneração poderiam investir mais, como sempre não investiram e a economia não cresce.
         Sobre dívida pública ele defende que não é um fator tão alarmante e citou o Japão cuja dívida externa é de 150% do PIB.   A dos USA é acima de 100% do PIB (que é o maior do mundo).
         A PEC 95 em vigor no Brasil assinada pelo Congresso Nacional impede o governo de investir.   Trava tudo.
         De passagem, falou algo da postura das várias direitas e das várias esquerdas no Brasil.    Num caso, citou o discurso do Almoedo do Partido Novo com seu liberalismo no qual “não se apoia a legalização do aborto” e “não se apoia a liberalização de certas drogas” que seriam algumas das pautas da sociedade ou setores dela.
         Diz que setores da Direita em parte defendem o liberalismo na economia junto com o conservadorismo moral.
         Já no debate, o Professor Eric destacou que os integrantes do governo atual estão tirando as estatais da influência do governo e deixando-as ao comando do Mercado.    Bom só para os acionistas daqui e de fora.
         Em contrapartida, o Mercado dá suporte ao Governo federal.
         Citou pesquisa anual do Latino Barômetro para a América Latina e os resultados costumam colocar o BR como o povo que tem a menor estima pela democracia.      De um lado o filme da Lava Jato em seu nome diz que a Justiça é para Todos, mas 90% do nosso povo (a imensa maioria pobre) não acredita na justiça, sente que não tem acesso a ela.    No contexto, lembrou que no BR temos 30 milhões de favelados.
         Disse que a Direita ao longo do tempo tem conseguido ludibriar o povo que vive numa injustiça social enorme com discursos como: combate à corrupção e combate à violência.     E vai enchendo o Congresso de Policiais, etc.
         Voltando ao tema dos caminhoneiros.    90% destes ganham até três salários mínimos.      Nesta greve a pauta dos caminhoneiros era focada na redução do preço do óleo diesel.    Já a pauta dos petroleiros envolvia algo mais complexo como redução dos preços de todos os combustíveis, mudança na política de preço da Petrobrás,  pedir a exoneração do Pedro Parente da presidência da companhia, pedir um basta na desnacionalização dos campos de petróleo, na venda de ativos da companhia, etc.
         Na política aplicada à Petrobrás na atualidade os preços dos combustíveis subiram, as concorrentes desta tiveram maior margem para importar petróleo e derivados para vender em nosso mercado tomando mercado da Petrobras, que viu suas refinarias trabalhando com ociosidade e menor lucro.    A Petrobrás tem perdido mercado com os preços altos dos combustíveis.
         Relembrado que estamos em crise política desde meados de 2013 e que a crise política continua.     Mesmo a eleição pode não solucionar a raiz da crise.  
         Sobre a hipótese de golpe militar, lembrou o Eric que  nos tempos atuais não são usuais as tomadas de poder por golpe militar.   Agora seriam golpes “institucionais” como ocorreu no Paraguai, na Nicaragua, no Brasil, etc.      Na opinião dele o Lula não conseguirá meios legais de se habilitar à presidência em 2018 e que o partido não tem despertado lideranças com perfil para ocupar esse espaço de forma viável.     Destacou inclusive a importância dos prefeitos do interior para puxar votos para candidato a presidente e lembrou que o PMDB tem a maior quantidade de prefeitos e isso pesa em suas alianças. 
         Sobre a Direita, o candidato do sonho do Mercado é o Alkmin, mas este não consegue romper a barreira dos 8% das intenções de votos e isto anima a surgir a hipótese do Doria do mesmo partido deixa-lo para trás na corrida presidencial.

         Isto foi o que consegui resenhar das duas horas e meia das falas e espero que sejam úteis aos que acompanham um pouco do que ocorre com o nosso Brasil.       
                                     orlando_lisboa@terra.com.br     (41)  999172552



domingo, 20 de maio de 2018

RESENHA DE PALESTRAS SOBRE DIREITOS HUMANOS PROFERIDAS POR DOIS EX MINISTROS NA UFPR EM CURITIBA


         Anotações pelo Eng Agrônomo Orlando Lisboa de Almeida
         Palestrantes:
         NILMA LINO (pedagoga) – ex ministra (2015-2016) do Ministério das Mulheres, da Igualdade Racial e dos Direitos Humanos
         PAULO DE TARSO VANNUCHI (jornalista e cientista político) – ex ministro (2005-2010) da Secretaria Especial de Direitos Humanos e representante do Brasil na OEA Organização dos Estados Americanos (2014-2017) no setor de Direitos Humanos
         A coordenação da mesa ficou a cargo da Diretora Vera Karan – Diretora da Faculdade de Direito da centenária UFPr.
         Na abertura das falas a anfitriã Dra Vera destacou que se Curitiba tem seu lado de direita, também por aqui tem gente que se coloca na vanguarda das lutas pela cidadania e uma pauta atual é relativa aos direitos humanos.
         Fala da ex Ministra Nilma    (fiz uma pequena síntese das falas)
         Quando se golpeiam os direitos humanos, também é golpeada a democracia.   Ela destaca que antes do golpe tínhamos no País governos com perfil democrático popular capitaneados pelo Partido dos Trabalhadores. (denomina o grupo de Campo Progressista)
         Por outro lado, na atualidade os que estão com o poder político no governo são conservadores, racistas e homofóbicos e estão empoderados para fazer o que estão fazendo de nos levar ao atraso.    Apoiam os setores de direita, contra os direitos humanos, contra as leis trabalhistas, privatizando sem critério, etc.
         Nosso evento aqui neste ato faz parte da resistência ao golpe.   Ela disse que no Brasil a injustiça social é tanta que há gente que ainda nem atingiu o status de ser humano e aumenta por isso tudo a importância de lutar pelos direitos humanos.
         Disse desse retrocesso da decretação da intervenção na segurança do estado do RJ.      Vem o assassinato da vereadora Meirielle que era uma defensora dos direitos humanos.    Autoridades apoiando a violência policial.     Os direitos humanos andam ameaçados.
         Na fala da Diretora Vera em aparte
         A PEC 55 que bloqueia o orçamento da União por um longo período prejudica o atendimento à população em saúde, educação, segurança, etc.
         Dificultaram a demarcação de terras indígenas, terras de quilombolas, etc.
         Uma autoridade (que não consegui captar o nome – Paulo Cezar Quintela, no que entendi) não pode estar presente mas enviou um documento escrito que foi lido aos presentes pela anfitriã Vera Karam.    Na carta se recrimina a ação da mídia que apoiou ostensivamente o golpe; critica a forma dita parcial de atuação da Lava Jato e a prisão arbitrária do ex Presidente Lula.
         Diz que estão fazendo o desmanche da nossa Constituição de 1988 e do estado de direito.   Um atraso.   Uma afronta aos direitos humanos.
        
         Fala do ex Ministro Paulo de Tarso Vannuchi
         Ele cita dois genocídios no Brasil.   O primeiro contra os índios (aproximadamente 5 milhões de índios dizimados pelos colonizadores)
         O segundo:   A escravidão negra de 330 anos no Brasil.   Escravos capturados na África.   Citou inclusive o Professor escritor Jessé de Souza
Que publicou  recentemente livros sobre o tema.
         O PT no poder praticou a tentativa de conciliação de classes, mas de um lado, continua a Casa Grande.    A elite tosca de sempre.
         Sobre os golpes no Brasil, citou de passagem a chamada “República do Galeão” cujo grupo urdiu por quase dez anos os planos que desaguaram no golpe militar de 1964 que trouxe a Ditadura ao País.     Fez um paralelo dizendo que a chamada “República de Curitiba” também seria um caldeirão que em muito contribuiu para o golpe de 2016.
         Destacou o fenômeno positivo de Curitiba, apesar da chamada república de Curitiba, tem uma legião qualificada de pessoas que lutam pela democracia e os direitos humanos e, claro, contra o golpe.
         No contexto, relembrou que Tiradentes foi formalmente “maldito” por três gerações de forma expressa.    Disse que de certa forma amaldiçoaram também o Mariguella.
         Ele que é de 1950, na ditadura de 1964 ele era líder estudantil e lutou contra a ditadura no interior de São Paulo.   Congresso da UNE em 1968.   (clicar no local indicado para continuar....)

quarta-feira, 16 de maio de 2018

RESENHA DA REUNIÃO DO PROJETO SETORIAL ALIMENTO SEGURO – RASTREABILIDADE DE AGROTÓXICOS – PRODUTOS DE ORIGEM VEGETAL – MINISTÉRIO PÚBLICO DO PARANÁ


         Anotações pelo Engenheiro Agrônomo Orlando Lisboa de Almeida
         Data e local:   FORUM  – CURITIBA – PR                16-05-2018
         Numa iniciativa do Ministério Público do Paraná, coordenada pelo Dr Ciro Expedito Scheraiber – Promotor de Justiça, foi feita hoje na parte da tarde uma reunião com lideranças que tem relação com o tema.  O evento ocorre há cinco anos e se reúne com alguma frequência para discutir a questão dos agrotóxicos e traçar diretrizes para ação conjunta com vistas a obter melhorias no setor em prol da população em geral.
         Pelo CREA PR, a convite, participamos:  Eng.Agr. Almir Gnoato, Coordenador da CEA Câmara Especializada de Agronomia; Eng.Agr. Ricardo Araujo – Assessor da CEA; Tiago, Engenheiro Químico – Agente Fiscal do CREA e eu, Eng.Agr. Orlando L.de Almeida, Conselheiro do CREA e Gestor da Fiscalização da modalidade Agronomia do CREA Pr.
         Havia entre os presentes, representantes do MAPA Ministério da Agricultura e Pecuária, Emater PR, ADAPAR Agência de Desenvolvimento Agropecuário do Paraná, CPRA Fundação Centro Paranaense de Referência em Agroecologia; FAEP Federação da Agricultura do Paraná; FETAEP Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Paraná; SESA Secretaria da Saúde do Paraná; Professor Hugo Vidal, da FEAPAR Federação dos Agrônomos do Paraná; CEASA Paraná.
         Foi proposto pelo Coordenador Dr Ciro que a Adapar envie copia de laudos de resultados de análises de alimentos para serem tabulados e formar banco de dados com vistas a elaboração de ações integradas para busca de melhorias visando alimentos mais seguros.
         O Eng.Agr. Marcos Andersen, da SESA, falou das análises de alimentos nos CEASAs da região (5) – Londrina, Maringá, Cascavel, Foz e Curitiba.    Acompanham com amostragem e análises também dos alimentos da merenda escolar das escolas públicas estaduais do Paraná.
         O MAPA alegou que há certas demandas sugeridas pelo projeto em discussão que não estão em condições de serem atendidas pela equipe de fiscais deles que consta de 15 técnicos e estes já tem carga de trabalho definida e delineada, inclusive em amostragem de alimentos e bebidas importados.
         O Dr Ciro disse que no âmbito nacional o CNMP Conselho Nacional do Ministério Público está para implementar um projeto nessa linha de acompanhar  e cobrar ações para atenuar os riscos dos agrotóxicos.
         A lei atual dos agrotóxicos é de 1989 e uns alegam que está obsoleta mas o colega do MAPA argumenta que a lei é até moderna e que está em fase de aprovação uma lei que seria pior que a de 1989 em termos de defesa do interesse do povo.    Na prática tira dois dos três ministérios que agem para registro de agrotóxicos.   Atualmente são Agricultura, Meio Ambiente e Saúde.   A lei que está sendo aprovada deixa tudo quase que só no âmbito da Agricultura e a Saúde e Meio Ambiente ficam como consultivos.
         Foi abordada de passagem a questão da formação dos Técnicos em Agropecuária que são de nível médio e estão legalmente habilitados a emitirem Receituário Agronômico.     Falta a eles carga horária, laboratório, etc. para assumirem tanta responsabilidade.
         O Eng.Agr. Marcos Andersen, da SESA Secretaria da Saúde, fez uma apresentação do plano em curso da sua secretaria no tema dos Agrotóxicos, o PEVESPEA – Plano Estadual de Vigilância e Atenção à Saúde de Populações Expostas aos Agrotóxicos.   Apresentou uma série de dados de amostras analisadas com produtos horti fruti granjeiros.
         Dr Ciro citou o projeto piloto em acompanhamento dos agrotóxicos e resíduos em alimentos na jurisdição do MP de Maringá sob a coordenação do Promotor Mauricio Kalache.   Fazem em convênio com a UEM Universidade Estadual de Maringá e o TECPAR que faz as análises.
         Haverá dia 29-06-18 um evento em Maringá-PR no tema.
         O Marcos Andersen falou também do PARA/PR Programa de Redução de Agrotóxicos no Paraná.      Slide “Reunião Alimento Seguro”
         Foi citado também o programa Vigiágua.   Há portaria federal que obriga o Estado a acompanhar com análises 27 principios ativos de agrotóxicos na água.    O PR está adequando processo para passar a analisar em torno de 200 princípios ativos, dando mais segurança à potabilidade da água.
         O Sr. Adriano da Adapar falou das ações desta e destacou o Sistema Siagro que é um meio informatizado onde se faz a gestão do receituário agronômico no Paraná.    Estão providenciando novas ferramentas para uso via web para melhorar o sistema de controle.
         Citado o programa Tomatec,  um programa que envolve técnicos e produtores de tomate que usam tecnologia para produzir tomate mais seguro, inclusive embalando os frutos no pé para evitar pragas e doenças e assim usando menos agrotóxicos.    A produção é de forma integrada com o canal de comercialização, onde a produção já é feita com destino certo e a preços bem remuneradores, atingindo outro nicho de mercado mais exigente.
         Este foi um resumo do que foi tratado no evento de hoje e haverá novos com os objetivos dentro do projeto citado.
         Disponível no blog    www.resenhaorlando.blogspot.com.br
                           (41)   9.9917.2552    orlando_lisboa@terra.com.br








RESENHA DA OFICINA DO PLANO DE VIGILÂNCIA E ATENÇÃO À SAÚDE DE POPULAÇÕES EXPOSTAS AOS AGROTÓXICOS - CURITIBA PR - SESA - 2018


     Anotações feitas pelo Eng. Agrônomo Orlando Lisboa de Almeida
     Data: 09-05-2018 – Curitiba – PR
         Promoção – SESA Secretaria de Estado da Saúde do Paraná
         Fomos em três pelo CREA PR por convite oficial da SESA, sendo eu representando o Coordenador da Câmara de Agronomia do CREA e titular como Gestor da Fiscalização da área de Agronomia; o colega Ricardo, Assessor da CEA Câmara Especializada de Agronomia do CREA e o Eng. Tiago, Agente Fiscal do CREA.       O público do evento era composto quase que exclusivamente pela equipe da SESA envolvida diretamente com o Plano que vem desde 2013 e contém 19 Ações Estratégicas e numa delas o foco envolve agrotóxicos.
         A SESA mobilizou ao elaborar o Plano os secretários da Saúde municipais dos 399 municípios e fizeram Oficinas por Macro Região e esta presente é da Macro Região Leste do PR que conta com 93 municípios inclusive Curitiba.    Informaram que também na elaboração do Plano tiveram interação com os Conselheiros de Saúde das comunidades representadas.    Havia inclusive uma representante de conselheiros desta Macro Região, uma senhora de Ponta Grossa-PR (Sra.Angela Pompeo).
         Algumas das autoridades presentes:   Antonio Carlos Nardi, Secretário estadual da Saúde do PR, Daniela, do Ministério da Saúde, Marcilio Martins da ADAPAR Agência de Desenvolvimento Agropecuário do Paraná  (fiscalizam agrotóxicos, etc), Engenheira Agrônoma Elizangeles Souza da FAEP Federação da Agricultura do Paraná,  Dr. Alberto e Dr. Ciro do Ministério Público, Professor Dr Herling Alonzo, Professor da Faculdade de Medicina da UNICAMP (que veio a convite fazer palestra), Engenheiro Agrônomo Ivo Barreto Melão, pesquisador em Agroecologia do CPRA Centro Paranaense de Referência em  Agroecologia (estatal) e que também veio como convidado e deu palestra; Olga Stefani representando o Conselho Estadual de Saúde.    Ao redor de 300 pessoas presentes no evento.
         Na fala da Sra. Olga do Conselho Estadual de Saúde ela destacou a importância do controle social das ações de Estado no tema da Saúde.  Diz que vem ocorrendo debates no setor.
         Foi numa das falas da mesa citado algo do protocolo das avaliações de intoxicações notificadas no Paraná por agrotóxicos.    Destacou que há preocupação do governo com a saúde da população e no contexto, a saúde do trabalhador.
         A Sra. Angela Pompeo, conselheira representando as demais da Macro Região Leste em sua fala de saudação destacou:  “Não devemos aqui tapar o sol com a peneira” ao destacar a relevância do tema dos agrotóxicos.
         Na fala do Dr Alberto Valerio Machado do Ministério Público ele destaca:   Além da boa vontade, temos o dever de ofício de agir no caso.  Disse que tem que ser firme porque será cobrado pela sociedade.
         A Engenheira Agrônoma Elizangeles representando a FAEP destacou que a mídia costuma mostrar os casos ruins envolvendo o tema agrotóxicos.   Disse que tem que ser mostrado também o lado bom, as boas ações do pessoal técnico e demais agentes do setor.   Lembrou que por lei os agrotóxicos são aplicados sempre precedidos de uma Receita Agronômica.
         O Marcilio da ADAPAR citou que há pressão da sociedade por mudança.   A ADAPAR conta com 133 Engenheiros Agrônomos envolvidos em ações de fiscalização inclusive no quesito uso de agrotóxicos.    Coletam média de 400 amostras de produtos rurais para testes de laboratório por ano.   Disse que as discussões que vem ocorrendo ajudam a provocar mudanças e estas não ocorrem da noite para o dia.   Atores importantes nesse contexto são as pessoas e empresas que tem formação técnica no ramo e prescrevem as RA Receitas Agronômicas para o uso racional de agrotóxicos.   Há agentes públicos e agentes privados e o caminho é discutir e interagir para aprimorar as ações.
         Destacou que as 400 amostras em média é o possível na atualidade e não é o ideal, mas que outros estados nem esse patamar tem atingido.
         Na fala do Secretário da Saúde Nardi, ele se referiu a uma construção coletiva do Plano que vem sendo implementado.    Elogiou a equipe da SESA que vem conduzindo o Plano e fazendo acontecer.    Ele até recentemente foi do Gabinete do então Ministro da Saúde Ricardo Barros, ambos de Maringá-PR.   Disse que conversou por várias ocasiões com o Ágide Meneghetti que é o Presidente da FAEP e que representa os produtores rurais e abordaram o tema agrotóxicos.
         Estas foram em resumo as falas de abertura do evento e depois se seguiram palestras dos convidados, sendo uma conjunta dos dois representantes do Ministério Público conforme resumi e coloquei no blog:
         Palestra do Dr. Alonzo, também resumida no meu blog:
         Palestra do Eng.Agr. Ivo Barreto Melão, também disponível em:
         Espero ter captado de forma adequada os temas abordados e informo que esta resenha também estará disponível no blog    www.resenhaorlando.blogspot.com.br       como forma de divulgar o tema pela relevância do mesmo.

      Engenheiro Agrônomo Orlando Lisboa de Almeida – Curitiba – PR
              CREA 57.589-D  (SP) com visto do PR.
         (41) 9.9917.2552  -     orlando_lisboa@terra.com.br





sábado, 12 de maio de 2018

RESUMO DAS FALAS DOS PROCURADORES DO MIN.PÚBLICO DO PARANÁ - EVENTO DA SECRETARIA DA SAÚDE - TEMA AGROTÓXICOS

RESUMO DOS PRONUNCIAMENTOS DOS PROCURADORES DO MINISTÉRIO PÚBLICO DO PARANÁ – EVENTO DA SAÚDE
         Evento:  Oficina do Plano de Vigilância e Atenção à Saúde de Populações Expostas aos Agrotóxicos – Curitiba – 09-05-2018
     Procuradores: Dr Ciro Expedito Scheraiber – Defesa do Consumidor
                          Dr. Alberto Veloso Machado – Procurador de Justiça
         Anotações feitas pelo Eng. Agrônomo Orlando Lisboa de Almeida
         Fala do Dr Ciro -  Falou de uma lei federal que está sendo aprovada para afrouxar a questão dos agrotóxicos.   Ruim para a sociedade.   Os procuradores tem na proteção ao consumidor a preocupação com a questão do risco dos agrotóxicos.
         Citou um plano piloto do Ministério Público sob o comando do Procurador Mauricio Calache em Maringá-PR, buscando a diminuição do uso de agrotóxicos.  Conscientização para o uso racional dos produtos.  Disse que o grupo tem evoluído e eles tem feito ações no sentido de integrar os atores públicos e privados que tem relação com os agrotóxicos para melhorar tudo isso.   Diminuir os riscos à população e proteger o meio ambiente.
     Fala do Dr. Alberto -  Disse que atua na área de Habitação, Urbanismo e Meio Ambiente.   Destacou que os temas são bastante abrangentes e muitas frentes de trabalho são possíveis e os agrotóxicos estão no contexto.   Ele trabalha inclusive com educação ambiental.    Destacou que muitos do poder público tem poder de polícia, poder de ir lá e multar, mas disse que se puder articular, dialogar, buscar ações preventivas e até tentar que haja menos problemas e menos multa, tanto melhor.   Ação preventiva em boa parte.   Por outro lado, quando tem que multar, há que se multar.
     Pediu a todos que levem muito a sério o Plano que ora está em pauta e que visa defender a Saúde Pública no Paraná.   O Ministério  Público está do lado  de todos que vão colocar o Plano em execução.   Não se trata de força/truculência, mas de apoio à sociedade.   Compromisso que está na nossa Constituição.   Ele foi bastante enfático e entusiasmado pelo sucesso do Plano que visa proteger a saúde dos cidadãos.   Disse ter 37 anos de serviço público e se mostrou bastante engajado na causa.  Cidadania.

         Isto foi o que consegui anotar da fala deles, da forma que captei.

sexta-feira, 11 de maio de 2018

PALESTRA SOBRE AGROECOLOGIA - ENG.AGR. IVO BARRETO MELÃO - CURITIBA PR - 09-05-2018

RESENHA DA PALESTRA – AGROECOLOGIA – ENG.AGR. IVO  BARRETO MELÃO – CURITIBA – PR  09-05-2018
         Anotação pelo Eng. Agrônomo Orlando Lisboa de Almeida
         Evento:  Plano de Vigilância e Atenção à Saúde de Populações Expostas aos Agrotóxicos – SESA Secretaria Estadual da Saúde do Paraná
         O evento foi no IEP Instituto Espírita do Paraná – centro – Curitiba
         O Ivo faz parte da pesquisa em Agroecologia na fundação vinculada à Secretaria da Agricultura e Abastecimento do Paraná.  O nome da fundação é CPRA Centro Paranaense de Referência em Agroecologia.  O CPRA foi criado em 2005 e funciona no município metropolitano de Pinhais-PR.   A área de 180 há fica dentro da APA Área de Preservação Ambiental do Irai -  rio que é um dos mananciais da região.
         O Ivo começa destacando que estamos vivendo uma crise civilizatória e planetária.   Cita dados da OMS Organização Mundial da Saúde:   68% das doenças no mundo hoje não são transmissíveis.    Um dos fatores tem a ver com alimentos contaminados com resíduos químicos e os conservantes dos produtos em embalagens diversas (os industrializados).
         Destacou que na atualidade 3 mega grupos empresariais detem:
65% do mercado de agrotóxicos no mundo;
61% das sementes.
         Os grupos:  Syngenta/Chem China; Dupont/Dow e Monsanto/Bayer
         Atualmente no mundo, 800 milhões de famintos; 2 bilhões de seres humanos com deficiência nutricional e 1 bilhão de obesos.
         Destacou que o Brasil é signatário do acordo internacional da ONU com os Objetivos 2030 . Objetivos do Desenvolvimento Sustentável.
     No objetivo 2 trata inclusive da Fome Zero no mundo mais a Agricultura Sustentável.
     Objetivo 12  trata de consumo e produção responsáveis.     Destacou a importância de reconhecer os saberes dos povos tradicionais como índios, quilombolas e outros.
         Mostrou uma tela com um emaranhado de marcas que dominam o mundo atual.   Elas na linha mais alta se ligam a umas oito grandes empresas como seguem:
         Kraft, Coca-Cola, Pepsico, Neslté, P&G, Mars, J&J, Unilever...
         Ele mostrou um pequeno histórico das pessoas que são precursoras da agricultura Agroecológica.  Vem desde a Alemanha dos anos 20 passando pela Permacultura dos aos 80.   Destaca que a Agroecologia é um sistema novo e bem complexo.   Eles desenvolvem pesquisas em Agroecologia lá no CPRA onde trabalha com uma equipe.   Usam inclusive homeopatia para lavouras e animais de criação.
         Destacou que a cada R$.2,00 gastos em agrotóxicos, custam R$.2,60 em saúde pública para reparar danos por tais produtos.
         Disse que sempre há pressão contra a Agroecologia e por duas vezes se tentou fechar o CPRA.   Conflito de interesses.
         Lembrou que o discurso dos que queriam implantar em larga escala os transgênicos no BR era de que esses organismos acarretariam em menor uso de agrotóxicos e o que a prática mostrou é que vem a cada ano aumentando mais o uso e não diminuindo.    E saber que hoje grandes culturas como soja, milho e algodão no BR são quase que totalmente transgênicos.
         Informou que o curso de Engenharia Agronômica na centenária UFPr depois de muita luta de um professor, conseguiu colocar uma disciplina de Agroecologia no curso.
         Ele recomenda que o consumidor se porte de forma ativa em relação aos alimentos.   Conhecemos nosso médico, nosso advogado, nosso dentista e não sabemos quem nem onde (e como) produzem aquilo que nos alimenta no dia a dia.  Resume:   “Consumir é um ato político”.   Fazer a reflexão e entender bem isso é bastante relevante.    Ele preconiza circuitos curtos de comercialização para alimentos.   Produzir e consumir na região, gastando inclusive menos combustível no transporte e preservando mais o meio ambiente.     E que o processo de produção seja saudável.
         As experiências da Agroecologia no caso das Cestas Solidárias.  Alimentos orgânicos fornecidos pelos produtores diretamente aos consumidores num sistema articulado.     Entre Curitiba e Região Metropolitana o pessoal da Agroecologia já está com 40 grupos nesse sistema de cestas de alimentos articulando produtores e consumidores de forma regular.
         Mostrou uma foto de uma horta doméstica com flores entre as hortaliças e legumes e uma criança de dois anos entre os canteiros.  Numa faixa, a frase  “Não coma nada que sua avó não identifique com alimento”.    Autor: Michael Pollan
         No Paraná já são 2.600 produtores que adotam a Agroecologia e produzem alimentos orgânicos de origem vegetal e animal.     Vem crescendo firme e forte essa tendência saudável para as pessoas e o meio ambiente.
         melão@cpra.pr.gov.br        fone 3354.8100
     Endereço do CPRA em Pinhais-PR:   Estrada Graciosa, 6.960
        





quinta-feira, 10 de maio de 2018

RESENHA DE PALESTRA DO MÉDICO DR HERLING ALONZO - TEMAS - SAÚDE COLETIVA - INTOXICAÇÕES POR AGROTÓXICOS (09-05-18)

RESENHA DA PALESTRA DO MÉDICO HERLING ALONZO
     Professor Doutor da UNICAMP – Faculdade de Ciências Médicas
     Departamento de Saúde Coletiva da FCM
     Palestra proferida dia 09-05-2018 na apresentação do  PLANO DE VIGILÂNCIA E ATENÇÃO À SAÚDE DE POPULAÇÕES EXPOSTAS AOS AGROTÓXICOS – da SESA Secretaria de Saúde do Estado do PR.
     Local do evento:   Anfiteatro da Fundação Espírita do Paraná em Curitiba – PR
     Anotações feitas pelo Eng. Agrônomo Orlando Lisboa de Almeida
     Disse que não dá para discutir a contento as ações integradas sem o sistema universalizado de saúde do povo brasileiro.      Apoia o SUS
     Ele é latino americano em veio ao Brasil para fazer Mestrado em Medicina na UNICAMP em 1991 e ao conhecer nosso sistema universalizado de assistência à saúde (o SUS), resolveu ficar aqui por acreditar nesse tipo de atenção à saúde.     Chegou a trabalhar por três anos no Ministério da Saúde.   Faz carreira como professor da UNICAMP.
     Agrotóxico pode contaminar pessoas, ar, solo, água superficial, lençol freático, aquíferos, etc.
     Fez uma pequena ironia à parte:   se envenenarmos todos e morrermos até que será bom para o Planeta...
     Danos à saúde.    Agravos de doenças, mortes evitáveis.  Isso é inaceitável.    Que fique claro:    Todos os agrotóxicos são tóxicos.
     Pela lei brasileira, há nos agrotóxicos comercializados legalmente aqui o sistema de tarjas coloridas com as classes I a IV com grau decrescente de risco.    Tarja vermelha – classe  I
     Tarja amarela – classe II
     Tarja Azul – classe III
     Tarja Verde – classe IV
     Efeitos dos agrotóxicos no ser humano:
Ø Agudos
Ø Subcrônicos
Ø Crônicos (tardios)
     Efeitos – leve, moderado, grave, letal.
     Notificação obrigatória à Saúde Pública:   Geralmente escapam das notificações os casos leves e moderados.    A pessoa vai no posto de saúde por uma inalação que pode ser por intoxicação leve e fica como um mal estar sem ligação com a exposição a agrotóxico, por exemplo.
     Em geral os casos graves é que são notificados.     Mostrou um pouco da forma de ação dos agrotóxicos no ser humano.   Mostrou inclusive que os piretróides também tem efeito no sistema neurológico das pessoas conforme a exposição.    
     Pode haver danos cardiovasculares; pode afetar a pressão para alta ou para baixa, etc.
     Geralmente o médico pergunta a queixa do paciente e não costuma fazer a Anamnese que é um questionário para saber o que a pessoa faz, tipo de trabalho, etc.    Sem uma boa anamnese, o médico trata o sintoma e não pesquisa a causa.   Aí está o problema, em parte.
     Destacou que agrotóxico já é um risco e que a mistura de agrotóxicos para uma mesma aplicação pode potencializar o risco, inclusive pelo fato de comumente haver reação química entre os produtos e gerarem novos produtos com efeitos fora de controle.    As chamadas misturas de tanque, feitas no tanque do pulverizador.
     Em lavoura de tomate no interior de SP em pesquisa da UNICAMP se constatou que numa mesma safra se usavam até 25 diferentes princípios ativos de agrotóxicos, o que é um número elevado.   Risco ao trabalhador, ao meio ambiente, etc.
     Os aplicadores de agrotóxicos em lavouras geralmente trabalham com essa atividade por largo período de tempo.     Pode haver efeito crônico de produtos na saúde do trabalhador.
     Mostrou uma lista enorme de sintomas de intoxicações agudas e crônicas por agrotóxicos.    Inclusive mostrou um gráfico de 2012 onde havia o percentual de sintomas em pessoas intoxicadas por agrotóxicos.  O sintoma mais recorrente é de irritação nos olhos.
      Carcinogenicidade – induzir ao câncer
     Oncogenicidade – induzir ao crescimento de tumores (não necessariamente, câncer).  
     Teratogenicidade – criança afetada nascer com deformação.
     Ele repetiu:  geralmente o médico trata sintomas mas não faz a Anamnese que é uma série de perguntas para tentar chegar à causa do problema.   Citou que a OMS Organização Mundial da Saúde recomenda sempre a anamnese.
     Disse que em geral é pouco comum haver câncer em crianças.   Mas que o mesmo vem aumentando mais recentemente.     Já se constatou correlação entre pais que trabalham com agrotóxicos e maior incidência de câncer nos filhos pequenos.
     Casos de leucemia em crianças – já se constatou contato da mãe com agrotóxicos e a criança ter mais risco de leucemia.
     Disse que há exames sofisticados que podem detectar riscos altos de certas doenças em casais que pretendem ter filhos.
     Anamnese – recomenda a cada 2 anos para paciente até os 40 de idade e a cada ano para idade acima dos 40. 
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