RESUMO – LIVRO – O PODER AMERICANO E OS NOVOS
MANDARINS - AUTOR: NOAM CHOMSKY (cidadão americano)
Parte
12/13 - junho – 2020
Autor do fichamento –
leitor Orlando Lisboa de Almeida
O autor
cita na página 415 da edição que li a Nota número 15 com dados da Imprensa
Oficial dos USA de 1966. Depoimento do
Professor David N. Rowe, diretor de estudos de pós graduação em Relações
Internacionais da Universidade de Yale na Comissão de Relações Exteriores da
Câmara dos USA. Na página 266 do
documento citado na nota 15 deste livro...
“que os USA comprem todo o
excedente de trigo da produção canadense e australiana, para que haja um surto
de fome na China”. E ele
acrescenta: “Naturalmente, não estou
falando disso como uma arma contra o povo chinês”.
387 – O
autor cita no livro o documento e a página onde o Reverendo R.J. Jaegher,
membro do Conselho do Instituto de Estudos do Extremo Oriente, da Universidade
de Seton Hall, segundo quem... “como
todos os povos que viveram debaixo do comunismo, os norte vietnamitas ficariam
perfeitamente felizes de serem bombardeados para conquistar a liberdade”.
389 – O
autor diz: “Os indivíduos ideológicos e
irresponsáveis destilam sua ‘lenga lenga’ sobre princípios e se preocupam com
questões morais e direitos humanos”...
Por tudo isso o autor alega que essa linha de raciocínio chega a coisa
do tipo: “... ideológicos são
irracionais, já que vivendo na prosperidade e tendo o poder ao seu alcance, não
devam preocupar-se com questões como estas”.
399 –
Nas universidades esses especialistas acadêmicos que vem substituindo os
intelectuais livres-pensadores... “justificam a aplicação do poderio americano
na Ásia, quaisquer que sejam os custos humanos, sob a alegação de que é
necessário conter a expansão da China”.
399 –
Elogia o líder britânico Winston Churchill por sua lucidez como Primeiro
Ministro do Reino Unido em reunião com Joseph Stalin em Teerã (capital do Irã)
em 1943. “O governo do mundo deve ser
confiado a nações satisfeitas, que nada mais desejam para si mesmas do que já
tem” . (Mas no mundo real a ambição de
quem já tem muito trai a boa intenção...)
400 - Charles Wolf da empresa Rand em audiência
no Congresso americano... “a China pode
ser posta por nós... diante de uma
estrutura de incentivos, penalidades e recompensas que a disponham a conviver
com esse medo”. (Lá nos USA o setor
privado tem interesses e voz na questão do fazer guerra).
402 –
Conferência em Honolulu (fevereiro) e em Manila (outubro), os USA não aceitaram
acordo que mantivesse montada a estrutura política do Vietcong
(comunista). (e assim optava por
continuar a Guerra do Vietnã em curso)
405 –
Ainda palavras de Charles Wolf da Rand.
Alega que os USA querem ...
“ajudar os países a ser modernizar e manter uma ‘sociedade aberta’ ou seja:
uma sociedade que se mantenha aberta à penetração econômica ou ao
controle político dos USA” .
406 –
USA tentou na Índia, consórcios para dobrar a produção de fertilizantes naquele
país. Tratativas esbarraram no
seguinte. Os USA queriam o controle
majoritário dos empreendimentos e a Índia, por questão de soberania, queria que
o controle ficasse com ela. Isto no ano
de 1966.
Nessa
época a Índia era socialista. Acabou
depois aceitando o acordo por pressão dos americanos. (além do interesse comercial, buscando
evitar que a populosa Índia passasse para o comunismo).
A busca
de conduzir a Índia do socialismo para o que os americanos chamam de
“pragmatismo”. Capitalismo e do jeito
dos americanos.
408 - A Inglaterra depois de tanto imperialismo
prometeu que não mais. Mas em 1870,
após a promessa, ocupou o Egito com o
lema: Intervenção, reforma e
retirada. Ficou 50 anos colonizando o
Egito.
409 –
Fala do economista Richard Lindholm em 1959 sobre o comércio entre os USA e a
parte “livre” do Vietnã do Sul. Ele diz
que os vietnamitas preferiam bens de
consumo ao invés de comprar bens de produção...
“também existem bestas de carga de duas patas com que nos deparamos no
interior... tendo apenas uma superficial semelhança com a espécie humana”.
Esta
parte do livro se encerra em meio ao período de guerra.
O autor
diz que pelos USA haverá outros e outros Vietnã... (realmente depois da década de 60 eles
estiveram na maioria dos conflitos pelo mundo e tem soldados e bases
permanentes em muitos países)
421- Da Resistência
422 –
Nos USA muitos e muitos não aceitam se alistar para servir militarmente e
correr o risco de ir para a guerra.
Mas muitos ficam na defensiva.
Não vão aos protestos contra o militarismo e as guerras.
A
Resistência fica por conta dos que se recusam a se alistar e vão aos protestos
contra a guerra. É assim que se
expressa o círculo da resistência.
...quem
restringir seu protesto... recusou iniciativa a que pode ter acesso, estará
aceitando a cumplicidade com o que o governo faz.
423 – “Na segunda feira,
16 de outubro, pude ouvir Howard Zinn explicar no Boston Common por que sentia
vergonha de ser americano”. ...
centenas de jovens, vários meus alunos, na terrível decisão de romper relações
com o sistema de recrutamento seletivo (para o serviço militar).
424 –
Resistência – são dezenas de milhares de jovens na resistência. “estão se sentindo espancados quando firmam
posição, os jovens que tem que decidir entre aceitar a cadeia ou o exílio ou
participar da guerra”. Eles tem que
encarar esta decisão sozinhos ou quase sozinhos. (sempre tende a haver pressão da família
para irem servir nas Forças Armadas)
O
paradoxo que o autor coloca. As
autoridades entendem como insensatos os estudantes por protestarem e se se
recusarem a ir à guerra e por outro lado, o Estado acha sensato... o que o
autor questiona referente aos atos de guerra provocados pelo governo americano.
“ - Numa
instituição dirigida por um indivíduo ‘sensato’, moderado e perfeitamente
razoável, capaz de declarar com toda tranquilidade, perante o Congresso (dos
USA) que a quantidade de material bélico utilizada no Vietnã já superou o total
empregado na Alemanha e na Itália durante a II Guerra Mundial?
.....................próximo
– capitulo
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