RESUMO – LIVRO – O PODER AMERICANO E OS NOVOS
MANDARINS - AUTOR: NOAM CHOMSKY
Parte
4/13 - junho – 2020
Autor do
fichamento – leitor Orlando Lisboa de Almeida
Página
63 – Na guerra, os americanos retiraram os camponeses da zona rural e alojaram
eles na periferia de Saigon, em guetos.
Mais de 2 milhões de vietnamitas ficaram nesse tipo de alojamento.
64 – “A
função do repórter é descrever o que tem diante dos seus olhos”.
64 – O
papel do administrador colonial ....
“montar uma cobertura ideológica adequada para mostrar que somos (os USA)
justos e corretos no que fazemos, tratando de descartar as dúvidas
incômodas. Colocar cientistas políticos
e assemelhados para enfiar coisas na cabeça do povo local...”
“Para
esse objetivo intelectual, não está em
questão nosso direito de transferir inovações e instituições para os
vietnamitas, se necessário pela força...”
Fala de Kenneth Young, president da Asian Survey
65 – Já no trabalho
acadêmico de Milton Sacks : … “os nacionalistas (do Vietnã do Sul) tem alguns
problemas, por exemplo, foram manipulados pelos franceses, pelos japoneses,
pelos comunistas e mais recentemente pelos Americanos”.
70 –
Cita o cientista Ithiel Pool - “Existe naturalmente uma certa
dificuldade: “o vietcong (comunista) é
por demais forte para ser simplesmente derrotado ou eliminado”.
... “O
problema é ideológico. Devemos provocar uma mudança na imagem da
realidade dos quadros do Vietcong”.
72 –
Cita um estudioso em artigo para o jornal NY Times de 1967 (em pleno tempo da
guerra). O articulista enaltece o
sucesso da reforma agrária em Formosa sob intervencionismo dos USA... Em Formosa, expropriaram fábricas do Japão
e com o dinheiro, pagavam indenizações das terras. 30% do valor das terras era pago em dinheiro
e o restante em títulos públicos de longo prazo.
72 – O
comunismo vietnamita será não afim ao comunismo da China porque esta já foi
hostil ao Vietnã.
77 –
Todo discurso não é em relação aos comunistas neste trecho, mas como
“controlar” os vietnamitas que se rebelam e são considerados insurgentes. (os que estão teoricamente “ao lado” dos
americanos na guerra).
79 – Em
1967 - Política externa americana e o
repúdio do controle comunista no Terceiro Mundo. (todo esforço deles gira em torno de evitar
ou combater o comunismo e implantar regime favorável aos americanos)
Eles tem
foco inclusive na América Latina. Nesse
contexto, buscam a promoção do
crescimento econômico e modernização...
“associados ao uso responsável da força” . Nas palavras do economista sênior da
empresa Rand que tem inserção no setor.
Charles Wolf. “Isso em caso
de insurgência”. ... “perda de
independência frequentemente é sinônimo de comunismo e o comunismo é
implicitamente irreversível”.
80 – Ele
discorre sobre a ética científica mas mostra que ela é impositiva, subjugando a
liberdade do povo. ...”devemos nos
preocupar em manipular o comportamento numa direção desejada, não nos deixando iludir por ideias místicas
de liberdade, necessidades individuais ou vontade popular.”
Chomsky
ao criticar essa linha de raciocínio, fala até da hipótese de uma nova Ideologia Coercitiva.
80 – Em
1840 o império britânico já elogiava o “pressuposto de que a potência
colonizadora é benevolente e se empenha pelos interesses dos
nativos... (colonizados). O autor cita da época (1840) o liberal
Herman Merivale, em conferência em Oxford elogiando a política britânica de
esclarecimento colonial. ...”para que
possamos ter o prazer de governa-las”.
81 – Em
1898 o americano John Hay concebia “uma
parceria beneficente” que proporcionaria liberdade e civilização a Cuba, Havai e às
Filipinas. A Inglaterra, à Índia,
África do Sul e Egito.
81 – O
autor discute os pressupostos e conceitos que os imperialistas usam para
interferir em outros países (ferindo
acordos internacionais)
- Seus
métodos “presumem que efetivamente temos o direito de escolher o método a
usar. Se o da conquista de corações e
mentes ou o da modelagem do comportamento”.
Chomsky
diz: Nós arrogamos esses “direitos”
para nós americanos e não daríamos esses direitos a outros países... Destaca que a maioria dos acadêmicos
americanos aceita essa lógica cruel.
81 - Cita William Henderson, ex diretor executivo e
especialista em Oriente no Conselho de Relações Exteriores dos USA. “Considera que devemos promover uma diplomacia construtiva e
manipulativa para enfrentar a subversão interna”... ... busca dos “interesses de longo prazo dos USA. “Existem todavia dois obstáculos
concretos no caminho da necessária diplomacia manipulativa. O primeiro é uma grande barreira psicológica. Precisamos aprender a renunciar ao velho
dogma para promover uma nova diplomacia que seja francamente intervencionista,
reconhecendo que vá contra todas as convenções tradicionais do comportamento
diplomático”.
Ao ser
questionado sobre esse posicionamento, Henderson fala que para combater o
comunismo vale tudo (não na forma literal
aqui resumida)
83
–Hilsman cita Allen Dulles, Chefe da Inteligência do Departamento de Estado dos
USA. Sobre os USA se meterem no governo
eleito do Irã porque este teria uma tendência comunista. Os USA também se intrometeram no governo de Arbenz
na Guatemala. “... embora não houvesse
qualquer convite nesse sentido por parte do governo no poder”.
85 – USA
apoia até ditadura na Tailandia nos anos 50 para evitar o assédio comunista. Compra 90% da borracha lá produzida e
carrega sem passar pela China. Daí que
o ditador local da Tailândia fica empoderado e qualquer ameaça de oposição ao mesmo era taxada como comunista e
esmagada.
87 – USA
equipou e treinou militares no poder na Tailandia nos anos 50 e os chefes de
polícia local tinham vistas grossas dos apoiadores para explorar comércio de
ópio e outros, do milionário jogo de azar.
Tudo contra o comunismo e pelos interesses dos USA na Ásia.
Nesse
período (anos 50) os USA mantinham 40.000 soldados permanentes na Tailândia
para manter o regime ditatorial, mas pró americano.
90
- “Para o liberal pragmático é evidente
que a confiança em nosso compromisso com ditaduras militares como a da
Tailandia precisa ser preservada”...
92 –
Proposta do acadêmico Thomas R.Adam da Universidade de NY. Ter base militar na Ásia e de lá reger órgão
regional sob “nossa autoridade” para influir na Coréia, Vietnã, Laos e
Cambodja.
93 – De
forma não literal, cito... O mesmo
acadêmico defende o mando dos USA sobre setores da Ásia até para evitar a tendência desta intervir “em nossas
questões” na região. “Se
não formos capazes pelos empreendimentos, que seja pelas forças militares”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário