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domingo, 21 de junho de 2020

RESUMO - LIVRO - O PODER AMERICANO E OS NOVOS MANDARINS - NOAM CHOMSKY - PARTE 4/13 - JUNHO/2020


RESUMO – LIVRO – O PODER AMERICANO E OS NOVOS MANDARINS -   AUTOR:  NOAM CHOMSKY
         Parte 4/13     -      junho – 2020
         Autor do fichamento – leitor Orlando Lisboa de Almeida
         Página 63 – Na guerra, os americanos retiraram os camponeses da zona rural e alojaram eles na periferia de Saigon, em guetos.   Mais de 2 milhões de vietnamitas ficaram nesse tipo de alojamento.
         64 – “A função do repórter é descrever o que tem diante dos seus olhos”.
         64 – O papel do administrador colonial  .... “montar uma cobertura ideológica adequada para mostrar que somos (os USA) justos e corretos no que fazemos, tratando de descartar as dúvidas incômodas.   Colocar cientistas políticos e assemelhados para enfiar coisas na cabeça do povo local...”
         “Para esse objetivo intelectual, não está em questão nosso direito de transferir inovações e instituições para os vietnamitas, se necessário pela força...”
         Fala de Kenneth Young, president da Asian Survey
         65 – Já no trabalho acadêmico de Milton Sacks : … “os nacionalistas (do Vietnã do Sul) tem alguns problemas, por exemplo, foram manipulados pelos franceses, pelos japoneses, pelos comunistas e mais recentemente pelos Americanos”.
         70 – Cita o cientista Ithiel Pool  -   “Existe naturalmente uma certa dificuldade:   “o vietcong (comunista) é por demais forte para ser simplesmente derrotado ou eliminado”.
...     “O problema é ideológico.   Devemos provocar uma mudança na imagem da realidade dos quadros do Vietcong”.
         72 – Cita um estudioso em artigo para o jornal NY Times de 1967 (em pleno tempo da guerra).   O articulista enaltece o sucesso da reforma agrária em Formosa sob intervencionismo dos USA...     Em Formosa, expropriaram fábricas do Japão e com o dinheiro, pagavam indenizações das terras.   30% do valor das terras era pago em dinheiro e o restante em títulos públicos de longo prazo.   
         72 – O comunismo vietnamita será não afim ao comunismo da China porque esta já foi hostil ao Vietnã.
         77 – Todo discurso não é em relação aos comunistas neste trecho, mas como “controlar” os vietnamitas que se rebelam e são considerados insurgentes.     (os que estão teoricamente “ao lado” dos americanos na guerra).
         79 – Em 1967 -  Política externa americana e o repúdio do controle comunista no Terceiro Mundo.  (todo esforço deles gira em torno de evitar ou combater o comunismo e implantar regime favorável aos americanos)
         Eles tem foco inclusive na América Latina.   Nesse contexto, buscam a promoção do crescimento econômico e modernização...   “associados ao uso responsável da força” .         Nas palavras do economista sênior da empresa Rand que tem inserção no setor.   Charles Wolf.      “Isso em caso de insurgência”.     ... “perda de independência frequentemente é sinônimo de comunismo e o comunismo é implicitamente irreversível”.
         80 – Ele discorre sobre a ética científica mas mostra que ela é impositiva, subjugando a liberdade do povo.     ...”devemos nos preocupar em manipular o comportamento numa direção desejada, não nos deixando iludir por ideias místicas de liberdade, necessidades individuais ou vontade popular.”    
         Chomsky ao criticar essa linha de raciocínio, fala até da hipótese de uma nova Ideologia Coercitiva.  
         80 – Em 1840 o império britânico já elogiava o “pressuposto de que a potência colonizadora é benevolente  e se empenha pelos interesses dos nativos...   (colonizados).     O autor cita da época (1840) o liberal Herman Merivale, em conferência em Oxford elogiando a política britânica de esclarecimento colonial.   ...”para que possamos ter o prazer de governa-las”.
         81 – Em 1898 o americano John Hay concebia  “uma parceria beneficente” que proporcionaria liberdade e  civilização a Cuba, Havai e às Filipinas.      A Inglaterra, à Índia, África do Sul e Egito.
         81 – O autor discute os pressupostos e conceitos que os imperialistas usam para interferir em outros países    (ferindo acordos internacionais)
         - Seus métodos “presumem que efetivamente temos o direito de escolher o método a usar.    Se o da conquista de corações e mentes ou o da modelagem do comportamento”.
         Chomsky diz:   Nós arrogamos esses “direitos” para nós americanos e não daríamos esses direitos a outros países...     Destaca que a maioria dos acadêmicos americanos aceita essa lógica cruel.
         81 -  Cita William Henderson, ex diretor executivo e especialista em Oriente no Conselho de Relações Exteriores dos USA.    “Considera que devemos  promover uma diplomacia construtiva e manipulativa para enfrentar a subversão interna”...     ... busca dos   “interesses de longo prazo dos USA.      “Existem todavia dois obstáculos concretos no caminho da necessária diplomacia manipulativa.   O primeiro é uma grande barreira psicológica.   Precisamos aprender a renunciar ao velho dogma para promover uma nova diplomacia que seja francamente intervencionista, reconhecendo que vá contra todas as convenções tradicionais do comportamento diplomático”.
         Ao ser questionado sobre esse posicionamento, Henderson fala que para combater o comunismo vale tudo  (não na forma literal aqui resumida)
         83 –Hilsman cita Allen Dulles, Chefe da Inteligência do Departamento de Estado dos USA.   Sobre os USA se meterem no governo eleito do Irã porque este teria uma tendência comunista.   Os USA também se intrometeram no governo de Arbenz na Guatemala.    “... embora não houvesse qualquer convite nesse sentido por parte do governo no poder”.
         85 – USA apoia até ditadura na Tailandia nos anos 50 para evitar o assédio comunista.   Compra 90% da borracha lá produzida e carrega sem passar pela China.   Daí que o ditador local da Tailândia fica empoderado e qualquer ameaça de oposição ao mesmo era taxada como comunista e esmagada.
         87 – USA equipou e treinou militares no poder na Tailandia nos anos 50 e os chefes de polícia local tinham vistas grossas dos apoiadores para explorar comércio de ópio e outros, do milionário jogo de azar.  Tudo contra o comunismo e pelos interesses dos USA na Ásia.
         Nesse período (anos 50) os USA mantinham 40.000 soldados permanentes na Tailândia para manter o regime ditatorial, mas pró americano.
         90 -  “Para o liberal pragmático é evidente que a confiança em nosso compromisso com ditaduras militares como a da Tailandia precisa ser preservada”...
         92 – Proposta do acadêmico Thomas R.Adam da Universidade de NY.   Ter base militar na Ásia e de lá reger órgão regional sob “nossa autoridade” para influir na Coréia, Vietnã, Laos e Cambodja.
         93 – De forma não literal, cito...     O mesmo acadêmico defende o mando dos USA sobre setores da Ásia até para evitar a tendência desta intervir “em nossas questões” na região.     “Se não formos capazes pelos empreendimentos, que seja pelas forças militares”.

continua na próxima matéria.......

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