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domingo, 21 de junho de 2020

RESUMO - LIVRO - O PODER AMERICANO E OS NOVOS MANDARINS - NOAM CHOMSKY - CAP. 1/13 - JUNHO-2020


FICHAMENTO DO LIVRO O PODER AMERICANO E OS NOVOS MANDARINS
AUTOR:  NOAM CHOMSKY -    (cidadão americano)
 Editora Record – Rio de Janeiro – 2006  -  460 páginas
 Fichamento pelo leitor Engenheiro Agrônomo Orlando Lisboa de Almeida  -  maio de 2020  (época da pandemia do covid 19)
 Sou um leitor assíduo e assino jornal na busca de tentar clarear um pouco o que ocorre no mundo atual.   Elaborar dados e formular e reformular conceitos pessoais com algum fundamento.   Tenho acompanhado artigos e entrevistas do autor Chomsky que é um Filólogo mas além de outras habilidades acadêmicas ele é respeitado mundialmente pelas suas idéias e conceitos na área da Ciência Política.
 O livro em pauta, comprado em sebo, escolhido a dedo, aborda em linhas gerais décadas de estudos e documentos de umas quatro décadas da política americana, sempre com base em dados comprováveis e literaturas citadas.   Nada de eu acho.
 Ele esteve bem recentemente no Brasil e está com idade acima dos 90 e lucidez dos 30.   Mais de 70 obras publicadas.   Décadas de atuação como professor no renomado MIT  Massachusetts Institute of Technology.
 Os Novos Mandarins que fazem parte do título da obra são os intelectuais influentes na política americana, inclusive de defesa e guerra.
 Na apresentação do prefácio desta obra consta que em 2002 ele foi chamado como testemunha num processo na Turquia contra o editor dele pelo posicionamento do autor.    Chegando lá, foi dispensado pela justiça porque os holofotes da imprensa internacional, pela visibilidade que ele tem, estavam todos lá sobre o caso.   Avaliaram que era melhor não ouvi-lo para não dar vez e voz num momento tão concorrido.
 Nesse caso da Turquia, a treta surgiu por ele denunciar a forma com que o país andava tratando os curdos, povos que compõem a maior nação sem pátria do mundo, com aproximadamente 36 milhões de pessoas, espalhados principalmente por uns três países da região, incluindo a Turquia.
 O livro em pauta foi escrito originalmente em 1969 durante a Guerra do Vietnã e o autor é um severo crítico da guerra em si e da ação americana naquela guerra.
 Ele é um humanista e defende de forma intransigente as pautas igualitárias.    Tem empenho em dissecar a crueldade imperial americana.  No contexto, ele critica os que ele chama de Novos Mandarins Americanos, os intelectuais americanos  que por ação ou omissão apoiam a crueldade imperial.
 Consta no editorial em na década de 60 o autor já era considerado um “Einstein” da linguística  (Filólogo) e se ficasse nesse foco já seria brilhante.   Mas ele foi mais longe.
 Com a palavra o autor do prefácio – Howard Zinn, acadêmico e amigo de Chomsky.
 Página 11 – Em um ensaio escreveu sobre a Guerra do Vietnã (em plena guerra)   “Os intelectuais tem a responsabilidade de dizer a verdade e denunciar mentiras”.      ... com o objetivo de criar um mundo melhor.
 Em 1966, 200 mil militares americanos estavam a caminho do Vietnã.    ... arsenal de bombas que destruíam aldeias e arrasaram a terra.  Inclusive bombas de fragmentação, lançadas por aviões.
 12 – Charles Mohr escreveu no jornal NY Times.   “poucos americanos tem noção do que o país está fazendo com seu poderio aéreo no Vietnã do Sul.    (parte aliada aos USA).
 O povo americano nessa época do artigo já estava dividido sobre a guerra e os intelectuais também.   
 O ensaio de Chomsky mexeu com o povo americano, inclusive com os intelectuais que estavam calados. 
 Circulavam fotos de crianças correndo pela rua desesperadas, com o corpo incendiado por bombas de napalm lançadas pelas aeronaves americanas.    (uma mistura de combustível com óleo de uma palmeira da região que torna a chama muito mais aderente e danosa).
 Recrutas americanos jovens iam para lá matar ou morrer sem entender a razão.
 O autor, ainda na Europa no passado, aos 13 anos viu repressão a greves em fábrica de tecidos com uso de violência.  Depois viu a Guerra na Espanha com foco em Barcelona.   Despertou interesse quando estava na faculdade, por estudo do Anarquismo.   Ele estudou inclusive em Harvard. (1957).       ... convicção política e crença...     “natureza humana fundamental baseada no instinto de liberdade”.
 13 – Move a luta dele pela Paz e Justiça Social.
 Em 1964 ele, nascido em 1928, já protestava nos USA contra a guerra no Vietnã, período em que a guerra se acirrou.    Nos USA houve muitas manifestações populares contra a Guerra.   Ele participava.   Houve inclusive atos de desobediência civil dos manifestantes pela causa da paz.  Ele participou e chegou ser preso.
 No final de abril de 1975 os USA retiraram as tropas do Vietnã mas a guerra civil lá continuou e a América continuava mandando armas para a guerra.
 Cita também posteriormente, Ronald Reagan, presidente dos USA, determinando ações militares contra os revolucionários de esquerda Sandinista na Nicarágua.     Novos protestos nos USA e o autor sempre participando e foi novamente detido.
 Protestou contra o envio de armas pelos USA à Indonésia que fazia guerra ao Timor Leste.   Nesta guerra, depois de mais de 200 mil mortos, por pressão popular nos USA inclusive, os americanos deixaram de enviar armas e houve o fim do conflito e isto culminou com a Independência do Timor Leste.
 17 -  Fala do Autor – Introdução
 Governo liberal dos USA que entrou na guerra do Vietnã.   Entrou com apoio de políticos, muitos intelectuais e acadêmicos.    (juridicamente o Vietnã não chegou a separar o Norte do Sul)    A guerra civil tinha no norte os comunistas e tinham apoio da URSS e o Sul tinha apoio dos americanos.
 “O rumo da história pode ser determinado em grau muito significativo por aquilo que o povo dos USA tiver aprendido dessa catástrofe que ele ajudou fortemente a acontecer”.   (a ação deste na Guerra do Vietnã onde saiu derrotado).
 “Três vezes na mesma geração os USA com sua tecnologia arrasa um indefeso país asiático – Japão, Coréia e Vietnã”
 19 -
.................. continua nas postagens seguintes  (boa leitura)

Um comentário:

  1. Valeu, Juiz Gomes. Foi um prazer receber seu contato. Estou aqui procurando meio de seguir seu blog. Andei, agora aposentado, viajando um bocadinho pelo Brasil e uns pulos pelo exterior. Em geral tem matéria curta com alguma foto no blog. Aliás são dois blogs, o mais antigo é outro, www.orlandolisboa.blogspot.com.br e o mai novo é este. Andei pelos USA por 30 dias visitando minha irmã que lá morava na época, visitei Foz do Iguaçu algumas vezes, já que moro no PR, visitei o México em outubro passado, região de Cancun, Paris há um tempo atras, Um pouquinho da Alemanha e a Índia por dez dias, isto em abril de 2019. Fiz umas dez matérias então. No literal do Nordeste, as capitais e região de Natal, João Pessoa (e Campina Grande com festa junina), Recife e Olinda, Maceió duas vezes, Fortaleza duas vezes. Tudo muito lindo.

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