RESUMO – LIVRO – O PODER AMERICANO E OS NOVOS
MANDARINS - AUTOR: NOAM CHOMSKY
Parte
7/13 - junho – 2020
Autor do
fichamento – leitor Orlando Lisboa de Almeida
Página
244 – O autor fala do caso de Cuba. Os
USA recusam a aceitação ao Presidente
Grau e indiretamente provoca a deposição dele e assume Fulgêncio Batista,
afinado com os americanos.
Argumentos
dos americanos.... “empenhamo-nos numa espécie de imperialismo do bem estar”...
261 –
Capítulo – A Lógica da Retirada
264 – Os
especialistas no tema tinham a olhos vistos que a guerra do Vietnã era um
típico gesto imperialista dos USA e deixaram isso expresso em vários documentos
aqui citados.
217 – No
Vietnã do Sul, 80% do campesinato (povo da atividade rural) era a favor dos
Vietcong (comunistas) e na cidade de Saigon inclusive havia muita gente
simpática aos Vietcong.
Matéria
do jornal NY Times sobre a falta de apoio do povo do sul vietnamita à luta
contra os Vietcong. “Se os sul
vietnamitas (“aliados” aos americanos) não são capazes de encontrar apoio para
o governo na própria população, é improvável que estrangeiros brancos possam
fazê-lo por eles”.
267 – Um
dos principais generais do Vietnã do Sul fez um relato às autoridades
americanas. (citado na bibliografia do
livro). Diz que o confronto com os
comunistas tem um lado militar e um político.
Ele tem certeza que no lado militar, os do sul, ajudados pelos USA são
fortes, mas são fracos do lado político.
E sabe que o Vietcong é forte do lado político (tem apoio do povo).
Assim
ele via que mesmo que batessem militarmente o Vietcong, logo estes dominariam o
Vietnã pelo lado político. (mesmo assim
esticaram a guerra por muito mais tempo).
Sugere
que se permitisse a militância política no Vietnã do Sul e se formasse um
governo com apoio do povo e aí haveria meio de se chegar à paz. Cita inclusive o monge budista Thich Nhat
Hanh, autor do livro (que li) “Vietnã: Lótus num mar de Fogo”. Fiz resumo deste livro e já publiquei no
blog. www.resenhaorlando.blogspot.com.br
269 – Havia
fartos estudos e relatos de que o único representante que se ligava ao povo do
Vietnã do sul era a FNL Frente Nacional de Libertação, comunista. Os americanos ignoraram isso e mantiveram
a guerra.
O autor
cita o anti comunista Denis Warner que trabalhou na região do conflito, antes
do mesmo ocorrer. “Em centenas de
aldeias do Sudeste Asiático, os únicos que trabalham junto à população para a
melhoria de suas condições de vida são os comunistas”. E que os ataques americanos empurraram mais
o povo para adesão aos comunistas. (o
povo do Vietnã é em grande parte budista e até por crença, um povo da paz).
270 – No
primeiro ano de guerra, triplicaram as adesões ao exército dos comunistas no
Vietnã. Ao contrário, no sul os jovens
faziam por escapar da convocação achando que a guerra era dos americanos e não
deles. No Sul, 2 milhões de
refugiados pela Guerra.
Como
logo após os americanos, por via aérea liquidavam os soldados das áreas rurais,
os vietnamitas comunistas retomavam as áreas e para evitar isso, os americanos
adotavam então a técnica da terra arrasada, jogando bombas para tornar inviável
agricultura, alimentos e moradia. Varrer
o povo do mapa.
“... os americanos demoliram tudo. Tudo que construímos desde 1954 está em
ruinas: hospitais, fábricas,
residências... nada mais temos a perder
a não ser a independência e a liberdade”.
Em 1968
foi lançado pelos americanos no Vietnã média de 200 kg de explosivos por
habitante. 16 toneladas de explosivos
por km2 tanto no Norte como no Sul. Destruiam e queimavam casas dos
agricultores, mas na propaganda diziam que só atingiam alvos militares.
275 – Os
vietnamitas viam os americanos imperialistas da mesma forma que sofreram com os
franceses colonialistas.
Pergunta de um parlamentar do Vietnã do
Sul. “Por que deveriam nossos jovens
ser convocados para servir os interesses dos USA?”
277 – Fala
de um professor aposentado de Saigon, à direita do contexto da intelectualidade
local. “ O problema é que neste momento
os únicos intelectuais de caráter que se comprometeram de alguma maneira estão
do outro lado”. (do lado dos
comunistas).
280 – As
perspectivas são de agravamento da miséria e a devastação ainda maior, enquanto
prosseguir a ocupação americana.
280 – O
General Gavin e o correspondente do Jornal Boston Globe ouviram no Vietnã do
Sul. Transcrito de forma livre
aqui: Vocês só vão vencer essa guerra
se for por 30 anos, ou seja, aniquilando uma geração, assim como fizeram com os
índios americanos.
283 – O
Comitê de advogados sobre a política americana.
“Se o direito internacional tivesse sido respeitado, tanto o Vietnã
quanto o povo americano teriam sido poupados daquela que o secretário Geral U
Thant se referiu como uma das mais bárbaras guerras da história”.
284 –
Cita Kenneth T. Young , responsável pelo Sudeste Asiático do Departamento de
Estado dos USA de 1954 a 1958. Ele
escreve em 1954. “Nosso objetivo era um
Vietnã do Sul independente” (livre do comunismo). O objetivo era violar o Tratado de Genebra
que preconizava o Vietnã não dividido.
Tentaram dividir o sul para evitar que o comunismo tomasse o país todo.
285 –
Até 1960 os dois lados, Norte e Sul estavam separados de fato, apesar de
constituírem juridicamente um só país.
Foi no começo da década de 60 que o Norte já comunista passa a realizar
ações militares para expandir o regime comunista pra o restante do país. E foi citado que no sul havia simpatizantes
do comunismo mas que os aldeões queriam mais era a paz, inclusive por serem
budistas, com aversão a conflito.
Os USA assumem de forma plena o comando da
guerra em 1965.
286 – Um
correspondente dos USA recomendando:
... “os USA devem enviar ao Vietnã os melhores talentos de que dispõem
nessa sensível questão de reorientação
política” (do pró comunismo para a
linha dos USA).
O povo
americano entende como um direito
isso de interferir num país e não só tentar fazer a cabeça do povo como fazer
guerra.
..................continua
n
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