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sábado, 28 de fevereiro de 2015

RESENHA DO LIVRO – CHATÔ O REI DO BRASIL (Parte IV)

    
     Elaborada por :   Orlando Lisboa de Almeida

     Página 466 -  Chatô ficou p da vida ao saber que fizeram um jantar de desagravo para um jornalista demitido por ele.   Mandou espionar o jantar e conseguiu uma lista negra dos participantes.   Decorrente disso, como retaliação, um dia demitiu o jornalista mais velho do seu staff (Alceu de Amoroso Lima), um dos colunistas que também tinha outros empregos no ramo.    Ao fazer o acerto de contas, descobriu que o salário do jornalista no seu jornal era uma merreca e fazia 17 anos que os salários não estavam sendo pagos....     (acho que é um record ao menos Sulamericano)
     468 – A frase da jornalista americana Eileen Mackenzie sobre Chatô:
     “ O pequeno Hearst brasileiro, um homem que tem  faro para a notícia, inclinação para mexer em casas de marimbondos e um dedo em quase todas as negociatas do Brasil.”
     Ainda ela sobre Chatô:   “Sem ser um idealista, é anticomunista e antinazista e, de um modo geral, favorável aos USA e às grandes empresas”.
     475 – Ele contando palitos de fósforos porque os anunciantes não anunciavam em seus meios de comunicação (Os Diários Associados)
     480 – Plano Marshall -  Destinar 90 bilhões de dólares para a recuperação da Europa após o término da Segunda Guerra Mundial.
     483/84 – Ele vai falando das obras de arte que Chatô comprou para o acervo do MASP com dinheiro que conseguiu de doações de gente da alta sociedade.
     488 – Comprou de uma vez uma coleção de bailarinas (esculturas) de Degas.  Umas cinqüenta peças.
     492 – Comprou em leilão para o MASP uma tela de W.Churchill.   Quando Chatô era embaixador do BR em Londres, um dia na casa de campo de Churchill, “condecorou” o eminente político com a Ordem do Jagunço, algo que Chatô inventou.  Colocou no ombro do “homenageado” uma capa de couro de vaqueiro, um chapéu de couro e depois, com o homenageado ajoelhado, botou uma espada sobre o ombro do tal e leu (em português) o juramento da Ordem do Jagunço que ele criou.
     496 – Comprou em 1950 nos USA os equipamentos para a TV Tupi, a primeira emissora de TV da América Latina.   Depois foi à fábrica dos equipamentos e lhe apresentaram imagens a cores.   Rasgou o contrato e disse que queria equipamentos para transmissão a cores para o Brasil.   O industrial americano argumentou que em 1950 nem os USA tinham TV em cores em série para o grande público.   Era experimental.
    Mesmo lá nos USA só a partir de 1966 começou a ser vendida TV a cores.    No BR teria sido no ano da Copa de 1970    (Copa no México)
     498 – Em 1950 só tinha TV nos USA, França e Inglaterra.
     499 – TV no BR inaugurada em 1950 e tudo era ao vivo e só 20 anos depois se criaram fitas de gravar em vídeo para reprisar.
     505 – Ele tinha os pés pequenos.   A secretária Vera abastecia e controlava tudo, incluindo comprar roupas e calçados para ele.   Sapatos novos, ela tinha que usar uns dias até amaciar para depois ele começar a usar.  Calçava 36.
     520 – Chatô resolveu ser Senador.   Para isso, sem ser época de eleição, tinha que haver uma vaga da Paraíba e o suplente não assumir.  O governo de Getulio deu cargos no executivo para o senador e o suplente da Paraíba.  Nova eleição específica para a nova vaga.   Ele vai entrar na campanha mas tem um “probleminha”.  Ele não tinha o título de eleitor.  Não tinha e nunca teve.   Deu-se um jeito.
     527 – Já senador, foi a Paris e comprou várias telas para o MASP.   Não comprou “Dama com Rosa”, um nu de Picasso (preço acessível) e seus colaboradores perguntaram o por que?  Ele disse:   Vocês estão doidos?   Aqueles quatrocentões atrasados de São Paulo (que nos dão o dinheiro para as telas) não vão dar mais um tostão!
     542 -   Chatô, um dos três da espartana delegação do BR à posse (em 1953) da Rainha Elizabeth.    Deu pane em sua próstata e tinha que ir ao WC a cada duas horas.  Foi de sobretudo e a calça cortada e duas garrafas vazias de coca cola ... se virou assim durante a cerimônia.
     556 – Aparece no governo Getulio a expressão do “mar de lama” na política. 
     Na véspera da morte de Vargas tinha havido um atentado com morte que, após investigação, se chegou ao Gabinete de Vargas.    A Revista O Cruzeiro vendeu 720 mil exemplares na edição logo após a morte de Vargas.
     558 – Atribuiu-se à imprensa a pressão e a morte de Vargas.  O Povo foi às ruas e destruíram rádios e jornais dos Diários Associados no Rio Grande do Sul.
     559 – Chatô ao saber da morte de Vargas ele disse:  Vou para a cadeira dele na ABL Academia Brasileira de Letras.   E foi, no voto.   Indignado Gustavo Corção desabafou pela imprensa sobre a ABL:   De Casa de um Amarelo Sujo, virou a Casa Suja, de Amarelo.    De Casa de Machado de Assis, virou casa de Mãe Joana.   Antes da entrada de Chatô para a ABL por lá já tinham entrado banqueiros, etc.  (desacreditada)
     563 – Após vencer seus dois anos de mandato de senador, tempo que não pisou na sua Paraíba, foi lá para pedir voto para reeleição.  Deu em nada.   De tantos comícios, uma vez foi parar até em  Currais Novos, estado vizinho (RN) sem perceber.



                         .................... próxima etapa -   Final – em breve

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

RESENHA DO LIVRO - CHATÔ - O REI DO BRASIL (PARTE III)


(resenha sem perfil acadêmico - por Orlando Lisboa Almeida)
Página 219 - A morte de João Pessoa. Foi crime passional ocorrido lá na Paraíba, mas a Aliança Liberal fez um bafafá para dar contornos políticos ao caso. Embalsamaram o corpo e trouxeram para o Rio de Janeiro (capital Federal) para levantar o povo contra o governo federal, culpando este pela morte, e tentando dar um golpe para não assumir Julio Prestes que ganhou a eleição.
248 - Os revolucionários gaúchos prometeram amarrar seus cavalos no obelisco da Avenida Rio Branco no Rio de Janeiro e três semanas depois, conseguiram o feito. 
249 – Chatô dizia que queria aprender a ser um caudilho. (Vargas foi um)
250 - A pequena cidade de Senges-PR, vizinha da fronteira com São Paulo – 5 km perto de Itararé-SP. Em Senges, estacionadas tropas revolucionárias e em São Paulo, tropas legalistas.
258 – Chatô pergunta ao “ditador” Vargas se ele não deixa um pouco dos seus tenentes que estão sempre do seu lado. Vargas responde: “Prefiro conviver com estes tenentes a ouvir os políticos da Aliança Liberal e suas questiúnculas pessoais”.
261 – Nasce de uma expressão o nome do grupo empresarial do Chatô. “Diários Associados”. (Consta que das poucas empresas que restaram do grupo, a de maior destaque na atualidade – 2015 – seria o jornal Correio Brasiliense)
262 – A Revolução de 30 fechou o Congresso Nacional.
270 - Fala um pouco das obras de infraestrutura feitas no BR pela canadense Light: obras como Ferrovias (incluindo a polêmica Madeira-Mamoré) , portos diversos, colonização do Vale do Rio do Peixe (SC), etc. Levou Osvaldo Cruz, nosso grande médico-cientista sanitarista para sanear Guajará-Mirim – AM.
292 - Chatô, brigado com o governo Vargas, sendo deportado no navio japonês e o bafafá que apronta para abortar a viagem. Consegue abortar a viagem.
301 – Chatô ficou preso político no RJ por um mês e meio.
301 – A Revolução Paulista foi de 09-07 a 02-10.
301 – Nas refregas que Chatô teve por razões políticas, saquearam sua mansão no RJ e de tudo o que ele mais lamentou foi o saque de telas de vários pintores.
322 – Prisões em São Paulo - ele destaca o paradoxo dos nomes das prisões, que levam os nomes dos respectivos bairros. Paraíso e Liberdade.
322 – Chatô ajudou a fundar em 1933 a Escola de Sociologia e Política de São Paulo.
326 – Fala de empresários chegados da Europa por via aérea pelo Dirigível Zeppelin. Este que fazia vôos regulares entre Europa, USA e BR inclusive.
337 – O jornalista e cronista capixaba Rubem Braga era irreverente e anticlerical. No dia de S.Sra.de Lourdes, padroeira de BH, ele escreveu artigo que foi considerado desrespeitoso à padroeira.
352 – Anos 30. Coqueluche da publicidade no BR. Indústria lança o Toddy no BR e na propaganda tem que explicar o que é o produto. Na época também o lançamento dos cheques bancários no BR. Em 1935 foi inaugurada a Radio Tupi no RJ. Chatô trouxe para o ato inaugural da Radio Tupi nada menos que o inventor Gugliermo Marconi.
367 – Fala dos anos 60 e progressos na agropecuária. Irrigação, produção de cafés finos, inseminação artificial em bovinos, algodão de fibra longa. Centro de pesquisa na Fazenda Queluz, município de Capirari-SP.
377 – Os Integralistas planejavam “empastelar” o jornal de Chatô. Era invadir, quebrar tudo. Houve vários episódios desse tipo com jornais dele e de outros por questões políticas.
381 – Rotisserie Americana, estabelecimento comercial famoso na época, no RJ, Rua do Ouvidor.
394 – Chatô com sua influência, consegue a doação de 100 aviões pequenos para treinamento de pilotos, tudo num prazo de dois meses. Ele na verdade chantageava os empresários (que sempre tinham rabo preso) e conseguia os aviões para doação a clubes de pilotagem pelo país afora. Tudo com inaugurações, festas e discursos.
396 – Entra na briga a feminista Berta Lutz no RJ.
408 – Chatô conseguiu duas leis do Getulio Vargas só para resolver seu caso de família. A primeira foi para legalizar sua filha Tereza e para retirá-la da mãe. A segunda lei para ele conseguir o pátrio poder sobre a filha em detrimento da mãe. Na sequencia, tentou a expulsão da mãe da sua filha do Brasil, sendo que ela era argentina. Este intento ele não conseguiu.
412 – Chatô demitiu o seu Diretor Dário e teve que pagar uma indenização a ele. Por birra, publicou no jornal que o Dário recebeu uma grande herança e que iria distribuí-la aos pobres. Notícia com endereço e telefone do Dário. Imagina o barraco.
421 – A Segunda Guerra Mundial (década de 40) e os carros passam a ser movidos por gasogênio. À base de carvão. (Meus pais lembram disso)
426 – Os pesos pesados da imprensa despontando na revista O Cruzeiro (dele). Personagens como Millor e outras feras.
427 – O BR rodava a imprensa com papel jornal importado, principalmente da Finlândia. Na primeira semana da Guerra, o papel subiu 40%.
428 – No período da Guerra, Getulio viu que precisava incentivar no BR a siderurgia e criou a estatal CSN Companhia Siderúrgica Nacional. Apoiou a indústria do papel via iniciativa privada. Por dica de Chatô, Getulio apoiou o empresário Klabin para a indústria de papel, já que este tinha grandes áreas com reflorestamentos no Paraná. Município de Tibagi e outros.
431 - Getulio manda no aniversário de Hitler, em guerra, votos de parabéns. Depois, em 1942, o BR declara guerra à Itália e Alemanha. Declara mas não manda soldados para as batalhas....
435 – Getúlio cria a FEB Força Expedicionária Brasileira em 1944 e expropria os bens de imigrantes oriundos dos países do Eixo (Alemanha, Itália e Japão) que moravam no BR. Era o Eixo contra os Aliados.
444 – O início da fortuna dos Matarazzo foi com a indústria de banha de porco. Os Matarazzo tinham mais de 30.000 empregados.
446 – Chiquinho Matarazzo em seu gabinete ficava só ele sentado e todos os seus interlocutores ficavam o tempo todo em pé. 
460 – O autor deste livro faz a comparação entre o Chatô com o jornalista dos USA cuja vida inspirou o filme Cidadão Kane.
.........................................em breve...........trecho final da resenha deste livro..............   OLA

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

RESENHA - CHATÔ O REI DO BRASIL - Fernando Morais ( Parte II)



(resenha sem método da academia) por Eng.Agr.Orlando Lisboa Almeida   - PARTE II

106 - Anos 20, os barões do café paulistas patrocinaram a montagem da peça de teatro “O Contratador de Diamantes”. Perto do dia da estréia, as costureiras que estavam fazendo os trajes dos atores fizeram greve por salários inspiradas em movimentos grevistas da Europa. O prefeito de SP teve que intervir no movimento grevista, atender as reivindicações das costureiras e então a peça estreou dentro do programado.
106 – Entre as atrizes amadoras da peça (gente da Alta Sociedade Paulistana) estava Iolanda, 16 anos. Chatô se encantou por ela, entrou em contato e no primeiro encontro pediu Iolanda em casamento e ela não aceitou. Depois ele voltou a pedir umas dez vezes em outras ocasiões, sempre em vão. Um dia Santos Dumont falou ao Chatô: Pensei que era pela diferença de idade no meu caso, que levei um não dela, mas você é jovem. “Acho que ela não gosta de quem anda com a cabeça nas nuvens”.
109 – Na época (anos 20...) SP teve inclusive um jornal editado em alemão. Deutsche Zietung.
115 – Chatô entrevistando o sucessor de Engels na Europa – Kautsky. O marxista quis saber pelo Chatô como era o nosso Parlamento. Se era de esquerda, de direita, de centro, marxista, etc. Chatô disse: “O Poder legislativo no meu país é quase sempre um seio onde todos os deputados só aspiram a um objetivo: a bem querença do Poder Executivo”. (eu, resenhista digo: não mudou nadinha...)
120 – O Conde Francisco Matarazzo – o homem mais rico do Brasil na época.
122 – A Light tinha negócios na Russia desde os tempos dos Czares. Eletricidade e ferrovias. Aqui no BR, nos anos 20 por aí, na capital federal do BR – Rio de Janeiro, o representante maior da Light era o americano Farquhar. Chatô tinha contato com esse cidadão.
Farquhar quis contratar o Chatô (que já era influente na capital federal com suas empresas de comunicação) para o departamento jurídico da Light com a grande tarefa de conseguir Concessão para a empresa explorar minério de ferro em MG onde a empresa já tinha área de 3.000 alqueires.
Nessa época (anos 20) já havia no BR em geral e em MG em particular (em MG, com liderança de Artur Bernardes) um movimento nacionalista para evitar empresas estrangeiras explorando e espoliando como se fez no passado com o nosso ouro de MG, esgotando nosso ouro e depois dando no pé e nos deixando mais pobres.
126 – A Acesita (siderúrgica) e a Vale do Rio Doce foram do grupo da Light. No período da Segunda Guerra Mundial o BR nacionalizou essas empresas estratégicas.
126 – Chatô, empresário de sucesso no ramo da imprensa, tinha sua “frota” de carros de luxo. Rolls Royce, etc.
128 – Ele se recusou a participar da SEMANA DA ARTE MODERNA preparada por seus amigos intelectuais. Disse que a coisa era contra o capitalismo e assim não lhe interessava. Seu foco era no capital e nos seus jornais – e o poder.
129 – Em março de 1922 cria-se no Brasil o Partido Comunista. Em julho de 1922 ocorre a Revolta do Forte de Copacabana.
134 – Chatô morou no Hotel Copacabana Palace, que era um ícone da época na capital federal RJ. O Copa foi feito com cimento alemão, mármore italiano, cristais tchecos e talheres franceses. Inaugurado pelo rei Alberto – da Bélgica.
144 – Lindolfo Collor – deputado gaucho.
145 – Vargas sempre de charuto fedorento na boca.
150 – Luis Carlos Prestes estaria com 26 anos de idade quando comandou a Coluna.
152 – Irineu Marinho fez uma enquete para os leitores criarem um nome para o seu jornal que seria vespertino. O primeiro nome escolhido já tinha registro de terceiros e o segundo nome era O Globo. E assim surgiu o começo do plim plim.
161 – Chatô, em lua de mel em Campos de Jordão-SP, levou um calhamaço de papel para escrever artigos e dez lápis. O trabalho não podia parar, segundo ele. Teria escrito durante a lua de mel o livro Terra Desumana contra o presidente Artur Bernardes que governou o BR em Estado de Sítio.
164 – Diz que o mineiro Artur Bernardes, que não gostava do RJ, gostaria que a capital federal fosse em Goiás. (isto nos anos 20)
168 – Em fevereiro de 1927, depois da Coluna Prestes derrotar 18 generais no BR, entra na Bolívia e lá entrega as armas.
169 – Juarez Távora foi ex-comandante da Coluna Prestes. Prisão na Ilha de Trindade.
183 – Chatô não era muito “família”. Um dia sai pela orla do RJ para navegar com o filho pequeno e alguns amiguinhos deste. Algo dava errado e ele ficava p da vida. “Adoro ser professor, mas detesto ensinar.”
183 – Por volta do ano de 1927 Chatô compra o direito da revista O Cruzeiro e quer fazê-la de circulação nacional. Quer a revista em cores, grande tiragem, semanal. Na época gráfica para esse padrão, só na vizinha Argentina. Bancou isso.
187 - Para o lançamento da revista O Cruzeiro (sob nova direção), tendo a população do RJ (dezembro-1928) ao redor de 1,3 milhão pessoas, mandou imprimir 4 milhões de panfletos que foram jogados de aviões em vôos pela capital. Era época das compras para o Natal.
187 – Em cada artigo da revista O Cruzeiro tinha uma anotação do tempo que o leitor gastaria para ler, citando minutos e segundos.
A versão para o NEGO da bandeira da Paraíba, terra de João Pessoa. Teriam perguntado se ele apoiaria a tradição do café com leite (SP e MG) na campanha para a presidência do BR e ele teria respondido: NEGO. Na chapa de Getúlio Vargas (RS), João Pessoa saiu como candidato a vice. (João Pessoa era sobrinho de Epitácio Pessoa)
203 – Chatô surfa na vitória do seu conterrâneo João Pessoa (vice presidente) e consegue grana alta do governo para comprar jornais em locais estratégicos para a campanha da Aliança Liberal (grupo de Vargas). Jornais no RJ, RS, MG, fora os que Chatô já tinha no RJ, capital federal.
207 – Palavras de Chatô sobre os comunistas no RJ no ano de 1929, ano da grande crise. “O comunismo no RJ é uma aspiração de meia dúzia de iluminados. Não duvido da sinceridade desses líderes. Mas a perseguição cria o martírio e o martírio cria a dedicação, o fanatismo, a lenda.”
208 – Vargas – Criar uma legislação trabalhista para tocar a campanha da Aliança Liberal e mobilizar o povo.
......................................continua em breve................................

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

RESENHA LIVRO - CHATÔ - O REI DO BRASIL

RESENHA DO LIVRO – CHATÔ – O REI DO BRASIL  (Parte I)
Autor:  Jornalista e escritor – Fernando Morais
Editora – Companhia das Letras – 2ª edição – 1994 -  731 páginas

Resenha (sem rigor acadêmico) pelo Eng.Agr. Orlando Lisboa de Almeida

     Nome do Chatô -  Francisco de Assis Chateaubriand Bandeira de Mello.   Francisco de Assis porque nasceu no dia do Santo (04-10), Chateuabriand porque seu pai resolveu homenagear um escritor Frances e Bandeira de Mello, sobrenome de família.     Nasceu na cidade de Umbuzeiro, interior da Paraíba e era gago quando criança.   Foi alfabetizado em idade próxima dos dez anos.    Ao longo da vida estudou até fazer a Faculdade de Direito e muitos dos seus estudos foram como autodidata, principalmente em idiomas como francês e alemão.
     Página 16 – O autor faz uma citação dos bens do Chatô, quando este já tinha empresas jornalísticas, revistas e emissoras de TV.
     Chatô era um mulherengo assumido. 
     17 – “Não preciso de médicos, nem de conselhos. ... quem pode atestar minha boa saúde são as mulheres.”
     17 – Em 1957, foi embaixador do BR em Londres por indicação de JK Juscelino.
     18 – A cidade de Brasília foi construída por determinação do presidente JK em três anos.
     18 – Chatô, já influente na política, criticava JK pela construção de Brasília, chamando-o de Faraó Kubitchek.
     18 – Tática do Chatô com seus veículos de comunicação (jornais, revistas, TV, rádios) – acender uma vela para cada santo e ter sempre as portas abertas...
     18 – Ao jornalista David Nasser, repórter e amigo.      Sendo o David Nasser contra a construção de Brasília, Chatô lhe perguntou por que ele não mudava de idéia.   A resposta:  - Por que eu tenho a minha opinião.
     - Opinião?   Se você quer ter a sua opinião, compre uma revista.
     19 – Quando foi nomeado para Embaixador em Londres, era senador pelo Maranhão.
     20 – Chatô era inimigo do jornalista Samuel Wainer do jornal Ultima Hora.
     48 -  Chatô busca aprender alemão e ganha uma biblioteca do ramo.   Recebe ajuda dos padres franciscanos nas traduções.
     49 -  A potência econômica que eram os Lundgren (Casas Pernambucanas).  Família de origem escandinava radicada no Recife.
     55 – Chatô lia em francês e alemão fluente.
     56 – Na época do seu curso de direito em Recife os alunos desse curso andavam de fraque, cartola, polainas e até de luvas em pleno nordeste.
     59 – Chatô era raquítico e quis entrar no exército para praticar exercício e aprender a nadar.   Foi reprovado no exame de admissão e ao contrário do senso comum, acionou um pistolão para ser aprovado.   E ralou muito no exército.
     60 – Ser jornalista “Polemista” dava um prestígio enorme pelo ano de 1900 e adjacentes.
     64 – Silvio Romero, sergipano, na época o maior crítico literário do Brasil.
     64 – O paraense José Veríssimo “disputava”  o topo como intelectual com Silvio Romero na época.    Geralmente via artigos de jornais.
     66 – Num embate entre os polemistas, Silvio Romero chamou José Veríssimo de mulato e outros adjetivos tentando denegrir a imagem do adversário.
     66 – Chatô resolveu (jovem que era) entrar na polêmica.   “Vou responder esse fdp...”    Pegou tiras de aparas do jornal da redação para usar como rascunho no seu manuscrito.  Usava fazer seus textos originais à lápis em sobra de papel jornal.
     Chatô saiu com esta sobre Silvio Romero.    Estudando um livro do Romero, viu que as citações deste em alemão, na verdade vinham de tradução para o francês.  Provou que o Romero não manjava assim de alemão e enganava o povo em seus escritos.
     69 – “ O senhor Romero estrangulou a metafísica, supliciou o romantismo, matou a polidez”.
     69 – Chatô também desancou o poeta e jornalista Osório Duque Estrada, autor do nosso hino.    Era um abusado, desde jovem.
     67 – No tempo do seu embate com o polemista Silvio Romero, Chatô estava no terceiro ano do curso de Direito.    Quando Romero descobriu isso fez uma crítica tipo: Não vou polemizar com um pirralho.
     68 – Alvarenga – um tipo de barquinho para se abordar um navio na costa.    Quando algum navio de passageiros chegava no porto do Recife, comumente o Chatô era escalado (por dominar vários idiomas) para ir de Alvarenga até o navio para entrevistar autoridades quando era o caso.    Entrevistador e cicerone dessas pessoas.  Conhecia assim muitos ilustres do Brasil e do exterior.   Inclusive o empresário Delmiro Gouveia, que teve tecelagem na região da cachoeira de Paulo Afonso.    (95)  Delmiro Gouveia foi assassinado, supostamente, a mando do lobby têxtil britânico.
     70 – Sobre o poder do “Conselheiro” Rosa e Silva.  Nos anos 1890 havia câmara e senado estadual.   Rosa e Silva “fazia” os governadores e senadores do Pernambuco.   Corria a prosa:   Quem tem Rosa tem o Norte do Brasil – sem Rosa ninguém se elege e contra Rosa, ninguém governa.
     72 – O Rosa e Silva era dono do mais antigo jornal da América Latina.   O “Diário de Pernambuco”.     No ano de 1911 ele já tinha 86 anos de idade.    Seu hobby era assistir brigas de galo.
     76 – O empresário Arthur Lundgren (Casas Pernambucanas) era um dos maiores galistas do BR.   Galos de briga.
     80 – Em 1913, Chatô foi o primeiro brasileiro a voar num avião de um francês Lucien Deneau)  que atravessou o Atlântico com uma pequena aeronave experimental.
    A chegada do avião foi um furor em Recife e um jornalista graduado (e parrudo) teria sido destacado para fazer um vôo com o piloto francês.  Um vôo histórico.    O Chatô buscou um meio de puxar o tapete do jornalista concorrente.   Soube que o avião comportava digamos o piloto mais um passageiro de até 56 kg.    Deu um jeitinho de avisar o piloto que o outro candidato ao vôo pesava uma arroba a mais.    E o Chatô fez o vôo histórico, mesmo tendo que puxar o tapete. 
     95 – Aos 25 de idade, no Rio de Janeiro, a estratégia do Chatô era se aproximar das pessoas influentes.   Montou escritório na Rua do Ouvidor.
     97 – Fala do grande agiota da época que cobrava juro “excorchante” de 8% a.a.
     Chatô emprestou dinheiro a juro para comprar um carro de luxo e faz sua explicação ao seu avalista sobre a importância de marcar presença num carro de luxo.
     “A fortuna não anda à pé...”    (faz uma argumentação bem curiosa)
     100 – No Rio de Janeiro, pela década de 1910, havia Casas para fumar ópio.
     100– No RJ da época, só se ia à praia para tomar banho por conselho médico.
      102 – Em 1918 o navio britânico Demerara trouxe a gripe espanhola para o Brasil.   Nessa época na Europa morreram ao redor de 20 milhões de pessoas da gripe espanhola.  No RJ e SP em pouco tempo a gripe matou ao redor de 25 mil pessoas.   No Brasil todo, foram ao redor de 300 mil mortes da gripe espanhola.
     104 – Rui Barbosa, septuagenário, sai candidato a presidente da república.   Foi o primeiro no Brasil, inspirado nos USA, a falar da “questão social”.   Colocar o ser humano num patamar mais importante que o capital  (ao menos no discurso).    Rui saiu candidato contra Epitácio Pessoa.    Desta vez, o estado de SP não se uniu com o RJ que apoiava Rui Barbosa e este perdeu para Epitácio Pessoa, um paraibano da terra natal de Chatô – Umbuzeiro.
     Epitácio Pessoa durante toda a campanha permaneceu na França e mesmo assim ganhou a eleição para presidente do Brasil.     Com isso rompeu-se uma tradição de quase três décadas de presidentes mineiros (3) e paulistas (3), na chamada política do café com leite.
     105 – Com seu conterrâneo Epitácio Pessoa presidente, Chatô já há tempos com jornal no RJ (capital federal) indicou  o nome para Ministro de Viação e Obras Públicas do Brasil.
           
....................................................................  continua em breve.................................
          

          

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

RESENHA DE PALESTRA SOBRE ISLAMISMO – CURITIBA – PR

RESENHA DE PALESTRA SOBRE ISLAMISMO – CURITIBA – PR
     Palestrante:   Sr.Omar Nasser Filho
     Palestra proferida  em Curitiba – 30-01-2015

Anotações feitas pelo Eng. Agr. Orlando Lisboa de Almeida

     Tema:  ISLÃ, HISTÓRIA, CONCEITOS E ATUALIDADES
     A imprensa ocidental passa a idéia de que o Islã é uma religião violenta.   Disse dos sete séculos de presença muçulmana na Península Ibérica e não foi incutido o Islamismo aos povos conquistados por tão longo tempo.
     Nascimento do Islamismo.      Arábia pré islâmica.  Ano 612 da era cristã.  Meca.  O islamismo começa com a ação do Profeta Mohammad Ibn Abdallah   (Maomé)
     Os seguidores do islamismo entendem que todo ser humano tem a ver com o islamismo por ser criatura de um ser superior  (Alá).
     Eles consideram Jesus um dos profetas.     Segundo a crença do Islamismo, houve ao todo uns 124.000 profetas ao longo dos tempos.
     Há no Alcorão (o livro sagrado do Islã) um capítulo sobre Maria.   No Brasil os muçulmanos fazem encontros inter religiosos em homenagem a Maria.  Houve um desses em Foz do Iguaçu-PR onde há uma grande comunidade muçulmana.   
     Peregrinação a Meca.   Antes de Maomé, havia muitas religiões na região, inclusive muita gente que não seguia religião nenhuma.   Lembrou que todo centro de peregrinação das diferentes religiões acaba se tornando também um pólo comercial e centro de poder.   Com o tempo, Maomé se muda para um lugar menos comercial.
     Hijra.   Sucessão.
     O profeta Maomé  era humano e não queria ser idolatrado.   No tempo da sucessão, indica um parente para seu sucessor.   Nesse tempo houve dissidência e dois grupos seguiram rumos algo distintos.   Sunitas,  Xiitas.
     Califa – um líder religioso no Islã.
     Um pouco do roteiro de expansão do Islã ao longo dos tempos.   Arábia > Irã > China > Indonésia ... Malásia, Norte da África...
     O pai do presidente Barack Obama era queniano muçulmano.
     Na Bahia, uma das revoltas dos escravos teve dentre os integrantes escravos africanos muçulmanos, sendo que entre estes havia escravos que sabiam ler e escrever no idioma de origem dos mesmos.
     Quem chega a outras terras, influencia com a sua fé e é influenciado em sua fé.
     Não há uma autoridade única acima das diversas correntes do Islamismo.  Existe o Islã.
     No caso dos muçulmanos que usam a burca, é um costume que precede o Islamismo.  Vem do induismo.    Destacou que entre 1 e 2% dos muçulmanos usam a burca.    Mas os jornalistas ocidentais gostam de dar destaque para isto como algo que oprime a mulher e passa a impressão que meio mundo do Islã usa burca, distorcendo a realidade.
     Islã – que a mulher se vista com recato preservando seu corpo.     O islã condena os vícios como alcoolismo, etc.
     1,6 bilhão de pessoas segue o Islamismo.   Equivale a ¼ aproximadamente da população mundial.
     O Islamismo se espalhou pelo mundo por sua mensagem de paz.   Hoje 70% dos praticantes do Islamismo são de fora do mundo árabe.   São exemplos países como Filipinas, Indonésia, etc.
     Imã – guia/orientador.     Eles acreditam no juízo final.  Prestar contas.
     Ramas da Religião / oração / jejum / peregrinação / zakat / jihad / ordenação pelo bem / proibição.
     JIHAD -  A luta do indivíduo no caminho do bem, no conceito do Islã.    Tem a ver com distanciamento dos inimigos de Alá.
     Os ocidentais apelidaram a Jihad de Guerra Santa.    Lembrou que o Papa Urbano VI foi quem ordenou as Cruzadas, a que seria segundo o ponto de vista do Islamismo, uma guerra santa.    (pontos de vista)
     Atualidades
     Os conflitos atuais na região dos muçulmanos estariam mais ligados a questões de geopolítica, questão do petróleo, de poder, etc.
     Um dado estatístico bastante revelador:   Média de fertilidade dos muçulmanos:  8,1.  Na Europa é pouco mais que 1 filho por casal.
     França – 30% dos jovens com menos de 20 anos de idade são muçulmanos.
     Holanda -  no passado colonizou a Indonésia e na atualidade há muitos imigrantes  indonésios na Holanda e a maioria destes são muçulmanos.
     Bélgica -  25% da população atual é muçulmana.    50% dos nascimentos naquele país atualmente é de muçulmanos.
     Alemanha -   Relevante presença de muçulmanos no país.  Na projeção, em 2050 a maioria do povo da Alemanha será muçulmana.
     USA – a comunidade muçulmana está em torno de 9 milhões de pessoas.
     Sharia – A lei muçulmana com inspiração divina.   O Irã é um dos países que aplica a sharia.      O brasileiro (traficante) que foi executado recentemente na Indonésia foi julgado segundo a sharia, naquele país de maioria muçulmana.
     Sobre a importância da mulher, lembrou que o Islã entende que ambos são originados da mesma essência, diferente do Cristianismo que tem nesse pormenor a simbologia de que foi da costela de Adão que se fez Eva.  

     Isto foi o que consegui anotar e espero que seja útil para trazer mais informação para as pessoas sobre esse assunto que na atualidade é pauta mundial.    (eventual falha fica por conta do resenhista aqui)     orlando_lisboa@terra.com.br



quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

PARTE FINAL - RESENHA LIVRO - TEMPO BOM TEMPO RUIM - DO DEPUTADO JEAN WYLLYS

    119 – Sobre os comentaristas de TV em relação a  menores e violência:    “... trata a delinqüência com métodos de tortura ou execução sumária, ignorando o sistema que as produz.”
     119 – “Desacreditar o Estado Democrático de Direito em cadeia nacional de TV para defender o linchamento de um adolescente negro, pobre e supostamente delinqüente é apodrecer nossa época.   Isso, sim, é fazer do Brasil o cu do mundo.”
     122 – As drogas e o crime organizado.     “Existe quem usa droga (que faz uso recreativo dela) e existe quem abusa da droga...”
     “O tabaco é a droga que mais mata e ninguém vai preso por consumi-lo.”
     123 – Dados do Escritório da ONU para o Combate às Drogas e ao Crime  (ONUDC).   As drogas movimentam por ano no BR 1,5 bi de reais e no mundo, 320 bi de dólares por ano, mesmo com toda a repressão que há a isso tudo.
     124 – Ainda dados da ONU.     No mundo, ao redor de 210 milhões de pessoas que consomem drogas ilícitas; destas, 165 milhões consomem a maconha – o que faz da guerra às drogas, na prática uma guerra à maconha.     (Defende descriminalizar o uso em condições controladas e assim se desarma todo o mundo do crime ligado ao tráfico). Bom é ler toda a argumentação do autor no livro para não distorcer a posição dele.
     125 – “Mas a nossa função, como políticos, é assumir riscos, inclusive eleitorais, para defender idéias em que acreditamos e promover os debates que achamos necessários ao bem estar do país.  Este é um deles.”  (a questão das drogas).
     129 – Declaração Universal dos Direitos Humanos.    ONU 1948.
     “A conquista de direitos não se efetiva sem a luta...”
     131 – Na Câmara Federal tem a Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM) que recentemente esteve comandada pelo Pastor Feliciano que batia de frente contra as Minorias e suas lutas.    O Bolsonaro também era dessa comissão e batia contra as minorias.  
     133 – Algumas pautas dos que defendem as minorias no BR
     Legalização do aborto em caso de gravidez indesejada; o casamento civil igualitário e a regulamentação do consumo da maconha.
     134 – BR e o Plano Nacional dos Direitos Humanos (de 1996).   Em 2014 a chamada Bancada Evangélica na Câmara dos Deputados estava em 170 deputados.      Em função das barreiras que os progressistas que lutam pelas minorias encontraram na Comissão de Direitos Humanos e das Minorias na Câmara, acabaram criando como alternativa a chamada Frente Parlamentar dos Direitos Humanos, esta que inclusive abre as portas para o debate inclusive para entidades defensoras de minorias e dos Movimentos Sociais de um modo mais abrangente.
     139 – Sobre a “união civil” e o casamento igualitário.    Diz que a chamada união civil não resolveria a questão da união de homossexuais.   Faz as explicações ao longo do texto.     Não pleiteiam um casamento religioso, trata-se de casamento no civil.
     140 – Cita trecho de sentença do Tribunal Supremo de Massachusetts, nos USA.  Sobre o casamento igualitário.     “Nossa obrigação é definir a liberdade de todos e não aplicar o nosso próprio código moral”.
     142 – Lutam para colocar na lei que a homofobia passe a ser crime, assim como é o racismo e outros crimes.    Defendem penas socioeducativas alternativas para crimes de homofobia, pois a prisão simplesmente não é solução.
     153 – Cita uma fala do Papa Francisco a integrantes da Jornada Mundial da Juventude.   “Se uma pessoa é gay e procura Deus e tem boa vontade, quem sou eu para julgá-la?   O catecismo da Igreja Católica explica isso de maneira muito linda.”
     Mas...
     “E o que o catecismo da Igreja diz?     ... os atos homossexuais são contrários à lei natural e não podem ser aprovados”.      Os homossexuais, segundo o texto, podem ser acolhidos pela Igreja com respeito e compaixão, mas se deve exigir, deles, o celibato.”
     Lidar com a (in) Visibilidade
     157 -  Os GLBT são invisíveis no mundo do trabalho: têm enorme dificuldade para serem aceitos nos empregos e, além disso, no caso das travestis, a sociedade parece acreditar que a prostituição é seu emprego “natural”, como se isso não fosse produto da discriminação que lhes impede o acesso a outras profissões.
     159 – Cirurgias para mudança de sexo.    “tratamentos garantidos por lei e já se realizam através do SUS.”
     160 – Fala de projeto de lei de 2012 tramitando no Congresso para legalizar a atividade dos(as) profissionais do sexo.
     “Na Atenas do século VI a.C  as meretrizes já eram regulamentadas e pagavam impostos ao Estado.”
     164 – Fala do termo orgulho GLBT.    Busca elevar a auto estima dos integrantes que costuma ser baixa.   Orgulho no sentido de que os integrantes não se sintam inferiores aos demais cidadãos (contraponto ao sentimento de vergonha no caso).     Nesse sentido não acham que cabe o contraponto de alguns que falam em criar o Orgulho  Hétero, se estes não são afetados na auto estima como cidadãos.
     166 – Cita a jurista brasileira Flavia Piovesan.    “... importa assegurar a igualdade com respeito à diversidade.”
     171 – Frase contra os fundamentalistas.   Aos bons... “Que estes se façam ouvir, pois nada mais danoso que o silêncio dos bons ante a tagarelice dos maus.”
     172 – Sobre a “cura gay”.   “... contrariando inclusive a resolução do Conselho Federal de Psicologia que proíbe tais terapias.”
     181 – Internet – O ódio no mundo digital.     “... levam para lá o que tem de pior – racismo, homofobia...   “a vontade de negar a humanidade do outro, o desejo de exterminar o diferente”.    

                                                     Fim                 (recomendo a leitura deste livro)
Resenha feita (de forma simples, sem pretensão acadêmica por Orlando Lisboa de Almeida                  orlando_lisboa@terra.com.br   )

terça-feira, 13 de janeiro de 2015

RESENHA - LIVRO TEMPO BOM TEMPO RUIM - JEAN WYLLYS III

               PARTE III      (as outras partes, seguem em matérias anteriores aqui no blog) 
O Nome do Mal
     76 – “Homofobia é o nome que se dá ao medo, aversão ou ódio irracional que algumas pessoas nutrem em relação a gays, travestis e transexuais.”
     77 – “Nada livra um gay, lésbica ou travesti da homofobia: nem dinheiro, nem prestígio, nem fama.   Se ele for assumido ou não for enrustido o suficiente, em algum momento de sua vida será vítima dela.”
     77 – Conquista dos que lutam contra a homofobia.    17 de maio, Dia Mundial de Combate à Homofobia.     17-05-1990 a ONU aprovou a retirada do código 302.0 da Classificação Internacional de Doenças   (CID), declarando que “a homossexualidade não constitui doença, nem distúrbio e nem perversão.”
     A Palavra dos Mortos
     78 – “Como não pedir ao leitor que jamais se esqueça de que não só políticas públicas e identidades que estão em jogo, mas, antes afetos e vidas”.
     81 -  Sobre crime de homofobia que ele acha que deveria figurar no Código Penal Brasileiro.    “... e estou convicto de que os crimes motivados por homofobia devem receber o mesmo tratamento dispensado aos crimes motivados por racismo.”
     82 – As minorias...    “ – a necessidade de amar, viver, existir em sociedade.”      Reclama inclusive das igrejas fundamentalistas.
     86 – “... a um mesmo coletivo constituído pela mitologia judaico-cristã como pecador, doente, degenerado, antinatural, corruptor e anormal.”
     88 – “Não há espaço de convivência – da família ao local de trabalho, passando pelas escolas, igrejas, clubes, praças e shoppings – em que a homossexualidade não seja insultada ou sirva de motivo para injúrias e humilhações.”
     88 – “O que há é a reação legítima à violência que sempre foi praticada contra nós e a cobrança de respeito à nossa dignidade humana.”
     90 – Preconceito – médicos chamando o pessoal GLBT de “grupos de risco”.
     91 – Cita o filme Kids, de Larry Clark que trata do tema da homossexualidade.
     92 – Caso de gay soropositivo.   Dois estigmas, além da dor.
     93 -  “Como a doença conduz a uma morte social talvez mais dolorosa que a morte física e alimenta fantasias sinistras...”    Fala do livro do gaucho Caio Fernando de Abreu que se revelou ser soropositivo em livro.
     105 -  “Claro que sou a favor da reforma política.  ... em minha opinião, seu primeiro passo seria o financiamento público exclusivo para as campanhas eleitorais.”
     107 – “O financiamento público poderia ser combinado com o privado, desde que este fosse limitado a pequenas contribuições.”        ... “com limites às despesas de campanha, bem como sistemas de auditoria e controle...”
     108 – “A maioria dos parlamentares atualmente em exercício é representante de direito da sociedade, uma vez que foi eleita, mas não o é de fato.”
     O Luto Ausente    
     109 – “Se pensarmos bem, não fizemos também o luto do colonialismo nem da escravidão.”
     110 – Ele como deputado, fala das lideranças na Câmara.    “Diria que os que entendiam menos eram aqueles quase alheios à vida em rede trazida pelas novas tecnologias da comunicação e da informação.  Eles estranhavam a nova forma de fazer política e o novo ativismo que vêm emergindo.”
     O Retorno do Fascismo
     111 -  “As primeiras sombras do retorno do fascismo recalcado pela expansão da democracia já se levantaram no horizonte do Brasil.”  ...”expressaram-se abertamente em discursos de apresentadores de telejornais de grande audiência e de colunistas de revistas semanais importantes.”
     112 – Cita trecho de Veja com artigo sobre os relezinhos:  “São bárbaros incapazes de reconhecer a própria inferioridade, e morrem de inveja da civilização”.
     114 – (Os dos rolezinhos na visão do J.Wyllys)   “São criminalizados por ousarem cruzar as fronteiras simbólicas que os separam dos privilégios das elites e os distinguem destas.”
     115 -  “Ora, se estamos construindo uma sociedade não de cidadãos, mas de consumidores, regulada pelas regras do mercado e não por aquelas derivadas do direito e da dignidade da pessoa humana...”       ...”ostentando as grifes como signos do sucesso  na vida...”
     117 -   ...”afinal, como a antiga classe média e a classe alta brasileiras se comportariam se as elites americana e européia decidissem fechar suas fronteiras aos ‘rolezinhos’ que muitos membros dessas classes costumam dar em centros como Miami, Nova York e Paris”.

                                                                      (em breve, trecho final)