Elaborada por : Orlando Lisboa de Almeida
Página 466 - Chatô ficou p da
vida ao saber que fizeram um jantar de desagravo para um jornalista demitido
por ele. Mandou espionar o jantar e
conseguiu uma lista negra dos participantes.
Decorrente disso, como retaliação, um dia demitiu o jornalista mais
velho do seu staff (Alceu de Amoroso Lima), um dos colunistas que também tinha
outros empregos no ramo. Ao fazer o
acerto de contas, descobriu que o salário do jornalista no seu jornal era uma
merreca e fazia 17 anos que os salários não estavam sendo pagos.... (acho que é um record ao menos
Sulamericano)
468 – A frase da jornalista americana Eileen Mackenzie sobre Chatô:
“ O pequeno Hearst brasileiro, um homem que tem faro para a notícia, inclinação para mexer em
casas de marimbondos e um dedo em quase todas as negociatas do Brasil.”
Ainda ela sobre Chatô: “Sem ser
um idealista, é anticomunista e antinazista e, de um modo geral, favorável aos
USA e às grandes empresas”.
475 – Ele contando palitos de fósforos porque os anunciantes não
anunciavam em seus meios de comunicação (Os Diários Associados)
480 – Plano Marshall - Destinar
90 bilhões de dólares para a recuperação da Europa após o término da Segunda
Guerra Mundial.
483/84 – Ele vai falando das obras de arte que Chatô comprou para o
acervo do MASP com dinheiro que conseguiu de doações de gente da alta
sociedade.
488 – Comprou de uma vez uma coleção de bailarinas (esculturas) de
Degas. Umas cinqüenta peças.
492 – Comprou em leilão para o MASP uma tela de W.Churchill. Quando Chatô era embaixador do BR em
Londres, um dia na casa de campo de Churchill, “condecorou” o eminente político
com a Ordem do Jagunço, algo que Chatô inventou. Colocou no ombro do “homenageado” uma capa de
couro de vaqueiro, um chapéu de couro e depois, com o homenageado ajoelhado,
botou uma espada sobre o ombro do tal e leu (em português) o juramento da Ordem
do Jagunço que ele criou.
496 – Comprou em 1950 nos USA os equipamentos para a TV Tupi, a primeira
emissora de TV da América Latina.
Depois foi à fábrica dos equipamentos e lhe apresentaram imagens a
cores. Rasgou o contrato e disse que queria
equipamentos para transmissão a cores para o Brasil. O industrial americano argumentou que em
1950 nem os USA tinham TV em cores em série para o grande público. Era experimental.
Mesmo lá nos USA só a partir de 1966 começou a ser vendida TV a
cores. No BR teria sido no ano da Copa
de 1970 (Copa no México)
498 – Em 1950 só tinha TV nos USA, França e Inglaterra.
499 – TV no BR inaugurada em 1950 e tudo era ao vivo e só 20 anos depois
se criaram fitas de gravar em vídeo para reprisar.
505 – Ele tinha os pés pequenos.
A secretária Vera abastecia e controlava tudo, incluindo comprar roupas
e calçados para ele. Sapatos novos, ela
tinha que usar uns dias até amaciar para depois ele começar a usar. Calçava 36.
520 – Chatô resolveu ser Senador.
Para isso, sem ser época de eleição, tinha que haver uma vaga da Paraíba
e o suplente não assumir. O governo de
Getulio deu cargos no executivo para o senador e o suplente da Paraíba. Nova eleição específica para a nova
vaga. Ele vai entrar na campanha mas
tem um “probleminha”. Ele não tinha o
título de eleitor. Não tinha e nunca
teve. Deu-se um jeito.
527 – Já senador, foi a Paris e comprou várias telas para o MASP. Não comprou “Dama com Rosa”, um nu de
Picasso (preço acessível) e seus colaboradores perguntaram o por que? Ele disse:
Vocês estão doidos? Aqueles
quatrocentões atrasados de São Paulo (que nos dão o dinheiro para as telas) não
vão dar mais um tostão!
542 - Chatô, um dos três da
espartana delegação do BR à posse (em 1953) da Rainha Elizabeth. Deu pane em sua próstata e tinha que ir ao
WC a cada duas horas. Foi de sobretudo e
a calça cortada e duas garrafas vazias de coca cola ... se virou assim durante
a cerimônia.
556 – Aparece no governo Getulio a
expressão do “mar de lama” na política.
Na véspera da morte de Vargas tinha havido um atentado com morte que,
após investigação, se chegou ao Gabinete de Vargas. A Revista O Cruzeiro vendeu 720 mil
exemplares na edição logo após a morte de Vargas.
558 – Atribuiu-se à imprensa a pressão e a morte de Vargas. O Povo foi às ruas e destruíram rádios e
jornais dos Diários Associados no Rio Grande do Sul.
559 – Chatô ao saber da morte de Vargas ele disse: Vou para a cadeira dele na ABL Academia
Brasileira de Letras. E foi, no voto. Indignado Gustavo Corção desabafou pela
imprensa sobre a ABL: De Casa de um
Amarelo Sujo, virou a Casa Suja, de Amarelo.
De Casa de Machado de Assis, virou casa de Mãe Joana. Antes da entrada de Chatô para a ABL por lá
já tinham entrado banqueiros, etc.
(desacreditada)
563 – Após vencer seus dois anos de mandato de senador, tempo que não
pisou na sua Paraíba, foi lá para pedir voto para reeleição. Deu em nada. De
tantos comícios, uma vez foi parar até em
Currais Novos , estado vizinho (RN) sem perceber.
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próxima etapa - Final – em breve