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terça-feira, 2 de agosto de 2022

CAP. 22/22 - fichamento do livro (romance histórico) PAIXÃO ÍNDIA - autor: Antropólogo e escritor JAVIER MORO

CAP. 22/22  (final)

        

         A nova esposa do marajá, esta que se suicidou, era quarenta anos mais nova que ele.     O marajá perto do fim da vida e a Índia perto do fim de um ciclo.    Fim da Segunda Guerra Mundial em 1945 e a Inglaterra anuncia a decisão irrevogável de conceder a autonomia à Índia.

         Gandhi e Nehru haviam conseguido mobilizar as massas através do Partido do Congresso.   Os marajás não queriam perder poder mas estavam em desvantagem.  Para os marajás...    “Olhar para trás era mais reconfortante que olhar para o futuro”.

         O marajá de Kapurthala era justo com seu povo e modernizou bastante seus domínios.    “Queria ser lembrado como o que era, um governante benévolo, aberto e justo”.

         Na reunião solene dos britânicos com os rajás, estes ficaram esclarecidos sobre os termos da desvinculação da Inglaterra em relação à Índia.

         Os marajás que nas guerras ajudaram com tropas, dinheiro e aviões, agora perdem poder, já que a Índia está ficando nas mãos do Partido do Congresso.

         Após a Segunda Guerra Mundial, o território indiano com maior concentração de muçulmanos praticantes do islamismo ficou reunido como Paquistão e outra parte, mais ao sul, com maior número de adeptos do hinduísmo, ficou como Índia.    Só três príncipes (marajás) se negaram a assinar a ata da Independência da Índia.  

         Hari Singh, marajá da rica Caxemira, um hindu em terra de muçulmanos.   Ficou indeciso se optava por pertencer à Índia ou ao Paquistão.   Ocorreu de guerrilheiros do Paquistão invadirem a Caxemira “saqueando, incendiando e aterrorizando a população.”  O marajá se viu, para se proteger, buscar o socorro com a Índia que mandou forças militares e aviões de combate para socorrer a Caxemira.  Esta que virou uma zona de conflito.     Mais adiante, Nehru nomeou o filho de Hari, Karan, para governar a Caxemira.

         Os astrólogos escolheram o dia para ser o marco da independência da Índia para 15/08/1947.   

         O marajá de Kapurthala ouvindo o discurso de Nehru, que foi colega de estudo do filho dele na Inglaterra.   (Harrow University)

         A divisão entre Paquistão e Índia na região do Punjab...   “cortando em dois as terras e a população de uma das comunidades mais militantes e mais unidas, os siques”.   (sique é uma das religiões da região).

         Bibi, a militante (sobrinha do marajá de Kapurthala) se torna ministra da Saúde da Índia independente, para surpresa do seu tio.    Ela foi a primeira mulher a ser ministro da Índia.

         Bibi no tempo da militância pela independência apanhou da polícia várias vezes e foi presa duas vezes.

         Em 1930 Gandhi comandou a que chamou de Marcha do Sal que ficou famosa.   Os britânicos proibiam os indianos de coletar de forma ancestral e artesanal o sal para consumo próprio e Gandhi como um dos gestos de desobediência civil contra o Império Britânico, mobilizou a marcha.   Bibi caminhou a pé mais de 300 quilômetros nessa marcha em 1930.

         Bibi foi uma jovem indiana que estudou na Europa, fumava, gostava de equitação e se tornou uma personalidade na luta pela independência.

         Logo que o Ocidente após a Segunda Guerra Mundial dividiu o território da Índia, houve uma das maiores migrações da história.   Praticantes do hinduísmo emigrando do Paquistão para a Índia e indianos praticantes do islamismo, migrando para o Paquistão, de maioria islâmica.

         Muita gente morreu nessa enorme leva migratória.    Gandhi tinha sido contrário a essa separação de Índia e Paquistão.

         O marajá de Kapurthala governou seu território com zelo por 55 anos e agora tende a complicar as coisas na nova forma de governo do país como um todo.      Ele aos 77 anos, hospedado no hotel Taj Mahal de Bombaim, com vista para o Portal feito no passado para comemorar a visita do Rei da Inglaterra à Índia em 1911.    Agora o marajá já cansado, se preparando para ir para a Europa.

         Dois filhos dele morreram cedo e coube justo a Karan, dedicado na administração dos bens da família, ficar responsável para cuidar dos bens do marajá e família.

         Falava-se que mesmo Nehru teve lá seu caso de amor secreto com uma inglesa.   Nobres indianos costumavam ter um ponto fraco por europeias.

         O marajá dormindo no hotel em Bombaim, ouvindo o grasnar dos corvos muito comuns pela cidade.    (eu, leitor, quando estive nessa metrópole, ouvi e vi muitos corvos pela cidade).

         O marajá pede o jantar no hotel na véspera de embarcar para a Europa.  Quando o garçom chega com a comida, encontra o cliente já morto e sua expressão era serena.    Ele foi o marajá que reinou por mais tempo na Índia.

         Anita ficou sabendo da morte do marido em seu apartamento em Madri e ficou muitos instantes em oração vendo a foto dele em traje de gala.  Recebeu cumprimentos de todo canto do mundo.   O próprio General Franco que governava a Espanha, concedeu a ela uma audiência no Palácio de El Pardo para transmitir a ela as condolências.

         “A saudade que sentia da Índia nunca a abandonou”.   Anita nunca mais voltou à Índia até por recomendação do filho dela.

         O Partido do Congresso acabava de aprovar uma lei para despojar os marajás de todos os seus privilégios e pensões de Estado.  Isto em 1955.

         Em 1962 Anita morreu.  Dia 07-07-1962.  Morreu em casa em Madri.

         Morreu nos braços do filho que teve tempo de chegar de suas rotineiras viagens e se despedir da mãe.

         Ao sepultar a mãe, seu filho enfrentou um obstáculo da Igreja Católica que não deixava ela, que ao casar com o marajá teria supostamente renunciado ao cristianismo.   O filho apresentou testemunhas dos seus criados e o manto que ela doou para a Igreja e que hoje é peça de museu na Espanha.   Museu Catedralício de Málaga.    Foi uma semana de embates até conseguir o enterro dela em cemitério cristão.

         Karan morreu em 1970 na capital da Índia, Nova Delhi.  Seus dois filhos são ativistas políticos em seu país.

         O filho de Anita gostava de jazz, de mulheres e chegou a morar em Hollywood e nunca se casou.   Morreu em 1982 de câncer aos 64 de idade.

         Bibi morreu dois anos depois de Anita, aos 75 anos em 1964.

         Gandhi foi assassinado em 1948 e ela sentiu pelo resto da vida a perda do seu líder.   Foi cremado na margem do Rio Jamina em Nova Delhi diante de uma multidão.

         Em 1975 Indira Gandhi aboliu os últimos privilégios dos antigos marajás.

         “Amor de Outono?”

         Na época da primeira edição do livro, o autor recebeu um telefonema de uma sobrinha de Anita, já octagenária.  O pai dela, viúvo de uma parente de Anita, se tornou seu secretário e passaram a viver, mesmo morando em casas diversas, um relacionamento que durou até a morte de Anita.   A sobrinha dela ligou para o autor para resgatar esta faceta de Anita e para mostrar o álbum de fotos de Anita que ajudou a elucidar passagens da vida dela e também a ilustrar o livro.

         Agradecimentos.    Ele é autor de outros livros, inclusive um sobre a Amazônia, resultado de três anos na região.  O livro se chama Caminhos da Liberdade, editado em 1992.   Ele é Antropólogo.    É autor também de um livro sobre Dom Pedro I.

 

Fim.         (gratidão por prestigiar o trabalho de construir o fichamento) 

CAP. 21/22 - fichamento do livro (romance histórico) PAIXÃO ÍNDIA - autor: Antropólogo e escritor JAVIER MORO

CAP. 21/22

 

         O pai arremata:  Você se casará em setembro.  Começaremos a preparar o casamento assim que voltar da viagem.     O marajá retorna com Anita dias depois de Karan.

         O casamento dela não acabou, mas não faz mais sentido para ela.   Longe de Karan e do filho que estuda na Inglaterra.

         Anita cai doente e ao ser examinada, sai o resultado:   gravidez (de Karan).

         Anita já imaginava o escândalo que vai provocar.  Ela já tinha inimigas no palácio onde era vista como uma ex dançarina oportunista.  Agora de certa forma reforça essa visão das inimigas.

         “O que mais a entristece é o dano que o escândalo vai causar ao marajá, tão zeloso por sua reputação”.

         Ela está casada há dezessete anos.  O tempo deixa marcas.   O marajá dá ordem para transferi-la para outra moradia e não quer mais falar com ela.

         E dá o andamento no divórcio.

         Ela provoca uma conversa na qual pede perdão mesmo sabendo que não haverá reconciliação.   E ele ao fim determina.   E você vai ter que abortar.   Acrescenta que depois disso ela deixe a Índia para sempre.   A dor da culpa.

         “Tem a impressão de que não merece nem o ar que respira”.

         “Na tradição indiana, herdada dos mongóis, é permitido abortar até o quarto mês da gestação, embora só em casos excepcionais”. (isto em 1920 aproximadamente).

         Há séculos, durante o domínio mongol, ... juristas islâmicos foram os primeiros do mundo a legislar sobre o aborto.

         O aborto será feito pela médica vinda de Goa, mais uma enfermeira e a ajuda auxiliar de Dalima.

         Após o aborto, Anita entra em depressão e fica bem fraca.   Os médicos recomendam que se mude para local de montanha, clima ameno e alimentação mais dal ( lentilhas, que é de uso quase diário do povo indiano – ricas em proteínas).  Dal, carnes e laticínios.

         O rajá da Caxemira cedeu um palácio para Anita se recuperar e baixar a poeira do escândalo que ocorreu e foi para a imprensa inclusive na Europa.

         O rajá da Caxemira também teve antes um trauma semelhante por conta de uma amante inglesa e por isso socorre o casal amigo.

         Anita passa três meses na Caxemira com Dalima e vinte criados.

         Ela retorna a Kapurthala para contato com o rajá que lhe passa os dados (documentos) com a pensão dela.   Condição dela perder a pensão no caso de se casar novamente.    Pensão de 1.500 libras esterlinas por ano, que era uma pequena fortuna para os anos 20 do século passado.    

         E ao filho do casal, a garantia dele ser o quinto príncipe na linha de sucessão.

         O marajá promove um jantar pomposo e convida Anita a participar.  Nesse jantar com muitos convidados ilustres, ele apresenta sua nova esposa, uma bela francesa que se senta ao seu lado na mesa de honra.  Anita fica lá pela última fila.     “Uma última humilhação para Anita, que a essa altura já sonha com a liberdade”.

         Anita retorna à Europa aos 33 de idade.   Entre seus pertences, uma foto de Karan com a assinatura dele, que ela carrega pelo resto da vida.

         Epílogo

         Anita sofre ao se despedir de Dalima no porto de Mumbai.  Sub título do epílogo:  “Quem secará nossas lágrimas?”

         Karan, mesmo casado, em suas viagens à Europa, várias vezes esteve com Anita para matarem a saudade.   Mais adiante ele se apaixonou por uma jovem atriz francesa e parou de visitar Anita.

         “Mas na lembrança de Anita, Karan foi sempre o único amor de sua vida”.

         Viveu um vidão entre Paris, Madri e Málaga.   Vivia entre figurões das finanças e tudo o mais, mas preferia a companhia de escritores, pintores, artistas e cantores.

         Ela só não fazia muita publicidade da vida pessoal de medo do marajá reduzir sua pensão.

         O marajá usando sua influência junto à diplomacia, conseguiu barrar a possibilidade de Anita tentar entrar na Índia, mas visitava ela sempre que ia à Europa.  Eles se tornaram bons amigos.

         A namorada francesa só namorou por interesse com o marajá.  Até um dia dar no pé com um jornalista.    O marajá chegou a se apaixonar pela noiva do filho de Henry Ford, o industrial dono da Ford automóveis.   Não foi correspondido.

         Em 1942, o marajá já velho, se casou com uma tcheca, atriz de teatro.  Ela de boa aparência, mas bem complicada.   Tempo da segunda guerra mundial.    A mulher com o tempo ficou com problema mental e buscava sair da Índia.  Em Mumbai, subiu numa torre alta com seus dois cães e de lá saltou para morte.  (Torre Qutab Minar).

         O marajá, com o novo escândalo, envelheceu muito.   Um oficial seu resume:  “Que mistura mais difícil, a do Oriente com o Ocidente, como á água e o óleo”.

         A nova esposa do marajá, esta que se suicidou, era quarenta anos mais nova que ele.     O marajá perto do fim da vida e a Índia perto do fim de um ciclo.    Fim da Segunda Guerra Mundial em 1945 e a Inglaterra anuncia a decisão irrevogável de conceder a autonomia à Índia.

 

                   Continua no capítulo final 22/22 

domingo, 31 de julho de 2022

CAP. 20/22 - fichamento do livro (romance histórico) PAIXÃO ÍNDIA - autor: Antropólogo e escritor JAVIER MORO

CAP. 20/22

 

         Anita percebe que está ansiosa para voltar para a Índia para rever Karan, um dos seus enteados, por quem tem uma grande atração.

         Um amor impossível e uma traição ao seu marido, se concretizado.

         Brinda, que se casou com o herdeiro de Kapurthala, recebe uma carta informando que seu jovem militar, que foi sua paixão na Europa, morreu em combate em 1917.   Ela então entende que fez a coisa certa retornando na ocasião para se casar na Índia.

         O marajá entrega uma carta a Anita na qual a Inglaterra reconhece ela como esposa dele.  Mas o documento faz ressalvas.  Ela não poderia estar em eventos sociais com o Vice Rei e os governadores britânicos da Índia.

         Por outro lado, ela pode estar presente quando o presidente da França visitou seu castelo em Kapurthala.

         Muitos conflitos entre os filhos do marajá, ao ponto de Karan cogitar de ir embora.   Anita chegava a sonhar em ir também com ele.

         O marajá está tratando do casamento (arranjado) de Karan com a filha de um príncipe sique.   Ele fica uma fera e diz que vai se casar no estilo europeu com quem ele próprio escolher ou prefere ficar solteiro.

         Anita apaixonada por Karan – seu enteado.   “Às vezes sonha em fugir, mas não é dona de sua vontade”.

         “É como uma represa cheia de água e prestes a explodir”.

         Estão na mansão do marajá em Paris.   Um dia acontece de Anita e Karan estarem a sós e tudo acontece.   “Agora o passo é dado e é irreversível”. “O amor triunfa à custa da fraqueza humana”.

         Tempos em que Gandhi vai crescendo com sua militância pela liberdade do povo da Índia.  O slogan que usa contra o Império: “Não cooperação”.   Boicotar tudo que é britânico: colégios, tribunais, honrarias.

         Brinda no terceiro parto, três meninas.   E nada de herdeiro para ser o sucessor.   E ainda por cima, ela teve um parto complicado no qual ficou constatado que ela não poderia mais engravidar.

         Anita e Karan passam a se encontrar na ruina de um templo hindu milenar, tomado por mato.    “Entre as pedras milenares do santuário esquecido experimentam o amor várias vezes, como o fruto criminoso de uma terra muito quente, e com um medo surdo às consequências de seu terrível ato.”

         A babá Dalima dá o alerta à patroa sobre o que desconfiam os criados ao ver o casal amante por perto de tal templo abandonado.

         ... percebe que só o que pode fazer é deixar-se levar pela corrente.

         Ano de 1920.   Anita em Londres e visitando seu filho, agora com quinze anos.   Preocupada com o que ele pensaria se estourasse o escândalo do caso dela com Karan.

         O filho de Anita conta a ela que o tio Karan o visitou e disse que vai morar em Londres...  Ela fica numa grande expectativa.

         Em Londres, comitiva do marajá em Hotel.  Anita em quarto separado.  Consegue permissão do marido para ir com Karan numa casa de jazz.   Sem Anita e Karan saber, há um espião do marajá seguindo os passos deles.

         Numa noite, o espião “entrega” o casal junto no quarto de Karan.  A casa caiu.

         No outro dia o marajá ordenou ao seu advogado que providenciasse o divórcio.   Só não mandou direto Anita para a Espanha sem dinheiro e sem pensão por conselho do amigo do casal, o advogado Ali Jinnah, muçulmano que mais adiante foi o fundador do Paquistão.    (os muçulmanos admitem o homem ter várias esposas mas na condição de nunca deixar faltar nada materialmente a ela e filhos do casal).

         O argumento do amigo é que dar a Anita uma pensão adequada evitaria um escândalo para o marajá frente o seu povo.

         Como flagraram Karan e Anita no quarto dele, ambos com a mesma roupa que saíram passear, o amigo advogado disse que não havia prova de que houve algo ali entre ambos e que Karan disse ao pai que era apenas uma conversa de amizade.

         No outro dia o marajá só tomou a providência de mandar Karan de volta à Índia.

         Diante do flagrante, o marajá dá duas ordens a Karan.   Primeira é que ele retorne à Índia de imediato.  Segundo, que ele não pise mais no castelo do pai até segunda ordem e que passe a cuidar dos negócios da família em Oudh onde eles tem terras.

         Ele como príncipe tem uma porção de privilégios e obedece o pai até para manter seu status.   Caso resolvesse viver com sua profissão, abrindo mão dos privilégios, poderia viver num padrão mais baixo, mas conduzido por suas ideias.

         Ele optou pela obediência e com esta, pela manutenção do status.

         O pai arremata:  Você se casará em setembro.  Começaremos a preparar o casamento assim que voltar da viagem.     O marajá retorna com Anita dias depois de Karan.

 

                            Capítulo 21/22 

CAP. 19/22 - fichamento do livro (romance histórico) PAIXÃO ÍNDIA - autor: Antropólogo e escritor JAVIER MORO

CAP. 19/22

 

         Karan, jovem, opina que a guerra na Europa é uma fraqueza dos brancos e que poderá repercutir na Índia colonial e esta pode ter que se emancipar e tocar a vida por si.   O marajá, seu pai, achou que isso nunca iria acontecer.

         Os rajás indianos que tanto contribuíram no esforço de guerra junto à Inglaterra, reivindicam a autogestão da Índia (com eles no poder).   Os ingleses estudam uma forma de emancipação da Índia em seu parlamento.

         Difícil conciliar as opiniões de mais de quinhentos príncipes (rajás, marajás, nababos) indianos nessa direção da autogestão com eles no comando.

         Os rajás não aceitam a ideia de ter na Índia uma Câmara onde dividirão o poder com plebeus.

         Novembro de 1918.   Fim da primeira guerra mundial.   Fim da guerra e agora  o vírus da gripe espanhola.    (gripe mortal que surgiu em front de guerra e não na Espanha em si, mas por ter sido este país onde as informações circulavam de forma mais aberta, a gripe foi mais discutida e então acabou que o mundo passou a chama-la de gripe espanhola).

         A gripe espanhola matou no mundo 40 milhões de pessoas.   Número mais de três vezes o de mortos na primeira guerra mundial. (1914-1918)

         O rajá ao fim da guerra está com seus filhos em casa.   Há atritos sobre como fazer a gestão local e o rajá não repassa tarefas administrativas ao filho herdeiro do trono para este não querer precocemente tomar todo poder para si.

         O filho Karan é engenheiro agrônomo (formado na Inglaterra) e passa a executar tarefas do seu ramo no reino.    Consegue convencer o pai a formar uma cooperativa agrícola e um sistema prático de crédito para os agricultores.   Em vinte anos a renda per capita de Kapurthala duplicou.

         O rajá foi convidado a ir à França para a grande solenidade do Tratado do Armistício e fim da guerra.  Evento no Palácio de Versalhes.

         O rajá e seus filhos com ideias novas e influência europeia fazem obras inclusive de saneamento em suas terras.   Nas edificações, vários estilos.

         A rica região do Punjab na Índia, sofrendo com a guerra, viu a pobreza aumentar e os assaltos se multiplicarem por dez.   Se bem que assalto antes por lá eram irrisórios.   Muitos assaltos eram praticados com soldados maltrapilhos e na miséria, que assaltavam para sobreviver após retornarem da guerra na Europa.

         Anita se arrisca nos passeios a cavalo que ao longo do tempo lhe permitiu conhecer a vida das pessoas simples, dos camponeses.

         Ela anda a cavalo inclusive esperando encontrar Karan com quem ela tem um bom diálogo.   Ela lhe repassa dados interessantes sobre o povo simples da região.

         Karan é o único da família que gosta de se misturar com gente do povo.

         Karan é um estranho entre os seus familiares.

         Ele estudou na Universidade de Cambridge na Inglaterra.

         A pedido de Karan, pela primeira vez Anita vai visitar o palácio onde moram as outras esposas do rajá, dentre elas, Rani Kanari.    Rani já há tempos, pela solidão, caiu no alcoolismo.

         Em 1919 após o fim da guerra e em plena gripe espanhola, Anita está em Paris e vai tentar reencontrar a irmã Vitória.  Recebe a notícia que esta, mais dois dos seus quatro filhos, morreram da gripe.   Anita fica desolada.

         A funcionária do prédio onde Vitória morava recomendou a Anita para sair de Paris o quanto antes por causa da gripe.

         O marajá, marido de Anita está em Versalhes para o Tratado do Armistício.   No evento, o presidente da França, Clemenceau, acompanhado de autoridades como o presidente Wilson dos USA, do Primeiro Ministro Lloyd George da Inglaterra.    Todos reunidos no Palácio de Versalhes na ampla sala chamada de Galeria dos Espelhos.   (sala de 73 m por 10 m).

         Os primeiros  a assinar o livro foram dois oficiais militares alemães, num silêncio do momento.   A cerimônia em si foi curta.  Foi depois celebrada pelo povo na França e mundo afora.

         Houve cerimônia do Armistício primeiro em Paris e depois em Londres.  Kapurthala recebeu a honra de poder nas suas cerimônias, passar a dar 15 tiros de canhão, sendo que antes eram 13 tiros.  Subiu de status.

         Nesse tempo Anita viajou para Malaga na Espanha para reencontrar os pais.    Diante das perdas, Anita passa a se apegar ao lado religioso e orar muito.   Ela deixa os dois sobrinhos com seus pais e garante os custos destes ao longo dos tempos e depois parte para Londres para reencontrar o rajá.

         Visita seu filho que estuda em Londres e o garoto não gosta muito dos estudos e reclama do rigor do frio da Inglaterra.   Anita sente ali que tem uma família infeliz como ela.

         Anita chegou a imaginar como teria sido sua vida com o então jovem pintor Anselmo, seu primeiro amor.   Supõe que poderiam ter vivido uma vida simples e feliz, quem sabe.

         Anita percebe que está ansiosa para voltar para a Índia para rever Karan, um dos seus enteados, por quem tem uma grande atração.

         Um amor impossível e uma traição ao seu marido, se concretizado.

        

                   Continua no capítulo 20/22 

quarta-feira, 27 de julho de 2022

CAP. 18/22 - fichamento do livro (romance histórico) PAIXÃO ÍNDIA - autor: Antropólogo e escritor JAVIER MORO

CAP. 18/22

 

        Anita pergunta em particular para a mãe dela.    – No noivado, o rajá lhe confessou que já tinha quatro esposas?   A mãe respondeu que sim.  Anita pergunta  por quê a mãe não lhe contou isso na época?    A mãe disse que isso iria assustar Anita...    Isto fez desabar o amor de Anita pelos pais.   Forçaram a barra para Anita se casar com o rajá e assim os pais dela ficariam na vida boa.

         Sente uma decepção total pela família.   “Resta-lhe um gosto amargo na boca: o sabor da decepção”.

         Quinta Parte -   O doce crime do amor

         Tempo de guerra se estende (1914 a 1918).   Anita e família passeando pelos USA.   Recebe notícia de que sua irmã Vitória se separou do marido e que ela está grávida dele do seu quarto filho.    Ele deixou-a grávida e fugiu com a empregada doméstica menor de idade e engravidada por ele.

         Anita e o marajá se encontram nos USA inclusive com Charles Chaplin.

         Ela chegou a publicar em 1915 um livro em francês com suas impressões sobre a Índia.

         Agora, Anita na Argentina.   Através de um filho do marajá, conseguiu um apoio na Europa à irmã para esta retornar à Espanha em tempos de guerra.

         Anita na Argentina e assiste apresentação de tango de Carlos Gardel, que despontava como um futuro ícone do tango do seu país.

         A guerra contra a Alemanha se complica para os aliados em partes da Europa e passa a haver racionamento de alimentos e há muita fome.

         Dia 30-12-1916, perto da ilha de Creta, o navio no qual o marajá e Anita iriam retornar à Índia foi torpedeado e afundado com 501 pessoas a bordo entre tripulantes e passageiros.   Foi atingido por um submarino alemão.    O marajá só não estava nesse navio porque recebeu um alerta da polícia secreta da Inglaterra do possível ataque.   Em torno de cem pessoas foram salvas do naufrágio por um navio chinês.

         Nesse tempo da guerra Gandhi, então jovem advogado que vivia socorrendo os mais pobres na Índia, incentivava o povo a ajudar a Inglaterra na guerra que não era deles.    Ele entendia que isso ajudaria a Índia a ser independente mais adiante.

         Gandhi fez um discurso com roupa de algodão simples no estilo ancestral do seu povo num evento cheio de nobres na inauguração de uma universidade em Benares na Índia.    No discurso, deixou todos de queixo caído ....    “A exibição de joias que vocês nos ofereceram hoje é uma festa esplêndida para a vista... mas quando comparo com o rosto dos milhões de pobres, deduzo que não há salvação para a Índia enquanto não tirarem essas joias e não as depositarem nas mãos desses pobres...”

         Os nobres foram abandonando a solenidade durante a dura fala dele e mesmo estudantes vaiaram a fala de Gandhi nessa ocasião.

         Nesse tempo Gandhi ainda não era famoso na Índia.  Mais adiante a fama dele começa a crescer.

         “A Índia eterna, que sempre se inclinou diante do poder e da riqueza, também adora os humildes servidores dos pobres”.  (com ajuda das religiões)

         A amiga de Anita, a Bibi (sobrinha do rajá), já via em Gandhi uma pessoa que teria a envergadura que teve no futuro e na história da Índia.

         Gandhi pelo país, roupa simples e pés descalços, fazendo seguidores. Inclui o gesto de fiar o algodão e fazer as próprias vestes como seus antepassados.   Este, um dos gestos de resistência aos ingleses e na busca pela independência do seu país e seu povo.      ...”e da elite dos brâmanes hindus”.

         ...”Bibi casou-se com a causa da independência”.

         Anita, amargurada, se distrai no palácio envolvida em orientar a confecção de roupas para envio aos soldados de sua terra que combatem os alemães na França.   Ao se levantar cedo há pouca motivação com o fato do filho ficar em estudo na Europa e a amiga Bibi engajada na causa da independência.

         ...”trancada em sua prisão dourada, invejada por poucos, ignorada por muitos, odiada por alguns”.

         Karan, um dos filhos do marajá, se torna amigo de Anita e conversa com ela.  Está aprendendo a tocar bandoneon (tipo de acordeon) e tenta alguns tangos.  Ele foi requisitado pelo pai para ajudar nas tarefas do seu reino.    Karan se altera às vezes tentando ajudar na administração com suas ideias trazidas da vivência e estudos na Inglaterra.  Causa atritos com o modo de ser e de viver no seu país com costumes milenares.

         Em 1917, um ano antes de terminar a guerra, na Índia houve aumento de pobreza por causa do esforço de guerra.  Inflação castigando o povo.

         Karan, jovem, opina que a guerra na Europa é uma fraqueza dos brancos e que poderá repercutir na Índia colonial e esta pode ter que se emancipar e tocar a vida por si.   O marajá, seu pai, achou que isso nunca iria acontecer.

 

         Continua no capítulo 19/22 

segunda-feira, 25 de julho de 2022

CAP. 17/22 - fichamento do livro (romance histórico) PAIXÃO ÍNDIA - autor: Antropólogo e escritor JAVIER MORO

 

CAP. 17/22

 

         Anita lança uma campanha para coletar dinheiro para ajudar no esforço de guerra dos aliados contra os alemães na Primeira Guerra (1914-1918).   Ao mesmo tempo, Brinda, para fazer desfeita, também começa o mesmo tipo de iniciativa.   Foi a gota d´água e Anita perdeu a paciência.  Avisou o rajá que iria para a Europa.   E contou do que Brinda fez.

         Ele pediu para ela ficar.   Brinda tem duas filhas pequenas.  O rajá proibiu ela de cuidar de atividades caritativas e qualquer coisa de estado.

         Anita então agarrou com afinco suas atividades de arrecadação e foi um sucesso.   Ela viu os expedicionários do seu reino em desfile e alertou o rajá de que os trajes são totalmente inadequados ao frio da Europa.

         Os soldados locais usam turbante ao invés de capacete de metal, este que é para proteção contra balas.  Foram combater na França.

         Em 1915, no início do ano um regimento composto por soldados da Índia perdeu em violentos combates a metade do efetivo, incluindo os oficiais.   O rajá decide ser o primeiro da Índia a ir visitar os soldados no campo de batalha.    Gesto de estar do lado do seu povo.

         Antes da guerra, numa viagem do rajá com Anita, seu filho que não viajou ficou muito doente e ela imagina que foi envenenamento.

         Costume dos rajás de colocar a criança aos sete anos num colégio interno na Inglaterra.

         A viagem do rajá para visitar os combatentes de seu reino na França foi cercada de muitos cuidados por conta da guerra.    Eles já navegando no Mediterrâneo, um dirigível Zepelin alemão sobrevoa o navio e causou muito medo nos viajantes.

         ....”soldados presos nas barreiras de arame farpado ou afogando-se no barro avermelhado pelo sangue dos mortos, artilharia pesada, bombardeios aéreos, gases tóxicos, ratos, piolhos e doenças”.

         Os soldados da Índia tem um preparo para guerra  no estilo medieval com cavalos e armas para luta no corpo a corpo, mas despreparados para enfrentar o inimigo com bombardeios, canhões e outras armas de longo alcance.

         A preocupação de um velho soldado sique ferido na batalha.  Tem coragem e tudo o mais, mas se preocupa de morrer na guerra e não ser cremado e sua cinza espalhada em ritual da sua religião sique.

         Se assim não for, se preocupa que isso vai afetar sua nova vida na reencarnação.

         Os siques não são enterrados.  São cremados e suas cinzas espalhadas de forma ritual.

         Outro indiano diz que é muçulmano e pede que se morrer, seja enterrado segundo o Islã, com a cabeça orientada para o rumo de Meca, a cidade sagrada do Islã.

         “Não é a morte que os assusta.   É a vida eterna”.      Anita ouvindo isso dos soltados do seu reino, disse a eles que o rajá está ajudando as famílias deles.  Que terão condimentos da Índia pra eles e também líderes espirituais para o conforto deles na vida em combate e, se for o caso, na morte.

         .....   Outro momento.    Quando Anita vai visitar sua irmã Vitória em Paris, é tempo de guerra, de racionamento e tudo muito triste.   A irmã dela está grávida do quarto filho e a idade dela é de 25 anos.   Vitória diz sobre o marido:  Não volta para casa antes da meia noite e sempre, bêbado.

         Anita dá à irmã de presente uma joia cara para ela vender e custear as despesas da casa nas horas de mais aperto.   Se despedem e Anita e o rajá irão visitar a América.

         Anita e Dalima levam o filho para começar os estudos no internato inglês.   No mesmo que seus três irmãos estudaram.   Lá há alunos que ficam quatro anos sem reverem os pais.   Não será o caso do filho do rajá.

         Anita viveu no reino do rajá por quase vinte anos.

         Apesar dos pesares, viagem triunfal a Madri.   Junto com um séquito de trinta pessoas e 230 baús.   Bastante tempero da Índia e tudo o mais.

         Ela volta depois de oito anos de casada a Madri, a passeio.

         Anita está desolada por ter sabido por intermédio de Dalima, a babá do seu filho, que o rajá tem uma amante.   “O que realmente lhe sacode o coração é que perdeu sua condição de favorita”.   (o rajá tinha oficialmente mais quatro esposas).

         O que Anita tem mais medo de perder é a custódia do seu filho Agit.

         Anita pergunta em particular para a mãe dela.    – No noivado, o rajá lhe confessou que já tinha quatro esposas?   A mãe respondeu que sim.  Anita pergunta  por quê a mãe não lhe contou isso na época?    A mãe disse que isso iria assustar Anita...    Isto fez desabar o amor de Anita pelos pais.   Forçaram a barra para Anita se casar com o rajá e assim os pais dela ficariam na vida boa.

        

         Continua no capítulo 18/22

sexta-feira, 22 de julho de 2022

CAP. 16/22 - fichamento do livro (romance histórico) PAIXÃO ÍNDIA - autor: Antropólogo e escritor JAVIER MORO

CAP. 16/22

 

.......     Bibi tornou-se membro do Partido do Congresso e participa de suas ações.   Defender o povo indiano.  Faz as perguntas:   “Como ser indianos britânicos sem ter os mesmos direitos que os ingleses?”

         Como viver a vida toda entre o luxo e a miséria?

         Dalima, a babá do filho de Anita sumiu quando ela estava em viagem.  Ninguém soube explicar.   Anita convidou Bibi para irem ao povoado onde Dalima morava.   Recebidas pela sogra da babá que diz.   O marido de Dalima morreu e ela foi incendiada.   Restos de cinza de um incêndio no quarto dela.  E uma criança dela com a sogra.  Bibi explica que há um costume de muitos na Índia, quando o marido morre e é cremado, a mulher se juntar a ele e morre queimada.   Ideia de união para sempre e outra versão de um “empurrão” por pressão da família para que a viúva não herde os bens do casal.

         O sati é o caso da mulher se atirar no fogo e morrer no ato da cremação do marido.    Dalima não morreu das queimaduras e Anita e Bibi mudaram ela de um hospital precário para um mais adequado ao tratamento.   Ela sofreu queimadura em sessenta por cento do corpo.

         O problema no caso foi que a família dela, muito pobre, não conseguia pagar o dote combinado no casamento dela.  Em represália, incendiaram a casa com ela dentro.

         Anita queria levar o caso à justiça mas isso causaria um reboliço no reinado do marajá marido dela.    Este deu ordem a ela para cuidar de Dalima e não mexer com a justiça para não terem dor de cabeça.

         Anita, sem consentimento do marido, pede ao chefe da guarda e dois soldados para irem buscar a filha de Dalima para ficar com a mãe.  A família fica achando que iria presa e devolve a criança.   Assim a enferma Dalima, ainda hospitalizada, consegue receber a visita da filha pequena, o que era um sonho dela.

         Anita é diagnosticada com um cisto no ovário e suas relações sexuais passam a ser de muita dor.   Tenta esconder o problema.  O marajá um dia deixa de procura-la e lhe explica.   O médico dela tinha dito que o ideal era ela não ter relação sexual por uns tempos em função da dor.   Assim ela ficou livre do sofrimento.

         (dados levantados sobre a região que fica perto da Cordilheira do Himalaia).    Kapurthala fica num lugar baixo e quente.  Apenas 225 metros acima do nível do mar.   Temperatura em julho-22, 32 graus.  Já a cidade de Mussoorie, estância na montanha, fica a 2.005 metros e nesta época, 19 graus de temperatura.    Lugar dos nobres se refugiarem na época de mais calor.

         O marajá de Kapurthala mantem o Castelo Kapurthala em Mussoorie.

Desse local se avista vários picos do Himalaia cobertos de neve eterna nas partes mais altas.

         Naquela cidade de lazer dos nobres, costumam fazer festas à fantasia e nestas rola muita coisa entre eles.   Nesse verão o marajá arranjou lá uma amante com a qual ficou por longo tempo se relacionando às escondidas.   “Desde então, foram amantes por muitos verões”.

         O filho de Anita está com cinco anos.      O marajá avisou que neste ano preferiria que ela não fosse à cerimônia da puja, rito da família dele.

         Ela ficou de escanteio.  Ficou mais deprimida ainda.

         Anita se encoraja de organizar os detalhes para o casamento de outro filho do marajá.   “Ela vive em uma espécie de limbo social”.

         Vão a uma festa no reino mais rico da Índia, Hyderabad.  O marajá local que ela já conhecia e era encantado por Anita, a encheu de presentes e a colocou ao seu lado direito na mesa de honra.   A autoestima dela foi para o alto.   Ela conseguiu despertar ciúme no marido, ganhou joias que a tornou rica e sua autoestima em alta.

         O marajá rico mandou um telegrama ao marido de Anita, depois de uns tempos, mostrando interesse em visita-los, mas o marido de Anita respondeu que estariam viajando e que não era possível recebe-lo.   Assim ficaram daí em diante de relações cortadas os dois marajás.

         Em 1914 a Inglaterra, aliada à França e Russia, entraram em guerra contra a Alemanha.   Isso uniu muito o povo indiano em apoio ao império britânico, como nunca antes.    O marajá de Kapurthala é o primeiro a oferecer um regimento de 1.600 combatentes e um donativo de 100.000 libras para a Inglaterra no esforço de guerra.    “Em apenas dois meses, a Índia consegue por um milhão de soltados em prontidão para a guerra”.

         Uma parte bem menor que isso realmente foi à Europa para os combates que duraram de 1914 a 1918 (Primeira Guerra Mundial).

 

                   Continua no capítulo 17/22