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domingo, 27 de agosto de 2023

CAP.04/20 - fichamento do livro - MANUAL DO INFINITO - Relatos de um Autista Adulto - Autor: HENRIQUE VITORINO

 capítulo 4/20                        agosto de 2023   (livro em pré lançamento)

 

“A família de um autista também pode se considerar atípica”.      A família ter...  “um caminhão de paciência e força de vontade”.

         “Um dos motivos que me fez morar sozinho é saber que a minha convivência, quase sempre, pode ser muito pesada para uma pessoa neurotípica”.   “Preferi tolerar minhas manias sem incomodar ninguém”.

         ... hipersensibilidade dos meus cinco sentidos...  me deixa exausto...  “Eu não suporto ver alguém mexer nas minhas coisas sem permissão”.

         O dia três de dezembro no Brasil é o Dia da Visibilidade da Pessoa com Deficiência.

         Sexualidade ...  “O ponto nevrálgico da questão é: com que direito uma família pode impedir uma pessoa autista de viver a sua vida íntima?”

         ...”é correto usar um medicamento sem prescrição médica para coibir um instinto natural?”

         ...”Estamos mostrando a nossa cara, dizendo a que viemos”.

         Capítulo -  Eu não aguento mais: os episódios de burnout e meldown

         No passado...  “Eu tinha acabado de passar por uma crise violenta.  A crise é a perda temporária do controle dos sentidos ou dos pensamentos”.

         “Cada autista tem a sua forma de sentir que está perto de uma crise:  “Eu geralmente, costumo ficar rude e estúpido”.

         Outra denominação para essas crises: meltdown  (colapso).

         “Quando o autista perde o controle de suas ações”.

         “Nas minhas crises violentas eu tenho o hábito de morder meus braços, ranger os dentes, estapear o meu rosto ou socar as minhas têmporas.”

         Recomenda aos autistas que no caso de terem alguma ideia voltada ao suicídio, é recomendável buscar apoio da Psicologia.

         “Digo a você com experiência própria – nenhuma crise é eterna e todas as crises passam”.

         “Stims: movimentos repetitivos.”    No caso de haver um stim, desde que não afete fisicamente os outros que estejam no local, buscar não intervir.

         “Impedir um stim pode, inclusive, ser um motivo que dispara uma crise sensorial”.

         “Depois de uma crise, minha sensação é semelhante ao acordar de uma bebedeira, corpo dolorido, enxaqueca, fadiga, alterações na respiração e nos batimentos cardíacos”.

         “Quando uma crise acontece, preciso dormir para me recuperar”.   A
 ressaca da crise também é chamada de burnout  (ou esgotamento).

         “Como pessoas com deficiência, temos o direito de não aceitar quaisquer situações que possam nos fazer mal e não sermos punidos por isso.”

         No ambiente escolar, evitar trabalhos em grupo etc.

         Anotar o que nos afeta e procurar evitar que esses eventos nos ocorram, dentro do possível.

         ...”todos nós precisamos (e merecemos) ter uma vida plenamente feliz e em paz.”.

         Capítulo – Válvula de escape: a  importância de não coibir os stims

         “Cada pessoa autista tem seus movimentos preferidos, mas os principais são: agitar as mãos ou o corpo, mexer as pernas, balançar a cabeça ou o corpo, ... estalar as articulações”.

         “Proibir um autista de fazer seus movimentos regulatórios é impedi-lo de ter um alívio dos estímulos do mundo externo”.

         Nos supermercados, até os rótulos bem coloridos dos produtos nos causam reação negativa.    

         ...”É por isso que o autista tem direito à fila preferencial, combinado?”

 

         Continua no capítulo 5/20

sexta-feira, 25 de agosto de 2023

CAP.03/20 - fichamento do livro - MANUAL DO INFINITO - Relato de Um Autista Adulto - Autor: HENRIQUE VITORINO (livro na fase de pré lançamento)

 capítulo 3/20                         (nova estimativa - 20 capítulos)

 

         Capítulo -  Bibelô: O autista – enfeite

         “Mães e pais de autistas: cuidado ao não zelar pela independência de seus filhos”.    ...”Mas o que realmente precisamos é de suporte e adaptação, não de ser ajudado”.

         “Só podemos ajudar as pessoas que nos pedem.    ...”ajuda é uma ação que beneficia uma pessoa que não tem condições de fazer aquilo sozinha...”

         “Em muitas situações da minha vida, precisei de alguém que olhasse para mim na hora certa e dissesse que eu era capaz de fazer”.

         “A arte da culinária é algo que estou aprendendo diariamente, bem aos poucos”.     Nossa independência completa também vem aos poucos, de acordo com a necessidade e a possibilidade de cada pessoa.

         Nos filmes, nas séries...   “podem alimentar fantasias.   Dentre os estereótipos,  o mais comum é o do autista gênio incompreendido, antissocial e irascível que gosta de ficar sozinho”.

         “... a estafa social quando sou muito estimulado, ou a gaguez.  “Mas não transformei a gagueira numa condição limitante”.   Não sei falar muito bem e me especializei na escrita.

         Às vezes, gago na fala, mas fluente na música.    No passado, um exemplo de gago na fala que cantava muito era Nelson Gonçalves.

         Autismo não é um castigo...   “é uma condição neurológica que traz dificuldades e habilidades específicas”... 

         Caso de pais que tratam o autista como anjo...   “não pode sair do domínio da família, não pode ter seu espaço de privacidade...”

         No passado havia a ideia de que o autista fosse predominantemente no sexo masculino.   Suponho que seja nas mesmas proporções entre sexo masculino e feminino.

         “Minha mãe foi quem me ensinou e incentivou a ser um autista com plena autonomia”.

         “Filho, eu não estarei aqui para sempre”.   

         Pais...   “Vocês tem a possibilidade de nos ensinar a conquistar o mundo.  Mesmo que seja do nosso jeito”.

         Capítulo:  Me deixa: o pesadelo das redes sociais

         A pandemia do covid-19 na fase ainda sem vacina disponível.    O isolamento.   As redes sociais e as bolhas...   “falavam apenas o que eu queria ouvir...”

         ...” redes sociais e futilidades...   “eu havia perdido o costume filosófico de ouvir quem pensa diferente de mim e tentar conciliar ideias comuns”.

         “As redes sociais são um mal necessário”.      Internet... “aquele excesso de informação começou a me intoxicar”.

         Perdi meu avô para a covid 19 em agosto de 2020, antes de ser diagnosticado como autista, o que ocorreu em 2021 quando eu tinha 29 anos.

         ...”passei a não mais separar o autocuidado e o pânico”.

         Já após o diagnóstico, volta às redes sociais em outra condição.   Saber que não é bom ler notícias o tempo todo; que é preciso aprender a arte de se poupar”.

         (eu aqui como leitor digo que meu hobby de ler livros me ajuda muito sempre e particularmente ajudou nos tempos da reclusão por conta da pandemia).

         A escrita...  “permanecer concentrado e conseguir escrever bem, o que me deixa mentalmente saudável”.

         Olhar muito para as redes sociais...   “cobiçamos a grama dos vizinhos e esquecemos de cuidar do nosso jardim”.    Nas postagens de foto, parece que os outros vivem só de boas...

         Posto bastante nas redes sociais e em outro momento, fico tempo longe delas.    “Meu estilo de escrever é tão inquieto quanto o meu pensamento”.

         ...”acho que a palavra influenciador (nas redes sociais) é ofensiva...”

         Família Tradicional Autista:  a família e a vida familiar no espectro.

         “A família de um autista também pode se considerar atípica”.      A família ter...  “um caminhão de paciência e força de vontade”.

 

         Continua no capítulo 4/20

quarta-feira, 23 de agosto de 2023

CAP. 02/15 - fichamento do livro - MANUAL DO INFINITO - (sobre o Autismo por um autista adulto) - Autor: HENRIQUE VITORINO

capítulo 2/15 

        

         Tomo I  - O Autista e o Mundo

         Amizades de vento: Noções de distância e proximidade.

         “Não é porque sou atípico em meu afeto que preciso ser considerado estranho”.    ...”a sociedade neurotípica não entende por que às vezes eu preciso me afastar da bagunça sadia com os amigos”.

         “Quanto mais um autista é estimulado – seja pelos sentidos ou pelo âmbito psicológico -, mais estresse ele sentirá”.

         ...”ficamos exaustos várias vezes por dia.      “Eu mesmo que sou um autista nível 1...”.

         Se você é responsável por um autista nível 2 ou 3  “descubra qual a melhor forma que a pessoa autista gosta de viver o seu dia.  Equilibre atividades que exigem mais energia (como tomar banho, estudar, escovar os dentes ou receber visitas) com outras que revigoram: videogame, computador, assistir filmes etc.

         ...”se sentir obrigado a fazer algo, pode gerar gatilhos que lhe causarão crises nervosas ou sensoriais”.    ...”os momentos de hiperfoco nos causam um prazer inexplicável”.    

         “Eu fui diagnosticado como autista aos 29 anos de idade.”    Já perdi inúmeras oportunidades de sair porque sabia que ficaria mal...

         “Para mim a dor, o medo, a tristeza, a raiva e o luto, por exemplo, são emoções confusas”.

         “Preciso de muito tempo para poder compreender...”

         “Existem autistas que simplesmente preferem não se aproximar das pessoas, e é um direito deles”.

         “Somente eles sabem como é difícil agir socialmente quando não há nenhuma disposição para isso”.

         “A ida ao supermercado nos exige óculos escuros e protetores auriculares”.     Os ruídos típicos de uma cidade assustam e nos deixam tensos.

         “Quando precisamos de um tempo para nos afastar, estamos simplesmente nos organizando por dentro.   A melhor coisa a fazer é ter um pouco de paciência.   Esse descanso, sim, nos fará muito bem”.

         Capítulo – Eu quero os meus direitos:  ativismo autístico no mundo neurotípico.

         Uma realidade.  O diagnóstico do TEA Transtorno do Espectro Autista é caro.

         “Como autista diagnosticado, verbalizado e falante, sinto-me na obrigação moral de lutar pela visibilidade das pessoas que estão à margem dentro da própria comunidade autista”.

         Diagnosticado aos 29 anos...   “antes eu pensava estar em outras condições mentais como bipolaridade ou esquizofrenia”.

         Muitos casos de pessoas que não tem condições financeiras para ter acesso ao diagnóstico e há entre outros, casos de “pessoa ter receio de ser estigmatizada como uma pessoa fora do normal”.

         Eu me revoltei quando minha mãe me recomendou procurar ajuda especializada.  Na ocasião, respondi a ela:  - Você está dizendo isso  para me tratar como incapaz!”.

         O diagnóstico...   “ele é um salvo-conduto para eu ser e existir da minha maneira”.    E passo a ter o amparo da lei.   Lei da Pessoa Autista ou Lei Berenice Piana.  

         “Graças a essa lei, também somos protegidos pelo Estatuto da Pessoa com Deficiência”.

         Os autistas tem dificuldade para ter acesso ao ensino superior.   Há em várias universidades os Coletivos Autistas que buscam atrair autistas para o ensino superior.    Nos meus tempos de curso superior, entre os dramas, os trabalhos em grupos e apresentar seminários em público.

        

         Continua no capítulo 3/15 

segunda-feira, 21 de agosto de 2023

CAP. 1/15 - fichamento do livro - MANUAL DO INFINITO - Relatos de um Autista Adulto - Autor: HENRIQUE VITORINO

 RESENHA LIVRO – MANUAL DO INFINITO   AGOSTO 2023

 

Sub título: Relatos de um Autista Adulto

         Autor: Henrique Vitorino   (meu amigo Mauaense)

         Editora – Nova Alexandria – São Paulo  (em fase de pré lançamento)

         Prefácio da Professora Cláudia Costin

 

         No final do prefácio a Professora Cláudia Costin (que é inclusive articulista de Jornal de circulação nacional), remata sua fala com a frase:

         “Recomendo a leitura não só a quem está inserido pessoalmente neste mundo, tem familiares no espectro ou uma atuação profissional na área, como também para aqueles que desejam construir uma sociedade mais diversa e justa”.

         O recado inicial do autor:   “Os conceitos aqui aplicados se baseiam na experiência de Henrique Vitorino como pessoa autista”.   “Alguns destes conceitos podem criticar ou divergir dos conceitos veiculados nos manuais da ciência, ou ainda das teorias relacionadas ao espectro autista”.   O autor.

         “Aqui está a confissão de minha vida: eu sou autista”.

         “Meus pensamentos são completamente autistas.  Todas as minhas emoções também”.

         Nota do leitor:  Henrique segue o Judaismo.

         “Minha conta bancária e minha profissão também são influenciadas pelo autismo”.

         Cita o livro:  O Cérebro Autista: Pensando Através do Espectro, da doutora em biologia, Temple Grandin.     “Comparando a ela, tenho grandíssimas disparidades:   ela é doutora em biologia, e eu sou filósofo...”

         ...”e eu estou no meu caminho para começar a entender a minha condição de neurodiverso...”        “eu descobri o meu diagnóstico depois de adulto”.

         “Aos três anos de idade o diagnóstico formal do médico foi de irritabilidade frustra difusa...”

         “A única abordagem deste livro (Manual do Infinito) é vivencial: como aquilo que sei através da minha experiência”.

         “Este livro, no entanto, deseja falar do autismo apenas sob a ótica de uma pessoa autista”.

         Há na sociedade “explicações” estereotipadas para atitudes dos autistas.   Tipo:  “ficou autista de tanto usar o computador”...

         É preciso romper o silêncio de forma intolerante – sim, intolerante.  Não se destrói um preconceito com um buquê de flores.

         ...”revoltar-se diante da segregação que nos considera malucos, doentes, endemoniados ou uma pandemia.”

         “Somos pessoas unidas por nossa diversidade”.

         “Existem autistas em todas as classes sociais”.   “Podemos ter namorados ou namoradas, noivas ou noivos.   Somos transsexuais, heterossexuais, homossexuais, assexuais e bissexuais.”     

         “Estamos todos orgulhosamente fora do padrão neurotípico”.

         “Um neurotípico nunca saberá o que é a alegria de encontrar uma pessoa tão parecida com ele mesmo – é como se encontrássemos um amigo de infância no outro lado do mundo”.

         “Somos pessoas diferentes, mesmo que estejamos no mesmo espectro.  Criou-se na sociedade uma ideia de haver  “autista padrão, homem, branco, de classe média.  Citam como anjo azul.   Ideia errada.   “Metamorfose de pessoas autistas em seres fofos que servem de enfeite na estante da casa”.

         ...”existem autistas que não compreendem figuras de linguagem...”

         (O autor Henrique Vitorino é jovem, filósofo, professor, ator, músico, poeta...)

         “Desejo inclusive que a comunidade autista vá muito além do que eu fiz”.  “Que os profissionais de saúde possam explicar a nós, pessoas do espectro, o que não sabemos sobre nós mesmos”.    

         “Que este livro seja o verdadeiro Manual do Infinito”.

 

         Continua no capítulo 2/15 

domingo, 20 de agosto de 2023

CAPITULO 8/8 (FINAL) - fichamento do livro - SANTOS DUMONT - O HOMEM VOA! - autor: HENRIQUE LINS DE BARROS

 capítulo final 8/8

 

         O empresário carioca Henrique Laje vinha investindo na construção de aeronave e Guedes Muniz pode aqui tocar seus projetos.

         A partir de 1937, produziram aviões para uso militar no Brasil e vendiam para nossas Forças Armadas.

         No Brasil “o avião passava a ser de interesse do Estado em um governo preocupado em buscar a unificação de um vasto  território”.

         “Em 1941 teve início a Campanha Nacional de Aviação com o lema Asas para o Brasil que, com o apoio de Francisco de Assis Chateaubriand Bandeira de Melo  (do grupo Diários Associados – rádios, jornais), ajudou a fortalecer uma indústria que ainda engatinhava”.

         (Eu li uma biografia do Assis Chateaubriand chamada Chatô O Rei do Brasil de autoria do Jornalista Fernando Morais – revela muito das mazelas do nosso povo e das nossas autoridades, além da imprensa...)

         Nessa leva, muitos campos de aviação surgiram pelo Brasil.

         Em 1942 surgiu a Companhia Aeronautica Paulista que lançou o avião CAP-4, o Paulistinha.   Cerca de mil exemplares desse modelo de avião foram feitos na época.   Muitos deles foram exportados.

         Em 1942 foi criado o Ministério da Aeronáutica.

         O Brasil criou em 1941 a FNM Fábrica Nacional de Motores com o objetivo de fornecer motores para aeronaves.   Em 1942 a segunda guerra mundial estava em curso.    Porém a FNM só conseguiu produzir motores a partir de 1946, quando a guerra já tinha se encerrado e a demanda de aviões e motores para aviões estar reduzida.

         Nessa ocasião (1946) nossa fábrica de motores para aviões poderia “decolar” em sua produção, mas foi “abatida” por assim dizer, pela falta de demanda por conta do fim da guerra.     Então a FNM passou a fabricar motores para caminhões, os chamados FNM.

         A queda do governo Vargas e a mudança de rumo.   Os governos investem em veículos e rodovias e optam por comprar aviões e motores de aviões importados, já que o mercado pós guerra tinha ampla oferta e baixa procura e os preços eram atrativos.

         O esforço do Coronel Montenegro e a criação do ITA Instituto Tecnológico da Aeronáutica em 1945.   Se criou também o CTA Centro Tecnológico da Aeronáutica, ambos em São José dos Campos – SP.   No eixo Rio – São Paulo.

         O ITA revolucionou o setor de ensino de excelência, inclusive adotando regime de internato para os alunos.  Criou condições para se ter no Brasil, mão de obra altamente especializada para o setor aeronáutico.    Na década de 60 surge a EMBRAER já no contexto de contarmos com o ITA e o CTA.

         A Embraer fabrica ao longo do tempo modelos de aeronaves como o Xavante, Bandeirante, Xingu, Brasilia, Carioca, Corisco, Tucano, além dos eficientes e competitivos Jatos Regionais.

         Indústrias brasileiras também começaram a fabricar helicópteros.

         Governo Juscelino (anos 50), indústrias em expansão, inclusive o setor automobilístico.    Os veículos passaram a ser competitivos no transporte de pessoas e mercadorias pelo Brasil afora e a aviação passa por um período de menor destaque.     Isso resultou em se enfatizar a compra de aviões importados já que a demanda interna andava em tempos de baixa.

         1964 e o Golpe militar no Brasil.   No governo militar os governantes voltam a olhar para a interiorização das ações para “integrar” o Brasil.   Nesse novo contexto, a aviação volta a ter destaque por ajudar a vencer longas distâncias onde as estradas eram inexistentes ou muito precárias.

         O oficial da FAB Força Aérea Brasileira, Ozires Silva, formado pelo ITA em 1962, lidera articulações para uma retomada de foco em aviação.  Nesse tempo a fábrica Neiva, nacional, estava atuante no Brasil no setor aeronáutico.   A Neiva fabricou aqui o primeiro avião metálico, o modelo Neiva Regente.

         “A Embraer fez decolar nossa indústria aeronáutica, sucesso que orgulha o Brasil.”                                     FIM

 

         Final de leitura em 18-08-2023

 

         (próximo livro de cabeceira cuja resenha também será publicada em capítulos de duas páginas cada:   MANUAL DO INFINITO – Relatos de um Autista Adulto - escrito por um autor que fez filosofia, é professor, músico e escritor.   Autor: Henrique Vitorino – prefácio da Educadora Claudia Costin)

sexta-feira, 18 de agosto de 2023

CAP.07/08 - fichamento do livro - SANTOS DUMONT - O HOMEM VOA! - autor: HENRIQUE LINS DE BARROS

 Capítulo 07/08

        

         Voltando um pouco para o tempo dos balões em 1902.   O deputado Augusto Severo, amigo de Santos Dumont, após tentativas frustradas, tenta um voo em balão por ele projetado e montado em Paris.  Balão com hidrogênio.   Dois motores.    O balão explodiu no ar e matou Augusto Severo e seu mecânico.   

         Santos Dumont retornou ao Brasil em 1903 e ao ser perguntado sobre fazer balões aqui, ele disse que nós não tínhamos recursos técnicos para a fabricação dos equipamentos.

         “O quadro da nação ainda estava bastante contaminado pelas enormes limitações que o Brasil sentiu, desde o Alvará de 05-01-1785 de Dona Maria I, rainha de Portugal”.   (o livro cita o decreto completo).   Na essência o decreto proibia que no Brasil se montasse e operasse indústrias e manufaturas que poderiam atrair mão de obra rural para a cidade.   Cita o decreto que a desobediência resultaria na perda do empreendimento em “tresdobro” do valor de cada uma das manufaturas e afins.

         Decretou com isso  o atraso do Brasil com reflexos de curto, médio e longo prazo.   Esse alvará só foi revogado em 1808 quando a família real veio se instalar no Brasil, fugindo do exército de Napoleão.

         O alvará foi revogado, mas o estrago já estava feito.

         “Seria impossível, de fato, pensar em um país industrializado com uma população escrava sem qualquer poder aquisitivo”.

         Nos primeiros anos dos aviões, os militares viam mais potencial para uso em observações das posições de tropas inimigas.    “Mas permaneciam céticos, pois essas máquinas mais caiam do que voavam”.

         Em 1910 o francês Lavand voou pela primeira vez no Brasil com um avião que projetou e montou aqui.   O motor era de 45 cavalos e fabricado no Brasil.   Depois o projeto foi esquecido.

         Em 1914, o aeroplano projetado por J d`Alvear  “realizou os primeiros voos com grande sucesso”.   (no Brasil).   No avião em uso dele, o motor e hélice eram de fabricação francesa.

         Em 1912 o grande aviador francês Roland Garros se apresentou no Rio de Janeiro.

         Edu Chaves, brasileiro, era nosso piloto de aeronaves exímio na época.

         Em 1914, um tenente – Ricardo Kirk – morreu ao fazer voo de observação pelo Exército durante os sangrentos combates na região do Contestado (sul do Paraná e interior do oeste catarinense).   

         Eu, leitor, li um livro muito interessante sobre o absurdo que foi a guerra do Contestado.

         Iniciada na Europa a primeira guerra mundial em 1914, surgem inclusive no Brasil, escolas para formar pilotos de aeronaves.

         Santos Dumont deixou expresso em texto, sua reprovação ao uso do avião para fins militares em combate.   Carta dele de 1917

         Em 1911, usando um projeto francês, um militar alagoano montou o “Aribu” (urubu), um pequeno avião.

         Consta que os aviões foram aperfeiçoados de forma acelerada para fins de guerra e após cessar a guerra, ficaram ociosos e pilotos que só sabiam voar fez surgir o mercado de voos cargueiros comerciais.   Numa terceira etapa, surgem os voos de passageiros.    Paralelamente às diferentes fases, sempre houve os pilotos de acrobacias aéreas com suas manobras de exibição e de risco.

         Nosso primeiro engenheiro aeronáutico foi Guedes Muniz.   Nos anos 30 foi à França desenvolver seus projetos de aviões.   Após a estabilidade política do Brasil, ele voltou para cá.

        

                   Continua no capítulo final 8/8

quarta-feira, 16 de agosto de 2023

 Capítulo 06/08

 

         Em 1915 Santos Dumont, mais uma vez  demonstrou preocupação com o uso de aviões em guerras.

         Em 1918 Santos Dumont construiu uma pequena casa no Morro do Encanto em Petrópolis – RJ.  Deu à casa o nome de Encantada.

         Nessa casa, escreveu um livro de cem páginas com o nome:   “O que eu vi, o que nós veremos”.    Fala do futuro da aviação e fala da vida dele.

         Em 1919 através do Congresso Nacional, o governo brasileiro doa a ele a casa do Cabangu em MG onde ele nasceu.   Ele ficou muito agradecido e colocou até uma placa de agradecimento em frente à casa.

         Recebeu convites da França para voltar morar lá.  Em 1922, há aos 49 anos, resolveu retornar à França para morar.    Lá foi bastante homenageado.   Era homenageado na Europa junto com os destaques da aviação na guerra e se sentia angustiado.

         “Sentia-se mal, angustiado.   Internou-se para desfazer-se da ansiedade”.    Chegou a se tratar na Suiça.   Tempos depois, veio o diagnóstico: esclerose múltipla.

         Em 1927, Santos Dumont retorna ao RJ a pedido do povo e de autoridades.   Vem de navio.   Cientistas vem a bordo de um hidroavião na sua chegada, com ramalhetes de flores para lançar no navio que está atracando.   Era uma forma festiva de receber o inventor.

         Deu pane no avião e este caiu no mar e morreram os que estavam no voo.  “Santos Dumont também viu tudo”.    ...”caiu em prostração”.   Ficou no Brasil por pouco tempo.    Voltou a Paris.    “Mas não havia sido esquecido pelos amigos, colegas e era, sem dúvida, um mito da aviação”.

         1930.  Fim da Primeira República.  Movimento Tenentista no Forte de Copacabana, Coluna Prestes etc.   Prendem pessoas vistas como apoiadoras do velho regime.   Aumenta a melancolia de Santos Dumont.

         Prenderam inclusive um amigo dele.   Ele escreve:  “Caí doente com as notícias do Brasil e tenho medo de ficar louco.  Estou numa casa de saúde”.

         “Sua condição era crítica.   Não aguentava ficar mais em canto algum”.

         1932.   São Paulo se rebela contra o Governo Federal, governo de Getúlio Vargas.  Conflito e aviões de rondas pelos dois lados.

         Santos Dumont por uns tempos hospedado num hotel em Guarujá-SP, acompanhado de um sobrinho.   Isto aos 53 anos de idade.   Num descuido do sobrinho, Santos Dumont se suicida.

         São Paulo em revolução determinou que ele fosse embalsamado e o sepultamento seria em ocasião menos conturbada.    No final de 1932 acabou a revolução e o corpo dele foi levado para o Rio de Janeiro, capital federal, onde foi apresentado ao público, velado e sepultado no cemitério São João Batista.

         “Morreu um homem que soube ser simples apesar de sua projeção.”

         “Morria Alberto Santos Dumont que não deixou descendentes.”

         Nos tempos dos inventos em Paris, o hangar e oficina de trabalho dele eram visitados inclusive por celebridades como a Princesa Isabel, o rei da Bélgica e o rei da Espanha.

         Há várias fotos de Santos Dumont e seus aviões nas páginas 40/44.

         O Legado de Santos Dumont

         No Brasil, dia 23 de outubro é o Dia da Aviação.

         Aviões Tucano de acrobacias.   Motor de 750 HP.   Aviões usados inclusive na Esquadrilha da Fumaça, ligada à FAB Força Aérea Brasileira.

         A empresa Embraer produziu modelos como o Tucano, Bandeirante, Xingu e o ERJ 145 para voos regionais.

        

         Capítulo 07/08