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segunda-feira, 9 de outubro de 2023

CAP. 19/20 - fichamento do livro - MANUAL DO INFINITO - Relatos de um Autista Adulto - Autor: HENRIQUE VITORINO

capítulo 19/20                        postagem 09-10-23

 

         Capítulo – Vida em branco:  a falta de memórias da infância

         Na minha infância...   “É claro que eu não tinha medo de Deus.  Eu tinha medo de que Deus lesse meus pecados em voz alta, me fazendo corar de vergonha”.

         O passado...   “Lembrar, é claro, não deixa de ser uma ficção.  Lembramos apenas do que queremos e contamos as coisas do nosso jeito – não como realmente eram”.

         “Quem sabe um dia eu possa escrever um livro de poemas sobre o autismo?”

         Capítulo – Superação sem capacitismo:  como transformei minha vergonha em autoestima.      “O perfeccionismo quase destruiu minha vida.  Por não me sentir apto a fazer o que eu sinto vontade, vivia numa tristeza de morte”.

         Resolvido...   “quando entendi a necessidade de ter um suporte emocional”.   Compreendido com o suporte emocional que preciso de visitas, carinho e cerveja com meus amigos-suporte.   ... a minha criatividade literária ressurgiu das cinzas”.

         Antes eu ficava preso ao perfeccionismo que me limitava e entristecia.   “Sinto que não tenho tantas habilidades  sociais, então atuo socialmente através da minha escrita”.

         ...”além dos livros, pretendo erguer minha voz na luta por uma sociedade mais justa, plural, sustentável e humanizada.”

         Em meu quarto eu me sentiria só e frágil se não estivesse sintonizado inclusive pelas redes sociais aos autistas que buscam espaço e ação conjunta por dias melhores.

         Capítulo – Minha vida não é nada sem você: o luto no autismo.

         Morrer é deixar de existir?  Não sabemos exatamente.

         “O que é possível saber de forma unânime é que as pessoas que permanecem vivas guardarão a memória de quem partiu”.

         Continua no capítulo final 20/20        (a ser postado amanhã, terça feira, 10-10-23 no Facebook) 

domingo, 8 de outubro de 2023

CAP. 18/20 - fichamento do livro - MANUAL DO INFINITO - Relatos de um Autista Adulto - Autor: HENRIQUE VITORINO

capítulo 18/20       (este e os dois finais serão mais curtos.    Leitura terminada e publico amanhã, segunda feira o 19 e na terça feira o final 20/20)   Grato aos leitores

 

         Capítulo – A força de Sansão: superdotação no espectro autista

         “Minha possível superdotação me causa aceleradíssimos processos mentais.  Meus momentos de hiperfoco são extremamente produtivos, mas isso tem um preço para o meu corpo físico”.

         ...esquecer de comer...    “O que me ajuda são os alarmes:  para comer, para beber água, para lembrar a hora de dormir...”

         “Quando sinto fraqueza mental...   tiro um pequeno cochilo.   O sono é restaurador”.

         ...”escrevendo...  com o livro Manual do Infinito, aprendi que a prática constante supera o talento nato e que sempre vale a pena descansar.”

         “Antes de ser uma máquina de ideias, o escritor é um observador do mundo ao seu redor”.

         Capítulo – Tiozinho: as aventuras de um autista velho em um corpo jovem.

         “Meu analista diz que é normal eu gostar de fazer amizade com pessoas mais velhas”.   Explica:   “É por conta da sua maturidade intelectual”.

         “Geralmente, o amadurecimento autista vem tanto da inteligência quanto do sofrimento”.

         “Sei bem que uma pessoa que amadurece cedo sofre mais”.

         “Meu tipo de música também remonta ao passado.  São raras as músicas atuais que me chamam a atenção...”

         “Ontem já foi, amanhã algum dia, dizem os Bee Gees, num átimo de poesia”.

         “Meu pensamento catastrófico me causa a impressão de que vou morrer jovem.   Ainda bem que esse pensamento rígido é uma bobagem.”

         “Sinto incrível liberdade ao dizer que a experiência de amar uma pessoa mais velha que eu me faz muito bem”.

         “... chega a hora em que cansamos de brigar tanto.   Quem se ocupa em amar não tem medo do fim”.

         “Essa foi a maior lição que meu saudoso Tio Nelson me ensinou:  O amor é uma sinfonia que dá as costas para o abismo da existência”.

        

         Continua no capítulo 19/20  

sexta-feira, 6 de outubro de 2023

CAP. 17/20 - fichamento do livro - MANUAL DO INFINITO - Relatos de um Autista Adulto - Autor: HENRIQUE VITORINO

 capítulo   17/20                           outubro de 2023

        

         Meu autismo é político no intuito de criar estratégias para dar qualidade de vida a todas as pessoas autistas junto de suas famílias.

         ...”Nossos filhos, sobrinhos e netos autistas merecem um mundo muito melhor que o nosso”.

         Capítulo – Amizades de suporte: pessoas que transcendem o espectro.

         “Costumo dizer que uma amizade-suporte pode  nos fazer ir além de nós mesmos”.       ...”As amizades-suporte são aqueles que conseguem nos convencer, aconselhar, proteger, cuidar e se aproximar sem nos causar medo, ou cansaço”.    ...medo.   “Passamos a ser arredios quando nos acostumamos a viver em alerta constante.”

         “Construimos a relação com alguém que nos dá segurança...”    “Esse alguém não se importa em dividir o seu tempo conosco...”

         Pode ser parente ou não.   “Não existe regra para assuntos do coração.”

“Para minhas amizades-suporte, prefiro eleger pessoas neurotípicas.   O motivo é simples:  gosto de ver o mundo pelos olhos de quem é diferente de mim”.

         Amo meus pais, mas eles não se enquadram na categoria de amizades-suporte no meu modo.   Eles me apoiam como pais.

         ...”quase a totalidade dos meus amigos-suporte são homens cisgêneros.”   “Um item importante: autistas precisam e devem ter amizades com pessoas de fora do círculo familiar, mesmo que precisem de acompanhamento constante”.

         “As amizades-suporte nos ajudam a crescer e ganhar independência...

         “Quer descobrir... quem são suas amizades-suporte?   São as pessoas para quem você ligaria em duas situações: durante uma crise sensorial ou para avisar que você ganhou na loteria”.

         O que o autismo uniu, ninguém separe:  cônjuges como suporte (ou não)

         “A vida de namoro é bem diferente da vida do matrimônio”.  “Numa vida a dois é necessário que ambas as partes tenham maior disponibilidade, paciência, afeto, carinho e compreensão”.

         Primeiro mito:  O cônjuge do autista não é seu cuidador.   “O que não se pode aceitar é obrigar o cônjuge a cuidar de sua pessoa autista pelo resto da vida”.    A obrigação é maior da família do autista.    

         ...”Podemos perder a pessoa certa unicamente por que somos levados a manter uma relação de dependência e não de amor...”    “Atuar como cuidador é digno e honesto, mas a relação entre namorados e cônjuges deve ser amorosa:  não paternal ou maternal”.

         Segundo mito:  Não é só a pessoa autista que precisa de cuidado.

         “Quando nós autistas estamos estafados, temos a tendência natural de nos isolar: pelo menos é o que acontece comigo”.

         Terceiro mito:  autistas são incapazes de gerar e criar seus filhos.

         “O autismo nunca impediu alguém de se apaixonar”.

         “É preciso dizer ainda que a masturbação solo é uma forma de vivenciar a própria sexualidade quando não se deseja dividi-la com alguém”.

         “O que não se pode pensar é que autistas são incapazes de ser mães e pais, inclusive biológicos”.   

...”fogos de artifício me irritam e isso ocorre com quase todo autista.”

         Meu garoto:   a família que o espectro me deu.   “Tenho um hábito peculiar quando sinto muito amor por alguém: costumo convidar a pessoa para fazer parte da minha família.”    Página 223 do livro.

         Assim ocorreu com o Avô Antonio.  Ele era meu aluno de informática. 
Ele ficou feliz com o curso e me adotou como neto.   Meus dois avôs biológicos faleceram antes do meu nascimento e assim não tive o privilégio de brincar com eles quando era criança.

         Foi um  convívio muito bom com Vovô Antonio.  Passeios juntos, amizade.    “Se eu for contar toda minha amizade com Vovô, teria que escrever um livro unicamente sobre isso.”

         O Tio Orlando  (página 224).    No livro o autor cita o Vovô Antonio, o Tio Nelson e o Tio Orlando, amigos-suporte.

         (Tio Orlando no caso, este leitor e resenhista)

         “... Tio Orlando é um dos maiores inspiradores na minha arte literária – ele mesmo é um grande leitor”.

         Após a morte do Vovô Antonio,  fiz meu primeiro curta metragem chamado “Meu Garoto”.  Filme em parceria com Bruna Gabrille.

         “Minha família por adoção tardia me ensinou, acima de tudo, que os laços biológicos não representam amor, união, respeito e amizade por si sós.  É preciso que haja mais:  presença, afeto, compreensão, carinho.”

         Não à solidão.   “Terei na comunidade autista primas, primos, tias e tios à vontade”.

        

         Continua no capítulo 18/20

quarta-feira, 4 de outubro de 2023

CAP. 16/20 - fichamento do livro - MANUAL DO INFINITO - Relatos de um Autista Adulto - Autor: HENRIQUE VITORINO

 capítulo 16/20

 

         Ao escrever este livro, a busca de identificar o meu lugar de fala.   “precisei aprender o que devia falar e qual a melhor maneira de comunicar os meus pensamentos”.

         ...”hábitos de autista.   Passar as mãos no cabelo, cheirar as mãos com frequência...”

         “Desde que  recebi o diagnóstico, ganhei uma saúde de ferro.   Minha autoestima não me deixou pegar nem resfriado”.

         Capítulo -  O enigma em si: o benefício da psicanálise para um autista (e a polêmica das terapias).

         Quando fui começar a terapia me preocupava em me livrar da minha gagueira.   “Também queria me livrar do mal estar quando alguém me olhava nos olhos”.   Comecei as terapias antes de saber do meu diagnóstico de autista.

         “Já fiz tratamento psicanalítico e também terapia comportamental”.

         Gostei de ambas mas sinto que a terapia psicanalística se  aproxima melhor do meu pensamento particular.     A terapia comportamental é muito útil para romper pensamentos rígidos e criar novos padrões de ação”.

         A terapia comportamental é útil na diminuição da hipersensibilidade.

         Não ficar buscando soluções de internet.   Tem que haver acompanhamento de profissional habilitado.    “É impossível se curar de algo que não é uma doença”.

         Imaginar o estresse pelo qual estão sujeitos os professores.  Há pais que levam seus filhos autistas na escola com um único recado:  Cuide dele.

         Não raro são os professores que alertam os pais que seu filho pode ter algo que merece ser investigado em termos de saúde e comportamento.

         O tratamento ministrado por profissional habilitado pode conter medicamentos.  Usados com critérios, ajudam no tratamento para dar mais qualidade de vida ao autista.

         Não há epidemia de autismo como alguns falam e há até os que associam às vacinas o que é uma grande bobagem.

         “Eu, pessoa autista, entendo que a avalanche de diagnósticos é uma reparação histórica a todo o silêncio que fomos obrigados a engolir”.

         Tive que ouvir do profissional, coisas duras mas necessárias.  “Foi duro, mas libertador”.

         O autor aqui saúda e agradece a Freud, o “pai” da Psicanálise.

         Capítulo – Vil metal: a tensa relação entre o dinheiro e o autismo.

         “Texto elaborado com a parceria do meu melhor amigo-suporte, economista autista Alberto Luiz Teixeira”.  

         Os autistas tem demandas específicas de medicamentos, assistência médica, equipamentos para adaptação e afins.  Tudo isso tem custos.

         Não ter acesso às demandas específicas do autista por falta de apoio financeiro é bem doloroso.

         O autista que tenta se inserir no mercado de trabalho sempre encontra barreiras, preconceito.     ...”é o mercado que deve se humanizar e criar oportunidades para as pessoas neurodiversas, e não as pessoas mudarem o que são para se integrar à maioria neurotípica”.

         “Temos a oportunidade de dispor e utilizar o SUS que é o maior sistema de saúde público do mundo.”    Por outro lado é muito difícil conseguir tratamento pelo SUS na área da Psicologia.

         “Acho injusto que eu, um homem autista cisgênero, branco, dispondo de ensino superior completo, tenha mais direitos sociais que uma mulher autista, preta, transgênero e moradora em uma comunidade.”

 

         Continua no capítulo   17/20   

segunda-feira, 2 de outubro de 2023

CAP. 15/20 - fichamento do livro - MANUAL DO INFINITO - Relatos de um Autista Adulto - Autor: HENRIQUE VITORINO

 capitulo 15/20

 

         Capítulo:  O bom vivant do espectro: relatos de um autista boêmio.

         “Quase tudo aquilo que nos faz mal é gostoso”.     Vida noturna.   Me faz mal, mas gosto dela.

         “Sobre o isolamento necessário na pandemia e a importância da vacina.  Não podemos esquecer que a vacinação em massa foi fundamental para termos nossa vida de volta.”

         Tocando música na noite.    ... clientes bebem e falam mais alto...

         Cheiro de bebidas, de comidas, de cigarro, dos perfumes...   irritam o autista.

         Não exagero, mas “meu uso de álcool é regular”.

         “A presença que me acompanha na conversa é muito mais proveitosa do que a bebida em si”.

         “Minhas bebidas preferidas são a cerveja, o vinho e uma rara dose de whisky.   Bebidas alcoólicas...  um perigoso prazer.

         “Mas o efeito relaxante da bebida alcoólica é caro demais para ser considerado benefício”.   A ressaca do álcool é cruel.

         Bebida alcoólica é considerada uma droga lícita.   ...possui efeitos psicoativos.   “atuam no psicológico e no emocional da pessoa usuária”.

         ...”sempre existe um motivo anterior que leva o indivíduo a usar droga.   Se uma pessoa está feliz e satisfeita em todas as áreas da sua vida, não há motivo aparente para que ela se consuma em um vício”.

         “Eu utilizo minhas dores para fazer arte, e não de pretexto para beber.   O alcoolismo levou o meu professor de violão aos 58 anos de idade.

         Cita a letra da música Boêmio 72 de Nelson Gonçalves e Adelino Moreira.    O boêmio, mesmo cercado de pessoas, é sempre um solitário.

         Capítulo – militância isolada:  o papel das redes sociais na minha aceitação enquanto pessoa autista.

         Eu tinha receio de me expor nas redes sociais.  “Detesto me sentir invadido”.     A escrita deste livro me manteve com a cabeça ocupada.  Menos uso das redes sociais”.

         Os influenciadores digitais comumente falam absurdos nas redes sociais  e angariam muitos seguidores.    Tendo uma legião de seguidores, passam a ganhar dinheiro como influencer.

         A verdade não é agregadora de seguidores.   “Mas eu digo apenas a minha verdade”.   Minhas redes sociais falam apenas do que sei e do que vivo”.

         Procurava não participar de grupos na linha LGBT, sigla que depois foi se ampliando.   Agregando grupos que lutam pela inclusão social dos que vivem a sexualidade em sua diversidade.

         “Depois de receber meu diagnóstico, passei a buscar perfis de pessoas autistas que me inspirassem vida afora”.

         Capítulo: Rotulado: a importância de assumir o diagnóstico de TEA

         O diagnóstico é muito importante.      “Algumas mães e pais acham que o autismo é uma doença, uma coisa feia ou loucura”.

         Muitos pais tem vergonha de participar de entidades para pessoas com deficiência.

         O autismo nos traz uma “deficiência social”.    Não interagimos da mesma maneira que os neurotípicos; isso influi em muitos aspectos da vida.

         Para atender aos direitos dos autistas, estes são incluídos no rol de pessoas com deficiência.   Amparados na Lei 12.764/2012.   Inclui o direito do autista à fila preferencial.

         Por lei, o autista de baixa renda tem direito ao BPC Benefício de Prestação Continuada pago pelo Governo Federal.

         “O laudo com o diagnóstico do TEA serve para nos garantir direitos”.

         Toda criança aprende primeiro a escuta e depois, a fala.   “Hoje em dia falamos muito e escutamos pouco”.

 

                            Continua no capítulo 16/20

sábado, 30 de setembro de 2023

CAP. 14/20 - fichamento do livro - MANUAL DO INFINITO - Relatos de um Autista Adulto - Autor: HENRIQUE VITORINO

 capítulo   14/20

 

         Capítulo – Aluga-se: a epopeia de um autista que mora só.

         “Quando se aborda o assunto de morar sozinho, as pessoas autistas se agitam – seja de temor, ou de vontade”.

         Morei sozinho de 2018 a 2022...   “No fundo vale muito a pena.”

         “Morar sozinho é enfrentar a falta de companhia em quase todos os momentos da vida”.

         “Mesmo assim acho que é uma experiência muito positiva e que nos faz amadurecer...”     ...até converso comigo mesmo...

         “Se você não tem condições de gostar da sua própria companhia, a vida solitária será muito mais difícil”.

         “Todas as pessoas do mundo possuem traumas, mas poucas conseguem lidar com eles de forma efetiva”.

         Leitura e escrever, ajudam a superar a solidão.

         Suporte à distância.    “Um animal-suporte também pode ser uma saída importante para vencer a solidão”.    “Não tenho animais porque não me sinto preparado para cuidar deles”.    Se pudesse, escolheria um gato.  Menos barulhento.   Mas cada um tem seu gosto.

         Solidão e carência.     “Desenvolver a autoestima e o amor próprio é fundamental para vencer os fantasmas da solidão e da carência”.

         “Se precisar de verdade, me procure nas redes sociais e mande uma mensagem”.

         Se precisar de ajuda psicológica, recomendo também procurar.   Uma das opções na rede pública é via CAPS Centro de Atenção Psicossocial.  Há lei que nos apoia nesse encaminhamento.

         A escolha do imóvel.    Dentro do possível, lugar com pouco barulho.

         Antes de fechar contrato de aluguel, na medida do possível, observar sobre os vizinhos.

         Contratos -  Ter algum tipo de orientação antes de assinar um contrato.

         Em crises, o que fazer?   Não há receitas prontas.  Algumas dicas:   Peça ajuda.   Discar ao CVV Centro de Valorização da Vida (fone 188) é uma das opções.

         Pelas redes sociais, pelo celular...

         Cuidados rotineiros na arrumação da casa...    “Se você não limpar a sua casa, ninguém vai limpar por você”.

         Dica importante:  “nunca misture produtos de limpeza pois são agentes químicos que podem sofrer reação e lançar gases tóxicos no ambiente.

         “Saber apreciar o conforto da sua casa:  ela é sua”.

         Relação com vizinhos bons.   “Quem tem um amigo, tem um tesouro”.

         Cozinhar é uma arte que eu não domino.

         Variar na alimentação.   “Mesmo que eu não goste, eu me forço a consumir legumes e verduras”.

         ...”E não ouse questionar o prazo de validade dos alimentos”.

         “Procurar não gastar mais do que ganha”.     Cozinhar garante uma alimentação mais barata, de mais qualidade e mais saudável.

         Frutas e legumes em geral são mais baratos nos Sacolões.

         Vai chegar o dia que seus familiares quererão te visitar na sua morada.  Você vai tremer, mas vai tirar de letra.

        

         Continua no capitulo 15/20

terça-feira, 26 de setembro de 2023

CAP. 13/20 - fichamento do livro - MANUAL DO INFINITO - Relatos de um Autista Adulto - Autor: HENRIQUE VITORINO

 capítulo 13/20                SETEMBRO DE 2023

        

         ...”um autista também pode ser homofóbico, racista ou misógino.   É triste dizer que a violência foi uma companheira constante em minha existência autista.”

         “No ensino fundamental e médio, fui xingado uma porção de vezes.   Mais comuns, os termos:  retardado, boca-aberta, cabeção”.

         “Eu já fui extremamente agredido em relação à minha sexualidade”.

         ...”já cheguei a ficar de joelhos sobre grãos de milho, ou beber água salgada porque sentia desejos sexuais”.

         “Me considerava o pior pecador de todos – tanto pelo meu desejo carnal, como pela minha atração por homens”.   Na cabeça de meus colegas de sala eu era o viado que ia ser padre porque não gostava de mulher.

         ...”Lembrem-se que a violência nunca pode ser normalizada”.

         ...”Apesar de nossa incrível diversidade, temos uma articulação e uma voz poderosa como autistas”.

         Capítulo -  Minha cara:  um desabafo poético sobre o mascaramento.

         “E quem tem que optar pelo isolamento, pois até uma ida ao supermercado é fonte de sofrimento?”

         “Por que o autista não pode ter o seu próprio espaço?”   “E quando querem tirar minhas coisas do lugar?”

         Tomo III – O infinito em mim.  Artista ou Autista: fronteiras do TEA Transtorno do Espectro Autista nas artes.

         Eu como músico   “Devo olhar nos olhos do público, passar-lhes segurança e cantar a mensagem que sempre quiseram dizer, mas que nunca transmitiram”.

         “Talvez a única arte que tolera o autismo com mais facilidade é a literatura, pois o ofício de um escritor é sempre solitário”.

         “Meu analista tinha razão ao dizer que a frequência do meu trabalho artístico é proporcional à minha saúde mental: quanto mais eu produzo, mais eu me sinto saudável e psicologicamente são”.

         A condição econômica de cada família de autista terá relação com sua chance maior ou menor de desenvolver certas habilidades.

         Muitas vezes os autistas tem que trabalhar em empregos mal remunerados, abaixo da capacidade deles e “que minam a sua saúde emocional”.

         Escrever...  “a literatura revela os segredos do meu pensamento,”

         Capítulo – Eu me toquei:  a como a sexualidade me tirou do ostracismo.

         Tempo de seminarista e a castidade.  O drama do celibato.

         “Minha sinceridade exigiu um corte na carne.  Preferi não prometer entregar minha vida a Deus e optei por escolher a mim mesmo.”

         “Foi uma escola dura, mas necessária e sadia.   Aos 23 anos de idade “foi quando pude libertar meus desejos com uma pessoa”.

         ... “ano de 2013, quando sai do seminário e iniciei minhas vivências afetivas.   O processo de aceitação da minha sexualidade foi árduo, difícil e sofrido.   Passei dois anos em intenso conflito comigo mesmo e com minha família.

         ...”nova oportunidade de conversa entre minha mãe e eu.   Pela primeira vez depois de quase três anos, ela entendeu que eu só era feliz dessa maneira”.

         “Tive uma experiência de namoro curta, de três meses e uma experiência de namoro mais longa, de quase oito anos”.

         “A minha vivência sexual me ensinou que mereço amar e ser amado.

...”Que possamos sempre nos abrir em busca do amor da nossa vida, mesmo que esse amor seja vivenciado apenas com um beijinho nos lábios”.   “Ou de carícias que, só de falar, me deixam todo vermelho”.

 

           Próximo capítulo   14/20