Para transportar os queijos mineiros na época até o RJ em
balaios (cestos) no lombo de burro, colocava-se um cesto de cada lado, sendo
que transportavam em média 50 queijos por cesto. Cem queijos por burro.
Em MG criavam muito porcos para engorda. O toucinho de porco era muito usado na época
e muito deste exportado para o RJ.
Plantavam cará e inhame que são tubérculos e que usavam na alimentação
dos porcos para engorda.
O cesto em lombo de
burro levava 45 kg de toucinho e sendo dois cestos por burro, a carga era de 90
kg. Os burros já mais treinados nesse
serviço conseguiam transportar até 120 kg de toucinho cada viagem.
Em MG criam carneiros e tosquiam duas vezes por ano. Usam a lã para roupa rústica dos escravos e
para grosso chapéu que protege os trabalhadores no sol forte.
Os fazendeiros quase não tinham cuidado com os carneiros. Muitos eram predados por cães e animais
selvagens.
Em MG, as fazendas de gado ocupam bem menos escravos em
relação aos garimpos de ouro e a cultura da cana de açúcar.
Ao contrário dos donos de garimpos, os fazendeiros de gado
em geral trabalham junto com seus empregados na lida com o gado. O mesmo acontece com os filhos dos
fazendeiros. Estes no geral não recebem
atenção aos estudos.
O pesquisador não deixa de citar o costume que ainda se usa
nos dias atuais pelo interior do Brasil na forma de colocar os moirões das
porteiras das fazendas. Uma pequena
inclinação no moirão que segura a porteira, faz com que esta se abra com ajuda
da pessoa e ao ser solta, esta se fecha por conta da pequena inclinação. Página 58
Capítulo V – Viagem pela região do Rio Grande MG
No alto da serra, por volta dos 1.100 metros acima do nível
do mar, há bastante araucárias da espécie que tem como nome comum o Pinheiro do
Paraná.
O autor cita que mais que a altitude, a temperatura baixa
era a que mais se adaptava aos pinheiros.
O pinheiro adulto tem a forma de um candelabro. Como leitor, morando em Curitiba, mesmo na
cidade é raro não ter ao menos uma araucária por quarteirão. Tem uma no quintal ao lado da minha casa.
Nos campos, sol e vento e faziam mal para os europeus do
grupo. O pesquisador usava guarda sol
para se proteger do sol forte. O
auxiliar dele não usava e sofria com o sol.
Estão na região de Barbacena MG.
“Os fazendeiros, embora habituados ao clima, sempre usam um guarda-sol quando andam a
cavalo”.
Passou pelo lugarejo de Madre de Deus. Quase desabitado. Os moradores só aparecem quando o padre vem
rezar missa no povoado.
Cap. VI - Visita a
São João Del Rei
E a equipe viu e matou uma cobra urutu, que é muito
venenosa.
Em São João Del Rei o autor assiste a uma Procissão das
Cinzas feita sob a iniciativa da Confraria de São Francisco. O padre não participava da procissão há
mais de dez anos porque a confraria fazia tudo do modo dela e sempre fora da
sintonia com o que determinava a igreja.
Ao ponto do padre reclamar para o Bispo e não havia resultado porque os
da confraria tinham força política e mantinham as coisas do jeito deles e não da
igreja.
Poucas opções de estudos na região naquela época. Havia em Mariana-MG um Seminário que
propiciava estudo de qualidade.
O autor diz que a escravatura no Brasil força várias pessoas
a agir fora da lei até pela questão dos problemas sociais. Delitos decorrentes da vida miserável de
tantas pessoas.
O autor fala de reputação... “O escravo não tem mais reputação do que um
boi ou um cavalo e, como eles, está à margem da sociedade humana”.
O escravo é punido até por pequenos deslizes.
Próximo capítulo 5/10