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sábado, 7 de maio de 2022

CAP. 18/27 - Fichamento - livro - LULA - BIOGRAFIA - Volume 1 - Autor: Jornalista FERNANDO MORAIS - edição 2021

 Cap. 18/20

 

         Na época o governo e o patronato ficavam desacreditando os dados do DIEESE e o Banco Mundial fez uma pesquisa e a conclusão que os dados do governo eram marretados e os do DIESSE estavam corretos.    Nessa época o diretor técnico do Dieese era o economista Walter Barelli que dirigia uma equipe com vários outros economistas.    Descobriram examinando dados do governo federal que os dados oficiais eram distorcidos.     Era tempo em que os sindicatos lutavam ao menos para obter as reposições das perdas causadas pela inflação.

         Nessa época, incluindo parte dos anos 70, Lula comandava o sindicato dos metalúrgicos do ABC e o Joaquinzão do sindicato dos metalúrgicos de SP usavam estratégias diferentes.   Lula e sua entidade buscavam repor as perdas no embate direto na mesa de negociação com os patrões.   Joaquinzão usava a estratégia de entrar sempre na justiça e esta decidia o índice a ser aplicado.     Joaquinzão foi presidente do sindicato de SP por 21 anos.

         Os Cursilhos da Cristandade surgiram na Espanha nos anos 40.   Estavam bem presentes no Brasil dos anos 70 e Lula, viúvo recente, por breve tempo foi engajado por colega de diretoria do sindicato e fez cursilho.  Andava rezando com alguma frequência ou mesmo esboçando o cantarolar de algum hino em voz bem baixa vez por outra.

         O irmão dele, frei Chico, um dia chamou a atenção dele dizendo que via o risco de fanatismo.    Logo Lula se desiludiu do grupo de cursilho porque descobriu que os palestrantes e lideranças do mesmo pregavam uma coisa e andavam praticando coisas que não eram compatíveis com a fé cristã.

         Depois Lula passou por uma fase de namorador.   Chegou a ter quatro namoradas fixas ao mesmo tempo.    Conheceu dona Marisa, inspetora de alunos, aos 23 anos de idade, também viúva.  Ela era loira, descendente de italianos.   Marisa Letícia Rocco Casa.    Ela estava no quarto mês da gravidez quando perdeu o marido.     

         Paralelamente, Lula namorando com a enfermeira Mirian com quem acabou tendo uma filha, a Lurian, nome que contém parte dos nomes dos pais.      Mirian que numa campanha para presidente foi apresentada pelos opositores como alguém que na ocasião da gravidez dela, teria sido por ele estimulada a abortar, coisa que não era verdadeira.

         Lula se casou com Marisa e compraram uma casinha popular para morar.   Casa de 33 m2.

         Capítulo 12 – Em sua primeira viagem ao exterior, Lula deixa Toquio às pressas e volta ao Brasil:  seu irmão (frei Chico) estava sendo torturado no DOI-CODI.

         Por essa época, chapa para eleição do sindicato.  Vidal era já detentor de dois mandatos como presidente e Lula tinha sido suplente num mandato.  Vidal era metalúrgico em uma empresa de Mauá-SP e esta era fora da base do sindicato e teria problema para tentar nova presidência.   Lula passou a ser o candidato a presidente pelo desempenho mesmo sendo suplente até então.   Na base do sindicato, 100.000 metalúrgicos.   Posse de Lula e equipe com grande número de convidados, inclusive contando com a presença do Governador de SP, Paulo Egídio.   Ao redor de 10.000 convidados presentes.

         No discurso de posse, Lula ainda tímido, tremeu muito e outra pessoa segurou o microfone na fala dele.     Ele leu o discurso de posse, escrito por ele com antecedência.   Confirma que foi seu único discurso escrito.  Os demais, todos de improviso.

         O governador de SP, nomeado pelo General presidente, foi depois questionado por ir a um evento do operariado.    E o governador justificou:  Fui porque o Lula não é comunista e derrotou os comunistas na base dele.

         Lula presidia o sindicato mas Vidal, agora secretário, tentava ocupar o espaço destinado ao presidente.    Lula percebeu que os dirigentes sindicais costumavam ficar encastelados no escritório do sindicato e quase não visitavam os operários da base nas fábricas.   Buscou mudar isso e passou a frequentar os locais onde estavam os metalúrgicos.  Ouvir a base.

         Em 1975 Lula e mais dois sindicalistas foram ao Japão a convite da Toyota e da Nissan.   Aqui no Brasil a ditadura já tinha caçado literalmente os “subversivos” que enfrentavam o regime.

 

                   Continua no capítulo 19/20     (estendido para 27 capítulos devido à quantidade de informações contidas no trecho)

 

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