capítulo 4/6
Outro
conto – Que fim levou o Vampiro de Curitiba?
Moela,
coração e sambiquira (parte com costelas e pouca carne)
Como
a nora trata o sogro viúvo. “Naquele
dia da minha ruina, empurrou o prato como quem dá a um cego na porta. Pedacinho mais duro da carne magra.”
“Ainda
esperamos... encontrar e essa dona pedindo esmola na escadaria da igreja”.
“Irmão
eu me fiz do cachorro sarnento que lambe a própria ferida”.
... “Todas as noites do velho são dores,
eis que vem o fim”.
Os
velhinhos - Os velhinhos num asilo. Comida controlada. “Dois compram um bolo em sociedade, para
evitar briga, um corta e outro escolhe a parte”.
“Nunca
a visita de parente, jamais uma simples carta, embora sempre escrevendo para os
amigos”.
Quando
um vai ao banheiro os outros criticam -
“- Aposto que não puxa a descarga.
Não tem pontaria, o porco. Vai
molhar a tampa”.
Outro
conto – Roupinha de marinheiro
“O
defunto sendo velado. “O sol em cheio
no caixão roxo de enfeite prateado – o sapato de verniz, sola preta imaculada
para andar no céu”.
O
defunto... “boquinha torta para a
esquerda – de tomar um café com leite na réstia de sol”.
“Ao
lado do caixão a tia espanta as moscas e enxuga uma lágrima fingida”.
O
defunto foi noivo e se suicidou.
...”Nunca mais ouvir a curruíra debaixo da janela?”.
Outro
conto - O quarto de espelhos
O
rapaz larápio e beberrão. Tiro no
ouvido. Internado e não morreu. Quer beber bebida alcoólica no hospital. O médico o repreende. Depois o médico desabafa. “Esses moços não sabem se matar. Um tiro no ouvido é o mais difícil. Tem que voltar o cano para cima”. “Tiro no ouvido, reto, sai pela bochecha
do outro lado do rosto. Deixa meio surdo
e de boca torta.”
Outro
conto – Essa maldita senhora
A
esposa reclamando que o marido era muito ganancioso e não desfrutava a
vida. Ele nem ligava para os conselhos
dela. “Pote de merda viva o coração do
homem”.
Ele,
casado e pai de família não trata bem a esposa.
Ela arruma uma companheira. Ele
fica arrasado. Tudo na casa dele. “Da paixão pela senhora e ódio por mim”. “Odeie se quiser. Só não me abandone”.
“A
baixinha de óculos escuros. Não tira
nem dentro de casa. Para esconder as
olheiras. O mais triste é que parece
feliz, até mais bonita”.
“As
duas brincando na espuma da banheira”. “Como
não posso fumar?”.
Outro
conto – Meu pai, meu pai
O
filho pequeno pergunta para a mãe. “Por
que o pai tinha que beber?”
“Bêbado,
incapaz de recolher o carro na garagem”.
“Quanto mais ela brigava, mais ele bebia...”
Levado
por dois irmãos, ele foi internado num hospício para largar de beber. Ele ficou revoltado ao extremo com a esposa.
“Um
dia voltou e passou dez anos sem beber.
Já de casa nova, empregado como viajante, num dia de aniversário do
filho, bebeu uma dose de uísque. A
esposa repreendeu e daí ele tomou todas.
Mais
adiante, o filho chegando em casa embriagado.
“A mãe na porta, ora dragão flamejante, ora São Jorge trespassando o dragão”.
Discussões
em família. ...”o olhar de censura do
próprio Cristo na Santa Ceia na cabeceira”.
O
pai morreu de um ataque fulminante. “Ao
ve-lo em sossego no caixão, o filho reconheceu como eram parecidos. O mesmo pavor pelo dentista. A mesma graça que divertia os parceiros de
bar. Só que ele tinha todas as desculpas
e o velho, nenhuma”.
Continua no capítulo 5/6
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