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sexta-feira, 15 de outubro de 2021

CAP. 07/35 - fichamento - livro - HUMANOS DE NEGÓCIOS - Histórias de homens e mulheres que estão (re) humanizando o capitalismo - Autor: RODRIGO V. CUNHA - Ed. Voo - 2020

CAP. 07/35 

     Safia é liderança no setor e foi em 2006 laureada com a Ordem do Império Britânico pela Rainha Elizabeth.    Ela é filha de pai indiano-mauriciano com mãe suíça.    Os avós de Safia eram empreendedores sociais.     Ela na juventude.    ...”eu nunca tinha pensado sobre relacionamento entre os produtos e as pessoas responsáveis por fazê-los”.

         “Os consumidores poderiam dar voz a pessoas economicamente marginalizadas”.

...      vender café produzido por índios mexicanos de Chiapas, marginalizados.    Safia e sua iniciativa conseguiu colocar o café deles no exterior, valorizando o lado Socio Ambiental, além da qualidade do produto.

         Ela leu inclusive o livro do americano Noam Chomsky – “Manufacturing Consent: The Political Economy of Mass Media”.

         Ela morando no Japão montou um negócio de produtos no Comércio Justo.   Escoando produtos à base de algodão orgânico da Índia, Bangladesh e Zimbabue.   Em seis anos conseguiu estabelecer cadeias de comércio justo em oito países.   A empresa dela se chama People Tree, fundada em 1991.    Ela conseguiu que as peças vendidas pela People Tree seguissem o Padrão Global de Texteis Orgânicos certificadas pela Soil Association.

         Receberam também selo de produto da World Fair Trate Organization.   Colocam os produtos em mais de 500 pontos de venda no mundo além de manter loja na Inglaterra e no Japão.

         Quase três décadas de atuação e mostram que é possível o Comércio Justo.   Um alento ao mundo.    “Esses valores já estão incorporados à decisão de compra de um terço dos consumidores de todo o mundo, de acordo com a Mc Kinsey & Company”.   Produzir e comercializar respeitando os ditames da Sustentabilidade Social e Ambiental.

         A indústria da moda é o segundo setor da economia mundial que mais consome água, além de produzir cerca de 20% das águas residuais do mundo.

         Tecidos de micro fibras sintéticas descartados nos oceanos são estimados em 500.000 toneladas por ano.

         GEE Gases do Efeito Estufa.   Do total de gases emitidos, 8 a 10% vem da indústria da moda.    Isto é mais do que toda a aviação mais o transporte marítimo mundial.

         Safia já lançou nove livros sobre moda sustentável.       

         O Comércio Justo ajuda a erradicar o tráfico humano e o trabalho análogo ao trabalho escravo.    (há em São Paulo muitos casos envolvendo bolivianos que são trazidos para trabalhar no setor de confecções em condições péssimas e sempre tem havido denúncias ao Ministério do Trabalho).     Pelo fundo afora, não é diferente.

         Ela participa do (Re)humans.      “... precisamos focar em transformar agora nosso sistema capitalista disfuncional para evitar a catástrofe climática e o colapso ecológico”.

         “Nossos filhos e netos estão forçando os adultos de suas famílias a agir e pensar em seu futuro”.    “O direito deles de ter um futuro...”

         Ela como articuladora -  “... atuar junto a formuladores da política da moda...”

         “Levei, por exemplo, a atriz Emma Watson, designers e jornalistas famosos até as favelas para conhecerem os trabalhadores das fábricas de roupas, sentarem em suas camas e ouvirem suas histórias”.

         “Há casos de mães que ficam até seis meses longe dos filhos...    Totalmente diferente do que ocorre no Mercado Justo.    Neste se leva em conta se as trabalhadoras estão perto dos seus filhos.

         “Ela é fã declarada da ativista Greta Thunberg”.    Cita um grupo de ativistas da Extinction Rebellion.

         A voz da Safia já ecoa no Forum Econômico Mundial.   Já esteve no Brasil em dezembro de 2018 para visitar artesãos e produtores e participar do 2º Forum sobre Comércio Justo e Ético entre a União Europeia e Brasil.

         Ela fala de ecocídio que se avizinha.

         Bate papo do autor do livro com a Safia:

         Desde a década de 80 que ela lida com Fair Trade  (Comércio Justo).

         A iniciativa mais marcante vem da Inglaterra com o Ethical Trade Initiative.      “Agora todas as empresas britânicas que faturam a partir de 38 milhões de libras por ano precisam dizer o que estão fazendo para erradicar a escravidão moderna dentro da sua cadeia de fornecimento”.

         

quinta-feira, 14 de outubro de 2021

CAP. 06/35 - fichamento - livro - HUMANOS DE NEGÓCIOS - Histórias de homens e mulheres que estão (re) humanizando o capitalismo - Autor: RODRIGO V. CUNHA - Editora Voo - 2020

CAP. 06/35 

     Ele abriu uma pequena loja na Rua Oscar Freire em São Paulo.   O foco dele era ouvir as clientes no que ele chama de “escuta ativa”.    “Grande parte das nossas interações é de interações projetivas, a gente ouve parcialmente.    O silêncio interno é imperativo para compreender a perspectiva do outro”. 

         A experiência mais humana.   O valor da empatia.

         Dados do SEBRAE – quase 25% das empresas sucumbem em dois anos e quase 50% em quatro anos.

         Ele disse que a Natura quase entrou nessa estatística.    Ele chegou a vender o fusca da família para injetar capital na empresa.    Apresentava os produtos que fabricava aos Salões de Beleza.   Muitas clientes adquiriam o  produto e se interessava em revender também.   Aí ele foi estruturando a rede de distribuição.   Essa rede se iniciou em 1972/1973 – rede de venda direta.    “Venda Direta ou venda por Relações”.   Há uma consultora da Natura que está com 85 anos de idade e ainda atua com a Natura e tem 42 anos como consultora da empresa.

         No ano de 1974 ele fechou a loja da Rua Oscar Freire em São Paulo e o foco era na rede.   Passou a ter sócios que ajudavam na rede de distribuição.     Bem mais recente, comprou a Avon e expandiu a Rede Natura por mais de cem países.   Tem inclusive loja em Paris.

         Abriu o capital da Natura e migrou da gestão familiar para gestão profissional.   Ele é médium espírita.

         Entrevista com Luiz Seabra promovida pelo autor deste livro.

         Formação da pessoa – ele acha que a atenção e o carinho na infância são primordiais.  “A base emocional define o destino”.

         “Ele percebia que a indústria da beleza vinha explorando o medo do passar no tempo”.    Uma visão dele:    “Uma experiência filosófica que nós vamos ter que viver como sociedade é uma transição da competição exacerbada entre países, empresas, pessoas, para uma forma de cooperação na construção de sociedades”.

         Visão de futuro:   “Funções sociais mais centradas no ser do que no ter”.

         Lá atrás, no tempo dos barbeadores, consultou o vidente Sana Khan.  O vidente predisse que ele seria “um trator... semeador...”

        

         Segundo Humano de Negócios – SAFIA MINNEY

         Quem paga o preço da roupa barata?   

         O mundo está produzindo anualmente 140 bilhões de novas peças de vestuário.    Isto para 7,6 bilhões de pessoas.     Só a rede Zara lança até 24 coleções por ano.   É o que chama de fast fashion.   Roupas quase descartáveis.

         Roupas geralmente costuradas nos países pobres como Bangladesh, Paquistão e Sudeste Asiático.   Remuneração miserável aos empregados; jornadas longas e contato com produtos químicos perigosos nos tecidos.

         Tudo sem preocupação com o meio ambiente.

         A cadeia produtiva do vestuário/confecções é a segunda mais danosa ao meio ambiente em termos mundiais, só perdendo para a do petróleo.

         Safia tem contato com a Rede Nelis que busca a Sustentabilidade.

         ...” e usar a produção de roupas e tecidos para promover um sistema construído na justiça social e ambiental”.

         Safia foi uma das primeiras no fair trade que é um movimento “um sistema que promove a transparência, a responsabilidade e a parceria entre compradores e fornecedores”.   Tradução – Comércio Justo.

           A expressão surgiu nos anos 1990 como “Comércio Alternativo”.   “... é provar ser possível um novo sistema econômico que coloca as pessoas e planeta com o mesmo nível de importância que o lucro”.

         Duas entidades:

         Fair trade International e a World Fair Trade Organization lideraram esse movimento.         ...”conectadas com os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável definidos pela ONU.

         Safia é liderança no setor e foi em 2006 laureada com a Ordem do Império Britânico pela Rainha Elizabeth.    Ela é filha de pai indiano-mauriciano com mãe suíça.    Os avós de Safia eram empreendedores sociais.     Ela na juventude.    ...”eu nunca tinha pensado sobre relacionamento entre os produtos e as pessoas responsáveis por fazê-los”. 

quarta-feira, 13 de outubro de 2021

CAP. 05/35 - fichamento - livro - HUMANOS DE NEGÓCIOS - Histórias de homens e mulheres que estão (re) humanizando o capitalismo - Autor: RODRIGO V. CUNHA - Editora Voo - 2020

CAP. 05/35

 

     São líderes com intenso senso de justiça, resiliência, ética, idealismo, empatia e compaixão, com capacidade de inovação e comunicação.    HuNe Humanos de Negócios ou ReHu (Re)Humans.

         “São capazes até de injetar um certo romantismo nos negócios, ao nos fazer acreditar que é possível ter mais em jogo do que dinheiro”.

         Página 35 – Nos USA, declaração de 181 líderes empresariais.   “O lucro dos investidores não será mais importante do que as necessidades dos outros stakeholders como clientes, funcionários, fornecedores e comunidades locais.

         ...”há um despertar espiritual no mundo e isso está se refletindo nas empresas”.     “Não se trata de religião no local de trabalho; trata-se da necessidade de se reconciliar com o aspecto humano das empresas”.     “E da conexão com o planeta, a fonte de tudo que temos, um imenso organismo vivo”.

        

         Entrevistado:   Luiz Seabra da empresa Natura – O mago dos negócios

         Ele é paulistano, foi bom aluno e veio de família de poucos recursos.

         Aos 15 de idade já trabalhava no mesmo emprego do pai.   Recebeu proposta da Remington Rand no setor de fabricação de barbeadores elétricos.   Em cinco anos de emprego já era chefe do departamento pessoal.

         O fascínio dele é o relacionamento humano.   “logo descobri que a autoridade só é respeitada à medida que você respeita de volta, com base no diálogo aberto, franco e transparente”.   

         Ele muito jovem já tinha colocado a si o desafio de elaborar creme para a irmã usar num salão de beleza.   Nisso já buscava informações sobre a pele das pessoas.    O setor de barbeadores também tem conexão com essa preocupação.     O barbeador era um concorrente da Gilette.     Mais adiante a Remington fechou no Brasil sua fábrica de barbeadores e ele deixou o emprego.

         Ele foi trabalhar numa fábrica de cosméticos que tinha só dezessete colaboradores.

         O pai dele era português e veio para o Brasil com a cara e a coragem fugindo da Primeira Guerra Mundial.  No começo, dormia na areia da praia no Rio de Janeiro por não ter recursos.   Na busca de oportunidade, veio à pé do Rio à cidade de São Paulo onde começou a nova vida.

         A mãe dele, mineira, filha de portugueses.    Ele tem mais três irmãos e seu pai era católico.    Ele acompanhava os pais nas missas e era comum ele desmaiar na hora do uso do incenso com o odor forte.    (ele diz que também via coisas... seria mediunidade – a mãe era espírita e seguia também a Seicho No Iê).   Ele diz:    “Pessoas de origem pobre muitas vezes precisam de um apoio religioso ou espiritual.   Qualquer coisa que traga esperança de dias melhores”.

         Bem jovem, colocado para bater de porta em porta e vender a Revista Sentinela ou a Biblia.      Diz que essa experiência de contato com o público ajudou na formação dele.   Ele pregava com base na Biblia.   “A descoberta do outro”.   Era um processo de espalhar a palavra, que foi muito importante para a Natura.

         Na juventude leu textos Rosa Cruz.    A irmã dele aos 21 de idade, iria trabalhar com limpeza de pele e ele então aos 12 sentiu que iria fazer os cremes para pele.

         Mais adiante, se empregou com um francês que fazia cremes para pele e cabelos.

         Trabalhou depois na Mesbla que era o top da época.   Nesse tempo ele era casado e estava para chegar o seu quarto filho.

         O francês dos cremes chamou ele para ser sócio no negócio.   O nome da empresa lembrava coisa francesa e Luiz já sonhava em lidar com produto mais natural e disso surgiu o nome Natura.   A Natura começou em 28-08-1968.

         Até na cabeça dele tinha aquilo de que cosmético era coisa para o sexo feminino apenas.   Nesse começo da Natura, as empresas fortes no setor eram as multinacionais Avon e Helena  Rubinstein.

         Ele abriu uma pequena loja na Rua Oscar Freire em São Paulo.   O foco dele era ouvir as clientes no que ele chama de “escuta ativa”.    “Grande parte das nossas interações é de interações projetivas, a gente ouve parcialmente.    O silêncio interno é imperativo para compreender a perspectiva do outro”. 

         A experiência mais humana.   O valor da empatia.      

segue no próximo capítulo... 

sábado, 9 de outubro de 2021

CAP. 04/35 - fichamento - livro - HUMANOS DE NEGÓCIOS - Histórias de homens e mulheres que estão (re)humanizando o capitalismo - Autor: RODRIGO V. CUNHA - Editora Voo - 2020

 “Em 2004 o autor entrevistou os 25 mais bem sucedidos do Brasil.  Fez a seguinte pergunta:

         “- Do que você se arrepende?”.      “Uma grande parte deles lembrou, com voz grave, não ter visto seus filhos crescerem”.

         Os empresários de sucesso...  “com agenda extremamente ocupada e uma vida despersonalizada, estão trabalhando para criar as armadilhas em que nos enfiamos”.

         Jonathan Franze em seu livro “Pureza” – sobre o dilema contemporâneo:    “Ele estava tão hipnotizado por privilégios e autoestima que não percebeu que era apenas o instrumento de outra pessoa”.

         O autor diz que já está havendo um despertar para o problema.   Cita dados de 2015 em pesquisa YouGov.    Povos que acham o regime atual (capitalista) injusto:   64% dos britânicos; 55% dos norte americanos; 77% dos alemães.

         Dados do Programa da ONU para Assentamentos Humanos mostra “99% do que consumimos é jogado fora em menos de seis meses.   Boa parte disso não é reciclado – é descartado.   O planeta não aguenta mais.

         Somos ao todo hoje no mundo, 7,6 bilhões de pessoas.

         “Desde  1970, conseguimos matar 60% da vida selvagem no mundo destruindo seus habitats”.

         Tempos de pandemia do corona vírus.   Estudo do PNUD que é o Programa da ONU para o Desenvolvimento -  Em junho de 2020, entre outros dados do PNUD, 1,6 bilhão de trabalhadores informais perderam 60% do seu rendimento.

         A internet nos conecta e constatamos o exagerado consumismo.

         Essa desacelerada causada pelo covid-19 pode servir para refletirmos e possivelmente ajustarmos o ritmo e rota de vida.

         “Depois da noite escura, sempre vem o amanhecer”.

         Hoje em dia há muitos inconformados “infiltrados no sistema”, transformando-o literalmente...

         Listei pessoas, depois fiz contatos com elas e muitas eu não conhecia.  “Também não tentei, em nenhum momento, impor minha ideia aos entrevistados ou provar uma tese.    Queria ouvi-los e conhecer suas histórias de vida...

         O autor passou dois anos nos contatos e entrevistas.    Ele os chamou de Humanos de Negócios...   “são lideres que redesenham o futuro, criando uma nova narrativa de sucesso”.    São os lideres que precisamos para o futuro de um capitalismo com alma, consciente.

         Futuro menos predador; mais humano.

         Dia 1 de agosto é o Dia da Pachamama, a Mãe Terra.

         Ele cita o dia da Sobrecarga da Terra, controle feito pela Global Footprint Network que indica como estamos integrando e consumindo os recursos do planeta.

         No Japão já criaram um nome, o Karoshi, que em tradução literal significa “morte por excesso de trabalho”.

         Citou um Zen Budista, autor do livro Medo.   É o Mestre Zen Thich Nhat Hanh.

         Em maio de 2019 houve uma reunião de trinta (Re) Humans, abreviatura para Regenerative Humans   ... preocupados para além de manter o que já temos, buscar meios de reconstruir o que destruímos do planeta.

         Quem são esses Humanos?      ...”resgatar o verdadeiro espírito do trabalho:   Servir às pessoas, e não ao capital”.

         ... lideres que.... “escolheram, após muita angústia e dúvida, escutar a voz interna, desviar da manada e seguir o caminho que consideravam mais importante para si.   Às vezes, contra tudo e todos”.

         São líderes com intenso senso de justiça, resiliência, ética, idealismo, empatia e compaixão, com capacidade de inovação e comunicação.    HuNe Humanos de Negócios ou ReHu (Re)Humans.

quinta-feira, 7 de outubro de 2021

CAP. 03/35 - fichamento do livro - HUMANOS DE NEGÓCIOS - Histórias de homens e mulheres que estão (re)humanizando o capitalismo - Autor: Rodrigo V. Cunha - Editora Voo - 2020

 capítulo 03/35                outubro de 2021

        

         Na história da humanidade, o primeiro ciclo de concentração de riqueza – capitalismo agrário.   Depois a Inglaterra com o Mercantilismo e em seguida a Revolução Industrial.

         O capitalismo melhorou as condições de vida dos povos.   “Porém onde há luz, há sombra também”.

         Página 25 – Já no ano de 1304, na capela Degli Scroveni em Pádua na Itália, Giotto pinta o afresco de Jesus expulsando os mercadores do templo.   Mercadores e cambistas.  “antro de ladrões” que irritou Jesus.

         Cita Adam Smith, 1776 no tempo da Revolução Industrial e o livro A Riqueza das Nações.    ...”não é da benevolência do açougueiro, do cervejeiro ou do padeiro que esperamos nosso jantar, mas da consideração que eles tem pelos seus próprios interesses”.

         Afirma o autor deste livro: “os capitalistas ganharão muito mais dinheiro tratando seus trabalhadores de forma legal e humana”.

         Século XVIII e a riqueza da Inglaterra na Revolução Industrial.   A cidade inglesa de Manchester era um foco de produção de riqueza.   Em 1854 Charles Dickens escreveu Tempos Difíceis, relatando o sacrifício do proletário inspirado na Manchester de então.

         26 – Ano de 1999 – Numa reunião da OMC Organização Mundial do Comércio, protestos desfizeram o arranjo do ambiente onde haveria a reunião e se notou que havia mais insatisfeitos do que os ricos de então.

         Mais recente, a Apple acusada de centralizar tudo e massacrar os pequenos na cadeia de fornecimento de componentes.

         Em 2015 episódios de suicídios na fábrica da Fox Conn na China, a principal fornecedora da Apple em componentes para iPhones.  Houve na fábrica 14 suicídios de trabalhadores na mesma fábrica por fadiga.   Ao ponto da empresa colocar redes nas laterais do prédio para evitar novos suicídios.

         27 – A humanidade nunca teve tantas possibilidades.   Sondas chegando a Marte.   Nos USA, a expectativa de vida está caindo.   Dados do CDC Centro de Controle e de Prevenção de Doenças mostra dados com base em 2018:         Em 2014 – media de vida do americano – 78,9 anos

         Ano de 2018 – média de vida do americano – 78,6 anos.    Esta queda não acontecia lá desde 1993.     As três maiores causas de mortes nos USA:  1ª por doenças do coração; 2ª por câncer; 3ª por injurias não intencionais (que dentre outras, engloba overdose de drogas)

         2017 – Mais de 63.000 morrem por ano por essas injurias não intencionais (drogas etc).    Número maior que o de soldados americanos que morreram na longa guerra do Vietnã.

         Foi elevado o número de mortes por covid-19 nos USA. 

         Na primeira década do século XXI tivemos o menor número de mortos em guerras desde o fim da Segunda Guerra Mundial.

         O começo isolado do protesto da então pré adolescente sueca Greta Thunberg em agosto de 2018 quando ela tinha 16 anos.   Ela ia no horário que seria da aula, toda sexta feira, para a frente do Parlamento em Estocolmo para protestar contra os causadores das mudanças climáticas.

         Ela foi convidada em setembro de 2019 para um evento da ONU sobre Ação Climática, reunião esta com chefes de Estado dos principais países do mundo.    O evento sendo na ONU nos USA, ela por um gesto de coerência, resolveu não ir de avião (que seria mais poluente) e foi de barco a vela num percurso de quinze dias da Suécia até os USA.

         28 – O autor destaca duas falhas do capitalismo:

         1 – “Ele sistematicamente se inclina a ignorar o sofrimento dos trabalhadores, a menos que seja regularmente incitado a não faze-lo”.

         2 – A riqueza das empresas é muitas vezes construída para satisfazer coisas que não são necessidades essenciais dos seres humanos.    

         “Sofrimento de um lado, para atender desejos supérfluos do outro”.

         “Pessoas bem sucedidas são aquelas que tomam antidepressivos, que criam sua própria doença com excesso de trabalho e procuram maneiras caras de curá-la, como viajar para lugares remotos para se reconectar”.

         Na Idade Média era forte a presença da igreja na luta pelo poder.  Hoje as corporações oprimindo as pessoas.   “Muitos casos de corrupção, subornos, más práticas”.

         “Em 2004 o autor entrevistou os 25 mais bem sucedidos do Brasil.  Fez a seguinte pergunta:

         “- Do que você se arrepende?”.      “Uma grande parte deles lembrou, com voz grave, não ter visto seus filhos crescerem”.

 

quarta-feira, 6 de outubro de 2021

CAP. 02/35 - fichamento - livro - HUMANOS DE NEGÓCIOS - Histórias de homens e mulheres que estão (re) humanizando o capitalismo - Autor : Rodrigo V. Cunha - Brasil - Editora Voo - 2020 - 410 páginas

CAP. 02/35

         O autor, depois de trabalhar no Jornal Zero Hora de Porto Alegre e na revista Você S.A, foi para o Banco Real e deste, já em 2008 o Banco Real foi considerado pelo jornal inglês Financial Times o banco mais sustentável do mundo.

         Página 20 – Cita o personagem ganancioso (agiota) do livro O Mercador de Veneza (que eu li – de William Shakespeare).

         O Banco Real lá pelo ano 2000 resolveu resgatar a função de uma instituição financeira:   ajudar a desenvolver a sociedade.

         Já nesse tempo, cortaram o crédito a empresas ligadas à devastação das florestas da Amazonia.   O       pioneiro Barbosa do Banco Real ganhou da ONU um prêmio Campeões da Terra, este que é a maior honraria ambiental da ONU.    Fábio Barbosa usava sempre a frase:   “É preciso dar certo, fazendo as coisas certas, do jeito certo”.

         O autor trabalhou no Banco Real por oito anos e parte desses anos o Real passou a ser controlado pelo Banco Santander.

         Ele, o autor, se envolve com a conferência TED que é uma referência global no compartilhamento de boas ideias capazes de mudar o mundo.

         Participou do projeto TED x Ilha Grande e outros projetos.

         Em 2013 ele fundou a Profile PR, uma Agência de relações públicas que trabalha com marcas, projetos e pessoas com visão de sustentabilidade...

         ...”o cuidado com as relações e com o planeta enquanto se faz negócios.

         Em 2013 assume o Papa Francisco.   Edward Snowden expos segredos de abusos da espionagem dos USA.  No Brasil o cenário era de insatisfação com a classe política.

         22 – Cita texto indu antigo e uns princípios.   Um deles se refere aos meios de vida.    De quanto preciso para viver bem.

         Pesquisa mostra que os que já tem um bom ganho, se acrescentar um pouco mais, faz pouca diferença no nível de satisfação em relação aos que ganham menos e tem um ganho.

         Pesquisa da NEF New Economics Foundation concluiu que, para viver bem, as pessoas precisam estar:

         1 – conectadas a outras pessoas;

         2 – em constante atividade física

         3 – ter um bom nível de curiosidade

         4 – Continuar aprendendo sempre

         5 – Doar algo para as pessoas, mesmo que seja apenas uma hora de conversa.

         Notar que nos itens acima não se fala no ganhar dinheiro em si como essencial.

         Aí ele pergunta.   Se isso não é o essencial da vida, por que alimentamos um sistema que privilegia a busca incessante de .... produtividade, eficiência, meritocracia, agilidade e velocidade?

         Cita os estudos de Karl Marx há 150 anos.     O filósofo e economista prussiano.

         “No livro O Capital Marx previu a alienação e o isolamento humano provocados pelo trabalho moderno, os impactos ao apego ao lucro, as crises cíclicas a que estaríamos expostos...”

         24 - ...”meu objetivo não é fazer um libelo contra o capitalismo, mas sim trazer uma reflexão sobre onde depositamos nossa esperança e nosso futuro.”.

         ...”poucos se conhecem,   ... há pouca relação com os vizinhos”.

         Nossos ancestrais viviam em grupos formando suas tribos para proteção, atuação conjunta na caça etc.    Hoje podemos resolver tudo “comprando” tudo e não mais nos relacionamos.

         Na história da humanidade, o primeiro ciclo de concentração de riqueza – capitalismo agrário.   Depois a Inglaterra com o Mercantilismo e em seguida a Revolução Industrial.

         O capitalismo melhorou as condições de vida dos povos.   “Porém onde há luz, há sombra também”. 

terça-feira, 5 de outubro de 2021

Capítulo 01/35 - Fichamento - livro - HUMANOS DE NEGÓCIOS - HISTÓRIAS DE HOMENS E MULHERES QUE ESTÃO (RE)HUMANIZANDO O CAPITALISMO - Autor: Rodrigo V.Cunha - Editora Voo - 2020

 cap. 01/35                outubro de 2021

Na condição de leitor frequente, dou meus pitacos nas páginas que tratam de livros e leituras.    Nisso o tal aplicativo me identifica nesse nicho e manda propaganda de lançamentos de livros.   Dou uma olhada nos comentários de alguns livros.    Nessa, encontrei esse lançamento bem recente e o assunto me interessou porque gosto de Terceiro Setor com foco em Responsabilidade Sócio Ambiental.   O livro aborda casos de Mercado Justo que é uma frente inovadora e alentadora neste mundo conturbado.

         Introdução do livro por Fabio C. Barbosa.    O livro é da Editora Voo de Curitiba, edição de 2020 e contem 410 páginas.

         O autor do livro é gaúcho e gosta de surf nas horas de lazer.

         Vamos ao resumo da fala do Fábio C. Barbosa em sua introdução.

         Ele já atuou na direção de vários Bancos.    “A psicologia nos ensina que todo ser humano precisa de atenção e pertencimento”.   Ele fez MBA na Suiça.

         O mantra dele ao entrar a trabalhar no mundo empresarial:   “O jogo é duro, mas é na bola e não na canela”.

         Outros falavam de atalhos, mas ele optou pelo caminho.    “Acredito e repito sempre que é possível, sim, dar certo, fazendo as coisas certas do jeito certo”.

         “O comportamento não pode se desconectar das palavras”.   Cita o filósofo americano Ralph W. Emerson:   “Suas atitudes falam tão alto que não consigo ouvir o que você diz”.

         Diz que só a filantropia não resolve a desigualdade social.

         “Até hoje eu não gosto do conceito simplista de passar a caneta no cheque e a borracha na consciência”.

         Nos anos 90 eles já começaram a incorporar assuntos socioambientais na análise do crédito no banco em que trabalhava.

         Incluindo...   microcrédito produtivo para clientes de baixa renda.   Ele levou à FEBRABAN Federação Brasileira de Bancos conceitos para aprofundar as relações com agências de defesa do consumidor, sindicatos, imprensa.       ... “eu via que no Brasil, os bancos podiam fazer parte da solução, e não do problema”.

         Página 13 -  ...”são os valores que devem orientar e  inspirar nossas escolhas em termos de amizades, em termos de parcerias, em termos de carreira”.

         17 – Introdução pelo autor

         O que é uma empresa?   Para que existe?  

         O livro aborda inclusive algo da pandemia atual de covid-19.

         A África Subsaariana é a parte mais pobre daquele continente.    As transformações da condição humana no mundo recente.  Na atualidade, mesmo na África Subsaariana, a mortalidade infantil, que ainda é alta, é um terço do que era na cidade inglesa de Liverpool de 1870 no começo da Revolução Industrial.   Em 1900, 70% da população do mundo era analfabeta.   Atualmente essa taxa no âmbito global é de 23%,

         Por outro lado, acelerou absurdamente o ritmo de extinção de espécies nos tempos recentes.

         “Vivemos hoje em uma cultura narcisista, que desviou a sensação de paz interior para a paz exterior”.   A sociedade do consumo tornou-se também a do cansaço...”.   Citou uma frase que circula na internet:

         “A sociedade do consumo nos leva a comprar coisas de que não precisamos com o dinheiro que não temos para impressionar quem não gostamos”.

         Tempos de consumismo e os fabricantes transferindo fábricas para países de mão de obra barata e trabalho precário.

         Os ídolos do esporte e a fama.    O individualismo...    “fama que aumenta o individualismo em um mundo que precisa cada vez mais de coletividade e menos de ego”.

         20 – Capítulo – Humanos de Negócios

         Ele vê comumente no mercado os “bem sucedidos gestores”, brancos, visto como bem sucedidos nos negócios, mas sem preocupações com o  meio ambiente e cobrando “entrega” de funcionários cada vez mais na pressão.

         “Conheço bem a pressão por resultados nas corporações, mas nunca perdi o olhar para aquelas pessoas que estavam trabalhando com amor e paixão para melhorar o lugar onde estavam”.    Ele, da área de publicidade, chegou a trabalhar no Jornal Zero Hora do Rio Grande do Sul.   Trabalhou também na publicação Você S.A.  Ele é gaúcho.