capítulo 08/12
Josefa que agora faz pesquisa sobre sua ancestral Iñe-e, no
passado, bem jovem, teve um namorado que a abandonou quando ela ficou
grávida. Ela teve aborto espontâneo.
Tomás e Josefa passam a se relacionar sem que ele ficasse
querendo saber do passado dela.
Mantinham relação sexual rotineiramente, ela e Tomás.
Tomás ao sair de rotina do local onde mora Josefa. Ela diz:
“A minha bisavó materna foi pega no laço, sabia? Tenho um tanto de sangue caiapó em mim. Mas o fato é que todo mundo tem uma avó pega
no laço no Brasil, eu, você, o porteiro lá embaixo”.
...”O curioso é que esta minha avó colombiana como que
crescia, se agigantava ao convocar o meu passado materno, como se estivesse ela
mesma prestes a ganhar novo corpo e novas feições, e de sua estrutura delicada
de ossos estivesse pronta para sair outra mulher, enorme, quase brutal”.
Josefa no passado, educada pela tia que vivia impondo regras
para tentar a sociabilidade da sobrinha.
...”Em Munique, Spix se empenha em ensinar
alemão e português pra Iñe-e. Busca que
ela saia da profunda tristeza agravada pela morte de Juri.
Spix abalado com... “o
fracasso que mais aquela morte representa.
Tais sentimentos o aniquilam”.
Josefa e a lembrança triste do seu tempo de criança, criada pela
tia e a avó que morava junto com elas.
A avó pega a laço. ...”a
presença inexorável da mulher pega a laço e o desejo de que o pai não voltasse
nunca mais”.
Capítulo VI página 103
Voltando a Martius e seus planos. “ A ideia de Martius de apresenta-los em
exibições etnográficas pelo continente teria que esperar momento mais propício”. (a saúde dos dois jovens índios não estava
boa)
O menino que era forte estava definhando na Alemanha e
Martius se lembrou que quando chegou no Brasil com plena saúde, teve seus
problemas de saúde por conta da mudança de clima. Spix sofreu mais com o clima do Brasil e
isso tirou dele certas iniciativas e aumentou a avidez do colega. Martius se acostumou na liderança e com
frequência ignorava alertas de Spix.
Spix se afeiçoou tanto às crianças que chegava a pregar a
palavra de Deus a elas, mesmo sabendo que havia total barreira de idioma. Confiava no milagre da sua fé.
Quando o menino Juri morreu, Spix ficou muito chocado e
arrependido de não ter sido mais enfático contra o plano de Martius de comprar
as crianças.
“Fora covarde e conivente.
Antes, quando as crianças estavam em melhor condição de saúde....
Spix... “sente-se feliz de
contempla-las. As crianças são suas”.
Capítulo VII - página
106
Na rua Wirt em Munique, uma caixa postal que só recebe
poesias. Fica bem perto da casa de Spix. “Os homens gostam de glorias para si e aos
seus”.
“Os homens, sobretudo os brancos, gostam de fixar-se na
suposta permanência dos monumentos de pedra ou minério”. Há na cidade monumentos ou placas em homenagem
a Martius e Spix.
Continua no capítulo 09/12