CAPITULO 5/10
Página 97 – “A cultura do caipira, como a
do primitivo, não foi feita para o progresso:
a sua mudança é o seu fim”,...
101 – Ranchos de pau a pique como morada,
feita pelos próprios caipiras.
102 – Cultivavam em terras que poderiam ser
tomadas à força. Era plantar e cuidar,
deixando tempo para a caça, pesca, fazer utensilhos, lazer, rezas e festas.
“O lazer era parte integrante da cultura
caipira”.
103 – Na região onde o autor fez o estudo,
os caipiras guardavam certos santos (faziam feriado) que oficialmente não eram
para ser feriado, mas pela tradição local, eles guardavam.
Dia de São Paulo, de São Roque, São
Lourenço (contra tempestades e
redemoinhos), São Benedito (contra picadas de cobras), São Bartolomeu protetor
contra loucura e possessão demoníaca.
Isto além de santos como São João, Santo Antonio e São Pedro. O 3 de maio, dia da Exaltação da Santa
Cruz.
105 – Capítulo II do livro – A situação
presente (1954)
Bairros Lagoa, São Roque Novo, São Roque
Velho e São João, este já em Conchas-SP.
Lugares onde tem latifúndios: Bairro Roseira, Morro Grande e Óleo. Ele estudou o Bairro Roseira.
Como já foi citado, Bofete antes já foi
Samambaia, depois Rio Bonito e finalmente, Bofete por causa de gruta onde
tropeiros se abrigavam e guardavam mantimentos na gruta como num buffet e daí
surgiu Bofete. Virou cidade em
1906 (época que ainda tinha bastante
cafezal).
109 – Havia fazendas e rotas de Jesuitas no
passado que passavam pela região no rumo de Sorocaba e Paranapanema.
111 – Até a década de 1910 havia mais café
na região, que vinha do tempo dos escravos.
Depois a mão de obra foi substituída pelo trabalho de imigrantes
europeus, com foco nos italianos.
Houve abundância de café na região e resultou em crise em 1902.
114 – Na época do estudo (1947-1954) a
região de Bofete-SP já tinha as terras exauridas e houve a expansão da pecuária
que tende ao sistema de latifúndios.
118 – Na época do fracasso do café, muitos
agricultores locais migraram rumo ao Paraná e a Sorocaba.
119 – Em 1948, nenhum fazendeiro de Bofete
tinha jeep ou automóvel. Não se usava
adubação para fertilizar as lavouras e nada de máquinas agrícolas, nada de
geladeiras em bares, etc.
Em 1954 na cidade, havia dois automóveis e
quatro jipes.
121 – População rural e parceria agrícola.
122 – o Cientista Social Caio Prado Junior
publicou trabalhos importantes sobre o sistema agrário brasileiro da época.
Constata-se que os pequenos produtores e
arrendatários geralmente estão nas terras mais fracas.
124 – O Meeiro. Nesse sistema de parceria, o dono da terra
fica com a metade da produção e a outra metade com o Meeiro que planta e cuida
da lavoura até a colheita feita.
Arrendatário – é quando o dono da terra
arrenda, tipo um aluguel, da terra para o arrendatário plantar. Em geral se estipula um custo em
dinheiro. Aqui o risco é todo do
arrendatário. Diferente do meeiro, que
o risco da lavoura é suportado meio a meio.
Quem não tem terra própria, sempre que
possível busca ser parceiro, meeiro ou arrendatário porque no caso o agricultor
tem parte no negócio e não tem um patrão.
Faz do seu jeito e no seu ritmo, o que dá uma certa liberdade. Esta que é valorizada inclusive pelos que
já tiveram pequenas propriedades e perderam a posse e buscam ficar na atividade
de lavoura.
125 – Os “camaradas” que trabalham ganhando
por mês e tem algumas regalias, incluindo casa para moradia na fazenda onde são
empregados.
131 – Os Trabalhos e os Dias
A Fazenda onde o autor fez os estudos tem
ao redor de 700 alqueires ou 1.700 hectares (cada hectare = 10.000 m2). É uma fazenda grande. Foi fundada no século XIX e já foi forte na
produção de café. Teve escravos.
133 – Os banheiros do caipira na zona
rural. Quando tem, é a chamada “casinha”
tipo 1 m x 1 m, de tábuas, em cima da fossa e no quintal, um pouco afastada da
casa (e do poço quando este está
presente, até para a fossa não contaminar a água do poço).
A tábua perto da bica de água para servir
de batedor de roupas para as mulheres lavarem roupas. Tábua larga e inclinada até chegar no
solo. Há em vários casos o forno de
barro no quintal onde as pessoas assam pão, etc.
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próxima – capitulo 6/10
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