CAPITULO 10 - 10/20
Continuação... Página 202 - O rendimento do capital ao longo da
história. Historicamente o rendimento
do capital é na média de 5% ao ano e assim, 20 anos para o rendimento dobrar o
capital.
Era tão
estável e popular esse índice na França no passado que os romancistas só
citavam a renda de um personagem e as pessoas já deduziam o tanto de capital
que a pessoa tinha, multiplicando a renda por 20. 5% x 20 anos = 100% (no caso, o capital)
Nos
séculos XVIII e XIX as duas fontes mais comuns de renda na França e Reino Unido
eram a agricultura (terra...) e o tesouro público – os títulos da dívida
pública que rendiam juros.
204 –
Rendimento do capital no século XXI
Rendimento
puro do capital – antes dos impostos – e o rendimento efetivo, após os
tributos. Paises ricos tributam o
rendimento do capital em até 30%.
Aluguel
de imóveis, rendimento médio estimado em 3% a 4% ao ano. Risco baixo, rendimento baixo. Ex.
Apto.de 600.000,00 x 4% = 24.000,00 por ano. 2.000,00 por mês.
207 –
Ativos reais e ativos nominais.
209 – A
noção de produtividade marginal do capital.
211 – O
capital em excesso mata o retorno do capital.
215 – A
proeza do pesquisador alemão Jurgen Kuczynski, professor de história
econômica. Entre 1960 e 1972 ele
publicou 38 volumes da história universal dos salários.
Os
autores defendiam que ao longo do tempo havia uma distribuição “tranquila”
entre o capital e o trabalho. Ou seja,
uma estabilidade. O que não é verdade. Em economia essa “verdade” era aceita até
por volta de 1990. Relatórios da OCDE
Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico e do FMI Fundo
Monetário Internacional começaram a mostrar que o capital estava com ganho
desbalanceado com relação aos salários.
216 – A
substituição capital – trabalho no Século XXI
Uma
elasticidade superior a 1.
219
- Período 1800-1810 período
2000/2010
Capital 35 a 40% 25-30%
Trabalho 60 a 65% 70-75%
Nos
tempos recentes aumentou a importância do trabalho na produção.
220
- A evolução da divisão do capital –
trabalho no médio prazo.
220 –
Numa fase da Revolução Industrial aumentou a fatia do capital e caiu a fatia do
trabalho. Tempo de salários miseráveis
e jornadas longas.
220 – Na
França, estagnação dos salários no período 1810 a 1850 enquanto o setor
industrial ia a todo vapor.
223 –
Volta a Marx e à queda da taxa de lucro.
Segundo Pikkety, Marx acompanhava até pelos relatórios do parlamento
britânico por quatro décadas, os dados para reforçar suas teses sobre a
exploração exacerbada do capital sobre o trabalhador. Teria faltado reforço estatístico, mas o
rumo dele era razoável. (o autor
deste livro logo no início já deixa claro que ele é capitalista)
227 – O
Retorno do capital no regime de crescimento baixo. O autor reconhece que, na atualidade, temos
séries históricas mais amplas do que no passado e distanciamento histórico para
uma análise mais livre do que ocorreu no passado na relação capital – renda –
mão de obra, etc.
228 –
Futuro - ...” é possível que as
transformações tecnológicas de longo prazo favoreçam um pouco o trabalho em
relação ao capital...”
229 – “A tecnologia, assim como o mercado, não tem
limite ou moral”
“Se
desejarmos, de fato, fundar uma ordem social mais justa e racional baseada na
utilidade comum, não basta contar com os caprichos da tecnologia”.
III
Parte - A Estrutura da Desigualdade
233 –
Desigualdade e Concentração: Primeiras Impressões
233 –
Romance de Balzac – de 1835 - O Pai
Goriot - Um jovem de Paris estuda direito. Um amigo ex presidiário, colega de pensão, dá
conselhos ao colega. Faz as contas de
quanto o futuro advogado ganhará na vida e os percalços e puxa saquismos que
haveria no pacote. Ou casar com mulher
rica e ter acesso ao capital... E tem
uma moça que frequenta a pensão. É feia
mas rica... O ex presidiário sugere ao
rapaz deixar o estudo, casar com a moça e o colega “apagaria” o pai dela e a
fortuna ficaria para o herdeiro...
(mediante uma comissão...)
Herdar 1
milhão de francos, juro 5% ao ano, 50.000 francos por ano – uma renda para
viver no conforto sem “mexer uma palha”.
236 –
Estudar e ralar ou casar bem e viver da herança e dando uns trambiques. Era a cara dos nobres da França na Belle
Époque. Também no Reino Unido de
então. Isto nas chamadas Sociedades
Patrimoniais.
Na
França e no Reino Unido a situação mudou no Pós Guerra quando caiu a renda das
heranças e então o estudo e o trabalho ganharam mais espaço na sociedade.
241
- Países mais igualitários em relação a
salários. Os escandinavos. (Suécia, Dinamarca, Noruega)
245 – O
autor, como vários outros (inclusive
Jessé Souza) faz crítica ao separar classes sociais só pela faixa
salarial. Aqui este autor diz que o
critério só do salário é arbitrário e discutível.
................. continua no capítulo 11/20
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