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domingo, 20 de setembro de 2020

FICHAMENTO DE LEITURA - O CAPITAL NO SÉCULO XXI - Autor: Thomas Piketty - Editora Intrínseca - RJ 2014 - cap. 10/20

 CAPITULO 10    - 10/20

         Continuação...   Página 202 -   O rendimento do capital ao longo da história.    Historicamente o rendimento do capital é na média de 5% ao ano e assim, 20 anos para o rendimento dobrar o capital.

         Era tão estável e popular esse índice na França no passado que os romancistas só citavam a renda de um personagem e as pessoas já deduziam o tanto de capital que a pessoa tinha, multiplicando a renda por 20.       5% x 20 anos = 100%  (no caso, o capital)

         Nos séculos XVIII e XIX as duas fontes mais comuns de renda na França e Reino Unido eram a agricultura (terra...) e o tesouro público – os títulos da dívida pública que rendiam juros.

         204 – Rendimento do capital no século XXI

         Rendimento puro do capital – antes dos impostos – e o rendimento efetivo, após os tributos.     Paises ricos tributam o rendimento do capital em até 30%.

         Aluguel de imóveis, rendimento médio estimado em 3% a 4% ao ano.    Risco baixo, rendimento baixo.     Ex.  Apto.de 600.000,00 x 4% = 24.000,00 por ano.     2.000,00 por mês.

         207 – Ativos reais e ativos nominais.

         209 – A noção de produtividade marginal do capital.     

         211 – O capital em excesso mata o retorno do capital.

         215 – A proeza do pesquisador alemão Jurgen Kuczynski, professor de história econômica.   Entre 1960 e 1972 ele publicou 38 volumes da história universal dos salários.

         Os autores defendiam que ao longo do tempo havia uma distribuição “tranquila” entre o capital e o trabalho.  Ou seja, uma estabilidade.   O que não é verdade.   Em economia essa “verdade” era aceita até por volta de 1990.   Relatórios da OCDE Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico e do FMI Fundo Monetário Internacional começaram a mostrar que o capital estava com ganho desbalanceado com relação aos salários.

         216 – A substituição capital – trabalho no Século XXI

         Uma elasticidade superior a 1.      

         219 -       Período 1800-1810             período 2000/2010

                   Capital        35 a 40%                       25-30%

                   Trabalho     60 a 65%                       70-75%

         Nos tempos recentes aumentou a importância do trabalho na produção.  

         220 -  A evolução da divisão do capital – trabalho no médio prazo.

         220 – Numa fase da Revolução Industrial aumentou a fatia do capital e caiu a fatia do trabalho.   Tempo de salários miseráveis e jornadas longas.

         220 – Na França, estagnação dos salários no período 1810 a 1850 enquanto o setor industrial ia a todo vapor.

         223 – Volta a Marx e à queda da taxa de lucro.  Segundo Pikkety, Marx acompanhava até pelos relatórios do parlamento britânico por quatro décadas, os dados para reforçar suas teses sobre a exploração exacerbada do capital sobre o trabalhador.   Teria faltado reforço estatístico, mas o rumo dele era razoável.      (o autor deste livro logo no início já deixa claro que ele é capitalista)

         227 – O Retorno do capital no regime de crescimento baixo.   O autor reconhece que, na atualidade, temos séries históricas mais amplas do que no passado e distanciamento histórico para uma análise mais livre do que ocorreu no passado na relação capital – renda – mão de obra, etc.

         228 – Futuro -   ...” é possível que as transformações tecnológicas de longo prazo favoreçam um pouco o trabalho em relação ao capital...”

         229 – “A tecnologia, assim como o mercado, não tem limite ou moral”

         “Se desejarmos, de fato, fundar uma ordem social mais justa e racional baseada na utilidade comum, não basta contar com os caprichos da tecnologia”.

 

         III Parte  - A Estrutura da Desigualdade

         233 – Desigualdade e Concentração: Primeiras Impressões

         233 – Romance de Balzac – de 1835 -  O Pai Goriot   -   Um jovem de Paris estuda direito.  Um amigo ex presidiário, colega de pensão, dá conselhos ao colega.   Faz as contas de quanto o futuro advogado ganhará na vida e os percalços e puxa saquismos que haveria no pacote.   Ou casar com mulher rica e ter acesso ao capital...  E tem uma moça que frequenta a pensão.   É feia mas rica...   O ex presidiário sugere ao rapaz deixar o estudo, casar com a moça e o colega “apagaria” o pai dela e a fortuna ficaria para o herdeiro...   (mediante uma comissão...)

         Herdar 1 milhão de francos, juro 5% ao ano, 50.000 francos por ano – uma renda para viver no conforto sem “mexer uma palha”.

         236 – Estudar e ralar ou casar bem e viver da herança e dando uns trambiques.   Era a cara dos nobres da França na Belle Époque.    Também no Reino Unido de então.    Isto nas chamadas Sociedades Patrimoniais.

         Na França e no Reino Unido a situação mudou no Pós Guerra quando caiu a renda das heranças e então o estudo e o trabalho ganharam mais espaço na sociedade.

         241 -  Países mais igualitários em relação a salários.  Os escandinavos.  (Suécia, Dinamarca, Noruega)

         245 – O autor, como vários outros  (inclusive Jessé Souza) faz crítica ao separar classes sociais só pela faixa salarial.   Aqui este autor diz que o critério só do salário é arbitrário e discutível.

 

................. continua no capítulo 11/20  

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