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domingo, 20 de setembro de 2020

FICHAMENTO DE LEITURA - O CAPITAL NO SÉCULO XXI - Autor: Thomas Piketty - Editora Intrínseca - RJ 2014 cap. 16/20

CAPÍTULO 16/20

         Página 495 (de 560) – A Explosão dos Salários dos Executivos; o papel do regime fiscal.

         A partir dos anos 1980, USA e Reino Unido que tributavam de forma elevada a renda dos alta renda, passaram a reduzir as taxas, diferente dos países ricos da Europa Continental.   Daí os altos executivos passaram a reclamar maiores ganhos porque estes ganhos seriam menos tributados.

         Os países ricos europeus mantiveram as taxas altas sobre as rendas dos altos executivos.

         500 – O autor lembra que é “magro” o estado social dos USA que não investe muito em educação e saúde e que tem elevado déficit público.

         Os ricos dos USA são defensores e beneficiários de manter o sistema injusto deles.   Aí se incluem os economistas que defendem mais os interesses de classe do que a coletividade.   O mesmo acontece com os políticos americanos geralmente das classes abonadas e distantes do povo.

         O sistema injusto tende a seguir adiante.

         Capítulo 15 do livro -  Um Imposto Mundial sobre o Capital

         O autor coloca para o futuro prestigiar dois pilares que sustentaram o século XX.   Coloca como papel central – O Estado Social  (quando o País investe inclusive em Educação e Saúde para a população) e o Imposto Progressivo sobre a Renda.

         “O Imposto mundial sobre o capital:  Uma Utopia Útil”.

         Ele propôs um exemplo teórico -  Um imposto sobre o patrimônio, descontadas as dívidas.

         Capital até 1.000.000 de euros – taxa Zero

         Entre 1 milhão e 5 milhões – taxa de 1% a.a.

         Acima de 5 milhões de euros – taxa de 2% a.a.

         504 – Um objetivo de Transparência Democrática e Democracia Financeira.

         Ele propõe um imposto internacional complementar e relativamente modesto.     Tipo taxa de 3 a 4% da renda nacional, o que não é nada desprezível.     “O principal papel do imposto sobre o capital não é financiar o Estado Social, mas regular o capitalismo”.

         505 – Alguns debates relevantes:     O futuro do Estado Social (quando o país investe inclusive em Educação, Saúde e Aposentadoria)

         O financiamento da transição energética.     Geraria emprego, renda, lucros para o capital e melhoria ambiental.

         505 – Há os que dizem que a solução global viria só com a taxação dos bilionários.   Ele propõe que se deveria descer a níveis menos extremos de riquezas, tipo 10 ou 100 milhões de euros.   “... para que os benefícios sejam realmente significativos do ponto de vista macroeconômico”.

         Ele diz que o debate democrático e sério da questão depende de dados estatísticos confiáveis.    O FMI Fundo Monetário Internacional tem um rudimento de dados.   Uma “neblina estatística”.     Inclusive aqueles em que no mundo há mais devedores do que credores.    Devemos “para Marte”...

         O autor disse que o Chipre em 2013 teve quebra de bancos e pouco se sabia de onde eram as fortunas lá depositadas (escondidas).    Não há como defender o uso de dinheiro público de países do Euro para defender bancos do Chipre, por exemplo, que age como paraiso fiscal...

         Ele propõe que a taxa de 0,1% poderia ser “vendida” como uma taxa de Registro do capital de cada um.   Uma forma de legalizar todo capital e saber de onde vem e para onde vai.

         Essa medida permitiria se ter estatística confiável sobre o capital.

         Na Europa estão tentando dar transparência ao capital no âmbito da EU União Européia, mas Luxemburgo, Áustria e Suiça tem dificultado isso porque são paraísos fiscais.

         Já os USA em 2010 criou por lei o FACTA para rastrear no mundo, ativos de cidadãos americanos com implantação gradual entre 2014 e 2015.

         (já impactou na questão dos investidores de lá na Petrobras)

         510 – Para que serve um Imposto sobre o Capital?

         511 – A Sra. Bittencourt da L`Oreal, a mais rica da França, tem aproximadamente 30 bilhões de euros.  (o pai inventou a tintura de cabelo)

         Como não é fácil chegar à renda anual dos grandes, ele sugere apurar o capital e supor, por exemplo,  uma renda presumida de 5% ao ano do capital e tributar nessa linha.   Isto porque se sabe que gente com patrimônio elevado costuma apresentar ao fisco uma renda bem baixinha.

         516 – O Imposto sobre o Capital na História

         520 – Três fatores interessantes que o autor coloca no contexto da convivência internacional:

         - Transparência Financeira:

         - Respeito a Normas Sanitárias:

         - Respeito humanitário, etc.

         521 – O Mistério da Regulação Chinesa do Capital

         A China tem controle sobre o capital que lá ingressa.  Para ser sócio de empresas chinesas, só com a aprovação do Estado e com parte minoritária ao sócio de fora.  (bastante minoritária).

         522 – Diz que não é apologista da forma de controle do capital dos chineses, até porque considera que o meio que usam é meio opaco.

         “Mas não é menos verdade que o controle de capital pode ser uma maneira de regular e conter a dinâmica das desigualdades patrimoniais”.

         A China, com população bem próxima da população da Índia, se distanciou economicamente desta.   “A China está na frente do resto do  mundo em taxar o capital”.

................... continua no capítulo 17 

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