Capítulo 7 /10...
Página 181 – O caipira de então comumente
usava cueca feita de pano de saco de açúcar, desses de 60 kg. (me lembro que muitos compravam açúcar em
saco de 60 kg para consumo doméstico e vinha com uma faixinha verde-amarela e o
detalhe: Peso bruto = 60 kg e até essa
legenda poderia aparecer numa cueca) – se bem que o reuso está na moda de
ajudar a salvar o planeta!
III – Análise de Mudança
185 – Capítulo 12 – Relações de Trabalho e
Comércio
198 – “Namoro”. Comumente eram os pais que escolhiam os
noivos. O autor registrou uma
conversa pitoresca entre duas moças caipiras:
“A Didi, perguntada pela Helena, se tinha
namorado, respondeu afirmativamente. –
Namoro o Nardo do Nho Quim. – E já falou com ele? -
Não!!!
Como namora então?
Com os óio”. (flagrante de 21-01-1954)
13 – Ajuste Ecológico
205 – A figura do mascate, vendedor de
roupas e bugigangas ambulante que no lombo de um animal ou numa carrocinha
tração animal visitava a zona rural “mascateando”.
(na minha terra nos anos 50 era popular o
“turco da égua branca” como era conhecido)
As vendas da Vila vendiam um pouco de
tudo. Secos e molhados, armarinhos,
cortes de tecido (cortes de fazenda), ferragens e pequenos implementos
agrícolas.
205 – O bairro que o autor pesquisou mais
de perto foi a Roseira em Bofete-SP.
Sírios geralmente começavam como mascates,
depois com venda, depois loja.
206 – Nesta página, uma foto da capela de
São Roque Novo.
207 – Item 14 – Técnicas – Usos e Crenças
211 – Benzedeiras e benzedores. Havia outra categoria, a dos curadores (com
remédios caseiros). As quatro
instâncias de busca de cura, não sempre acessadas nesta ordem e muitas vezes,
simultâneas. Benzedeira / curadores /
farmacêutico da vila / o médico da cidade.
O médico era disponível mais comumente em
Conchas e Botucatu – SP.
213 – As festas foram se acabando. Dança de São Gonçalo, fandango e
samba. Depois veio a dança de baile
onde se dança em “par entrelaçado” conforme registra o autor.
O fandango é o cateretê, o bate-pé. A principal dança dos caipiras, geralmente
só dançada pelos homens.
215 – Item 15 – Posição e Relações Sociais
217 – Terras “velhas”. Terras esgotadas pela falta de fertilidade
natural, pelo uso sem repor fertilizantes e por não se cuidar adequadamente do
solo, que sofre também com fogo e erosão.
O autor coloca as terras locais na
categoria descrita por Drouyn de Lhuys – sobre a parceria: “é a associação, sobre um solo pobre, do
trabalho lento e do capital tímido”.
218 – O sistema de parceria e de
arrendamento é menos ruim do que o latifúndio puro e simples.
219 – O parceiro vê como perda de dignidade
o sistema de trabalho dos camaradas, sujeitos ao toque do sino da fazenda
(remanescente da escravatura).
221 – Quase na totalidade os parceiros já
foram proprietários, mas em outras fases, principalmente a do café, se
concentrou a posse da terra e muitos perderam a condição de proprietário.
222 – Um “terno” de pessoas. Um grupinho para realizar um serviço.
225 – Item 16 – Representações Mentais
226 – Um tipo de “utopia” invertida. Sonhar com o passado que teria sido melhor
(e foi, no caso específico em que antes era terra nova, com matéria orgânica,
produtiva e que teve a riqueza do café)
Tópicos que o autor busca inclusive na
comunidade em estudo, nas lembranças dos parceiros: Abundância, solidariedade e sabedoria.
226 – “No passado... ninguém trabalhava alugado. Para isso existiam os cativos”. Era tempo das posses de terra.
“Esta valorização do passado é
constante”. Terra virgem e abundante –
gerava fartura. O autor destaca que
na vida real do passado, havia mais mortes e violência, mas no imaginário do
povo as coisas se distorcem.
227 – Muitos optam por lugares “novos” como
o Paraná e mesmo o Mato Grosso e outros encaram a cidade. (1954)
............... continua no capítulo 8/10
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