Total de visualizações de página

domingo, 13 de setembro de 2020

CAP. 7/10 - FICHAMENTO - LIVRO - OS PARCEIROS DO RIO BONITO - Autor: Antonio Candido - Professor da USP - base 1954

 Capítulo 7 /10...

     Página 181 – O caipira de então comumente usava cueca feita de pano de saco de açúcar, desses de 60 kg.      (me lembro que muitos compravam açúcar em saco de 60 kg para consumo doméstico e vinha com uma faixinha verde-amarela e o detalhe:  Peso bruto = 60 kg e até essa legenda poderia aparecer numa cueca) – se bem que o reuso está na moda de ajudar a salvar o planeta!

     III – Análise de Mudança

     185 – Capítulo 12 – Relações de Trabalho e Comércio

     198 – “Namoro”.    Comumente eram os pais que escolhiam os noivos.     O autor registrou uma conversa pitoresca entre duas moças caipiras:

     “A Didi, perguntada pela Helena, se tinha namorado, respondeu afirmativamente.   – Namoro o  Nardo do Nho Quim.  – E já falou com ele?    -  Não!!!

     Como namora então?

     Com os óio”.     (flagrante de 21-01-1954)

     13 – Ajuste Ecológico

     205 – A figura do mascate, vendedor de roupas e bugigangas ambulante que no lombo de um animal ou numa carrocinha tração animal visitava a zona rural “mascateando”.    

     (na minha terra nos anos 50 era popular o “turco da égua branca” como era conhecido)

     As vendas da Vila vendiam um pouco de tudo.   Secos e molhados, armarinhos, cortes de tecido (cortes de fazenda), ferragens e pequenos implementos agrícolas.

     205 – O bairro que o autor pesquisou mais de perto foi a Roseira em Bofete-SP.

     Sírios geralmente começavam como mascates, depois com venda, depois loja.

     206 – Nesta página, uma foto da capela de São Roque Novo.

     207 – Item 14 – Técnicas – Usos e Crenças

     211 – Benzedeiras e benzedores.  Havia outra categoria, a dos curadores (com remédios caseiros).     As quatro instâncias de busca de cura, não sempre acessadas nesta ordem e muitas vezes, simultâneas.     Benzedeira / curadores / farmacêutico da vila / o médico da cidade.

     O médico era disponível mais comumente em Conchas e Botucatu – SP.

     213 – As festas foram se acabando.    Dança de São Gonçalo, fandango e samba.   Depois veio a dança de baile onde se dança em “par entrelaçado” conforme registra o autor.

     O fandango é o cateretê, o bate-pé.    A principal dança dos caipiras, geralmente só dançada pelos homens.

     215 – Item 15 – Posição e Relações Sociais

     217 – Terras “velhas”.   Terras esgotadas pela falta de fertilidade natural, pelo uso sem repor fertilizantes e por não se cuidar adequadamente do solo, que sofre também com fogo e erosão.

     O autor coloca as terras locais na categoria descrita por Drouyn de Lhuys – sobre a parceria:   “é a associação, sobre um solo pobre, do trabalho lento e do capital tímido”.

     218 – O sistema de parceria e de arrendamento é menos ruim do que o latifúndio puro e simples.

     219 – O parceiro vê como perda de dignidade o sistema de trabalho dos camaradas, sujeitos ao toque do sino da fazenda (remanescente da escravatura).

     221 – Quase na totalidade os parceiros já foram proprietários, mas em outras fases, principalmente a do café, se concentrou a posse da terra e muitos perderam a condição de proprietário.

     222 – Um “terno” de pessoas.   Um grupinho para realizar um serviço.

     225 – Item 16 – Representações Mentais

     226 – Um tipo de “utopia” invertida.   Sonhar com o passado que teria sido melhor (e foi, no caso específico em que antes era terra nova, com matéria orgânica, produtiva e que teve a riqueza do café)

     Tópicos que o autor busca inclusive na comunidade em estudo, nas lembranças dos parceiros:  Abundância, solidariedade e sabedoria.

     226 – “No passado...  ninguém trabalhava alugado.  Para isso existiam os cativos”.    Era tempo das posses de terra.

     “Esta valorização do passado é constante”.   Terra virgem e abundante – gerava fartura.     O autor destaca que na vida real do passado, havia mais mortes e violência, mas no imaginário do povo as coisas se distorcem.

     227 – Muitos optam por lugares “novos” como o Paraná e mesmo o Mato Grosso e outros encaram a cidade.  (1954)

 

............... continua no capítulo 8/10 

Nenhum comentário:

Postar um comentário