Total de visualizações de página

domingo, 13 de setembro de 2020

CAPÍTULO 9/10 – FICHAMENTO – LIVRO OS PARCEIROS DO RIO BONITO - autor: Antonio Candido (Professor da USP)

 

   Local e anos da pesquisa - Tese de Doutorado do autor:  Bofete-SP, anos 1947 a 1954

     Página 271 – Naqueles tempos o caipira regional não se namorava; depois era noivar no máximo um ano e casar.

     Nesse tempo os caipiras tinham birra com os italianos que namoravam até quatro ou cinco anos antes de casar...

     Idade mais comum para as moças se casarem era dos 15 aos 16 anos.   Idades extremas, dos 13 aos 20.

     Idade do noivo – Média dos 18 aos 22 anos.  Depois dos 30 era difícil arranjar casamento.

     272 – Nho Bicudo, o capelão sexagenário está na quarta esposa.  

     273 -  No depoimento.   Ele mais jovem do que ela, foi ficando “enleado” depois não teve como escapar do casamento.

     274 – Cururu – só cita a cantoria mais uma vez.

     275 – O recém nascido e o “mal dos sete dias”, amarelo, icterícia.   Não deixavam nesses dias o bebê ver a luz do sol.

     Quando o bebê era menina, furavam a orelha logo após o nascimento e colocavam brincos de ouro.

     277 – Nomes -  comumente nomes de santos. A Padroeira de Bofete-SP é Nossa Senhora da Conceição.

     Capela de São Roque – o santo de mais antiga devoção do povoado.

     Menino – dentro do nome, era comum colocar algo do nome do pai ou de um antepassado.    (eu, leitor, tenho o nome de um tio)

     Normalmente os nomes tinham sobrenome paterno mas se a família da mãe fosse mais de destaque na região, poderia ter o sobrenome da mãe eventualmente.

     283 – Batizado logo aos 15 a 20 dias após o nascimento do bebê.    Os pais geralmente não iam à Vila para o batizado.  Os padrinhos seguiam o rito de “levar” e “trazer” a criança.     Comum a mulher ficar de dieta por quarenta dias no “resguardo” e na base de comida de canja de galinha.     Para o pai, traziam aguardente pra ele beber e comemorar.

     285 – o “pareio” roupa de passeio, terno de roupa.

     Costume do afilhado ter que dar “louvado” aos pais e padrinhos.  O louvado é a forma abreviada de Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo.    O outro responde com “louvado” também no sentido de Para Sempre Seja Louvado.

     285 – Varas de surrar a criança, quando estas “reinavam”.  Embirravam.   Comumente os castigos eram severos e poderiam às vezes serem com relhos, varas ou correias.   As moças apanhavam até o matrimônio.   O garoto, até começar a trabalhar na roça em torno dos 13 a 14 anos.     Isto quando já tinha força física para o trabalho, para “pegar no eito” junto com os adultos, o que era um rito de passagem.  Parava de apanhar e já podia ir até a Vila e também tomar uma cachacinha e procurar noiva...

     Uma regra usual até então.   Deflorou a moça, tem que casar.

     Os termos usuais pelos filhos era pai e mãe.  Nada de papai e mamãe.

     288 -  Coito com animais.   Prática que vem de longe, inclusive de civilizações milenares.   Estatuas de seres híbridos entre humanos e animais poderiam inclusive indicar a prática ao longo dos tempos.

     290 -  No Brasil, Gilberto Freyre faz referência ao erotismo zoofílico.   A expressão popular do “encostar no barranco”.

     293 – Lobisomem, crença popular inclusive na região teria ligação com o incesto que eventualmente ocorria por lá.   

 

          Continua ainda hoje, domingo, capítulo final 10/10

Nenhum comentário:

Postar um comentário