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domingo, 20 de setembro de 2020

FICHAMENTO DE LEITURA - O CAPITAL NO SÉCULO XXI - Autor: Thomas Piketty - Editora Intrínseca - RJ 2014 cap. 15/20

 Capitulo 15/20

         476 – Sobre aposentadoria -  Pessoa se manter trabalhando mesmo com certa idade tem um viés de realização para muitos.   Cada um encara a coisa do seu jeito.

         477   - “A aposentadoria é o patrimônio daqueles que não possuem patrimônio”.

         A Questão do Estado Social nos Países Pobres e Emergentes

         Países ricos da Europa estabilizaram os impostos entre 40 e 50% da renda.    Os USA em torno de 30 a 35% da renda nacional.   

         Países pobres – parte da África e da Ásia – entre 10 e 15% da renda.  O norte da África, Índia, etc.  – entre 15 e 20% da renda nacional.

         478 – “O mais espantoso é que o abismo em relação aos países ricos continuou a se aprofundar nas últimas décadas”.      Na África subsaariana e parte da Ásia caiu nestas décadas a arrecadação de 15% para 10% da renda nacional.

         478 – “Todas as experiências históricas sugerem que com apenas 10 a 15% da renda nacional, em receitas fiscais é impossível ir muito além das funções “soberanas” do Estado: se desejamos que a polícia e a justiça funcionem corretamente, não sobra muita coisa para financiar educação e saúde, etc.”

         Um quebra galho é pagar mal a professores, juízes, etc. e tudo funciona mal e mal.

         Ciclo vicioso – mal funcionamento do Estado (por arrecadação insuficiente) deixa o Estado mal visto e isto dificulta a tentativa de cobrar mais imposto para buscar a melhoria dos serviços.

         479 – Diz dos ciclos após a II G. Mundial – os países buscaram, vários deles, inclusive a experiência socialista.   De um jeito ou de outro, melhoraram a vida.   Na década de 80, onda liberal e os países ricos impuseram rigores aos pobres.     Um exemplo:   derrubaram as taxas alfandegarias internacionais.   Beneficiou os ricos e os países pobres perderam até 5% da renda nacional e empobreceram.

         A China tem um bom sistema de arrecadação de impostos e tende a melhorar no geral para sua população.   Já a Índia tem um sistema de arrecadação modesto e terá dificuldade para ofertar um Estado Social ao seu povo amplo   (Índia – em torno de 1.300.000.000 de habitantes)

         Capítulo 14 do livro

         Repensar o Imposto Progressivo sobre a Renda

         480 – O Estado Social foi conseguido no século XX.  O autor disse que para chegar nesse patamar a ação mais importante foi o Imposto Progressivo sobre a Renda.     A segunda inovação mais importante no setor fiscal no século XX foi o Imposto sobre Herança.    

         485 – Os impostos progressivos que se implantaram no século XX são produto das guerras e da democracia.

         488 – França e a cobrança de imposto pelo número de portas e janelas da casa principal.   As pessoas não mostravam transparência na renda e se usava essa forma indireta para estimar a renda e tributar.

         488 – Até lá por 1910 os países tinham como aceitável imposto de até 10% das rendas.   Foi a Guerra que forçou os Estados a elevar essas taxas.

         489 – O Questão do Imposto Progressivo na Terceira República

         França – anos 1900 – resistência às tentativas de tributar heranças.  Mas veio a I Guerra Mundial e a pressão popular aumentou.

         No caso da Alemanha, em 1919, após a I G. Mundial passaram de 0% para 35% a taxa para as maiores heranças.   O Reino Unido cobrava para grandes heranças nos anos 1900  a taxa de 8%, elevada para a época e em 1908 elevou a taxa para 15%.

         USA instituiu a taxa sobre heranças em 1916, mas logo o percentual já era maior que o dos ricos europeus.

         491 – Imposto Confiscatório para Rendas Excessivas  (USA)

         Imposto alto “punitivo”.   Ver que não é confisco, mas taxa pesada tem um conceito “mais ou menos liberal” porque respeita a libre concorrência e a propriedade privada.

         492 – Em 1919 Irwing Fisher, presidente da American Economic Assoc. em seu discurso disse que ao seu ver o maior problema dos USA era a concentração crescente de riqueza.   2% dos mais ricos tinham 50% da riqueza dos USA.    Isso enquanto os 2/3 do povo, os mais pobres, não tinham quase nada.

         A crise de 1929 e seus desdobramentos nos mais pobres dos USA.  (Ganhos mirabolantes nas Bolsas causaram a quebra da mesma)

         493 – Roosevelt, presidente dos USA, chegou à presidência em 1933 com a crise e o desemprego em aproximadamente 25%.   Elevou o imposto de renda em 1933 para 63% e em 1937 para 79%.   Em 1942 o Victory Tax Act elevou a taxa para 88% e depois para 94% em 1944, perto do fim da Segunda Guerra Mundial.

         “Em seguida a taxa se estabilizou em torno de 90% até a metade dos anos 60 e em 70% até o início dos anos 1980.   No período 1932 – 1980 a média da taxa foi de 81% nos USA.

         493 – No período 1947 a 1949, tendo a Alemanha perdido a Guerra, os aliados como Força de Ocupação ao país derrotado, impuseram nela a taxa sobre a renda de 90%, sob o comando dos USA.  Em 1950 a Alemanha retomou a soberania fiscal.     Semelhante ocorreu com o Japão que também foi batido na II Guerra Mundial.

         494 – “Renda Auferida”   (pelo trabalho,etc.);   Renda Não Auferida (pelo capital, etc.)

         495 – “Em novembro de 1938, no prefácio da reedição de seu clássico livro de 1929 dedicado à herança, Josiah Wedgwood considerava, assim como seu compatriota Bertrand Russell, que as ‘plutocracias´ e suas elites hereditárias fracassaram quanto à ascensão do fascismo.   Sua convicção era de que as democracias políticas que não democratizam o sistema econômico são intrinsecamente instáveis”.    “Ele via no imposto progressivo sobre as heranças o instrumento central que permitiria a democratização econômica que ele acreditava ser necessária”.

 

............... continua no capítulo 16/20 

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